Emater realiza atividade de capacitação sobre o manejo do algodão agroecológico

A Emater-RN segue com atividades para capacitação dos seus técnicos das regiões de Mossoró, Pau dos Ferros e Umarizal, além das prefeituras dessas localidades, o Centro Terra Viva e a Cooperativa Terra Livre, para o avanço do Projeto Algodão Agroecológico Potiguar. Desta vez, foi realizado um encontro entre os dias 24 e 25 de novembro para apresentar detalhadamente o plano de manejo orgânico e orientar o preenchimento do cadastro do agricultor.

A atividade contou com a participação do engenheiro agrônomo da EMPAER-PB, Vlamink Saraiva, facilitador do espaço de formação sobre a importância dos extensionistas rurais para a sociedade, e também sobre Plano de Manejo Orgânico do Algodão. Na atividade, estiveram presentes 21 participantes dos municípios de Pilões, Venha Ver, Baraúna, Mossoró, Grossos, Pau dos Ferros, José da Penha, Francisco Dantas, João Dias, Marcelino Vieira.

 

Foto: Emater Mossoró

Como parte do processo de formação, foi oferecida uma atividade prática, com visita técnica a uma propriedade no Sítio Senegal, em Mossoró, pertencente à dona Ivaneide e seu Edson, ambos cadastros no Projeto Algodão Agroecológico. Nessa oportunidade, foi realizado o diagnóstico voltado para avaliação da propriedade para receber o selo de orgânico e conformidade.

Na ocasião, também foi elaborado o plano de manejo do algodão agroecológico da área a ser cultivada. Dona Neidinha, como é conhecida na comunidade, que além de agricultora também é artesã, relatou que vê uma grande oportunidade do cultivo do algodão em consórcio com feijão.

O Projeto de Algodão Agroecológico é uma ação do Governo do Estado, através da Sedraf e Emater-RN, com a colaboração de ONGs que já atuam com a atividade, como o Instituto Casaca de Couro, Diaconia e Justa Trama.  O projeto iniciará no Rio Grande do Norte em 20 municípios. 

Fonte: ASSECOM/EMATER

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Estudantes de Agroecologia participantes do Programa Primeira Chance concluem estágio na Empaer

       Estudantes do Curso de Agroecologia da Escola Cidadã Integral Técnica Agenor Clemente dos Santos, em Alagoinha, integrantes do Programa Primeira Chance, do Governo do Estado, concluíram os estágios na Estação Experimental Alagoinha da Empaer (Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária), vinculada à Sedap.
        Iniciado em outubro, o estágio permitiu que as alunas Gabrielle de Abreu da Conceição e Sabrina Adlia Moreira Felismino conhecessem as atividades de pesquisa de melhoramento genético em bovinos e outras atividades desenvolvidas na estação.
        Ao final, o gerente da Estação, Rubens Fernandes da Costa destacou a importância da acolhida de estagiários pela Empaer como sendo de fundamental para que a sociedade possa acessar, ainda mais, as tecnologias desenvolvidas pela empresa, importantes para o desenvolvimento econômico e social da região do Brejo e de toda a Paraíba. Aprovadas, as estagiárias destacaram como sendo fundamental às suas atividades os ensinamentos recebidos.
        Os integrantes da Banca Examinadora dos trabalhos apresentados por Gabrielle de Abreu e Sabrina Adlia, foram o professor Wandel Pires Carneiro e os engenheiros agrônomos Rubens Fernandes da Costa e Waldemir Ribeiro Cavalcante.
       O presidente da Empaer, Nivaldo Magalhães, disse que o Programa é grandioso e que a empresa se sente orgulhosa em contribuir com a formação destes novos profissionais que, com certeza, estarão preparados para exerce suas atividades com maior experiência.
         Criado pelo Governo do Estado em 2019, o Programa Estadual Primeira Chance visa incentivar a concessão de estágio, aprendizagem, atividade de iniciação à prática profissional em instituições de ensino e primeira experiência profissional. Desse modo estimula a integração entre estudante e o mercado de trabalho. A sustentabilidade ambiental é fortalecida pela agregação do conhecimento técnico e cientifico e o conhecimento prático dos produtores

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Créditos:

Fonte:  Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária – EMPAER

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CDRS participa do Seminário da Apaer em 2019 e tem extensionistas homenageados

Sétima edição do Seminário realizado pela Associação Paulista de Extensão Rural (Apaer) promoveu debate de estratégias de fortalecimento da extensão rural em São Paulo, com a participação de um grupo de extensionistas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento que atuam na Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), do qual quatro foram homenageados.

