Desmantelamento da Extensão Rural em são paulo? para onde vai a cati? leia a carta AFITESP/SINDAFITESP

Carta aos beneficiários da Fundação ITESP e toda a sociedade paulista

Neste momento, em que o país se encontra imerso em contexto de grave sobreposição de crises econômica, política e institucional, potencializadas pela pandemia de covid-19 e suas terríveis consequências à saúde pública, em especial às populações empobrecidas e em situação de vulnerabilidade social, o Governo do Estado de São Paulo, num claro ato de desrespeito e desprezo pela vida e dignidade humana, encaminha à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) o Projeto de Lei nº 529/2020 que propõe a extinção de empresas, autarquias e fundações públicas de inestimada importância à garantia do bem-estar social da população paulista, dentre elas a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva” (ITESP).

A Fundação ITESP, responsável pela implementação da política agrária e fundiária do estado de São Paulo, presta reconhecido serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) a mais de 7 mil famílias, em 140 assentamentos rurais distribuídos por todo o estado, e a mais de 1.400 famílias quilombolas, pertencentes a 36 comunidades remanescentes de quilombos presentes, sobretudo, na região do Vale do Ribeira. Ambos os públicos atendidos pela ATER da Instituição, agricultores familiares e quilombolas, são reconhecidos, nacional e internacionalmente, por suas imensas contribuições à preservação ambiental e uso racional e sustentável das áreas em que vivem e trabalham, com destaque para a exploração racional dos recursos naturais nas áreas de mata atlântica. Sendo também igualmente reconhecidos como os principais produtores dos gêneros alimentícios básicos, saudáveis e livres de agrotóxicos, que ocupam as mesas e garantem a segurança e soberania alimentar da população.

Para além das atividades de ATER junto às comunidades citadas, a Fundação ainda desenvolve Programa de Regularização Fundiária Urbana e Rural, numa ação social, em parceria com os municípios paulistas onde, após identificadas as áreas passíveis de regularização fundiária, são outorgados títulos de propriedade ou de domínio, de legitimação de posse e de legitimação fundiária, via de regra, nas periferias das cidades, sem nenhum custo para os beneficiários, somando-se, ao longo da história, mais de 45 mil títulos concedidos.

Cabe destacar, também, que grande parte das atividades citadas são desenvolvidas em regiões e municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), contribuindo, assim, para a dinamização da economia urbana e rural de pequenos e médios municípios e, consequente, geração de empregos, distribuição de renda e redução das desigualdades sociais e regionais.

Ressaltamos ainda que o cenário que se impõe torna imperativo o massivo investimento estatal em geração de empregos, garantia da saúde da população e promoção do bem-estar social como instrumentos de política anticíclica, capazes de atenuar e reverter os dramáticos efeitos de tal crise sobre o próprio orçamento público e, sobretudo, sobre a população empobrecida. Entretanto, com a proposta de extinção da Instituição, o governo do estado de São Paulo sinaliza em direção contrária, tornando clara sua opção por deixar sem qualquer assistência técnica, aproximadamente, 9.000 famílias residentes e produtoras nos assentamentos rurais e comunidades quilombolas, comprometendo a segurança e soberania alimentar do estado, além de lançar às fileiras do desemprego os mais de 500 servidores atualmente em serviço.

Diante do exposto, entendemos que a nefasta proposta do governo de João Dória para extinção da Fundação ITESP revela a verdadeira face de um governo que, em que pese a aparência que busca transmitir, em essência, apenas corrobora as políticas implementadas em esfera federal, demonstrando igual mesquinhez e desprezo para com o meio ambiente e a dignidade humana.

Por esse motivo, a Diretoria da Associação dos Funcionários da Fundação ITESP (AFITESP) vem a público expressar o seu repúdio em relação às ações do governo estadual e exigir a imediata retirada do referido Projeto de Lei apresentado pelo Governo do Estado de São Paulo.

A Diretoria

AFITESP/SINDAFITESP

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Mulheres lideram 30% das famílias assistidas pela Anater

As mulheres desempenham um importante papel no processo produtivo, além de contribuir efetivamente para construir caminhos para superação das situações de desigualdades

 

A Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) nasceu com a proposta de promover, coordenar e implementar programas para o fortalecimento e sustentabilidade dos serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater) no Brasil.

