Processo Seletivo Simplificado da Emater oferta 102 vagas

Candidatos devem se inscrever pelo Sistema Integrado de Processo Seletivo Simplificados (Sipros) nesta quinta-feira (6) e sexta-feira (7)

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-Pa) abre inscrições para o Processo Seletivo Simplificado (PSS) 01/2022 para o preenchimento de 102 vagas de níveis fundamental, médio e superior. Os interessados em se candidatar devem se inscrever pelo Sistema Integrado de Processo Seletivo Simplificados (Sipros) nesta quinta-feira (6) e sexta-feira (7).

De acordo com a Coordenadoria de Desenvolvimento e Recursos Humanos (Codes), as vagas, preferencialmente, serão destinadas à atuação em municípios com o menor número de servidores com o objetivo de reforçar a prestação de serviço de assistência técnica e extensão rural (Ater) ao público-alvo, os agricultores familiares rurais.

“Grande parte dos selecionados no PSS irá atuar em municípios do Regional do Marajó, do Tapajós, do Médio Amazonas, e ainda alguns irão atuar no escritório central para atender a demanda técnico-administrativa”, disse Alessadra Silva, coordenadora da Codes.

Foto: Ascom Emater

As vagas de nível superior são para profissionais com formação: engenheiro agrônomo (17), engenheiro florestal (2), engenheiro de pesca (1), médico veterinário (1), engenheiro de alimentos ou tecnólogo de alimentos (1), administrador (2), biblioteconomista (2), arquivologista (1), analista de sistemas (2), contador (2), engenheiro civil (1), estatístico (1), tecnólogo em gestão de recursos humanos (1), pedagogo (1), psicólogo (1), sociólogo (1).

Para nível médio as vagas são: agente de segurança do trabalho (1), assistente de administração (4), auxiliar de administração (30), operador gráfico (1), secretária/o (6). Já para o nível fundamental há vagas para agente operacional (23).

Foto : Ascom Emater

A seleção é composta de análise de currículo e, para os cargos de nível superior também de entrevista individual, com realização nos municípios de Marituba, Breves e Santarém.

A jornada de trabalho é de 8 (oito) horas diárias, totalizando 40 (quarenta) horas semanais.

O resultado do certame será divulgado no dia 28 deste mês.

Serviço:

Inscrição ao PSS no endereço

http://www.sipros.pa.gov.br, no horário de 00h00 do dia 06 de janeiro de 2022 às 23h59min do dia 07 de janeiro de 2022

Texto: Paula Portilho/ Emater 

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Extensão Rural: Apaer critica reestruturação da Secretaria de Agricultura de SP

 A Associação Paulista de Extensão Rural (Apaer) condenou decreto do governo de São Paulo que deve reduzir ainda mais a capacidade de atendimento para cerca de 300 mil agricultores que produzem alimentos no Estado. Segundo a Apaer, apesar de não citar a palavra fechamento das Casas da Agricultura, o Decreto 66.417, incluído no Diário Oficial do Estado de quinta-feira (30), estabelece a reestruturação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) e prevê, em vez de atendimento ao agricultor, que estas Casas da Agricultura “serão consideradas como unidades administrativas, não lhes correspondendo, porém, qualquer nível hierárquico”.

O presidente da Apaer, Antônio Marchiori, disse em nota que “apesar da importância da extensão rural para apoiar a produção de alimentos e a conservação dos patrimônios naturais, a gestão da Secretaria da Agricultura em São Paulo tem caminhado na direção contrária das necessidades”. “O quadro de servidores é cada vez menor, reduzido à menos da metade, e não há um compromisso da SAA em repor estes profissionais, ao contrário, o Estado tem jogado esta responsabilidade para as Prefeituras”, criticou.

Um levantamento feito pela Apaer mostra que o Estado tem cerca de 390 mil cadastros na fila para regularização ambiental e apenas 120 analistas para fazer o atendimento. A entidade afirmou que o quadro ficou ainda pior desde 2020, porque a “agricultura de São Paulo, que tem o segundo pior orçamento do Brasil, usou a pandemia como desculpa para limitar ainda mais os serviços oferecidos aos produtores rurais”.

Foto: Apaer

Além do fechamento das Casas da Agricultura, a Apaer argumenta que “o decreto cria cargos em comissão, promovendo um inchaço no topo da hierarquia com apadrinhamento político e enxugando na ponta, onde estão os extensionistas, responsáveis pela assistência efetiva aos produtores”.

A reestruturação da Agricultura e outras medidas, como aumento de impostos para o setor, vêm sendo criticadas por entidades do setor desde 2020. Produtores rurais chegaram a fazer um tratoraço em diferentes regiões do Estado. Para conter a crise, o então secretário, Gustavo Junqueira, que lançou a ideia de fechar as Casas da Agricultura, foi substituído por Itamar Borges, que adiou a decisão para o fim de 2021.

“Na prática, estamos assistindo, na calada da noite e sem diálogo com a categoria, o estrangulamento do serviço de extensão rural em São Paulo, o que representa riscos para a produção de alimentos e para o meio ambiente, o que já vem acontecendo em diversos municípios, por falta de um programa de governo efetivo para melhorar o manejo dos recursos naturais – a crise hídrica e as recentes nuvens de poeira são um exemplo disso”, destacou Marchiori.

Fonte: Isto é 

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Mapa amplia as ações do AgroResidência com mais quatro editais de seleção

Ao todo, serão aplicados R$ 15,5 milhões para financiar os projetos selecionados.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está ampliando as ações do Programa AgroResidência com a publicação de mais quatro editais, por meio da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). O objetivo é selecionar propostas de projetos voltados para a qualificação técnica de estudantes e recém-egressos de cursos de ciências agrárias e áreas afins.

Ao todo, serão aplicados R$ 15,5 milhões para financiar os projetos selecionados nos quatro editais. A expectativa é atender cerca de 900 jovens, promovendo sua inserção no ambiente real de trabalho, por meio de treinamento prático, orientado e supervisionado, propiciando o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao exercício profissional. 

Os recursos serão utilizados no custeio de bolsas para residentes de cursos técnicos de nível médio, no valor de R$ 900; e de nível superior, no valor de R$ 1.200. A carga horária de residência será de 40 horas semanais. 

Também será custeada bolsa para professor orientador, que corresponderá ao valor de R$ 200 por orientado. Cada professor deverá orientar entre cinco (mínimo) e dez (máximo) residentes, sendo assim, a bolsa pode variar de R$ 1 mil a R$ 2 mil. 

O AgroResidência prevê, ainda, custos com a participação dos residentes, professor orientador, técnico orientador e de colaboradores eventuais em reuniões, oficinas, seminários, congressos e afins.

Estudantes participam do AgroResidência no Pará – Divulgação/Mapa

Cada edital possui características e demandas específicas. A elaboração das propostas deve seguir o roteiro e demais orientações apresentadas nos atos de chamamento público.

Os editais do AgroResidência fazem parte de iniciativa do Mapa e da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) para contratação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que somam R$ 53,6 milhões e beneficiarão áreas rurais de todas as regiões do Brasil, no início de 2022. Além da residência profissional agrícola, a ação envolve levar assistência técnica para produtores de orgânicos e em assentamentos.