Debater estratégias para fortalecer a extensão rural, como agente de articulação com os produtores rurais, o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada, sob a ótica da agricultura regenerativa e da segurança alimentar como molas propulsoras para o desenvolvimento sustentável nas áreas rural e urbana; este foi o foco do 7.° Seminário Paulista de Extensão Rural, organizado pela Apaer.

Realizado nos dias 17 e 18 de outubro, no auditório da Adunicamp/Unicamp, em Campinas, a edição de 2019 reuniu mais de 100 pessoas, público formado principalmente por extensionistas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e da Secretaria da Justiça e Cidadania, dos respectivos órgãos CDRS e Fundação Itesp. “Nosso objetivo com este Seminário foi estimular a reflexão, o debate, a troca de experiências e a consolidação de estratégias para construir uma forte e firme integração e aliança para que, articulados e comprometidos, possamos contribuir com maior efetividade para o desenvolvimento rural com sustentabilidade”, disse Antônio Marchiori, presidente da Apaer.

E o desejo de aprofundar a integração e as ações conjuntas para o fortalecimento do segmento ficou comprovado na fala dos profissionais das diversas entidades presentes, que representam os servidores da extensão rural, da pesquisa, da defesa agropecuária, de apoio ao associativismo e de assistência aos assentamentos rurais; incluindo também representantes de produtores rurais, os quais se uniram para atuar em defesa de um serviço público de qualidade, principalmente em benefício dos pequenos e médios produtores.

“Eventos dessa natureza ajudam a uma aproximação de conceitos e experiências. Trazer as diversas experiências dos extensionistas, das entidades acadêmicas e da sociedade civil, favorece o entendimento do trabalho de mediação de conhecimento dos agricultores com o conhecimento técnico e científico para o desenvolvimento da agricultura familiar, a qual tem papel fundamental na produção de alimentos e na conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, contribuindo para um enfrentamento dos problemas oriundos das mudanças climáticas. Sendo assim, minha mensagem para os extensionistas é de que se reconheçam como sujeitos de um projeto de mediação de conhecimentos e saberes, pois os agricultores são os nossos principais educadores na construção de um desenvolvimento sustentável de base agroecológica e solidária”, ressaltou Alexandre Pires, coordenador do Centro Sabiá, ONG de Pernambuco.

Luiz Henrique Bambini, engenheiro agrônomo da Prefeitura de São Paulo e um dos responsáveis pelas compras da agricultura familiar e agroecológica, destacou a importância do evento pela promoção da intersetorialidade. “O Seminário foi um espaço para que extensionistas, pesquisadores, poder público, produtores e a sociedade civil dialogassem e buscassem entendimento comum sobre temas complexos. Na modalidade de compra institucional, vemos como essas trocas são importantes, principalmente para os agricultores familiares, que têm que participar de um certame complexo e muitas vezes diferente da sua realidade de comercialização; e atestamos a importância do trabalho da extensão rural como facilitadora desse processo”.

Para os participantes, foi difícil dizer qual o ponto alto do Seminário. “As palestras foram excelentes, os depoimentos e as análises dos agricultores no painel da sociedade civil foram assertivos e contundentes sobre a importância do papel da extensão rural no desenvolvimento da agropecuária e do negócio rural, com foco no fortalecimento e melhoria da renda e qualidade de vida das famílias rurais”, afirmou Beatriz Cantusio Pazinato, diretora da Divisão de Extensão Rural da CDRS.