Desde que iniciou suas atividades, em 2015, a agência vem priorizando em seus projetos e programas as famílias em situação de maior vulnerabilidade social da região do Semiárido, comunidades e povos tradicionais, mulheres e jovens rurais, assegurando oportunidades de integração econômica e social por meio da Ater e contribuindo para o resgate da cidadania, para a autonomia e para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares.

Hoje, a Anater está presente em todas as unidades da Federação, beneficiando diretamente cerca de 90 mil famílias de agricultores em quase 2.000 municípios de todas as unidades da Federação.

Do total de famílias assistidas pela Anater, cerca de 30% são dirigidas por mulheres, que atuam no plantio, na colheita, no beneficiamento e na comercialização dos seus produtos; lideram associações e cooperativas; são empreendedoras, administradoras, assumindo um importante papel no processo produtivo, além de contribuir efetivamente para construir caminhos para superação das situações de desigualdades.

Além disso, com o programa Ater Mais Gestão, 1.177 organizações econômicas da agricultura familiar, como associações e cooperativas, estão recebendo assessoria técnica para aprimoramento gerencial e para organizar a produção e comercialização, com foco no acesso às variadas alternativas de mercado. Os empreendimentos integram outras cerca de 100 mil famílias de agricultores.

Essas ações são viabilizadas por recursos do Governo Federal, através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e realizadas em parceria com entidades prestadoras de Ater, públicas e privadas, de forma desburocratizada, com plano de trabalho construído coletivamente, levando em consideração as especificidades de cada região.

Projeto Piloto

O Projeto Piloto foi a primeira ação da Anater junto aos produtores rurais, com a proposta principal de ampliar o acesso das famílias a uma Ater qualificada. A diversidade e especificidade de cada região estão contribuindo sobremaneira para aprimorar a proposta da Anater, de forma que todo o país possa ser assistido com a mesma eficácia nos resultados.

As ações previstas no projeto são realizadas em parceria com as entidades públicas prestadoras de Ater (as Emateres), no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins, beneficiando 11.100 famílias de agricultores, sendo 3.168 delas dirigidas por mulheres.

Projeto D. Helder Câmara

O Projeto D. Helder Câmara é resultado de um acordo de financiamento entre o governo federal e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), com objetivo de contribuir para a redução da pobreza rural e das desigualdades no Semiárido, por meio de serviços de Ater, fomento às atividades produtivas, e integração de políticas públicas federais, estaduais e municipais.

Em sua segunda fase, o PDHC integra 913 municípios dos estados de Pernambuco, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Sergipe, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte (Nordeste) e Minas Gerais e Espírito Santo (Sudeste), apoiando cerca de 60.000 mil famílias e beneficiando diretamente em torno de 126 mil pessoas. Do total de famílias beneficiadas, 18.098 são chefiadas por mulheres.

Diversificação da cultura do tabaco

O projeto de diversificação da cultura do tabaco visa apoiar as atividades alternativas e economicamente viáveis à promoção da diversificação da cultura do tabaco nas Unidades Familiares de Produção Agrária (UFPA’s), de forma que, além do cultivo do tabaco, eles possam desenvolver outras atividades e culturas que gerem renda.

O projeto está sendo realizado em 72 municípios produtores de tabaco de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, e integra 13.041 famílias, sendo 4.044 chefiadas por mulheres.

Programa Nacional de Crédito Fundiário

A Anater também está ofertando serviços de Ater aos beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), que prevê, entre outras ações, capacitação na elaboração de projetos para acesso ao Crédito Rural, implantação dos projetos de infraestrutura, assessoramento técnico, gerencial e organizacional, e apoio à inovação tecnológica e acesso aos mercados – atividades necessárias à estruturação das unidades produtivas constituídas pelas comunidades e famílias beneficiárias.

O projeto integra 4.135 famílias de agricultores, sendo 1.120 chefiadas por mulheres.

Programa Cadastro de Terras e Regularização Fundiária

Os beneficiários do Programa Cadastro de Terras e Regularização Fundiária (PCTRF) também estão recebendo serviços de Ater através da Anater.

