Cinco dicas para afundar seu trabalho como Extensionista Rural

Cinco dicas para ‘afundar’ seu trabalho como Extensionista Rural

Especialista em Extensão Rural lista, ironicamente, ações e situações que prejudicam o trabalho dos Extensionistas Rurais com os agricultores. Confira abaixo alguns dos maiores erros cometidos!

Por Ezequiel Redin*

O trabalho na Assistência Técnica e Extensão Rural, muito especialmente no Brasil, tem o desafio constante de combinar a técnica com a capacidade de criar laços de confiança com as famílias rurais para desenvolver um trabalho duradouro no médio e no longo prazo. Os agricultores familiares, responsáveis por boa parte da produção de alimentos no Brasil, possuem muitas dificuldades de gestão, entram diariamente em confronto diante das experiências acumuladas sobre a produção que são repassadas de geração em geração com as técnicas modernas de produção. Além disso, os produtores precisam ficar atentos ao que acontece fora da porteira, ou seja, as oscilações de custos de produção e a volatilidade dos preços dos produtos agropecuários.

Nesse sentido, inspirado na psicologia reversa, veja a seguir cinco passos infalíveis para colapsar o seu trabalho de Extensionista Rural e ajudar a afastar ainda mais o agricultor do profissional técnico, auxiliando-o a permanecer com as suas convicções de produção e fazê-lo esquecer de uma vez por todas que, para um trabalho de assistência técnica bem-feito, os resultados poderiam ser diferentes. Então, preparados? Vamos iniciar o nosso roteiro de insucesso garantido e, o pior, de garantia de um fracasso total do trabalho de um extensionista rural.

Cinco dicas para afundar seu trabalho como Extensionista Rural
Cinco dicas para afundar seu trabalho como Extensionista Rural

1. Diagnóstico da região e da propriedade

Não se importe em realizar um diagnóstico da região e da propriedade rural em questão. O sistema agrário, ou seja, conhecer a história da região, o zoneamento agroecológico, a tipologia dos agricultores e dos sistemas de produção, pouco é relevante, afinal, uma unidade de produção pode sobreviver sozinha e independente disso. Entender o sistema de produção da propriedade rural, como os itinerários técnicos, análises agronômicas, análises econômicas e criar modelos, é algo que, somente, se perde tempo, além de burocratizar o trabalho do extensionista. Sendo assim, sinta-se livre para definir, sem o aval da família rural, o que é bom e ruim para a vida produtiva e econômica da propriedade assistida por você. Afinal, como o mundo da agricultura tornou-se global, essas particularidades locais são sem importância para o sucesso de uma unidade de produção agrícola.

2. Difusão de tecnologias

Seja um verdadeiro difusionista. Mostre o melhor produto do mercado para atender a propriedade. Nunca queira saber se a família tem ou não condições para isso, afinal, ela comprando o melhor produto/serviço é certeza de sucesso total na unidade de produção. Não tem como dar errado! Fuja de métodos participativos, eles demoram muito e não dão resultados. Toda propriedade é uma verdadeira empresa e precisa de resultado imediato. É, somente, você comprar o pacote tecnológico, aplicar e colher os frutos. Pensar no longo prazo? Esqueça! Isso são invencionices de algum chato de plantão que acha que agricultor não precisa de dinheiro logo. O negócio é comprar o que o mercado tem a lhe oferecer sem pensar no preço. Adquira logo seu pacote tecnológico que o sucesso é certo. Afinal, o problema do agricultor é apenas sua teimosia em não comprar o que tem de melhor, senão tudo seria diferente!

3. Conhecimento

Quem possui conhecimento técnico é o Extensionista Rural e ponto final. Nada dessa de achar que o agricultor sabe alguma coisa. Afinal, você ficou cinco anos fazendo uma graduação, agora você já sabe tudo. E se a propriedade não evoluiu até agora é porque está fazendo algo de errado. Confia no Extensionista Rural que não conhece a sua propriedade, mas com uma visita já é suficiente. Profissional estudado conhece muito de técnica, então, ele vai te ajudar a sair dessa crise e você, agricultor, irá ganhar muito dinheiro. Usar aquela cartilha que aprendeu com a realidade de outra região é uma receita infalível e inquestionável. Larga de mão esse saber que você tem da família e confia na cartilha que vou lhe passar que será suficiente para você, agricultor.