Ao encerrar o Seminário, Antonio Marchiori salientou: “Como extensionistas, entendemos que o objetivo do trabalho deve ser difundir e incentivar a adoção das melhores práticas, pois sempre podemos evoluir. Com esse Seminário tivemos a convicção de que plantamos uma semente para atender à demanda da sociedade por alimentos mais saudáveis e sem resíduos. Estamos trabalhando por isso e sabemos que os frutos desse Seminário serão abundantes, principalmente porque atingimos um público muito maior que o presente ao auditório da Adunicamp, pois pela primeira vez tivemos a oportunidade de transmitir o Seminário ao vivo, via internet, e futuramente disponibilizaremos o conteúdo no site da Apaer”.

Programação

Com palestras e painéis que trataram de assuntos diversos, tendo como eixo o tema central “Agricultura regenerativa e segurança alimentar”, o debate foi dividido em áreas temáticas e com exemplos de ações que tem transformado vidas e o cenário rural de agricultores tradicionais que estão transição agroecológica, comunidades tradicionais e ribeirinhas em São Paulo e outros estados.

Para o presidente da Apaer, o tema sustentabilidade foi abordado de forma diferente. “O tema sustentabilidade às vezes acaba sendo repetitivo, mas desta vez trouxemos o conceito de agricultura regenerativa, o qual vai além do debate tradicional, pois traz um enfoque de evolução, que pode nos levar, inclusive a refletir sobre a nossa regeneração e a possibilidade de se reinventar. Saímos dos debates com energia para nos reinventar, aproveitando as inovações e as nossas tradições para alcançar outro patamar. O outro tema, relacionado à segurança alimentar também foi muito oportuno, pois o que vemos hoje, principalmente nos mercados europeus, é a não aceitação de resíduos nos alimentos. Por isso, neste Seminário trouxemos para o debate a reflexão sobre as estratégias para incentivar a agricultura orgânica e a transição agroecológica”.

No painel “As estratégias da sociedade civil”, representantes de entidades de produtores e da sociedade civil se expressaram sobre o impacto do trabalho de extensão rural para a geração de renda e emprego no campo e para a garantia de oferta de alimentos seguros em quantidade e qualidade. Marcelo Fukunaga, da Cooperativa Central, que congrega organizações de produtores do Vale do Ribeira, mostrou com gráficos, números e fotos e muita emoção, os resultados da atuação dos extensionistas, por meio do Projeto Microbacias II, inciativa do governo do Estado, por meio do qual foram investidos cerca de R$ 5 milhões nas organizações cooperadas. “Com esse trabalho e os recursos investidos nos tornamos gestores e mostramos que os pequenos agricultores organizados e unidos, com suporte técnico, conhecimento, tecnologia, gestão e infraestrutura de logística (a qual obtivemos com os recursos do Microbacias II), podem ter uma grande participação nos mercados interno e externo”.

Artur Dalton Lima, engenheiro florestal e coordenador de projetos da Cooperafloresta, também falou sobre a importância do trabalho extensionista para a formação da organização. “A nossa cooperativa foi criada por meio do trabalho do extensionista Oswaldo Luiz de Souza, da Casa da Agricultura, que, em 1996, incentivou três famílias a investirem na organização de um grupo para trabalhar no sistema de agroflorestal. Hoje, a Cooperafloresta conta com 80 famílias cooperadas, que produzem uma diversidade de produtos, com valor agregado e marca própria”.

Prêmio Extensionista Rural do Ano e Mérito da Extensão – extensionistas da CDRS foram homenageados

Presente à solenidade, a secretária-executiva da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Gabriela Chiste, enalteceu o papel da extensão rural no desenvolvimento do agro e do Estado de São Paulo. “A extensão rural é fundamental, pois é por meio dela que temos e continuaremos a ter uma agricultura pujante no Estado de São Paulo. Entendemos que a extensão rural é o coração da Secretaria e os extensionistas são a força motriz, pois estão ligados aos agricultores, atendendo às suas demandas. O desenvolvimento rural sustentável só acontece por meio da extensão, que leva cidadania ao campo. É para isso que a Secretaria tem trabalhado incansavelmente nesses últimos 10 meses, contando sempre com o trabalho dos extensionistas”, avaliou a secretária, destacando a importância do Seminário nesse contexto: “Nesse evento foram tratados temas relacionados à cidadania no campo, os quais fazem parte dos objetivos da Secretaria: agroecologia; fixação do homem no campo com geração de renda e qualidade de vida, o que garante que os empreendedores rurais continuem entregando para a sociedade produtos saudáveis e seguros”.