O objetivo é atender as demandas específicas do público beneficiário do PCTRF, com ações de Ater que garantam segurança jurídica, desenvolvimento social e acesso às políticas públicas de consolidação da agricultura familiar, de acesso ao crédito e aos meios de produção e comercialização de modo a assegurar a permanência do agricultor e da agricultora no ambiente rural, por meio da criação de oportunidades de trabalho e renda, do fortalecimento do exercício da cidadania e da melhoria da qualidade de vida.

O projeto integra 1.984 famílias de agricultores, sendo 495 chefiadas por mulheres.

Programa Ater Mais Gestão

O Programa Ater Mais Gestão oferece assistência técnica específica para organizações da agricultura familiar, baseado em ferramentas de apoio à tomada de decisão, visando o aprimoramento das diferentes áreas funcionais das organizações: governança, gestão de pessoas, gestão financeira, gestão comercial, gestão de projetos produtivos, gestão socioambiental e conformidade.

O programa beneficia 1.177 organizações econômicas da agricultura familiar, como associações e cooperativas, que integram outras cerca de 100 mil famílias de agricultores.

Inclusão pela Ater

Na história de cada família atendida, é possível perceber como a Ater é capaz de promover cidadania, inclusão social e qualidade de vida. Elas também mostram o papel destacado das mulheres no desenvolvimento da agricultura, sendo as principais responsáveis pela garantia da segurança alimentar e nutricional das famílias.

Em todas essas histórias tem a presença, a participação e a marca da Anater. E a cada família alcançada, a Anater reitera o compromisso de continuar trabalhando na formulação de projetos que possam contribuir para a promoção e fortalecimento da participação das mulheres na agricultura familiar, para que estas continuem sendo protagonistas nessa atividade que é a principal produtora dos alimentos que chegam diariamente à mesa dos brasileiros.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater)

Curso de formação profissional para extensionistas rurais

A Associação Argentina de Extensão Rural está ofertando um curso de formação profissional para extensionistas rurais sobre trabalho em grupo. O curso será realizado a distância de forma virtual integrando aulas e trabalhos nos fóruns de discussão.

Curso a distância: TRABALHANDO COM GRUPOS E ORGANIZAÇÕES NO ÂMBITO DA EXTENSÃO RURAL

Pré-inscrição: até 10 de setembro de 2020. Os participantes serão contatados por e-mail até 11 de setembro para confirmar a abertura do curso (até o número mínimo e máximo de participantes). A prioridade do curso é por ordem de inscrição.

Formulário de pré-inscrição: https://forms.gle/zyNDANTwKmT4BeqQ6

Duração e datas:

  • Início: 17 de setembro.
  • Duração: 12 semanas
  • Aulas virtuais quinzenais: quintas-feiras das 17 às 20 horas (Argentina) via Zoom

Quantidade de participantes:

  • Mínimo 15 participantes, máximo 25 (possibilidade de abertura de um segundo grupo de acordo com o número de participantes)

Taxa de registro:

  • Registro geral (nacional e estrangeiro – valores em pesos argentinos)

Em uma parcela: $ 8500
Em três (3) parcelas: US $ 9200

  • Membros AADER (com taxa diária)

Em uma parcela: $ 6000
Em três (3) parcelas: $ 6500

Para conhecer a programação completa, clique aqui.

Trabalho da ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL eleva a qualidade do leite em propriedades rurais de SC

Em 2019, 8.640 famílias foram orientadas pela Epagri em temas ligados à qualidade do leite.

Para colocar um leite de melhor qualidade na sua mesa, a gente trabalha no campo. É o cuidado do pecuarista que garante que esse alimento saia da propriedade com qualidade superior, atendendo as exigências da legislação e do mercado. Esse esforço acompanha todas as etapas da produção. São medidas que envolvem o piqueteamento das pastagens, o manejo e o bem-estar dos animais, a sanidade do rebanho e o controle de mastite, por exemplo.