4. Planejamento 

O trabalho do bom Extensionista Rural é aquele que vai lá conversar, toma um café na propriedade e vai lá contar uns causos. É um negócio infalível adotar, somente, essa metodologia de relacionamento porque o agricultor só precisa de atenção. Não o ajude a planejar nada na sua propriedade, afinal, essas coisas nunca dão certo porque todo ano é um problema novo. Na hora de selecionar o carro-chefe da produção, bem como suas estratégias complementares, seja um conformista, adote sempre aquilo que já vem sendo feito ou se quiser inovar, jogue tudo fora e mande o agricultor começar tudo do zero. Adote somente seu conhecimento técnico infalível, aquele que você aprendeu naquela disciplina que mais adorou na sua universidade, ou apenas algo que você saiba fazer. Afinal, o agricultor não pode saber que você não domina tudo, até porque isso pode colocar em jogo a sua reputação profissional. Assim, você garante seu lugar como profissional inteligente e ser um bom conversador garante confiança do produtor. Afinal, se nada der certo, o problema é do produtor e não seu.

5. Produção

Produza apenas o que o mercado de commodities lhe diz para produzir. Não se preocupe com diferenciação. Produção orgânica ou transição para uma propriedade agroecológica? Que nada, isso é loucura. Afinal, orgânicos não alimentam o mundo e uma propriedade agroecológica é puro romantismo. Esqueça essas coisas de produção voltada para a preservação ambiental ou do cuidado com os recursos de produção, afinal, o produtor só vive de lucros. É preciso ganhar dinheiro a qualquer custo, por isso o modelo convencional é o melhor que temos para o momento. Junte-se aos grandes produtores e ao mercado de exportação que o sucesso é garantido.

PRONTO! AGORA É APENAS UMA QUESTÃO DE TEMPO PARA QUE SEU TRABALHO DE EXTENSIONISTA RURAL POSSA AFUNDAR. VOCÊ FEZ O SEU MELHOR!

 

Seguindo esses passos não é preciso ficar ansioso, porque é apenas uma questão de tempo para tudo dar certo! Ah, mas tem uma questão, tão desimportante quanto o seu próprio trabalho nessas alturas do jogo: lamentavelmente, você não irá conseguir apreciar as etapas da destruição da sua imagem profissional, pois elas são dissimuladas e quase silenciosas, confundidas com a incapacidade do agricultor se adaptar aos seus ensinamentos infalíveis. Quando se der conta, tudo já terá acabado e ninguém irá perceber muito. Lamentavelmente, o pior, na verdade, está para iniciar. Para mais dicas, sigam-me nas redes sociais.

 

Texto inspirado em “Cinco dicas para ‘afundar’ sua fazenda” publicado na revista Globo Rural em 2018.

 

*Ezequiel Redin é Doutor em Extensão Rural, professor, pesquisador, Extensionista e filho de agricultor familiar. É editor há 12 anos da Revista Extensão Rural (Santa Maria). Criador do Projeto do Portal O Extensionista. Vice-Coordenador do PPG em Estudos Rurais, além de membro correspondente da Academia Centro Serra de Letras.

Esse texto possui direitos autorais. Copyright © Ezequiel Redin

-> Veja esse texto em forma de vídeo no Youtube

Como citar esse texto:

REDIN, E. Cinco dicas para ‘afundar’ seu trabalho como Extensionista Rural. O Extensionista, v.4, n.27, p. 1-2, jan. 2022. Disponível em: https://oextensionista.com/cinco-dicas-para-afundar-seu-trabalho-como-extensionista-rural/. Acesso em: DIA Mês. ANO.

Mapa prepara novo cadastro nacional para registro de agricultores familiares

O sistema substituirá, de forma gradativa, a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). A nova plataforma será integrada às bases de dados do governo federal.

O cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) substituirá, de forma gradativa, a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que identifica os agricultores familiares, qualifica as Unidades Familiares de Produção Agrária (UFPA) e suas formas associativas organizadas em pessoas jurídicas, possibilitando o acesso às políticas públicas do governo federal.

O lançamento do novo cadastro e o início da transição estão previstos para dezembro de 2021. Até que se conclua todo o processo, a DAP permanece como o instrumento de identificação dos agricultores familiares e suas organizações para fins de acesso às políticas públicas.

O período de transição ocorrerá em um prazo de dois anos e será realizado de maneira gradual. Novas inscrições serão emitidas por meio do CAF à medida que as DAPs vigentes perderem a validade, não sendo necessário que o beneficiário se antecipe ao fim da vigência de sua DAP.

O secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), César Halum, destaca a importância do CAF. “O Cadastro Nacional da Agricultura Familiar é uma das ações mais importantes desta Secretaria. Por meio dele, poderemos propiciar mais transparência e assegurar aos agricultores familiares que as políticas públicas necessárias cheguem, de forma prioritária, aos que mais precisam”.