Os depoimentos emocionados dos extensionistas homenageados foram a síntese do espírito desta sétima edição. Homenageada com o diploma de mérito da extensão rural, por sua contribuição ao segmento no Brasil, Sônia Bergamasco, professora da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri)/Unicamp, fez um discurso emocionado. “Eu sou muito grata, pois estive na assembleia de formação da Apaer, que foi um marco para o setor. Estou muito feliz com esta homenagem, pois sou fruto da extensão, meu pai era extensionista e toda a minha vida está na prática, no ensino e na pesquisa da extensão rural. Mas esta homenagem me fez refletir sobre o momento atual, no qual é preciso intensificar a nossa atuação junto aos agricultores familiares, às comunidades tradicionais e aos assentados. Por isso, minha mensagem é para reforçar que ser extensionista, em qualquer época, principalmente neste momento em que se fala da extensão 4.0, do futuro, é necessário que o técnico tenha uma compreensão de que ela é um processo educativo de construção conjunta do conhecimento, o qual considera o conhecimento da prática dos agricultores. Então, é nessa discussão da prática empírica e conhecimento técnico que a extensão do futuro poderá ser inovadora e efetiva”.

Valorizando a união entre os extensionistas, o zootecnista Newton Rodrigues, da Casa da Agricultura de Santos, ligada à CDRS Regional São Paulo, homenageado na categoria Atuação junto às comunidades tradicionais, compartilhou o prêmio com todos. “Este prêmio é um reconhecimento de uma história da qual muitos participaram; sozinhos não fazemos nada; por isso a importância de se atuar em redes sociotécnicas, pois entendemos que nenhuma ideia se impõe sozinha; são as pessoas que viabilizam as ideias”, disse emocionado, incentivando uma atuação da extensão em busca de uma visão de atuação em prol da economia solidária.

Destacando o impacto social do trabalho, Sérgio Nishimoto, da Casa da Agricultura de Mesópolis, ligada à CDRS Regional Jales, homenageado na categoria “Atuação em comunidades da agricultura familiar”, declarou que trabalhar na extensão rural impacta positivamente a vida dos produtores e dos extensionistas, a partir de um olhar integral que vai além da atuação técnica. “Como fruto do meu trabalho, criei e formei meus filhos. E tenho a graça de ver muitas famílias rurais também fazendo isso com seus filhos, com a renda de seu trabalho no campo”.

Já Osmar Mosca Diz, extensinista da Divisão de Extensão Rural (Dextru) da CDRS, homenageado na categoria “Inovações Tecnológicas na Agroecologia”, por seu trabalho dedicado à difusão da meliponicultura, apicultura e cultivo de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), ressaltou a extensão rural como ato de amor, que deve ser direcionado principalmente às crianças, para que o conceito de sustentabilidade seja internalizado desde cedo nas novas gerações. “Umas das missões do extensionista é ‘amorizar’ o mundo!”

Em um relato emocionado, Antonio Segundo Quito, extensionista da Casa da Agricultura de Lupércio, ligada à CDRS Regional Marília, que recebeu seu prêmio – na categoria Atuação no âmbito do desenvolvimento municipal -, das mãos da extensionista Sônia Bergamasco, que foi sua professora na década de 1960, o engenheiro agrônomo, que iniciou o seu trabalho na Secretaria de Agricultura em 1972 e está na ativa desde então, tendo vivido e contribuído na transformação que o meio rural paulista vem passando nas últimas quatro décadas, afirmou: “Atuar na extensão rural é, antes de tudo, entender que é mais que um trabalho, é uma missão. O extensionista não é só o técnico: é psicólogo, professor, amigo etc. Em Lupércio, município onde atuo na Casa da Agricultura há décadas, ver uma geração de jovens que querem ficar no campo e de outros que estudam e me procuram dizendo que a escolha pela Agronomia se deu pelo meu exemplo, é motivo de muita felicidade e orgulho!”

