Ecolume, coordenado pelo IPA, tem como objetivo a sustentabilidade alimentar e hídrica

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No Brasil, o primeiro sistema agrivoltaico, chamado Ecolume, foi desenvolvido por uma rede nacional de mais de 40 pesquisadores, com financiamento do CNPq. Em 2019, uma unidade demonstrativa do Ecolume foi instalada na escola de agroecologia Serta, em Ibimirim, Pernambuco, sob coordenação do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).

Francis Lacerda, climatologista do IPA e coordenadora do Ecolume, conta que esse projeto surgiu do anseio de testar formas para o semiárido brasileiro produzir alimentos o ano todo e com menos água, já que a região vem enfrentando períodos de seca mais prolongados e temperaturas cada vez mais altas.

Foto: Ipa

Além disso, ela conta que outra motivação foi mostrar que a região Nordeste, apesar de possuir o menor Índice de Desenvolvimento Humano do país atualmente, é abundante em recursos naturais, como o sol e a biodiversidade da Caatinga. “Através do Ecolume, desenvolvemos um modelo de produção que enxerga [no semiárido] suas potencialidades e suas riquezas”, diz Lacerda.

O Sistema Agrivoltaico Ecolume (Save) é um modelo de produção consorciada de alimentos e energia solar, com uso integrado de tecnologias de reúso de água e captação de água da chuva. Sua estrutura consiste em 10 placas fotovoltaicas instaladas a aproximadamente dois metros do solo, numa área total de 24 m². Embaixo da estrutura está instalado um sistema de aquaponia, onde são cultivadas hortaliças e peixes de modo combinado, além de um galinheiro.

Heitor Sabino, engenheiro de produção que colaborou na instalação do sistema Ecolume na escola Serta, diz que esse modelo melhora a produtividade agrícola no semiárido, pois o sombreamento gerado pelas placas solares barra a exposição solar excessiva e garante um microclima mais ameno e úmido, os quais são fatores ideais para o desenvolvimento de plantas e animais.  O sombreamento também ajuda a reduzir perdas de água por evapotranspiração e o consórcio com aquaponia e reúso da água permite uma irrigação mais sustentável do que na agricultura convencional.

Fonte: Ipa

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