A sala de ordenha, quando é bem projetada, torna o trabalho eficiente e humanizado. Os equipamentos adequados não só facilitam a ordenha e a higienização, mas também dão conforto para os animais. Tudo isso, aliado à higiene do processo e ao resfriamento do leite, impacta diretamente nas características do alimento.

Esse assunto está entre as principais diretrizes da Epagri na área de pecuária. Melhorar a qualidade do leite é alvo de pesquisas e do trabalho de assistência técnica e extensão rural realizado em todo o Estado. Em 2019, 8.640 famílias foram orientadas em temas ligados à qualidade do leite.

A Epagri também trabalha o tema nas mais de 250 Unidades de Referência tecnológica (URTs) de pecuária leiteira que acompanha no Estado. São propriedades modelo que adotam as tecnologias da Empresa e cujos resultados motivam outros produtores a seguir no mesmo caminho. Hoje, a maioria dessas URTs produz leite de qualidade muito superior às exigências da legislação.

            Lucas Krug melhorou indicadores técnicos e econômicos da produção

Isso é valorizado pelos laticínios, que pagam entre 9% e 12% acima do preço médio ao produtor. A URT da família Krug, em Presidente Getúlio, tem 30 vacas em lactação e produz 10 mil litros de leite por mês. São 10ha de pastagens perenes divididas em piquetes onde há sombra e água para os animais.

Todos os dias, as vacas entram em um piquete limpo, com pastagens novas, seguem para a ordenha sem excesso de barro no úbere e nos tetos, facilitando a higienização, e depois voltam para o pasto. “Isso foi o que mais ajudou a diminuir a mastite e melhorar a qualidade do leite. Com ajuda da Epagri, começamos a adaptar nosso sistema e estamos vendo bastante resultado não só na parte técnica, mas na econômica também”, comemora o jovem Lucas Krug.

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

Live do GEATER debateu ações da Extensão Rural Pós-Pandemia

O Grupo de Estudos e Pesquisa em ATER (GEATER) realizou na noite do dia 15 de julho a live “Extensão Rural Pós-Pandemia e as demandas dos Agricultores Familiares pela Nova Extensão Rural” tendo como debatedores: Jailson Lopes, extensionista da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (EMPAER-PB), Marcelo Galassi, coordenador da AS-PTA/Paraíba e Melquior Batista, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e deputado estadual da Paraíba.

O evento foi conduzido pelo extensionista da EMPAER-PB, Rodoffo Travasso, e contou com a participação de internautas (extensionistas, professores, pesquisadores) de diversas regiões do Brasil. O GEATER realizará debates online todos os meses para tratar do tema da extensão rural.

Para assistir a live completa, clique aqui

Governo Federal divulga Plano Safra 2020/2021

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (17), durante cerimônia no Palácio do Planalto, a liberação de R$ 236,3 bilhões em financiamentos por meio do Plano Safra 2020/2021 para os agricultores familiares, médios e grandes produtores. Os financiamentos poderão ser contratados de 1º de julho de 2020 a 30 de junho de 2021.

Do total, R$ 179,38 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização (5,9% acima do valor da safra passada) e R$ 56,92 bilhões serão para investimentos em infraestrutura (aumento de 6,6%). Todos esses recursos vão garantir a continuidade da produção no campo e o abastecimento de alimentos no país durante e após a pandemia do novo Coronavírus.

É cerca de R$ 10 bilhões a mais que os R$ 225,59 bilhões anunciados na safra passada. A liberação dos recursos do plano agrícola começará em julho, quando se encerra o atual, e seguirá até junho do ano que vem.

O valor total do plano desta temporada será distribuído da seguinte maneira:

  • R$ 33 bilhões para agricultores familiares participantes do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf);
  • R$ 33,20 bilhões para médios agricultores (Pronamp);
  • R$ 170,17 bilhões para demais produtores e cooperativas.

Do total, R$ 179,38 bilhões serão destinados a linhas de crédito custeio e comercialização e R$ 56,92 bilhões serão para investimentos em infraestrutura.

Agricultura familiar

Segundo o governo, os agricultores familiares terão R$ 33 bilhões para financiamento pelo Pronaf, com juros de 2,75% e 4% ao ano, para custeio e comercialização.

Do total, R$ 19,4 bilhões são para linhas de custeio da atividade e R$ 13,6 bilhões para investimentos na propriedade.