O Mapa desenvolveu um novo sistema eletrônico para registro no CAF, com mecanismos capazes de reconhecer adequadamente a categoria de produtores rurais definida pela Lei da Agricultura Familiar e pelo Decreto 9.064/2017. Uma inovação é que a nova plataforma será integrada às bases de dados do governo federal, o que possibilitará a imediata validação das informações declaradas pelo agricultor.

As principais diferenças entre o CAF e a DAP referem-se aos requisitos exigidos para a identificação dos beneficiários, que se baseará somente na Lei 11.326/2006 e no Decreto 9.064/2017, e não mais em critérios estabelecidos pelo Manual de Crédito Rural (MCR), como, por exemplo, a limitação da renda bruta da UFPA.

Além disso, o CAF fará a identificação de todas as pessoas da unidade familiar – superando o limite atual de apenas 2 titulares – e permitirá o ingresso das prefeituras municipais na sua rede emissora, o que ampliará os pontos de atendimento ao público interessado em realizar a inscrição.

Nos próximos meses, ocorrerão ações para capacitar e qualificar a rede de emissores da DAP para emitir o registro de inscrição no CAF. Serão capacitados tanto os agentes emissores, para operacionalizar e analisar os registros, como também os servidores das Superintendências Federais de Agricultura (SFAs), para orientar potenciais beneficiários e realizar o acompanhamento e fiscalização das atividades. As capacitações serão anunciadas oportunamente no portal do Mapa.

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Créditos:

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

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Agricultores familiares do Amazonas podem aderir ao Garantia-Safra

Os agricultores familiares do Amazonas foram incluídos no Programa Garantia-Safra, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a partir do ano agrícola de 2021/2022. O benefício é destinado aos produtores que tiverem perdas de produção nos municípios igual ou superior a 50% por causa de estiagem ou enchentes.

“O Garantia-Safra é um benefício condicionado que tem como objetivo garantir as condições mínimas para a segurança alimentar de agricultores familiares que estão em municípios sujeitos a perdas sistemática de safra, seja por estiagem ou agora, com a inclusão do Amazonas, por inundações”, explicou o Diretor do Departamento de Gestão de Riscos, do Mapa, Pedro Loyola.

Até então, o Fundo Garantia-Safra era pago aos agricultores de todos os estados do Nordeste e do norte de Minas Gerais, que tinham produção prejudicada pela seca. Na safra de 2019-2020, o programa atendeu 380.303 agricultores em 531 municípios.

No Amazonas, podem ser beneficiados cerca de 2.275 agricultores que vivem na bacia do Rio Juruá, onde estão localizadas as cidades de Carauari, Envira, Eirunepé, Guajará, Juruá, Ipixuna e Itamarati. Nessas localidades, os produtores estão sujeitos a inundações.

Segundo o diretor, o Ministério da Agricultura atuou junto ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e definiu metodologia específica para o Amazonas. “A partir de agora, também a questão das inundações e cotas de inundações aí que serão as cheias de rio, será um índice considerado no programa Garantia-Safra e o estado do Amazonas é o primeiro estado a entrar com essa questão das inundações.”

Quem pode receber

Tem direito agricultores familiares que possuam Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) Ativa e tiveram perdas de produção igual ou superior a 50%. Os beneficiários devem ter renda familiar mensal de, no máximo, um e meio salário mínimo e plante entre 0,6 a 5 hectares de feijão, milho, arroz, algodão ou mandioca.

De acordo com o Ministério da Agricultura, o Garantia-Safra prevê o repasse de R$ 850, em parcela única, por causa da Covid-19. Os recursos vêm das contribuições dos agricultores (taxa de adesão), dos municípios, dos estados e da União.

Acesse para aderir ao programa

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Créditos:

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

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Live do GEATER debateu ações da Extensão Rural Pós-Pandemia

O Grupo de Estudos e Pesquisa em ATER (GEATER) realizou na noite do dia 15 de julho a live “Extensão Rural Pós-Pandemia e as demandas dos Agricultores Familiares pela Nova Extensão Rural” tendo como debatedores: Jailson Lopes, extensionista da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (EMPAER-PB), Marcelo Galassi, coordenador da AS-PTA/Paraíba e Melquior Batista, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e deputado estadual da Paraíba.

O evento foi conduzido pelo extensionista da EMPAER-PB, Rodoffo Travasso, e contou com a participação de internautas (extensionistas, professores, pesquisadores) de diversas regiões do Brasil. O GEATER realizará debates online todos os meses para tratar do tema da extensão rural.

Para assistir a live completa, clique aqui

CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVA PROJETO QUE PREVÊ MELHORIA DA CONECTIVIDADE RURAL

O projeto prevê que recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) sejam destinados para o desenvolvimento de novas tecnologias de conectividade nas regiões rurais com baixo IDH.