Editais

Edital 007/2021 receberá propostas de residência profissional agrícola apresentadas por instituições estaduais de ensino e terá abrangência nacional. Serão destinados R$ 5,3 milhões para os projetos aprovados. A submissão poderá ser realizada a partir desta terça-feira (28) até o dia 15 de fevereiro de 2022 pelo e-mail editalresidenciagricola007@anater.org.

Propostas de projetos voltados ao público feminino (residentes mulheres) poderão ser submetidas ao Edital 008/2021 por instituições de ensino público e Escolas Família Agrícola (EFA). As atividades deverão ser executadas no Semiárido brasileiro, dentro da área de atuação do Projeto Dom Hélder Câmara, que abrange 11 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Serão investidos R$ 4,4 milhões para custeio das bolsas e execução das atividades. Os recursos são oriundos do projeto Dom Helder Câmara, fruto de um acordo firmado entre o Mapa e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) para ações de combate à pobreza e apoio ao desenvolvimento rural sustentável no semiárido.

As propostas podem ser enviadas a partir do dia 28 de dezembro de 2021 pelo e-mail editalresidenciagricola008@anater.org. O prazo para submissão termina no dia 10 de fevereiro de 2022.   

As EFAs também poderão submeter suas propostas ao Edital 009/2021, cuja abrangência será nacional. Serão destinados R$ 2,7 milhões para financiar os projetos aprovados. As propostas devem ser enviadas entre os dias 28 de dezembro de 2021 e 15 de fevereiro de 2022 pelo e-mail editalresidenciagricola009@anater.org.

Dando continuidade à estratégia de implementação de ações do programa em um recorte territorial, assim como realizado no estado do Tocantins e Ilha do Marajó, o  Edital 010/2021 receberá propostas de instituições de ensino públicas e Escolas Família Agrícola de Mato Grosso do Sul. Serão destinados R$ 3 milhões para custeio. As propostas podem ser enviadas a partir desta terça-feira (28) até o dia 15 de fevereiro de 2022 pelo e-mail editalresidenciagricola010@anater.org

Fonte: Mapa

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Mapa e Anater viabilizam R$ 53,6 milhões para contratações de serviços de assistência técnica

Agricultores assentados, produtores de orgânicos e estudantes de ciências agrárias podem ser beneficiados em todo o país.

A Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) lançou Chamadas Públicas e Instrumentos Específicos de Parceria (IEPs) para contratação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que somam R$ 53,6 milhões e beneficiarão áreas rurais de todas as regiões do Brasil, no início de 2022. Os editais apresentam novas políticas públicas de Ater, direcionadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O lançamento ocorreu nesta segunda-feira (27). A partir desta data, empresas privadas e públicas de Ater interessadas podem participar dos processos de seleção.

Agricultores assentados, produtores de orgânicos e estudantes de ciências agrárias fazem parte do público-alvo. As iniciativas do Governo Federal são referentes ao Programa de Consolidação de Assentamentos – Produzir Brasil – Região Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo; ao Projeto de Ater para Família de Agricultores e Agricultoras Orgânicos Vinculados a Organizações de Controle Social (OCS); e ao Programa AgroResidência.

“Este final de ano traz mais um marco para a história da Ater no Brasil. É com orgulho que anunciamos esse recurso que contemplará todas as regiões. A Anater, com o direcionamento do Mapa, potencializou as ações e iniciaremos 2022 ainda mais fortes”, destacou o presidente da Anater, Ademar Silva Júnior.

A última versão do Produzir Brasil atenderá demandas específicas da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A finalidade é acelerar o processo de consolidação dos projetos de reforma agrária por intermédio da inserção produtiva em cadeias de valor que garantam a sustentabilidade econômica e ambiental, bem como, a estabilidade social das famílias assentadas para inserção dessas em mercados.

Foto: iStock/Mapa

 A iniciativa é executada em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e, por isso, oferece também o título de posse rural, ampliando o acesso a outras políticas públicas. O recurso de aproximadamente R$ 30,3 milhões beneficiará mais de 6.600 famílias de assentados titulados ou em titulação, de nove estados da Região Nordeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo. Além da contratação de empresas privadas por chamamento, o valor inclui a assinatura de seis IEPs com Emateres.

Já o Projeto de Ater para Família de Agricultores e Agricultoras Orgânicos Vinculados a Organizações de Controle Social (OCSs) visa a prestação de serviços para agricultores(as) familiares agrupados(as) em OCSs  que comercializam com venda direta. Devem ser legalmente constituídas e devidamente cadastradas no Mapa.

Será realizado o apoio à produção familiar de alimentos orgânicos, organização e controle social, rastreabilidade, execução de registros das atividades e acesso a mercados. O recurso de R$ 7,8 milhões contemplará mais de 80 OCSs dos seguintes estados: Amazonas, Ceará, Paraíba, Sergipe, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

O AgroResidência tem o objetivo de selecionar propostas de projetos de residência profissional agrícola de instituições de ensino públicas. Serão contemplados os jovens entre 15 e 29 anos de idade, estudantes de nível médio ou superior e recém-egressos de cursos de ciências agrárias e afins. São quatro editais lançados e a abrangência é nacional, com recurso que soma R$ 15,5 milhões.

<< Confira os editais aqui !

Fonte: Mapa 

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Cinco dicas para afundar seu trabalho como Extensionista Rural

Cinco dicas para ‘afundar’ seu trabalho como Extensionista Rural

Especialista em Extensão Rural lista, ironicamente, ações e situações que prejudicam o trabalho dos Extensionistas Rurais com os agricultores. Confira abaixo alguns dos maiores erros cometidos!

Por Ezequiel Redin*

O trabalho na Assistência Técnica e Extensão Rural, muito especialmente no Brasil, tem o desafio constante de combinar a técnica com a capacidade de criar laços de confiança com as famílias rurais para desenvolver um trabalho duradouro no médio e no longo prazo. Os agricultores familiares, responsáveis por boa parte da produção de alimentos no Brasil, possuem muitas dificuldades de gestão, entram diariamente em confronto diante das experiências acumuladas sobre a produção que são repassadas de geração em geração com as técnicas modernas de produção. Além disso, os produtores precisam ficar atentos ao que acontece fora da porteira, ou seja, as oscilações de custos de produção e a volatilidade dos preços dos produtos agropecuários.

Nesse sentido, inspirado na psicologia reversa, veja a seguir cinco passos infalíveis para colapsar o seu trabalho de Extensionista Rural e ajudar a afastar ainda mais o agricultor do profissional técnico, auxiliando-o a permanecer com as suas convicções de produção e fazê-lo esquecer de uma vez por todas que, para um trabalho de assistência técnica bem-feito, os resultados poderiam ser diferentes. Então, preparados? Vamos iniciar o nosso roteiro de insucesso garantido e, o pior, de garantia de um fracasso total do trabalho de um extensionista rural.