Esses foram apenas alguns fragmentos da fala dos extensionistas homenageados nesta que foi a 3.ª edição do Prêmio Extensionista Rural do Ano, criado pela Apaer com a finalidade de proporcionar maior visibilidade, perante a sociedade e lideranças políticas, ao trabalho de homens e mulheres que se destacaram na atividade ao longo de suas carreiras, em cinco categorias: Atuação em comunidades da agricultura familiar; Assentamentos da reforma agrária; Comunidades tradicionais; Desenvolvimento municipal; e inovações tecnológicas na agroecologia.

Segundo os organizadores, a escolha dos homenageados se deu a partir de um processo amplo de indicação de candidatos, apoiados por grupos de extensionistas rurais. “Na sequência, o conselho diretor da Apaer elegeu os profissionais a serem homenageados, a partir da análise comparativa de seus currículos, referências de colegas, relatórios e destaques na mídia”, informa Abelardo Gonçalves Pinto, vice-presidente da Apaer.

Homenageados 2019

  • Engenheiro agrônomo Sérgio Nishimoto – Casa da Agricultura de Mesópolis/CDRS Regional Jales/ Secretaria de Agricultura e Abastecimento – categoria Atuação em comunidades da agricultura familiar.
  • Zootecnista Newton José Rodrigues da Silva – Casa da Agricultura de Santos/CDRS Regional São Paulo/Secretaria de Agricultura e Abastecimento – categoria Atuação junto a comunidades tradicionais.
  • Engenheiro agrônomo Osmar Mosca Diz – Divisão de Extensão Rural – Gabinete/CDRS/ Secretaria de Agricultura e Abastecimento – categoria Inovações tecnológicas na agroecologia.
  • Engenheiro agrônomo Antonio Segundo Quito – Casa da Agricultura de Lupércio/CDRS Regional Marília/ Secretaria de Agricultura e Abastecimento – categoria Atuação no âmbito do desenvolvimento municipal.
  • Engenheiro agrônomo José Carlos Bagnoli – Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo/Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania – categoria Atuação em assentamentos rurais.

Sessão de Pôsteres

Nos eventos da Apaer, um momento muito importante é a apresentação de trabalhos efetivamente vinculados à extensão rural, os quais permitem a divulgação do serviço no Estado de São Paulo, bem como os trabalhos do ensino e de pesquisa na área, propiciando oportunidade de trocas de experiências e intercâmbio entre os extensionistas. “A Sessão de Pôsteres é uma parte importante do Seminário, pois favorece a troca de experiências e incentiva a réplica de bons trabalhos, projetos e ações para todo o Estado, disseminando conhecimento e experiências de sucesso”, avalia a engenheira agrônoma Maria Cláudia S. G. Blanco, uma das responsáveis pela seleção e organização da Sessão.

De acordo com ela, os trabalhos podem ser submetidos em três categorias: trabalho de extensão rural; pesquisa em extensão rural e experiência no ensino de extensão rural. “Neste ano foram apresentados 36 trabalhos com temas diversificados, ilustrando a amplitude de atuação dos extensionistas rurais, entre os quais podemos citar: transição agroecológica, desenvolvimento local e novas oportunidades de negócios: um estudo de caso da Coopermogi-ecoverde, apresentado por extensionistas da CDRS Regional Mogi das Cruzes; Fornecimento de alimentos para prefeituras municipais por associações de produtores rurais, apresentado por técnicos do Itesp; e um trabalho apresentado por uma start up vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), intitulado Sensor para controle de agrotóxicos: qualificando a agricultura familiar da serra fluminense para agricultura de precisão.

Maria Cláudia destacou, ainda, alguns temas relacionados ao ensino como o Projeto de extensão educacional rural nos assentamentos de produtores de leite do município de Colômbia; Atividade agroecológica em escola rural de ensino fundamental em São Pedro, realizado pela Esalq/USP. Na área de pesquisa em extensão rural, destacou o trabalho apresentando por uma doutoranda da Feagri-Unicamp, intitulado “O envelhecimento em assentamentos rurais do Pontal do Paranapanema e a assistência técnica e extensão rural (Ater), novos desafios?”.

Sobre a Apaer

Criada em setembro de 2012, em Campinas, durante o I Seminário Paulista de Extensão Rural, a Apaer congrega extensionistas dos setores público e privado, agricultores, professores e pesquisadores.