O acesso à tecnologia e inovação é uma das principais variáveis que influenciam a competitividade e a sustentabilidade do produtor rural, que tem o desafio de produzir maior quantidade, com mais qualidade, menos custo e de forma cada vez mais sustentável.  

O projeto 4061/2019 de Conectividade Rural aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados pode beneficiar milhares de agricultores e trazer novas possibilidades ao campo. Apensado ao PL 1481/07, do Senado, o projeto muda a lei de criação do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para permitir a aplicação de seus recursos inclusive na área de telefonia móvel. Atualmente, a lei permite a aplicação dos recursos apenas para a expansão da telefonia fixa. A proposta segue agora para análise do Senado.

De acordo com o deputado Zé Silva (SD-MG), relator do projeto, a medida vai permitir que os recursos do Fust sejam utilizados para financiar políticas governamentais de telecomunicações e para o desenvolvimento de novas tecnologias de conectividade, ampliando o acesso à internet entre as famílias de baixa renda na cidade e no campo. “Agora vamos trabalhar o texto no Senado para que em 2020 a modernidade da internet das coisas (IoT) e a cobertura 5G cheguem ao campo. Seguramente, quem ganha é o Brasil.”

De acordo com o deputado, desde a criação do Fust, prevista na Lei Geral de Telecomunicações, editada em 1997, até sua efetiva implantação, houve uma lacuna de três anos, e a estratégia estabelecida na época foi democratizar o serviço de telecomunicações por meio da instalação de orelhões em todo o país.“Depois disso, os recursos não foram utilizados e o volume que o fundo tem hoje, cerca de R$ 22 bilhões, será empregado para reduzir o volume do déficit público do Tesouro Nacional”, completa.

O Fust arrecada R$ 1 bilhão anualmente e já tem acumulados R$ 21,8 bilhões, mas praticamente não foi utilizado. Conforme o texto aprovado pela Câmara, os recursos do fundo serão destinados para expansão e melhoria das redes e serviços de telecomunicações, reduzir as desigualdades regionais e para o desenvolvimento de novas tecnologias de conectividade nas regiões rurais com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), sendo as políticas para inovação tecnológica para o meio rural coordenadas pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), conforme previsto na lei nº 12.897/2013. Para o presidente da Anater, Ademar Silva Jr, o recurso será um reforço importante para a promoção da agricultura digital, a chamada Agricultura 4.0. “O acesso às tecnologias traz novas possibilidades ao campo permitindo que o produtor rural possa tomar melhores decisões para produzir mais e com mais qualidade. Mas para isso é preciso que ele tenha conectividade, para que possa ter a acesso a informações em tempo real, como previsão do tempo por exemplo, que possa monitorar a lavoura a distância, e ter mais agilidade e efetividade na operação do dia a dia na fazenda”.

Em coletiva à imprensa, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira, disse que um dos maiores desafios do agro em 2020 é de melhorar a imagem do campo mundo a fora e garantir acesso à renda, tecnologia e assistência técnica para os produtores rurais no país. E para isso o campo precisa da conectividade. “A agricultura de precisão é uma plataforma tecnológica fundamental para garantir a competitividade e sustentabilidade do agronegócio brasileiro. E só podemos viabilizá-la com acesso à Internet, e de qualidade. Sem falar que a conectividade no campo representa inclusão social e é a oportunidade de homogeneizar o agro brasileiro”, avalia.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater)



Câmara do Agro 4.0 promove debate sobre conectividade e novas tecnologias para o meio rural

O objetivo da Câmara é implementar ações destinadas à expansão da internet no meio rural, ao aumento da produtividade no campo, e à difusão de novas tecnologias para o agronegócio

Na primeira reunião da Câmara do Agro 4.0, nesta terça-feira (22), durante a programação da 16ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece até domingo no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília/DF, representantes dos diversos órgãos e instituições que compõem o colegiado empreenderam um debate sobre conectividade e difusão de novas tecnologias para o meio rural.

Resultado de um acordo de cooperação técnica entre os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o objetivo da Câmara do Agro 4.0 é implementar ações destinadas à expansão da internet no meio rural, ao aumento da produtividade no campo, e à difusão de novas tecnologias e serviços inovadores, principalmente nas pequenas e médias propriedades rurais. O grupo também pretende estimular a capacitação profissional dos produtores rurais para manipular as novas tecnologias no mundo agro.

Na abertura dos trabalhos, na manhã desta terça-feira, os secretários de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, e de Empreendedorismo e Inovação do (MCTIC), Paulo César Rezende de Carvalho Alvim destacaram a importância da reunião para aproximar os membros e para elencar e discutir os temas prioritários da Câmara. “A proposta é articular e alinhar ações para o agronegócio frente aos desafios vivenciados pelo setor”, explica Fernando Camargo.