Cinco dicas para afundar seu trabalho como Extensionista Rural
Cinco dicas para afundar seu trabalho como Extensionista Rural

1. Diagnóstico da região e da propriedade

Não se importe em realizar um diagnóstico da região e da propriedade rural em questão. O sistema agrário, ou seja, conhecer a história da região, o zoneamento agroecológico, a tipologia dos agricultores e dos sistemas de produção, pouco é relevante, afinal, uma unidade de produção pode sobreviver sozinha e independente disso. Entender o sistema de produção da propriedade rural, como os itinerários técnicos, análises agronômicas, análises econômicas e criar modelos, é algo que, somente, se perde tempo, além de burocratizar o trabalho do extensionista. Sendo assim, sinta-se livre para definir, sem o aval da família rural, o que é bom e ruim para a vida produtiva e econômica da propriedade assistida por você. Afinal, como o mundo da agricultura tornou-se global, essas particularidades locais são sem importância para o sucesso de uma unidade de produção agrícola.

2. Difusão de tecnologias

Seja um verdadeiro difusionista. Mostre o melhor produto do mercado para atender a propriedade. Nunca queira saber se a família tem ou não condições para isso, afinal, ela comprando o melhor produto/serviço é certeza de sucesso total na unidade de produção. Não tem como dar errado! Fuja de métodos participativos, eles demoram muito e não dão resultados. Toda propriedade é uma verdadeira empresa e precisa de resultado imediato. É, somente, você comprar o pacote tecnológico, aplicar e colher os frutos. Pensar no longo prazo? Esqueça! Isso são invencionices de algum chato de plantão que acha que agricultor não precisa de dinheiro logo. O negócio é comprar o que o mercado tem a lhe oferecer sem pensar no preço. Adquira logo seu pacote tecnológico que o sucesso é certo. Afinal, o problema do agricultor é apenas sua teimosia em não comprar o que tem de melhor, senão tudo seria diferente!

3. Conhecimento

Quem possui conhecimento técnico é o Extensionista Rural e ponto final. Nada dessa de achar que o agricultor sabe alguma coisa. Afinal, você ficou cinco anos fazendo uma graduação, agora você já sabe tudo. E se a propriedade não evoluiu até agora é porque está fazendo algo de errado. Confia no Extensionista Rural que não conhece a sua propriedade, mas com uma visita já é suficiente. Profissional estudado conhece muito de técnica, então, ele vai te ajudar a sair dessa crise e você, agricultor, irá ganhar muito dinheiro. Usar aquela cartilha que aprendeu com a realidade de outra região é uma receita infalível e inquestionável. Larga de mão esse saber que você tem da família e confia na cartilha que vou lhe passar que será suficiente para você, agricultor.

4. Planejamento 

O trabalho do bom Extensionista Rural é aquele que vai lá conversar, toma um café na propriedade e vai lá contar uns causos. É um negócio infalível adotar, somente, essa metodologia de relacionamento porque o agricultor só precisa de atenção. Não o ajude a planejar nada na sua propriedade, afinal, essas coisas nunca dão certo porque todo ano é um problema novo. Na hora de selecionar o carro-chefe da produção, bem como suas estratégias complementares, seja um conformista, adote sempre aquilo que já vem sendo feito ou se quiser inovar, jogue tudo fora e mande o agricultor começar tudo do zero. Adote somente seu conhecimento técnico infalível, aquele que você aprendeu naquela disciplina que mais adorou na sua universidade, ou apenas algo que você saiba fazer. Afinal, o agricultor não pode saber que você não domina tudo, até porque isso pode colocar em jogo a sua reputação profissional. Assim, você garante seu lugar como profissional inteligente e ser um bom conversador garante confiança do produtor. Afinal, se nada der certo, o problema é do produtor e não seu.

5. Produção

Produza apenas o que o mercado de commodities lhe diz para produzir. Não se preocupe com diferenciação. Produção orgânica ou transição para uma propriedade agroecológica? Que nada, isso é loucura. Afinal, orgânicos não alimentam o mundo e uma propriedade agroecológica é puro romantismo. Esqueça essas coisas de produção voltada para a preservação ambiental ou do cuidado com os recursos de produção, afinal, o produtor só vive de lucros. É preciso ganhar dinheiro a qualquer custo, por isso o modelo convencional é o melhor que temos para o momento. Junte-se aos grandes produtores e ao mercado de exportação que o sucesso é garantido.

PRONTO! AGORA É APENAS UMA QUESTÃO DE TEMPO PARA QUE SEU TRABALHO DE EXTENSIONISTA RURAL POSSA AFUNDAR. VOCÊ FEZ O SEU MELHOR!

 

Seguindo esses passos não é preciso ficar ansioso, porque é apenas uma questão de tempo para tudo dar certo! Ah, mas tem uma questão, tão desimportante quanto o seu próprio trabalho nessas alturas do jogo: lamentavelmente, você não irá conseguir apreciar as etapas da destruição da sua imagem profissional, pois elas são dissimuladas e quase silenciosas, confundidas com a incapacidade do agricultor se adaptar aos seus ensinamentos infalíveis. Quando se der conta, tudo já terá acabado e ninguém irá perceber muito. Lamentavelmente, o pior, na verdade, está para iniciar. Para mais dicas, sigam-me nas redes sociais.

 

Texto inspirado em “Cinco dicas para ‘afundar’ sua fazenda” publicado na revista Globo Rural em 2018.

 

*Ezequiel Redin é Doutor em Extensão Rural, professor, pesquisador, Extensionista e filho de agricultor familiar. É editor há 12 anos da Revista Extensão Rural (Santa Maria). Criador do Projeto do Portal O Extensionista. Vice-Coordenador do PPG em Estudos Rurais, além de membro correspondente da Academia Centro Serra de Letras.

Esse texto possui direitos autorais. Copyright © Ezequiel Redin

-> Veja esse texto em forma de vídeo no Youtube

Como citar esse texto:

REDIN, E. Cinco dicas para ‘afundar’ seu trabalho como Extensionista Rural. O Extensionista, v.4, n.27, p. 1-2, jan. 2022. Disponível em: https://oextensionista.com/cinco-dicas-para-afundar-seu-trabalho-como-extensionista-rural/. Acesso em: DIA Mês. ANO.

Mapa lança edital para ofertar assistência técnica a cooperativas e associações da agricultura familiar do AC, AP, AM e PA

O lançamento marcou o Dia da Amazônia, celebrado no dia 5 de setembro. Serão contempladas as cooperativas que atuam com produtos da biodiversidade amazônica, como cacau, açaí e castanha-do-Brasil.

Com o intuito de fortalecer a produção aliada ao uso sustentável dos recursos naturais, o projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor lança edital de seleção com o objetivo de ofertar serviços de assessoria técnica para cooperativas e associações da agricultura familiar localizadas nos estados do Acre, Amapá, Amazonas e Pará, que atuam prioritariamente nas cadeias de valor do cacau, do açaí, da castanha-do-brasil e do pirarucu de manejo, e bem como de outros produtos da sociobiodiversidade amazônica. O projeto é uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, em parceria com a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

A consolidação de cadeias de valor da bioeconomia é uma oportunidade de geração de renda para a agricultura familiar, especialmente na Região Norte do país. O fortalecimento das estruturas de gestão e comercialização de cooperativas e associações de comunidades locais, expandindo a comercialização dos seus produtos em cadeias de valor prioritárias, promovem estratégias-chave que aliam produção e conservação dos recursos naturais, construindo uma bioeconomia sustentável e inclusiva para a Amazônia.