Para a diretoria da Apaer, pelo fato de a Associação entender a extensão rural como instrumento não apenas de transferência de tecnologia e conhecimento para o produtor, mas como um trabalho amplo que abrange todos aqueles que atuam de forma a promover a construção do saber com o homem e a mulher do campo, sendo facilitadores no processo de elaboração e acesso às políticas públicas, a sua base de associados é aberta a todos aqueles que entendem a assistência técnica e extensão rural como instrumento catalisador e agregador de ações, projetos e programas desenvolvidos em uma rede de atores.

Desde a fundação, foram realizados sete seminários e um congresso. Nos últimos anos, tem se consolidado como um espaço de debates, intercâmbio de conhecimentos, elaboração de propostas, mobilização e articulação com instituições e órgãos governamentais, visando ao fortalecimento e à valorização da extensão rural.

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Cleusa Pinheiro – Centro de Comunicação Rural (Cecor/CDRS)

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Como citar esse texto:

O EXTENSIONISTA. CDRS participa do Seminário da Apaer em 2019 e tem extensionistas homenageados. v.1, n.15, p. 1-8, nov. 2019. Disponível em: https://oextensionista.com/2019/11/06/cdrs-participa-do-seminario-da-apaer-em-2019-e-tem-extensionistas-homenageados/. Acesso em: DIA Mês. ANO.

Caderneta Agroecológica fortalece o trabalho das mulheres produtivas no Ceará

A caderneta registra a contribuição do trabalho produtivo realizado por mulheres, promovendo a valorização e conscientização sobre a importância da participação da mulher nas propriedades rurais

Agricultoras familiares do município de Santa Quitéria, no Ceará, participam de curso de formação para implantação da Caderneta Agroecológica, para acompanhamento produtivo e comercial. O curso é realizado pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (Cactus), uma das empresas parceiras da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) na execução do projeto D. Helder Câmara no estado cearense.

A Caderneta Agroecológica surgiu em 2011, como uma proposta de formação do Programa Mulheres e Agroecologia do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM), de Minas Gerais. Adaptada a partir de demandas das agricultoras pela então Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD), o projeto é desenvolvido desde 2016, e visa, sobretudo, promover a valorização e conscientização sobre a importância da participação da mulher nas propriedades rurais. A caderneta registra a contribuição do trabalho produtivo realizado por mulheres:  o que é produzido, consumido, comercializado, trocado ou doado pelas unidades produtivas.

Caderneta Agroecológica

Projeto D. Helder Câmara no Semiárido

Realizado pelo Governo Federal em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o projeto D. Helder Câmara tem como objetivo contribuir para a melhoria sustentável das condições sociais e econômicas das famílias que vivem em condição de pobreza ou extrema pobreza no Semiárido. A Anater é parceira na execução do projeto e coordena as ações do eixo assistência técnica e extensão rural.

Em sua segunda fase, o projeto   está beneficiando agricultores dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (Nordeste), Minas Gerais e Espírito Santo (Sudeste).

No Ceará, as ações do projeto D. Helder Câmara integram 113 municípios cearenses, beneficiando 9.489 mil famílias, entre agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e assentados da reforma agrária, que recebem serviços de assistência técnica e extensão rural, fomento produtivo (individual e coletivo) e fomento para alimentação animal.

Além da Cactus, também são parceiras da Anater na execução dos serviços de Ater no Ceará a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Ceará (Ematerce), o Instituto Flor do Piqui e a Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra).

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Sistema de produção limpa de alimentos da Epagri é premiado pela FGV

A Epagri será premiada pela Fundação Getúlio Vargas por ter desenvolvido um sistema de produção limpa de alimentos. O Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH) foi um dos 12 casos selecionados no Brasil, na área de inovação para a inclusão da agricultura familiar em cadeias de alimentos. A entrega do prêmio aconteceu nesta quinta-feira, 12 de setembro, em São Paulo, no Centro de Estudos em Sustentabilidade (FGVces) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EAESP.