Na reunião foi apresentado o estudo feito pela ESALQ/Usp para mapear a situação da conectividade no Brasil. Os resultados preliminares mostram que menos de 4% do território nacional é conectado à internet e que há uma demanda por pelo menos 5.600 antenas para melhorar a oferta de banda larga no país.

A Câmara do Agro 4.0 também conta com ampla participação da academia, institutos de ciência e tecnologia, iniciativa privada e demais atores relevantes do ecossistema de inovação no contexto do agronegócio nacional.

A Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) é uma das parceiras, e durante a reunião, o presidente Ademar Silva Jr destacou a importância da união da pesquisa, ensino e extensão rural para a promoção do desenvolvimento rural sustentável. “Temos conversado muito com nossos parceiros, tentando quebrar alguns paradigmas, em especial, sobre transferência de tecnologia. Estamos fazendo um trabalho em conexão com a Embrapa, de forma que a Anater possa ser esse braço de assistência técnica e extensão rural (Ater), para levar a tecnologia ali desenvolvida até o produtor rural. E entendemos que essa conexão poderia ser feita com outras instituições, como universidades e centros de pesquisa, que têm muito conhecimento que pode ser levado para o campo de forma prática e acessível”, pondera.

Ademar Jr também ressaltou a importância da participação das empresas estaduais de Ater, as Emateres, na Câmara do Agro 4.0. “Precisamos trazer esses braços, através da Asbraer, para fortalecer a conexão entre o que está sendo discutido aqui com a ponta, que é o produtor rural no campo. Sabemos das dificuldades que os estados enfrentam para prestar serviços de Ater, e participar desse fórum é fundamental para que possam ser inseridos nesse processo de construção que está sendo empreendido aqui”, reforça.

Além das Emateres, o presidente da Anater também destacou que muitas empresas estão organizadas para prestar assistência técnica em todo o Brasil. “Temos um universo de cerca de 4,5 milhões de produtores rurais que recebem pouco ou nenhum tipo de assistência técnica, ou seja, é um universo enorme. Acreditamos na Ater como vetor de tecnologia e inovação, mas precisamos envolver todas essas instituições e empresas que podem contribuir para superar esse desafio”.

No período da tarde, os participantes se dividiram em quatro grupos de trabalho, para debater sobre desenvolvimento; tecnologia e inovação; cadeias produtivas e desenvolvimento de fornecedores; conectividade no campo e desenvolvimento profissional.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Epagri avaliou trabalho com propriedades produtoras de leite da região de Chapecó

Na sexta-feira, 18, a Epagri apresentou aos agricultores da região de Chapecó resultados técnicos, econômicos e ambientais das suas Unidades de Referência Tecnológicas (URTs) em pecuária, durante o 2° Seminário Estadual de Bovinocultura de Leite Epagri. O evento iniciou às 9h, na Epagri/Cepaf, e seguiu a tarde em uma propriedade da região.

URTs são propriedades rurais selecionadas entre as famílias atendidas pela Epagri para receberem as mais recentes tecnologias. Depois de consolidadas, elas servem de modelo para outras com características semelhantes.

“A pecuária catarinense precisa construir fóruns de discussão, com análise de resultados técnicos-econômicos, visando construir sistemas produtivos competitivos, sustentáveis e com alta capacidade de resiliência”, avalia Carlos Otávio Mader Fernandes, Coordenador Estadual de Pecuária da Epagri.

Ele lembra também que é fundamental que os diferentes elos da cadeia produtiva tenham uma maior participação e comprometimento em relação ao desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do leite. “Neste sentido, a Epagri espera contribuir com análise dos resultados em relação aos sistemas produtivos propostos, através dos resultados das URTs”, explica Mader.

A primeira parte do Seminário aconteceu na sede do Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar da Epagri (Epagri/Cepaf). Foi apresentada a análise da rentabilidade dos sistemas produtivos à base de pastagens perenes acompanhados pelo Programa Pecuária da Epagri no período de 2014 a 2018. Os resultados técnicos serão relacionados com a margem líquida por hectare e rentabilidade. 

À tarde foi realizado um Dia de Campo na propriedade da família Dedonatti, no município de Arvoredo. No entendimento de Mader essa é atualmente a URT com o sistema mais ajustado em relação à proposta de produção de leite da Epagri.

Serviço

  • O que: 2° Seminário Estadual de Bovinocultura de Leite Epagri
  • Quando: sexta-feira, 18 de outubro
  • Onde: na Epagri/Cepaf no período da manhã (Serv. Ferdinando Tusset, S/N, Bairro São Cristovão, Chapecó) e na propriedade da família Dedonatti, em Arvoredo, no período da tarde.