“Esse edital reforça nosso compromisso com o cooperativismo, com a promoção da agricultura familiar e com a promoção de cadeias de valor que trabalhem a partir da floresta em pé. O lançamento do edital nesta data também comemora o Dia da Amazônia, dia 5 de setembro, celebrando o potencial que a região tem em apontar para soluções para a bioeconomia”, ressalta o secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, César Halum.

Para realizar a inscrição é necessário preencher, até o dia 5 de outubro de 2021, a Ficha de Candidatura, disponível no link: https://forms.gle/NMpqhYCv8zPqAmbq7 . Todos os critérios, condições para candidatura e cronograma do processo de seleção estão detalhados no edital de seleção.

Assessoria Técnica

As cooperativas e associações selecionadas pelo edital do projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor poderão contar com aportes, serviços e ferramentas para identificação de demandas em áreas específicas de gestão do empreendimento coletivo, como também para a construção e execução de um plano de ação e qualificação de processos de planejamento.

Outras possibilidades ofertadas pelo edital são a realização de acompanhamento contábil, financeiro, comercial, organizacional, ambiental, produtivo, de marketing, entre outras áreas, e a elaboração de projetos de investimentos, custeio e/ou capital de giro, e prospecção das diversas fontes possíveis de financiamentos.

Os empreendimentos coletivos selecionados poderão, ainda, solicitar a realização de atividades específicas de formação e capacitação para associados, técnicos e dirigentes do empreendimento e seus familiares e/ou a elaboração e distribuição de materiais didáticos, de divulgação e promoção comercial, bem como de identidade visual do empreendimento e dos produtos.

O edital prevê ações de promoção à articulação, negociação, integração e pactuação do empreendimento com outras organizações da agricultura familiar, da sociedade civil e de governos, para participação em programas de compras institucionais de alimentos, mercados privados e diferenciados, como também com o setor privado, para estabelecer e melhorar relações comerciais e formalizar parcerias.

A primeira atividade a ser realizada após a seleção será a identificação do estágio e do nível de maturidade das associações e cooperativas, além da identificação da visão de futuro e onde os empreendimentos querem chegar.

Os selecionados poderão receber os serviços conforme suas necessidades ou interesse, compatibilizando com ações já desenvolvidas (ou em desenvolvimento) em outros projetos ou programas. Portanto, os atendimentos poderão ser realizados de maneira integral ou parcial, considerando o estágio identificado em cada empreendimento.

A forma de aplicação dos serviços, assim como carga horária e cronograma, será planejada específica e diretamente com cada um dos empreendimentos selecionados no edital, que poderão contar com a assessoria especializada até dezembro de 2023.

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Créditos:

Fonte: MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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Gestão socioambiental e o desenvolvimento da extensão rural pública será o tema de live com Rodrigo Moraes no canal do YouTube do Portal O Extensionista

Analista Ambiental  na ICMBio, Rodrigo Leal Moraes atualmente é um agente de desenvolvimento que protagoniza ações práticas no âmbito da gestão socioambiental e na Extensão Rural pelo Brasil

Com o objetivo de popularizar o conhecimento sobre Extensão Rural no Brasil, o Portal O Extensionista promoverá uma live nesta quarta-feira, 07/07, com o tema: “Gestão socioambiental e o desenvolvimento da extensão rural pública”. Na ocasião, o Prof. Ezequiel Redin do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFVJM, Campus Unaí, conversará com o Rodrigo Leal Moraes,  Analista Ambiental no Núcleo de Gestão Integrada (NGI) Carajás do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

A atividade faz parte do VI Compartilhamento de Experiências em Extensão Rural realizado pela disciplina de Extensão Rural do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFVJM, Campus Unaí e também do Projeto de Extensão: “O Extensionista: a ponte digital entre a pesquisa e a comunidade rural” registrado na PROEXC/UFVJM que está na fase 2 de desenvolvimento. 

O convidado, Ms. Rodrigo Leal Moraes (convidado), é mestre em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável (PPGAA/INEAF/UFPA), possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA (2000-2004). Atuou como Engenheiro Florestal/Especialista no Instituto de Meio Ambiente do Estado do Acre – IMAC(2006-2009), onde realizou análise de Planos de Manejo Florestal, georreferenciamento de propriedades rurais e fiscalização ambiental. Atualmente é analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, onde atua na gestão participativa, ordenamento dos recursos pesqueiros, monitoramento da biodiversidade e fortalecimento das organizações sociais locais em Reservas Extrativistas Marinhas localizadas no salgado paraense. Para saber mais, acesse seu Currículo Lattes, clique aqui

O Prof. Ezequiel Redin, moderador da live, é Mestre e Doutor em Extensão Rural pelo Programa de Pós-graduação em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria. (PPGExR/UFSM); Editor da Revista Extensão Rural (UFSM). Atualmente, é professor do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) – Campus Unaí, MG e Professor Permanente e Coordenador em exercício do Programa de Pós-graduação em Estudos Rurais (PPGER) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus Diamantina, MG. É avaliador credenciado do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP/MEC. Para saber mais, acesse seu Curriculo Lattes, clique aqui

A disciplina de Extensão Rural do ICA/UFVJM tem como objetivo construir um ethos teórico/empírico que proporcione um contato direto com diferentes profissionais do campo da Extensão Rural para compartilhamento de vivências e experiências que angariaram no mercado de trabalho e que partilhadas possam servir de estímulo aos futuros profissionais para também atuar como extensionistas rurais. 

Para tanto, a disciplina oportuniza diálogo com profissionais das diferentes áreas do conhecimento, com experiência na sua área de atuação, com a finalidade de apresentar experiências sobre o campo da Extensão Rural, ressalta o Prof. Ezequiel Redin. 

⚠ Coloca na agenda: 

📆 Dia: 07/07/2021 (quarta-feira)

⏰ 16h

🚨 Evento 👉 Gestão socioambiental e o desenvolvimento da extensão rural pública

🧑‍🎓Convidado: Rodrigo Leal Moraes 

🎥 Transmissão pelo canal do Youtube O EXTENSIONISTA. Para acessar, clique aqui   💚 💚

 

Para conhecer as outras lives, clique na seção lives do Portal. 

 

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Esse texto possui direitos autorais. 

Como citar esse texto:O EXTENSIONISTA. Gestão socioambiental e o desenvolvimento da extensão rural pública será o tema de live com Rodrigo Moraes no canal do YouTube do Portal O Extensionista. v.3, n.26, p. 1-2, jul. 2021. Disponível em: https://oextensionista.com/gestao-socioambiental-e-o-desenvolvimento-da-extensao-rural-publica-sera-o-tema-de-live-com-rodrigo-moraes-no-canal-do-youtube-do-portal-o-extensionista/. Acesso em: DIA Mês. ANO. 

