Trabalho da ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL eleva a qualidade do leite em propriedades rurais de SC

Em 2019, 8.640 famílias foram orientadas pela Epagri em temas ligados à qualidade do leite.

Para colocar um leite de melhor qualidade na sua mesa, a gente trabalha no campo. É o cuidado do pecuarista que garante que esse alimento saia da propriedade com qualidade superior, atendendo as exigências da legislação e do mercado. Esse esforço acompanha todas as etapas da produção. São medidas que envolvem o piqueteamento das pastagens, o manejo e o bem-estar dos animais, a sanidade do rebanho e o controle de mastite, por exemplo.

A sala de ordenha, quando é bem projetada, torna o trabalho eficiente e humanizado. Os equipamentos adequados não só facilitam a ordenha e a higienização, mas também dão conforto para os animais. Tudo isso, aliado à higiene do processo e ao resfriamento do leite, impacta diretamente nas características do alimento.

Esse assunto está entre as principais diretrizes da Epagri na área de pecuária. Melhorar a qualidade do leite é alvo de pesquisas e do trabalho de assistência técnica e extensão rural realizado em todo o Estado. Em 2019, 8.640 famílias foram orientadas em temas ligados à qualidade do leite.

A Epagri também trabalha o tema nas mais de 250 Unidades de Referência tecnológica (URTs) de pecuária leiteira que acompanha no Estado. São propriedades modelo que adotam as tecnologias da Empresa e cujos resultados motivam outros produtores a seguir no mesmo caminho. Hoje, a maioria dessas URTs produz leite de qualidade muito superior às exigências da legislação.

            Lucas Krug melhorou indicadores técnicos e econômicos da produção

Isso é valorizado pelos laticínios, que pagam entre 9% e 12% acima do preço médio ao produtor. A URT da família Krug, em Presidente Getúlio, tem 30 vacas em lactação e produz 10 mil litros de leite por mês. São 10ha de pastagens perenes divididas em piquetes onde há sombra e água para os animais.

Todos os dias, as vacas entram em um piquete limpo, com pastagens novas, seguem para a ordenha sem excesso de barro no úbere e nos tetos, facilitando a higienização, e depois voltam para o pasto. “Isso foi o que mais ajudou a diminuir a mastite e melhorar a qualidade do leite. Com ajuda da Epagri, começamos a adaptar nosso sistema e estamos vendo bastante resultado não só na parte técnica, mas na econômica também”, comemora o jovem Lucas Krug.

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

Câmara do Agro 4.0 promove debate sobre conectividade e novas tecnologias para o meio rural

O objetivo da Câmara é implementar ações destinadas à expansão da internet no meio rural, ao aumento da produtividade no campo, e à difusão de novas tecnologias para o agronegócio

Na primeira reunião da Câmara do Agro 4.0, nesta terça-feira (22), durante a programação da 16ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece até domingo no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília/DF, representantes dos diversos órgãos e instituições que compõem o colegiado empreenderam um debate sobre conectividade e difusão de novas tecnologias para o meio rural.

Resultado de um acordo de cooperação técnica entre os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o objetivo da Câmara do Agro 4.0 é implementar ações destinadas à expansão da internet no meio rural, ao aumento da produtividade no campo, e à difusão de novas tecnologias e serviços inovadores, principalmente nas pequenas e médias propriedades rurais. O grupo também pretende estimular a capacitação profissional dos produtores rurais para manipular as novas tecnologias no mundo agro.

Na abertura dos trabalhos, na manhã desta terça-feira, os secretários de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, e de Empreendedorismo e Inovação do (MCTIC), Paulo César Rezende de Carvalho Alvim destacaram a importância da reunião para aproximar os membros e para elencar e discutir os temas prioritários da Câmara. “A proposta é articular e alinhar ações para o agronegócio frente aos desafios vivenciados pelo setor”, explica Fernando Camargo.

Na reunião foi apresentado o estudo feito pela ESALQ/Usp para mapear a situação da conectividade no Brasil. Os resultados preliminares mostram que menos de 4% do território nacional é conectado à internet e que há uma demanda por pelo menos 5.600 antenas para melhorar a oferta de banda larga no país.

A Câmara do Agro 4.0 também conta com ampla participação da academia, institutos de ciência e tecnologia, iniciativa privada e demais atores relevantes do ecossistema de inovação no contexto do agronegócio nacional.

A Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) é uma das parceiras, e durante a reunião, o presidente Ademar Silva Jr destacou a importância da união da pesquisa, ensino e extensão rural para a promoção do desenvolvimento rural sustentável. “Temos conversado muito com nossos parceiros, tentando quebrar alguns paradigmas, em especial, sobre transferência de tecnologia. Estamos fazendo um trabalho em conexão com a Embrapa, de forma que a Anater possa ser esse braço de assistência técnica e extensão rural (Ater), para levar a tecnologia ali desenvolvida até o produtor rural. E entendemos que essa conexão poderia ser feita com outras instituições, como universidades e centros de pesquisa, que têm muito conhecimento que pode ser levado para o campo de forma prática e acessível”, pondera.

Ademar Jr também ressaltou a importância da participação das empresas estaduais de Ater, as Emateres, na Câmara do Agro 4.0. “Precisamos trazer esses braços, através da Asbraer, para fortalecer a conexão entre o que está sendo discutido aqui com a ponta, que é o produtor rural no campo. Sabemos das dificuldades que os estados enfrentam para prestar serviços de Ater, e participar desse fórum é fundamental para que possam ser inseridos nesse processo de construção que está sendo empreendido aqui”, reforça.