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

Agricultores familiares vivem um novo tempo no Semiárido

Com ações simples, mas completamente convergentes com a realidade local, projeto D. Helder Câmara contribui para transformar a vida a vida nas pequenas propriedades da região

Inclusão e prosperidade. Estas são as palavras que resumem a impressão dos técnicos Alan Dolglas e Emábile Sampaio de Carvalho, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Ceará (Ematerce), após visitar os irmãos Naldeir e Nielio Mendes de Sousa, no Sítio São Gonçalo, no município de Juazeiro do Norte/CE.

Naldeir e Nielio são produtores de hortaliças e recebem assistência técnica através do Projeto D. Helder Câmara. Em visita à propriedade na semana passada, os técnicos comemoraram junto com os dois irmãos a qualidade da produção de cebolinha, coentro, abobrinha, couve e pimenta-de-cheiro, que cresce em uma área de 1,5 hectares. Os produtos são comercializados no mercado do Pirajá, segundo maior centro comercial da cidade, possibilitando o sustento e a permanência da família na propriedade.

A técnica Emábile de Carvalho conta que por causa das dificuldades financeiras, há pouco tempo os dois irmãos planejavam se para mudar com suas respectivas famílias para o Sudeste em busca de emprego. “Agora, com ações simples, mas completamente convergentes com a necessidade deles, estamos vendo a pequena produção prosperar e garantir o sustento da família. Estamos muito felizes em fazer parte desta história”, comemora.

Segundo Emábile, desde que iniciaram a execução das ações do projeto D. Helder Câmara, a Ematerce vem realizando visitas regulares aos dois irmãos. “Nesse período, a cada visita, estamos vendo a realidade dessa família mudar. Foram implantados os projetos produtivos, fizemos capacitação para aperfeiçoar a qualidade da produção, e eles puderam permanecer no sítio e continuar trabalhando na propriedade da família em melhores condições”, explica.

Naldeir e Nielio são uma das cerca de 10 mil famílias cearenses que integram o projeto D. Helder Câmara e recebem serviços de assistência técnica e extensão rural, fomento produtivo (individual e coletivo) e fomento para alimentação animal.

O projeto é realizado pelo Governo Federal em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e com a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) com o objetivo de contribuir para a melhoria sustentável das condições sociais e econômicas das famílias que vivem em condição de pobreza ou extrema pobreza no Semiárido.

No Ceará, as ações são realizadas em 113 municípios, em parceria com a Ematerce, Instituto Flor do Piqui, Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra) e com o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (Cactus).

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

Assistência técnica e organização da gestão potencializam setor vinícola na Serra Gaúcha

Presidente da Anater visita sede da Embrapa Uva e Vinho e Emater, em Bento Gonçalves/RS, para conhecer as soluções tecnológicas e a organização do setor vinícola na região

O presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Ademar Silva Jr, visitou na última sexta-feira (11) as instalações da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves/RS, para conhecer soluções tecnológicas desenvolvidas para o cultivo de uvas de mesa e as novas cultivares para a produção de sucos e vinhos.

O presidente também se reuniu com o enólogo Thompsson Benhur Didone, do escritório da Emater/RS-Ascar, para conhecer um pouco mais sobre a organização do setor vinícola na Serra Gaúcha. “O trabalho da Emater impressiona pela organização e pela qualidade da assistência técnica prestada aos produtores de uva e seus derivados. Além de contar com o serviço de Ater da Emater, que possibilita informação e orientação técnica para melhoria da produtividade, a agricultura familiar também se beneficia com um sistema organizado com regras mais simples e desburocratizadas que viabiliza o negócio para os pequenos produtores. Ficamos muito impressionados com a organização da cadeia produtiva na região”, avalia.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de uva, sendo responsável por cerca de 57% da produção nacional, de acordo com o Atlas Socioeconômico do Estado. A fruta é mais utilizada na elaboração de sucos e vinhos de forma artesanal e industrial, e o estado gaúcho é responsável por cerca de 90% da produção nacional. Segundo o Cadastro Vitícola de 2013-2015, no Estado gaúcho existem aproximadamente 40.000 ha de videiras em 161 municípios, com 138 variedades. De acordo com o Sistema de Declarações Vinícolas – SISDEVIN, em 2019, a produção de uvas no Rio Grande do Sul foi de 614,2 mil toneladas, contribuindo para elevar o Produto Interno Bruto (PIB).

Grande parte desta produção é desenvolvida em pequenas propriedades, por agricultores familiares, envolvendo cerca de 20 mil famílias, muitas delas, inclusive, beneficiadas pela parceria da Emater com a Anater. Segundo o enólogo Thompson Didone, a cadeia produtiva da uva e do vinho é muito importante para o desenvolvimento socioeconômico Estado. “Além de garantir o sustento das famílias que vivem diretamente da produção de uvas e de vinho, o setor vinícola também contribui para viabilizar economicamente a propriedade, incentivando a permanência dos jovens no meio agrícola”, ressalta.