Proposta atualiza a política nacional de assistência técnica na agricultura

Projeto pretende alcançar todos os agricultores brasileiros, e não só os setores familiares, tradicionais e da reforma agrária.

O Projeto de Lei 4371/20 atualiza a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater), prevista na Lei 12.188/10. O texto está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Pela norma, a assistência técnica e extensão rural é definida como o serviço de educação não formal e continuada que no meio rural promove processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização e serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive agroextrativistas, florestais e artesanais.

Deputado Zé Silva: “É clara a necessidade de uma assistência técnica e extensão rural que garanta a celeridade da chegada de informações e inovações aos produtores” (Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados)

A proposta retira a gratuidade da lista de princípios da Pnater, atualmente focada na agricultura familiar, nos assentados da reforma agrária e nas comunidades tradicionais e indígenas. O objetivo passará a ser o abastecimento do País – hoje a meta é segurança e soberania alimentar e nutricional.

Tecnologia digital
O texto amplia o escopo da política nacional para o conjunto dos agricultores brasileiros, com as respectivas especificidades. Em vez da agricultura de base ecológica, propõe a adoção da chamada “agricultura 4.0” – que usa tecnologia digital e conectada –, mantendo enfoque preferencial na produção sustentável.

Para executar a Pnater, o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pronater) terá parcerias entre União, entes federativos e setor produtivo, organizando ainda verbas de ministérios e órgãos. Entidades interessadas em participar deverão estar constituídas há dois anos, ante os cinco exigidos hoje.

“É clara a necessidade de uma assistência técnica e extensão rural que garanta a celeridade da chegada de informações e inovações aos produtores, de forma barata e eficaz”, disse o autor, deputado Zé Silva (Solidariedade-MG).

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

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Créditos:

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Desmantelamento da Extensão Rural em são paulo? para onde vai a cati? leia a carta AFITESP/SINDAFITESP

Carta aos beneficiários da Fundação ITESP e toda a sociedade paulista

Neste momento, em que o país se encontra imerso em contexto de grave sobreposição de crises econômica, política e institucional, potencializadas pela pandemia de covid-19 e suas terríveis consequências à saúde pública, em especial às populações empobrecidas e em situação de vulnerabilidade social, o Governo do Estado de São Paulo, num claro ato de desrespeito e desprezo pela vida e dignidade humana, encaminha à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) o Projeto de Lei nº 529/2020 que propõe a extinção de empresas, autarquias e fundações públicas de inestimada importância à garantia do bem-estar social da população paulista, dentre elas a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva” (ITESP).

A Fundação ITESP, responsável pela implementação da política agrária e fundiária do estado de São Paulo, presta reconhecido serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) a mais de 7 mil famílias, em 140 assentamentos rurais distribuídos por todo o estado, e a mais de 1.400 famílias quilombolas, pertencentes a 36 comunidades remanescentes de quilombos presentes, sobretudo, na região do Vale do Ribeira. Ambos os públicos atendidos pela ATER da Instituição, agricultores familiares e quilombolas, são reconhecidos, nacional e internacionalmente, por suas imensas contribuições à preservação ambiental e uso racional e sustentável das áreas em que vivem e trabalham, com destaque para a exploração racional dos recursos naturais nas áreas de mata atlântica. Sendo também igualmente reconhecidos como os principais produtores dos gêneros alimentícios básicos, saudáveis e livres de agrotóxicos, que ocupam as mesas e garantem a segurança e soberania alimentar da população.

Para além das atividades de ATER junto às comunidades citadas, a Fundação ainda desenvolve Programa de Regularização Fundiária Urbana e Rural, numa ação social, em parceria com os municípios paulistas onde, após identificadas as áreas passíveis de regularização fundiária, são outorgados títulos de propriedade ou de domínio, de legitimação de posse e de legitimação fundiária, via de regra, nas periferias das cidades, sem nenhum custo para os beneficiários, somando-se, ao longo da história, mais de 45 mil títulos concedidos.

Cabe destacar, também, que grande parte das atividades citadas são desenvolvidas em regiões e municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), contribuindo, assim, para a dinamização da economia urbana e rural de pequenos e médios municípios e, consequente, geração de empregos, distribuição de renda e redução das desigualdades sociais e regionais.

Ressaltamos ainda que o cenário que se impõe torna imperativo o massivo investimento estatal em geração de empregos, garantia da saúde da população e promoção do bem-estar social como instrumentos de política anticíclica, capazes de atenuar e reverter os dramáticos efeitos de tal crise sobre o próprio orçamento público e, sobretudo, sobre a população empobrecida. Entretanto, com a proposta de extinção da Instituição, o governo do estado de São Paulo sinaliza em direção contrária, tornando clara sua opção por deixar sem qualquer assistência técnica, aproximadamente, 9.000 famílias residentes e produtoras nos assentamentos rurais e comunidades quilombolas, comprometendo a segurança e soberania alimentar do estado, além de lançar às fileiras do desemprego os mais de 500 servidores atualmente em serviço.

Diante do exposto, entendemos que a nefasta proposta do governo de João Dória para extinção da Fundação ITESP revela a verdadeira face de um governo que, em que pese a aparência que busca transmitir, em essência, apenas corrobora as políticas implementadas em esfera federal, demonstrando igual mesquinhez e desprezo para com o meio ambiente e a dignidade humana.

Por esse motivo, a Diretoria da Associação dos Funcionários da Fundação ITESP (AFITESP) vem a público expressar o seu repúdio em relação às ações do governo estadual e exigir a imediata retirada do referido Projeto de Lei apresentado pelo Governo do Estado de São Paulo.

A Diretoria

AFITESP/SINDAFITESP

Assine a petição e ajude a ITESP, clique aqui!

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

LIVE: Assistência técnica e extensão agrícola: O papel das instituições de pesquisa e universidades

Nesta quarta, 15 de julho, a partir das 10h30, o Prof. Decio Zylbersztajn ministrará a palestra “Assistência técnica e extensão agrícola: o papel das instituições de pesquisa e universidades” na Série de Palestras Técnicas da Embrapa.

A Série de Palestras Técnicas (SPT) é um evento presencial, com frequência semanal, já consolidado junto aos funcionários lotados e/ou removidos na Embrapa Arroz e Feijão. Em 2020, a SPT ocorre por meio de parceria entre a já referida unidade e, também, a Embrapa Florestas.

Os objetivos da SPT são: 1) promover um bom networking profissional; 2) atualizar e enriquecer o currículo profissional; 3) desenvolver novas habilidades importantes; 4) escutar e respeitar novos pontos de vista; 5) atiçar a curiosidade, inspirar o estudo aprofundado de novos temas e, como consequência, descortinar novas possibilidades de pesquisa, desenvolvimento e inovação e 6) manter os participantes atualizados sobre o mercado agropecuário e sobre novos conceitos.