Além das Emateres, o presidente da Anater também destacou que muitas empresas estão organizadas para prestar assistência técnica em todo o Brasil. “Temos um universo de cerca de 4,5 milhões de produtores rurais que recebem pouco ou nenhum tipo de assistência técnica, ou seja, é um universo enorme. Acreditamos na Ater como vetor de tecnologia e inovação, mas precisamos envolver todas essas instituições e empresas que podem contribuir para superar esse desafio”.

No período da tarde, os participantes se dividiram em quatro grupos de trabalho, para debater sobre desenvolvimento; tecnologia e inovação; cadeias produtivas e desenvolvimento de fornecedores; conectividade no campo e desenvolvimento profissional.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Cada real investido na Epagri resultou em R$6,20 para a sociedade

Cada real que o Governo do Estado investiu na Epagri em 2018 beneficiou os brasileiros com R$6,20. Esse é um dos resultados do Balanço Social da Empresa, que a presidente Edilene Steinwandter e o secretário de Estado de Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural Ricardo de Gouvêa entregaram ao Governador do Estado, Carlos Moisés da Silva, na tarde desta quarta-feira (26) na Casa d’Agronômica. O documento reúne os resultados de cálculos que analisaram 111 tecnologias e cultivares desenvolvidos, lançados e difundidos pela Epagri.

De acordo o estudo, a contribuição da Empresa no retorno gerado pelas tecnologias e ações adotadas pelos agricultores é de R$2,23 bilhões. Já o retorno global das tecnologias geradas pela Epagri, considerando a contribuição de todos os agentes para o uso dessas soluções, foi estimado em R$5,11 bilhões.

“Alimentos saudáveis, riqueza na mesa, emprego e renda. Tudo isso está demonstrado no Balanço Social da Epagri. Para o governo de Santa Catarina é muito importante mostrar como o recurso público está revertendo em benefício do cidadão”, afirma o governador. O secretário Ricardo reforça a importância desse retorno à sociedade, que é divulgado no Balanço social. “Toda empresa faz isso para seus acionistas e o serviço público tem que fazer também. Nossa grande acionista é a população e ela tem que receber esses números de uma forma muito transparente e de fácil compreensão”, diz ele.

“A Epagri trabalha pela sociedade. Transforma os recursos investidos na Empresa em benefícios econômicos, sociais e ambientais que chegam, de diversas formas, às famílias rurais e urbanas. O Balanço Social apresenta, de forma transparente, um resumo desse trabalho”, diz Edilene Steinwandter. A presidente complementa que o desafio da Empresa é continuar gerando muita tecnologia e muitos sistemas de inovação e de produção de uma forma que venha melhorar a rentabilidade do agricultor familiar catarinense, sua condição de vida, sua relação com o ambiente. “Que todas as tecnologias trabalhadas, difundidas e geradas pela Epagri tenham como pano de fundo uma produção limpa, sustentável e um alimento seguro”, ressalta.

Foto: Edilene Steinwandter (Presidente da Epagri), Carlos Moisés da Silva (Governador) e Ricardo Gouvêa (Secretário da Agricultura e da Pesca). Crédito: Aires Mariga / Epagri.

O Balanço Social da Epagri também contabilizou 119 mil famílias assistidas e 2,5 mil entidades atendidas ao longo do ano. Em 2018, foram executados 315 projetos de pesquisa e 15 tecnologias foram lançadas.

O documento ainda apresenta casos de sucesso de agricultores, pecuaristas e pescadores que atuam em diferentes cadeias produtivas do Estado. “O Balanço Social conta algumas histórias que revelam o poder de transformação do trabalho da Epagri. Elas são um convite para a sociedade conhecer o esforço que está por trás do alimento de cada refeição”, destaca a presidente.

A publicação completa está disponível aqui.

Epagri em números – Balanço Social 2018

R$6,20 – retorno que a sociedade recebeu para cada real investido na Epagri

R$2,23 bilhões – contribuição da Epagri no retorno que as tecnologias e ações da Empresa geraram para a sociedade

R$5,11 bilhões – retorno global considerando a contribuição de todos os agentes que usaram as tecnologias da Epagri

111 soluções tecnológicas produzidas e difundidas pela Empresa

COLHEITA DO ANO

  • 315 projetos de pesquisa executados
  • 15 tecnologias lançadas
  • 119 mil famílias atendidas
  • 54,2 mil famílias capacitadas
  • 2,5 mil entidades atendidas
  • 18,3 mil Jovens assistidos

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

  • 50,9 mil análises de solo
  • 142,5 mil atendimentos em escritório
  • 3,9 milhões de acessos à página de previsão do tempo
  • 73,5% das Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAPs) emitidas no Estado

ACESSO AO CRÉDITO

  • 7,2 mil propostas elaboradas
  • 6,3 mil beneficiários
  • 289 municípios contemplados
  • R$280 milhões em recursos aplicados

INFORMAÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA

  • 863 publicações técnico-científicas
  • 8,6 milhões de visualizações no canal da Epagri no Youtube
  • 240 vídeos técnicos
  • 200 programas de rádio veiculados em mais de 120 emissoras

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Esta notícia foi autorizada para publicação. Créditos à Gisele Dias, da Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).