De acordo com o enólogo, com a legislação com regras mais apropriadas para a realidade de empreendimentos com esse perfil, os agricultores familiares passaram a ter mais oportunidade para estruturar seu negócio, em conformidade com as normas, agregando mais uma fonte de renda à família e mantendo viva a tradição cultural da produção de uva e elaboração de vinho colonial.

As mudanças na legislação para o setor vinícola estão previstas na Lei nº 12.959, de 19 de março de 2014, conhecida como Lei do Vinho Colonial, que altera a Lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988, e regula o vinho que é produzido por agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, estabelecendo os requisitos e limites para a sua produção e comercialização.

A Lei do Vinho Colonial permite que o produtor rural torne a sua produção regularizada sem a necessidade de criação de uma empresa e de sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), simplificando o processo de formalização. Para que isso ocorra, é necessário o registro do empreendimento e dos produtos junto ao Mapa e o atendimento aos demais critérios previstos na legislação. No Rio Grande do Sul também é necessária a participação no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (PEAF), cujo objetivo é regularizar a atividade das agroindústrias familiares.

De acordo com Thompson, o PEAF facilita o acesso a linhas de crédito; oferece serviços de orientação para regularização sanitária e ambiental com a disponibilização de perfis agroindustriais, layout de rótulos, entre outros; disponibiliza novos espaços de comercialização local e apoia a participação em feiras; amplia a participação dos agricultores familiares nos mercados institucionais, notadamente no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de prestar assistência a empreendimentos da agricultura familiar organizados em associações e cooperativas. “Essa lógica de organização reduz os custos e a burocracia para o processo de formalização, e é importante não somente no aspecto legal e no registro em si, mas também na qualificação da produção e na competitividade do vinho produzido”, avalia.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Seminário em Sombrio discute cultivo do maracujá

Cultura, importante para economia do Sul do Estado, correu risco de desaparecer após ataque de virose

A Epagri realiza nesta terça-feira, 25, em Sombrio, o III Seminário Regional sobre Maracujazeiro. A programação, que inicia às 9h e segue às 16h, vai tratar principalmente do combate à virose do endurecimento do fruto, doença que quase dizimou os pomares da fruta em Santa Catarina e que foi controlada graças a um esforço conjunto de toda a cadeia produtiva, liderado pela Epagri.

Santa Catarina produz o melhor maracujá do Brasil para consumo in natura. Seu tamanho e volume de polpa são os diferenciais que fazem a fruta ser quase toda comercializada na região Sudeste do país. Essa qualidade é resultado de anos de trabalho com a fruta, que começou a ser cultivada de forma profissional no território catarinense por volta de 1990. Em 2005 teve início a pesquisa da Epagri que, uma década depois, resultou no lançamento da variedade SCS437 Catarina. A seleção genética destacou as melhores características do fruto: grande, bem preenchido, com polpa de boa cor, casca espessa e formato mais ovalado.

Todo esse trabalho correu o risco de desaparecer em 2016, quando o vírus causador do endurecimento do fruto chegou aos pomares do Sul de Santa Catarina, a principal região produtora do Estado. Não fosse uma ação rápida e conjunta liderada pela Epagri, esse ser microscópico poderia ter dizimado a produção da região, como já aconteceu no Norte Catarinense, onde a área plantada reduziu drasticamente nos últimos anos devido a uma série de percalços, entre eles o ataque de doenças. Leia reportagem sobre esta ação.

Hoje Santa Catarina conta com mais de 2 mil hectares de maracujazeiros, 90% desse total concentrado na região Sul do Estado. São aproximadamente 900 famílias que têm essa cultura agrícola como atividade econômica. Mais de 95% da produção é realizada por agricultores familiares.

Sombrio, que vai sediar o Seminário, tem a maior área plantada do Estado, com 535 hectares. Segundo Sandoval Miguel Ferreira, extensionista da Epagri no município, Santa Catarina deve colher 48 mil toneladas de maracujá na safra 2018/2019, que se encerra agora em junho. “O preço médio do quilo deve fica no patamar de R$ 1,52, um valor bruto total estimado em R$ 72,9 milhões”, calcula Sandoval.

Diante da importância do maracujá para Santa Catarina e especialmente para o Sul do Estado a Epagri promove a terceira edição do Seminário do maracujazeiro que busca, principalmente, consolidar o trabalho de controle à virose, que deve ser contínuo e contar com apoio de todos os membros da cadeia produtiva.