Neste momento, em que a pandemia do coronavírus exige isolamento, a SPT inova passando a ocorrer virtualmente, via Conferência Web, abrindo oportunidades para que profissionais de outras localidades possam compartilhar seus conhecimentos virtualmente como palestrantes da SPT e, também, abrindo a oportunidade para que o público externo possa também desfrutar das palestras.

Neste Link , nesta quarta, você poderá assistir a palestra gratuitamente a palestra:

https://conferenciaweb.rnp.br/events/assistencia-tecnica-e-extensao-agricola-o-papel-das-instituicoes-de-pesquisa-e-universidades

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Christiane Leles Rezende De Vita

Grupo de Estudos e Pesquisa em ATER é criado no Brasil

O Serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) têm contribuído de forma significativa com as ações no rural brasileiro desde o pós-Segunda Guerra Mundial, todavia ainda carecemos de organização dos trabalhadores do setor que se dedicam ao estudo, pesquisa e publicação dos seus trabalhos em nível nacional.

No campo dos Programas de Pós-Graduação em ATER destacam-se os cursos de mestrado e doutorado em universidades nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, todavia não dispomos de uma instituição científica que promova o debater sobre o tema. Vale destacar que inúmeras entidades como a Sociedade Brasileira de Sociologia e Economia Rural (SOBER), a Rede de Estudos Rurais, dentre outras ainda promove nas suas ações algumas discussões sobre o tema da extensão rural.

Assim, compreende-se que é necessário promover a criação de uma rede de profissionais de ATER numa perspectiva de organizar o trabalho daqueles que se dedicam ao estudo e pesquisa sobre o tema.

Objetivo Geral

Formar um Grupo de Trabalho em Estudos e Pesquisa de ATER para dinamizar ações juntos de profissionais de ATER em todo país.

Objetivos Específicos

  1. Criar um cadastro de profissionais de ATER que manifestem interesse em participar desta iniciativa;
  2. Organizar eventos que busquem planejar ações no campo do estudo e pesquisa em ATER;
  3. Fomentar a criação de uma publicação nacional sobre ATER bem como obras regionais a exemplo do que vem sendo feito pelo SINTER-PB;
  4. Sistematizar pesquisas que demonstrem os resultados das ações de ATER;
  5. Incentivar a participação dos extensionistas em eventos científicos e publicação em periódicos do setor rural;
  6. Promover ações que gere a entrada dos extensionistas em cursos de pós-graduação da área.

Para saber mais, clique aqui

EXTENSÃO RURAL BRASILEIRA COMEMORA 71 ANOS

Atualmente, o Brasil conta com o mais de 20 mil extensionistas rurais que atuam como agentes de desenvolvimento sustentável em todas as unidades da Federação

Nesta sexta-feira, 06 de dezembro, a cidade e o campo comemoram os 71 anos Extensão Rural no Brasil e o Dia Nacional do Extensionista Rural. A data instituída pelo governo federal tem como marco referencial a criação, em 1948, da primeira empresa pública de Ater do País, a Associação de Crédito e Assistência Rural (Acar), hoje Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), que se tornou a maior empresa do setor da América Latina.

Atualmente, o Brasil conta com o mais de 20 mil extensionistas rurais que atuam como agentes de desenvolvimento sustentável em todas as unidades da Federação, promovendo a modernização da agropecuária e a melhoria do bem-estar social da população rural. “O extensionista é quem implementa as técnicas desenvolvidas pela pesquisa, que está dia a dia com o produtor ajudando na produção sustentável, ensinando formas de redução do desperdício, auxiliando na comercialização. É um profissional que ajuda a aumentar a renda do produtor e colabora para o crescimento econômico do País”, ressalta o presidente da Asbraer, Nivaldo Magalhães.

Para o presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Ademar Silva Jr., o trabalho do extensionista rural é fundamental para levar conhecimento e inovação para as populações rurais e possibilitar que o campo tenha sustentabilidade e competitividade. 

“Nesta data especial, queremos reforçar o apoio da Anater a todos os extensionistas rurais, a todas as Emateres, e a todos aqueles que trabalham pela extensão rural e pela assistência técnica no Brasil. Entendemos que o salto inclusivo e produtivo da agropecuária brasileira como grande fornecedora de alimentos para a população mundial somente irá ocorrer quando a Ater estiver disponível para um número maior de agricultores. E a Anater tem o desafio de fazer com que 85% dos produtores rurais, o que corresponde a mais de 3,5 milhões de propriedades, alcancem a inovação social”.

De acordo com o presidente, para vencer esse desafio, a Anater está estabelecendo parcerias e buscando novas fontes de financiamento para qualificar e equipar os extensionistas rurais de todo o País, de forma que possam levar ao campo a inovação tecnológica que vai promover, realmente, esse salto de qualidade e produtividade.  “Por isso é fundamental unir forças e consolidar parcerias para que possamos construir juntos um futuro grandioso para a Ater e para os nossos produtores”.

O presidente da Frente Parlamentar Mista de Ater, deputado federal Zé Silva, destaca que 2019 foi um ano de muitos desafios. “Lançamos recentemente o pacto pela revitalização e fortalecimento da Ater, na busca de recursos que possam garantir a sustentabilidade do setor, e também aprovamos na Comissão de Agricultura da Câmara uma emenda no orçamento de 2020 no valor de R$ 250 milhões. É assim que queremos que a extensão rural comemore esta data: com a garantia de recursos e condições para trabalhar pela agricultura brasileira”.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Estações meteorológicas para monitoramento da cebola

Sistema de alerta de doenças para a cultura da cebola ganha mais quatro estações agrometeorológicas

Quatro municípios do Alto Vale do Itajaí e Grande Florianópolis passaram a contar com estações agrometeorológicas automáticas telemétricas: Ituporanga, Chapadão do Lageado, Atalanta e Alfredo Wagner. As quatro plataformas compõem a rede de 70 estações que subsidiam as informações ambientais necessárias para gerar alertas fitossanitários para a cultura da cebola. Nelas são registrados dados referentes a clima e condições de tempo, disponibilizados de forma pública e gratuita no site da Epagri/Ciram através dos sistemas de visualização como o Agroconnect e CebolaNET.

Todas as estações monitoram, de hora em hora, as variáveis de chuva, temperatura, umidade relativa do ar e molhamento foliar. O técnico da Estação Experimental da Epagri em Ituporanga, Rafael Sizani, destaca que os dados gerados por elas agilizam a tomada de decisão em casos de ocorrência de eventos naturais extremos, como chuvas intensas e estiagem, por exemplo. Já o Agroconnect é um sistema que interpola esses dados e acusa as condições ambientais que favorecem a ocorrência das doenças, gerando avisos para os produtores.

Segundo a pesquisadora da Epagri-Ciram Iria Sartor Araujo, as estações possuem sistema de energia autônomo com painel solar e bateria, sem depender de energia elétrica. “Mesmo em períodos nublados ou chuvosos seu funcionamento é garantido 24 horas por dia”, ressalta.