                   SPDH sistema de produção limpa de alimentos. Foto: Marcelo Zanella

A premiação é realizada por meio do Projeto Bota na Mesa, da FGVces, com o tema Mudança do Clima e Transição Agroecológica. O caso da Epagri foi selecionado entre outros 80 inscritos por instituições públicas e privadas do País.

O objetivo da premiação é inspirar a construção de referências de atuação para empresas e governos em relação à cadeia produtiva de alimentos. Para selecionar os casos, pesquisadores do FGVces levaram em consideração o grau de inovação, a conexão com os temas de transição agroecológica e mudança do clima, a contribuição para a inclusão da agricultura familiar e o potencial de escala e replicabilidade de cada iniciativa.

                   SPDH sistema de produção limpa de alimentos. Foto: Marcelo Zanella

 

SPDH

O Sistema de Plantio Direto de Hortaliças vem sendo desenvolvido há 25 anos em Santa Catarina. Ele consiste em alguns princípios fundamentais que, se forem aplicados corretamente, levam a reduzir ou até eliminar o uso de produtos químicos nas propriedades, no curto ou médio prazo, explica Marcelo Zanella, extensionista rural da Epagri na Grande Florianópolis e especialista no assunto. Entre esses princípios estão o uso plantas de cobertura para proteger o solo, a rotação de culturas, a nutrição adequada da planta segundo suas taxas diárias de absorção, o não revolvimento do solo e o manejo mecânico das plantas espontâneas sem produtos químicos.

                  SPDH sistema de produção limpa de alimentos. Foto: Marcelo Zanella

Existem atualmente em Santa Catarina entre 1,2 mil e 1,3 mil propriedades trabalhando em SPDH, que abrangem uma área de 3,5 mil a 4 mil hectares. As principais lavouras de SPDH no Estado são maracujá, couve, repolho e brócolis. Na Grande Florianópolis, praticante todo o chuchu é cultivado no sistema. A área cultivada com alface e tomate também vem crescendo muito no Estado.

“A gente chama de plantio direto propriedades que estão em transição para o sistema de produção limpa. Algumas estão mais adiantadas, outras mais atrasadas, mas todas estão num processo de adequação“, descreve o extensionista da Epagri. Santa Catarina é pioneira nesse sistema no país, que surgiu da necessidade de diminuir custos e elevar a competitividade da agricultura familiar. “A ideia é reduzir o trabalho do produtor e aumentar a qualidade dos alimentos”, explica Marcelo.

                            SPDH sistema de produção limpa de alimentos. Foto: Marcelo Zanella

 

Mais informações sobre o projeto, clique aqui!  

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

XI Congresso Brasileiro de Agroecologia será em Sergipe

O XI Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) será realizado na Universidade Federal de Sergipe (UFS), campus São Cristóvão, no período de 04 a 07 de novembro de 2019. Com o lema “Ecologia de Saberes: Ciência, Cultura e Arte na Democratização dos Sistemas Agroalimentares”, o congresso contempla um desafio coletivo em sua organização e processos preparatórios descentralizados nos territórios.

O evento é promovido pela Associação Brasileira de Agroecologia e pela Rede Sergipana de Agroecologia (RESEA). A realização do CBA na sua décima primeira edição é o fortalecimento de uma rede frutífera do Congresso em sua relevância nacional, ao mesmo tempo em que expressa o fortalecimento das numerosas experiências agroecológicas das famílias agricultoras, movimentos sociais e das instituições de ensino, pesquisa e extensão, além de ressaltar a importância dos territórios na preservação de nossa biodiversidade e riqueza étnica e cultural.

Histórico

Desde 2003, o Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) vem sendo realizado com participação ativa e ampla de instituições de ensino, pesquisa e extensão e sociedade civil organizada envolvida com as demandas da Agricultura Familiar e lógicas familiares de produção, em geral.

Nos seus mais de dez anos de existência, já circulou em várias regiões do país. Inicialmente pensado como espaço de valorização da Agroecologia como ciência, o CBA vem amadurecendo como verdadeiro espaço de diálogo entre os conhecimentos científicos e práticos, construído por todos os parceiros da Agricultura Familiar e camponesa, no Brasil e no mundo.

Para maiores informações, acesse o site do XI Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA)

Fonte: Associação Brasileira de Agroecologia