Serviço

  • O que: III Seminário Regional sobre Maracujazeiro
  • Quando: terça-feira, 25 de junho, a partir das 9h
  • Onde: em Sombrio, no auditório da escola Nair Alves Bratti (av. Nereu Ramos, 2611, Parque das Avenidas)
  • Informações e entrevistas: Sandoval Miguel Ferreira, extensionista da Epagri em Sombrio, pelo fone (48) 3529-0225.

 

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Esta notícia foi autorizada para publicação. Créditos à Gisele Dias, da Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

Anater utiliza aplicativo para auxiliar no trabalho dos técnicos no campo

Operando on-line e off-line, com o aplicativo SGA Mobile é possível comprovar, por georreferenciamento, que a visita ao produtor foi realmente realizada, ao mesmo tempo em que proporciona ao técnico mais facilidade no preenchimento dos dados e segurança nas informações

Nesta semana, a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) começou a utilizar o aplicativo do Sistema de Gestão de Ater – o SGA Mobile. O aplicativo possibilita o acompanhamento e avaliação das ações do técnico, facilitando a tomada de decisão e melhorando o desempenho no cumprimento das metas propostas através de uma interface amigável. O SGA Mobile é gratuito e está disponível para o sistema Android, podendo ser baixado na Play Store dos dispositivos móveis.

Alexandre Oliveira, Gerente de TI da Anater, explica que a plataforma SGA já possibilita o acompanhamento e avaliação das ações dos projetos realizados pela Anater, em tempo real. “Com o SGA Mobile esse acompanhamento será ainda mais efetivo. Isso porque será possível comprovar, por georreferenciamento, que a visita ao produtor foi realmente realizada, ao mesmo tempo em que proporciona ao técnico mais facilidade no preenchimento dos dados, que são lançados diretamente no aplicativo, dispensando o uso de papel e o retrabalho em digitar as informações que antes eram previamente anotadas”, avalia.

Como muitas propriedades estão fora de área de cobertura da internet, Alexandre explica que outra grande vantagem do SGA Mobile é a operação off-line”. Ainda no escritório, o extensionista planeja a visita no aplicativo, programando as coordenadas da propriedade a ser visitada e cadastrando as atividades que serão realizadas. Depois disso, ele não precisará mais estar conectado à internet, bastando deixar a localização do smartphone ou tablet ligada. 

Na propriedade, o produtor visitado será identificado no SGA Mobile por reconhecimento facial, e todas as informações serão lançadas diretamente no aplicativo, sem necessidade de conexão. Quando retornar ao escritório e se conectar à internet, após a visita, as informações lançadas no app serão sincronizadas e lançadas em definitivo na plataforma SGA. Tudo isso de forma simples, e sem utilização de papel”, explica.

Para facilitar ao técnico a utilização do SGA Mobile na realização das atividades individuais em campo, a Anater disponibilizou em seu portal um manual e uma videoaula com orientações, desde a preparação da visita até a validação das atividades na propriedade.

O manual pode ser consultado no link, clicando aqui!  

Já a videoaula pode ser acessada pelo link, clicando aqui

 

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Esta notícia foi autorizada para publicação. Créditos à Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

80% dos estabelecimentos rurais no Brasil não recebem Assistência Técnica

Conforme os dados preliminares, recentemente divulgados pelo Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, no Brasil, 1.007.036 estabelecimentos rurais recebem Assistência técnica, enquanto 4.064.296 não recebem Assistência técnica.

Portanto, 80,14% dos estabelecimentos agropecuários no país não recebem Assistência Técnica. Urge a necessidade de um planejamento alinhado as nossas diretrizes da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (PNATER), bem como, uma forte articulação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (ANATER) para institucionalizar ações, programas, projetos, editais e chamadas públicas para atuação junto com os nossos agricultores no Brasil.

Não é possível avançar nos indicadores de desenvolvimento rural sem uma devida atenção aos verdadeiros protagonistas que são nossos agricultores que labutam, dia após dia, para produção de alimentos para a nossa sociedade. O apoio da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) é fundamental para avançar na qualidade de vida das populações rurais e na produção agropecuária no Brasil.

🌱 REFERÊNCIA 🌱

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário: resultados preliminares. Rio de Janeiro. 2017. Disponível em: https://censos.ibge.gov.br/agro/2017.

Como citar esse texto:

O EXTENSIONISTA. 80% dos estabelecimentos rurais no Brasil não recebem Assistência Técnica. v.1, n.13, p. 1-2, jun. 2019. Disponível em: https://oextensionista.com/2019/06/08/80-dos-estabelecimentos-rurais-no-brasil-nao-recebem-assistencia-tecnica/. Acesso em: DIA Mês. ANO.