As quatro estações agrometeorológicas foram adquiridas com recursos do projeto Fortalecimento da Infraestrutura de Pesquisa da Epagri – SC (PAC Embrapa 2012), que aportou R$260 mil para a compra de 10 estações. Com elas a Epagri passará a contar com 190 estações próprias, o que faz de Santa Catarina o estado com maior cobertura de monitoramento de dados ambientais.

Cebola em Santa Catarina

Em Santa Catarina a cebola é a hortaliça que apresenta o maior valor bruto de produção, movimentando um valor aproximado de 370 milhões de reais anualmente. Santa Catarina é o maior produtor nacional, responsável por aproximadamente um terço da área total plantada no país – em torno de 20 mil hectares – e 1/3 da produção nacional (aproximadamente 500 mil toneladas/ano). Além do aspecto econômico, a cultura desempenha um importante papel social, uma vez que é cultivada, em sua quase totalidade, pelos agricultores familiares, com mais de oito mil famílias envolvidas diretamente na atividade. Segundo a Epagri/Cepa, ao final da safra 2019/20, o estado deve colher 529.210 toneladas de cebola.

 

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

Diretor do AgroNordeste destaca a importância da Anater para efetividade do programa

Na primeira reunião do Comitê Central de Coordenação, o diretor Danilo Fortes destaca que o papel da Anater é fundamental para a efetividade das ações do programa

No final de agosto, sexta-feira (23/08), foi dado um importante passo para implementação do Plano de Ação para o Nordeste, o AgroNordeste, com a primeira reunião dos representantes do Comitê Central de Coordenação do programa, que vai apoiar a organização das cadeias agropecuárias da região do Semiárido para ampliar e diversificar os canais de comercialização, e buscando aumentar a eficiência produtiva e o benefício social.

Durante a reunião, realizada na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília/DF, foram apresentados a identidade visual e o plano de ação do programa, que, de acordo com o diretor geral do AgroNordeste, Danilo Forte, será lançado nos próximos dias pelo Governo Federal. “Acredito que a partir de agora teremos uma forma diferente de ver a produção agrícola no Nordeste e inserir essa produção no agronegócio nacional”, ressalta.

Segundo o diretor geral, o AgroNordeste trabalhará na identificação de obstáculos que travam a competitividade de setores da agropecuária nordestina com potencial de crescimento e, para isso, conta com a parceria de vários entes na diversificação das ações.  “A compreensão da necessidade da assistência técnica efetiva, tanto de porteira para dentro, nas técnicas agrícolas, como de porteira para fora, com o empreendedorismo, a comercialização dos produtos, agregação de valor, aproveitar as oportunidades que o Brasil tem a partir desse acordo do Mercosul com a União Europeia, tudo isso nos habilita para fazer um trabalho de maior profundidade. Essa é a nossa tarefa, e a Anater é fundamental nessa parceria, tanto na formulação do que vai ser passado para o produtor, como também no acompanhamento das ações pelo AgroNordeste”, completa.

 

Reunião Agronordeste
Foto: Jerusia Aruda

O presidente da Anater, Ademar Silva Jr, observa que muitas das ações previstas no AgroNordeste são similares às que a agência vem fazendo, e que o momento é de fortalecer o eixo assistência técnica do programa. “Entendo que nessa proposta do AgroNordeste teremos a oportunidade de transformar e gerar conhecimento e uma diretriz para a Anater muito mais ampla do que ela tem hoje. A Anater já está prestando assistência técnica na região do Semiárido a quase 60 mil famílias de agricultores e 500 empreendimentos da agricultura familiar, entre cooperativas e associações, e essa parceria se configura como uma oportunidade de direcionar a esse público as diretrizes do programa”, explica.

O presidente Ademar Jr também observa que as ações de Ater viabilizadas por recursos federais estão muito pulverizadas em vários ministérios. “É importante fazer o direcionamento dessas ações para um núcleo comum, para que se possa mensurar, de fato, a dimensão do alcance e dos resultados dessas ações”, propõe.

Convênio

Antes da reunião do Comitê Central de Coordenação do AgroNordeste foi realizada uma solenidade onde o Mapa firmou convênio com o Banco do Nordeste para subsidiar políticas públicas e privadas de inovação voltadas para o desenvolvimento sustentável da agropecuária no bioma da Caatinga. A parceria permitirá a estruturação do Sistema de Inteligência, Gestão e Monitoramento Territorial Estratégico (SITE), que reunirá dados científicos da região. Uma das principais políticas que serão subsidiadas pelo sistema é o AgroNordeste.

A ministra Tereza Cristina destacou a importância do programa e ressaltou que a iniciativa corrobora a missão do Mapa de atender a todos os tipos de agricultura e reduzir a distância entre pequenos e grandes produtores. “É um programa novo, diferente de tudo o que já foi feito. É um programa de integração das cadeias produtivas que já existem no Nordeste, mas precisam ser incentivadas e viabilizadas”, declarou.

O Banco do Nordeste aplicará R$ 1,5 milhão para financiamento dos estudos por meio do Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação (Fundeci). O projeto será realizado ao longo de 12 meses. O SITE estará disponível ao público. A ferramenta apoiará ações das secretarias do Mapa e demais instituições públicas e privadas.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Seminário em Sombrio discute cultivo do maracujá

Cultura, importante para economia do Sul do Estado, correu risco de desaparecer após ataque de virose

A Epagri realiza nesta terça-feira, 25, em Sombrio, o III Seminário Regional sobre Maracujazeiro. A programação, que inicia às 9h e segue às 16h, vai tratar principalmente do combate à virose do endurecimento do fruto, doença que quase dizimou os pomares da fruta em Santa Catarina e que foi controlada graças a um esforço conjunto de toda a cadeia produtiva, liderado pela Epagri.

Santa Catarina produz o melhor maracujá do Brasil para consumo in natura. Seu tamanho e volume de polpa são os diferenciais que fazem a fruta ser quase toda comercializada na região Sudeste do país. Essa qualidade é resultado de anos de trabalho com a fruta, que começou a ser cultivada de forma profissional no território catarinense por volta de 1990. Em 2005 teve início a pesquisa da Epagri que, uma década depois, resultou no lançamento da variedade SCS437 Catarina. A seleção genética destacou as melhores características do fruto: grande, bem preenchido, com polpa de boa cor, casca espessa e formato mais ovalado.

Todo esse trabalho correu o risco de desaparecer em 2016, quando o vírus causador do endurecimento do fruto chegou aos pomares do Sul de Santa Catarina, a principal região produtora do Estado. Não fosse uma ação rápida e conjunta liderada pela Epagri, esse ser microscópico poderia ter dizimado a produção da região, como já aconteceu no Norte Catarinense, onde a área plantada reduziu drasticamente nos últimos anos devido a uma série de percalços, entre eles o ataque de doenças. Leia reportagem sobre esta ação.

Hoje Santa Catarina conta com mais de 2 mil hectares de maracujazeiros, 90% desse total concentrado na região Sul do Estado. São aproximadamente 900 famílias que têm essa cultura agrícola como atividade econômica. Mais de 95% da produção é realizada por agricultores familiares.

Sombrio, que vai sediar o Seminário, tem a maior área plantada do Estado, com 535 hectares. Segundo Sandoval Miguel Ferreira, extensionista da Epagri no município, Santa Catarina deve colher 48 mil toneladas de maracujá na safra 2018/2019, que se encerra agora em junho. “O preço médio do quilo deve fica no patamar de R$ 1,52, um valor bruto total estimado em R$ 72,9 milhões”, calcula Sandoval.

Diante da importância do maracujá para Santa Catarina e especialmente para o Sul do Estado a Epagri promove a terceira edição do Seminário do maracujazeiro que busca, principalmente, consolidar o trabalho de controle à virose, que deve ser contínuo e contar com apoio de todos os membros da cadeia produtiva.

Serviço

  • O que: III Seminário Regional sobre Maracujazeiro
  • Quando: terça-feira, 25 de junho, a partir das 9h
  • Onde: em Sombrio, no auditório da escola Nair Alves Bratti (av. Nereu Ramos, 2611, Parque das Avenidas)
  • Informações e entrevistas: Sandoval Miguel Ferreira, extensionista da Epagri em Sombrio, pelo fone (48) 3529-0225.

 

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Esta notícia foi autorizada para publicação. Créditos à Gisele Dias, da Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

80% dos estabelecimentos rurais no Brasil não recebem Assistência Técnica

Conforme os dados preliminares, recentemente divulgados pelo Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, no Brasil, 1.007.036 estabelecimentos rurais recebem Assistência técnica, enquanto 4.064.296 não recebem Assistência técnica.

Portanto, 80,14% dos estabelecimentos agropecuários no país não recebem Assistência Técnica. Urge a necessidade de um planejamento alinhado as nossas diretrizes da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (PNATER), bem como, uma forte articulação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (ANATER) para institucionalizar ações, programas, projetos, editais e chamadas públicas para atuação junto com os nossos agricultores no Brasil.

Não é possível avançar nos indicadores de desenvolvimento rural sem uma devida atenção aos verdadeiros protagonistas que são nossos agricultores que labutam, dia após dia, para produção de alimentos para a nossa sociedade. O apoio da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) é fundamental para avançar na qualidade de vida das populações rurais e na produção agropecuária no Brasil.

🌱 REFERÊNCIA 🌱

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário: resultados preliminares. Rio de Janeiro. 2017. Disponível em: https://censos.ibge.gov.br/agro/2017.

Como citar esse texto:

O EXTENSIONISTA. 80% dos estabelecimentos rurais no Brasil não recebem Assistência Técnica. v.1, n.13, p. 1-2, jun. 2019. Disponível em: https://oextensionista.com/2019/06/08/80-dos-estabelecimentos-rurais-no-brasil-nao-recebem-assistencia-tecnica/. Acesso em: DIA Mês. ANO.

Chamada pública para submissão de capítulo de livro sobre Assistência Técnica e Extensão Rural

O Contexto

Em 2017, um grupo de extensionistas rurais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (EMATER-PB) iniciou um debate para construção de uma publicação de viés científico para sistematizar as ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Com isso, iniciou-se um processo de construção de um livro anual sobre a temática em que haveria participação com capítulos enviados pelos profissionais vinculados as duas entidades sindicais ligadas aos servidores da EMATER-PB: Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (SINTER-PB) e o Sindicatos dos Agrônomos, Veterinários e Zootecnistas dos Entes Públicos da Paraíba (SINAVEZ).

O primeiro livro foi lançando em 6 de dezembro de 2018, Dia do Extensionista Rural, em Campina Grande-PB, com o título “Extensão Rural: experiências, pesquisa e sindicalismo”, organizado por Ailton Francisco dos Santos e Gustavo José Barbosa, com capítulos produzidos por profissionais da EMATER-PB, EMEPA, IFPB, UFOPA, SINTER-PB e SINAVEZ. As temáticas relacionadas à pesquisa agropecuária e ao sindicalismo estão inseridas no livro devido à relação próxima com as entidades que editaram o trabalho.

Em 2019, os sindicatos planejam lançar um novo volume. No dia 20 de março foi publicada uma chamada de artigos para o segundo volume do livro que receberá contribuições até 30 de junho de 2019. Todavia, o lançamento anual do livro não cessa o trabalho do grupo que o organiza, mas é uma semente na construção de um grupo de pesquisa de abrangência nacional reunindo profissionais, professores e pesquisadores que venham a sistematizar as ações de ATER.

Sobre a Obra

A referida publicação terá como objetivo reunir textos inéditos resultados de atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) com 10 (dez artigos), movimento sindical 02 (dois artigos) e pesquisa científica em agropecuária com 05 (cinco artigos). Serão recebidos textos de servidores da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regulamentação Fundiária (EMPAER), da direção do SINTER-PB, do SINAVEZ e de entidades sindicais colaboradoras do livro, e de membros de entidades de pesquisa agropecuária. Os textos deverão ser enviados em formato Word para o e-mail: livroater@gmail.com.

Baixe aqui:

EDITAL DE CHAMADA DE ARTIGOS PARA LIVRO E NORMAS DE PUBLICAÇÃO

TERMO DE RESPONSABILIDADE E TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS

Os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural no Brasil

Atualmente, o Brasil possui 2.062.256 beneficiários atendidos pelos serviços de Extensão Rural.

Destes, 28% do público beneficiário concentra-se na região Sudeste, 26% na região Nordeste, 22% na região Sul, 13% na região Norte e 11% na região Centro-Oeste, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (ASBRAER, 2018).

No Brasil, a extensão rural pública oficial possui 5.295 unidades de atendimento distribuídos pelos estados (ASBRAER, 2018).

Os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina estão entre as cinco unidades federativas que tem maior atuação das empresas oficiais de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER).

Estes estados se constituem referência em extensão rural no país.

O Portal O Extensionista sistematizou os dez estados que representam o maior número de Unidades de Atendimento de ATER por Unidade Federativa (UF):

  1. Minas Gerais: 749 unidades da EMATER-MG
  2. São Paulo: 635 unidades da CATI-SP
  3. Rio Grande do Sul: 513 unidades da EMATER-RS
  4. Paraná: 429 unidades da EMATER-PR.
  5. Santa Catarina: 340 unidades da EPAGRI-SC
  6. Bahia: 325 unidades da Bahiater/SDR
  7. Paraíba: 238 unidades da EMPAER
  8. Goiás: 228 unidades da EMATER-GO
  9. Pernambuco: 209 unidades do IPA
  10. Ceará: 190 unidades da EMATERCE-CE

Os estados brasileiros listados com maior número de unidades de atendimento de ATER foram, justamente, os locais que focaram maior atenção e investimentos financeiros na prestação de serviços de ATER e na mobilização dos agentes de desenvolvimento para qualificar os agricultores. 

Distrito Federal, Acre e Maranhão são as unidades federativas que possuem o menor número de atendimentos de ATER com, respectivamente, 23, 27 e 28 unidades.

Referências

Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural – ASBRAER.  Rede de Extensão Rural oficial. 2018. Disponível em: http://www.asbraer.org.br/.