Os agricultores familiares poderão continuar usando o crédito para financiar e reformar casas rurais. Nesta safra, os recursos para este fim somam R$ 500 milhões.

O filho ou filha do agricultor familiar, que possua Declaração de Aptidão (DAP) da sua unidade familiar, poderá também solicitar financiamento para construção ou reforma de moradia na propriedade dos pais.

No Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar (PGPAF), o bônus de desconto será elevado para as operações de custeio e de investimento.

Nos investimentos coletivos para atividades de suinocultura, avicultura, aquicultura, carcinicultura (criação de crustáceos) e fruticultura, o limite por beneficiário foi ampliado.

Seguro rural

O Estado Brasileiro anunciou que haverá R$ 1,3 bilhão para subsídio do seguro rural, recurso que será distribuído ao longo de 2021. Se confirmado, já que o montante costuma passar por contingenciamento durante o ano, será o maior valor da história.

Segundo o governo brasileiro, o valor deve possibilitar a contratação de 298 mil apólices, possibilitando um montante segurado da ordem de R$ 52 bilhões e cobertura de 21 milhões de hectares.

Sustentabilidade

O Plano Safra destaca linhas de crédito que contribuem para a sustentabilidade da agricultura. O Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC), que é a principal linha para financiamento de técnicas sustentáveis, terá R$ 2,5 bilhões em recursos com taxa de juros de 6% ao ano, uma ampliação de R$ 400 milhões. Na safra 2020-2021, os produtores terão acesso à linha ABC Ambiental, com recursos para restauração florestal, voltada para contribuir com a adequação das propriedades rurais ao Código Florestal. A taxa de juros é de 4,5% ao ano.

A partir de 1º de julho de 2020, os produtores poderão financiar aquisição de cotas de reserva ambiental, medida aprovada pelo Conselho Monetário Nacional.

Também há incentivos à adoção de tecnologias relacionadas aos bioinsumos dentro das propriedades rurais e pelas cooperativas. Os produtores podem acessar pelas modalidades de custeio, para aquisição de bioinsumos, ou investimento, na montagem de biofábricas dentro das propriedades (onfarm). Os recursos estão previstos no Inovagro e, no caso dos investimentos em biofábricas, podem chegar a 30% do valor de todo o financiamento. Para as cooperativas, as linhas de crédito é o Prodecoop, para a aquisição de equipamentos para a produção dos bioinsumos.

Outra novidade é o Pronaf-Bio, voltado para apoiar as cadeias produtivas da bioeconomia.

Inovação

No Plano Safra 2020/2021, está disponível financiamento para aquisição de equipamentos de monitoramento climatológico, como estações meteorológicas e softwares, e de monitoramento da umidade do solo. Os financiamentos poderão ser feitos pelo Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra).

A pecuária também terá apoio financeiro por meio do Programa de Incentivo à Inovação e Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro). Os pecuaristas poderão financiar a aquisição de equipamentos e serviços de pecuária de precisão.

Os setores da pecuária bovina e bubalina, de leite e de corte também estão contempladas nos financiamentos para automação, adequação e construção de instalações.

Assistência Técnica

Os agricultores familiares e os médios produtores poderão financiar atividades de assistência técnica e extensão rural, de forma isolada, por meio do Pronaf e Pronamp, respectivamente.

Fonte: MAPA.

Grupo de Estudos e Pesquisa em ATER é criado no Brasil

O Serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) têm contribuído de forma significativa com as ações no rural brasileiro desde o pós-Segunda Guerra Mundial, todavia ainda carecemos de organização dos trabalhadores do setor que se dedicam ao estudo, pesquisa e publicação dos seus trabalhos em nível nacional.

No campo dos Programas de Pós-Graduação em ATER destacam-se os cursos de mestrado e doutorado em universidades nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, todavia não dispomos de uma instituição científica que promova o debater sobre o tema. Vale destacar que inúmeras entidades como a Sociedade Brasileira de Sociologia e Economia Rural (SOBER), a Rede de Estudos Rurais, dentre outras ainda promove nas suas ações algumas discussões sobre o tema da extensão rural.

Assim, compreende-se que é necessário promover a criação de uma rede de profissionais de ATER numa perspectiva de organizar o trabalho daqueles que se dedicam ao estudo e pesquisa sobre o tema.

Objetivo Geral

Formar um Grupo de Trabalho em Estudos e Pesquisa de ATER para dinamizar ações juntos de profissionais de ATER em todo país.

Objetivos Específicos

  1. Criar um cadastro de profissionais de ATER que manifestem interesse em participar desta iniciativa;
  2. Organizar eventos que busquem planejar ações no campo do estudo e pesquisa em ATER;
  3. Fomentar a criação de uma publicação nacional sobre ATER bem como obras regionais a exemplo do que vem sendo feito pelo SINTER-PB;
  4. Sistematizar pesquisas que demonstrem os resultados das ações de ATER;
  5. Incentivar a participação dos extensionistas em eventos científicos e publicação em periódicos do setor rural;
  6. Promover ações que gere a entrada dos extensionistas em cursos de pós-graduação da área.

Para saber mais, clique aqui

Conheça os objetivos da PNATER

A Lei n.º 12.188, de 11 de janeiro de 2010, insituiu Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária – PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária – PRONATER.


Após um intenso debate em todos os conselhos, fóruns de desenvolvimento, associações, cooperativas e universidades, construída de forma democrática, a PNATER foi construída em um documento público que rodou o país e os meios digitais com mais de 50 laudas.

O Art. 4º desta Lei apresenta os doze objetivos da PNATER. São eles:

1 – promover o desenvolvimento rural sustentável;

2 – apoiar iniciativas econômicas que promovam as potencialidades e vocações regionais e locais;

3 – aumentar a produção, a qualidade e a produtividade das atividades e serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive agroextrativistas, florestais e artesanais;

4 – promover a melhoria da qualidade de vida de seus beneficiários;

5 – assessorar as diversas fases das atividades econômicas, a gestão de negócios, sua organização, a produção, inserção no mercado e abastecimento, observando as peculiaridades das diferentes cadeias produtivas;

6 – desenvolver ações voltadas ao uso, manejo, proteção, conservação e recuperação dos recursos naturais, dos agroecossistemas e da biodiversidade;

7 – construir sistemas de produção sustentáveis a partir do conhecimento científico, empírico e tradicional;

8 – aumentar a renda do público beneficiário e agregar valor a sua produção;

9 – apoiar o associativismo e o cooperativismo, bem como a formação de agentes de assistência técnica e extensão rural;

10 – promover o desenvolvimento e a apropriação de inovações tecnológicas e organizativas adequadas ao público beneficiário e a integração deste ao mercado produtivo nacional;

11 – promover a integração da Ater com a pesquisa, aproximando a produção agrícola e o meio rural do conhecimento científico; e

12- contribuir para a expansão do aprendizado e da qualificação profissional e diversificada, apropriada e contextualizada à realidade do meio rural brasileiro.

Para assistir o vídeo dos objetivos da PNATER, clique aqui

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Referências

BRASIL. Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010. Institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária – PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária – PRONATER, altera a Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências. Congresso Nacional, DF, 11 jan. 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12188.htm.

Anater lança cartilha para orientar o Agricultor Familiar sobre as medidas para se proteger do contágio pelo coronavírus

PROTEÇÃO NO CAMPO

Anater lança cartilha para orientar o Agricultor Familiar sobre as medidas para se proteger do contágio pelo coronavírus

A pandemia de coronavírus (COVID-19) representa um risco para toda a população e é preciso adotar medidas de segurança para evitar o contágio pelo vírus.

Nesse período de restrições do contato social, a produção, circulação e comercialização de alimentos são consideradas atividades essenciais, e para garantir que o alimento continue chegando à mesa dos brasileiros, o trabalho no campo não pode parar, mas pode se adequar para se proteger.

Para ajudar o Agricultor Familiar a se informar sobre as medidas para se proteger do contágio pelo coronavírus, a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – ANATER elaborou esta Cartilha de Orientações, tendo como referência as informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde – OMS.

Para acessar a cartilha, CLIQUE AQUI

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater)