Com linguagem simples, Epagri publica livro com conteúdo científico sobre SPDH

A Epagri acaba de publicar o livro Sistema de Plantio Direto de Hortaliças: método de transição para um novo modo de produção, no qual traz, em uma linguagem simples, conteúdo científico sobre o SPDH, sistema que a Empresa preconiza para a transição de cultivos convencionais de hortaliças para o sistema de cultivo saudável, com viabilidade técnica, ambiental e econômica. A obra é de livre download.

O sistema é baseado, fundamentalmente, no conceito de redução substancial até a eliminação do uso de agroquímicos

Darlan Marchesi, gerente de extensão rural e pesqueira da Epagri e um dos organizadores da obra, explica que o SPDH se diferencia do modelo tradicional de cultivo de hortaliças devido à qualificação teórica e prática de sujeitos envolvidos na produção. O sistema é baseado, fundamentalmente, no conceito de redução substancial até a eliminação do uso de agroquímicos visando à promoção da saúde de planta e, consequentemente, obtenção de saúde do solo e da água, dos profissionais da agricultura, de suas famílias e consumidores.

O SPDH é usado para a transição de cultivos convencionais de hortaliças para o sistema de cultivo saudável

A Epagri e parceiros como a Udesc, a UFSC e as organizações de agricultores vem desenvolvendo trabalhos com esse sistema há 30 anos. Segundo Marchesi, os fundamentos do SPDH têm possibilitado a adoção por profissionais da agricultura distribuídos em todo o território de Santa Catarina e também em outros estados brasileiros.

Para a presidente da Empresa, Edilene Steinwander, a Epagri, de forma inovadora e consciente de sua missão, apresenta essa obra à sociedade, onde a prática e a continuidade do desenvolvimento do conteúdo proposto vai preencher uma lacuna importante no cenário da produção de alimentos saudáveis e seguros aos consumidores.

Livro de cabeceira do agricultor moderno

A obra tem como autores um coletivo de profissionais do Brasil e do exterior que trabalham com o SPDH

Com 428 páginas, o livro é dividido em cinco seções que indicam os seguintes assuntos: eixos político-pedagógico e técnico-científico; promoção da saúde do solo; promoção da saúde de planta; preparando o ambiente para o cultivo das plantas e cultivando plantas. A obra tem como autores um coletivo de profissionais do Brasil e do exterior que trabalham com o SPDH, os quais trazem exemplos das principais culturas trabalhadas com o método, como hortaliças e frutas.

Marchesi explica que a abordagem dos temas é nova quando comparada ao que já existe em termos de conceitos de produção de hortaliças e, ao mesmo tempo, é técnica e científica. “É o livro de cabeceira do agricultor moderno e do técnico  que trabalha com agricultura”, diz. O grupo de autores não vê a publicação como acabada e traz novidades:  segundo Marchesi, está em andamento um segundo livro, desta vez abordando a prática do SPDH na produção de grãos e na pecuária.

Além de Marchesi, a obra tem como organizadores Jamil Fayad (extensionista aposentado da Epagri), Valdemar Arl (educador popular), Jucinei Comin (professor da UFSC) e Alvaro Mafra (professor da Udesc).

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

Epagri tem boas estimativas para safra de verão 2020/21

A Epagri realizou na tarde da terça-feira, 15, evento on-line para apresentar as estimativas para a safra de verão 2020/21 em Santa Catarina. Esse ano a apresentação teve novidades, com a inclusão da maçã, da banana e da mandioca, e também da previsão climática para os próximos três meses. De modo geral, a indicação é de crescimento nas principais culturas agrícolas do Estado, na comparação com o ciclo 2019/20.

A tendência de confirmação do La Niña na primavera foi o destaque da apresentação de Gilsânia Cruz, meteorologista do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de SC (Epagri/Ciram). Ela informou que, em decorrência do fenômeno, a previsão climática para setembro, outubro e novembro indica chuva variando entre normal a abaixo da média, com distribuição irregular no tempo e no espaço. A temperatura deve ficar acima do normal para o período. 

Algumas características vão marcar a próxima safra de verão, entre elas o mercado aquecido para as principais culturas. O aumento do recurso disponível para a safra e a redução dos juros também foram ressaltados pela analista, que chamou atenção ainda para a elevação dos custos de produção, causada pelo impacto do dólar alto nos produtos que utilizam insumos importados.

Grãos

Área plantada do milho silagem vem crescendo à taxa média de 13,6% ao ano

Se as estimativas se confirmarem, o arroz deve chegar ao final da safra 2020/21 com uma produtividade de 8.418 kg/ha, aumento de 0,32% em relação ao último ciclo agrícola. O total produzido esperado é de 1.258.123t. Na safra 2019/20 o grão já alcançou produtividade acima média, quando ficou em 8.391kg/ha.

O feijão primeira safra pode trazer surpresas, caso os preços pagos ao produtor permaneçam em alta. Segundo a Epagri/Cepa, essa cultura enfrenta média histórica de queda de -7,17% na área plantada a cada ano. Contudo, para safra 2020/21 a expectativa é de que a área plantada caia apenas -0,8% em relação ao período anterior. Se o cenário se confirmar, a quantidade produzida do grão deve chegar a 72.553t, volume 15,36% superior à safra 2019/20. A produtividade deve crescer 16,29% entre uma safra e outra.

A soja deve encerrar a safra de verão com uma produção de 2.456.005t, índice 7,02% maior que no ciclo 2019/20, mas ainda inferior à média de crescimento anual, que é de 10,85%. A produtividade desde crescer 6,87% entre uma safra e outra, encerrando o ciclo em 3.575kg/ha.

O milho grão primeira safra deve ter a área de plantio aumentada em 3,14%, o que contraria uma tendência histórica de queda média anual de -4,28%, espaço que vinha sendo perdido para a soja. Mais uma vez, a explicação é o preço elevado no mercado. Caso as expectativas se confirmem, o total produzido vai ficar em 2.827.170t, superando em 12,31% o total produzido no ciclo passado. A produtividade deve ser de 8.532Kg/ha, índice 8,9% maior que no ciclo 2019/20, o que representa uma recuperação de perdas da safra passada.

No caso do milho silagem, a área plantada vem crescendo historicamente à taxa média de 13,6% ao ano. A quantidade produzida deve ser 7,29% maior do que na safra 2019/20 e a produtividade vai crescer 5,93% neste período.

Hortaliças

É a primeira vez que mandioca entra nas estimativas da Epagri/Cepa

A batata deve enfrentar queda de -11,43% na quantidade produzida em relação à safra anterior, acompanhada de diminuição de -7,81% na área plantada. A produtividade do tubérculo deve cair -3,92% entre as duas safras.

Embora ainda ocupe uma área pequena, o tomate vem ganhando espaço no Estado, com crescimento médio anual 7,87% na área plantada. A quantidade produzida na próxima safra deve ficar em 149.388t, volume 5,19% maior do que o registrado em 2019/20. A produtividade vai sofrer uma pequena queda de -1,76%.

Para a próxima safra, a Epagri incluiu nas estimativas a mandioca indústria e de mesa. Como é a primeira vez que a safra será medida, não há dados comparativos com períodos anteriores. A mandioca indústria deve encerrar o ciclo com 149.617t produzidas em 6.525ha e produtividade de 22.801kg/ha. A mandioca de mesa vai ter área plantada de 8.345ha, que devem produzir 162.236t, num índice de produtividade de 19.441Kg/ha.

Frutas

Crescimento na área plantada é destaque na maçã

banana é uma importante cultura para agricultura familiar. A caturra deve fechar o ciclo 2020/21 com 632.009t produzidas, volume 1,54% maior que na safra anterior. A banana-prata deve ter aumento de 16,58% na produção, apesar da queda de -1,83% na área plantada. Ao final da safra 2020/21 Santa Catarina deve ter produzido 127.995t de banana-prata.

No caso da maçã-fuji, o destaque será o crescimento de 10,38% na área plantada, o que supera o aumento histórico de 2,22% ao ano. Como reflexo, a quantidade produzida vai ser 16,11% maior, num total de 292.634t. A produtividade vai ficar em 33.976kg/ha, crescimento de 5,19%, o que contraria a média histórica de queda de -1,43% ao ano.

A maçã-gala também verá a área de colheita crescer expressivamente, numa variação de 20,42% entre a safra 2019/20 e a posterior. Assim, a quantidade produzida vai crescer 14,5%, apesar da expectativa de queda de -5,21% na produtividade. Ao final da próxima safra de verão espera-se que Santa Catarina tenha produzido 353.923t de maçã-gala.

A Epagri/Cepa também fez a estimativa para a maçã precoce, cuja cultura está em crescimento acelerado no Estado. A expectativa é de que na safra 2020/21 Santa Catarina produza 82,41% a mais dessa fruta do que no ciclo anterior, encerrando a safra com 22.918t colhidas. Historicamente, essa produção vinha crescendo 5,65% ao ano, reflexo do aumento de anual médio de 6,53% na área plantada.

Tabaco

O tabaco vai experimentar aumento de 3,89% na quantidade produzida e de 1,54% na produtividade na comparação entre as duas safras. As taxas significam uma recuperação das perdas verificadas no ciclo 2019/20.

Informações e entrevistas

· Previsão climática: Gilsânia Cruz, meteorologista da Epagri/Ciram, pelo fone (48) 3665-5007
· Previsão de grãos: Haroldo Tavares Elias, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, pelo fone (48) 99618-5006
· Previsão de hortaliças e tabaco: Jurandi Teodoro Gugel, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, pelo fone (48) 99695-5139
· Previsão de frutas: Rogério Goulart Junior, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, pelo fone (48) 99971-3991

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

BOLETIM AGROPECUÁRIO EPAGRI/CEPA

Janeiro registrou um recorde de receitas geradas pelas exportações catarinenses de carne suína em um mês. Nos primeiros 30 dias de 2020, o Estado registrou faturamento de US$ 91,76 milhões com a exportação dessa proteína, alta de 1,7% em relação ao mês anterior e de 74,2% na comparação com janeiro de 2019. Os dados são do mais recente Boletim Agropecuário do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa), que informa ainda que no ano de 2019 Santa Catarina viu a produção de proteínas crescer. No ano que passou o Estado produziu 6,9% a mais de frango, 6% mais de bovinos e 7% a mais de suínos, em comparação com 2018.

Pecuária

O recorde no faturamento da exportação de carne suína é resultado do crescimento no volume exportado. Em janeiro, Santa Catarina exportou 38,56 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos), alta de 2% em relação ao mês anterior e de 31,6% na comparação com janeiro de 2019. Esse é o segundo maior volume já exportado num único mês, ficando atrás apenas de julho de 2018.

Por outro lado, a exportação de frango enfrentou queda. No primeiro mês do ano, Santa Catarina exportou 77,84 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada), queda de 14,8% em relação ao mês anterior e de 23,0% na comparação com janeiro de 2019. Essa foi a menor quantidade exportada pelo estado desde junho de 2018. As receitas de janeiro foram de US$ 134,47 milhões, queda de 15% em relação ao mês anterior e de 21,6% na comparação com janeiro de 2019.

O preço médio estadual do boi gordo em Santa Catarina registra queda de 7,4% na comparação entre fevereiro deste ano e dezembro de 2019. Quedas ainda maiores que a média estadual são observadas nas duas praças de referência nesse período: -20,2% em Chapecó e -9,6% em Lages. Esse movimento já era esperado, pois janeiro e fevereiro normalmente são meses em que o consumo cai. Essa queda natural foi impulsionada pelos altos preços da carne bovina em 2019. Por conta disso, o consumidor substituiu a proteína por outras de origem animal, o que ajudou a puxar os preços para baixo. Contudo, quando se compara a média preliminar de fevereiro com o mesmo mês de 2019, as variações são positivas em todos os casos: 6,8% em Chapecó, 14,8% em Lages e 21,4% na média estadual.

Para os produtores de leite a notícia é boa, já que o preço médio recebido pelos pecuaristas catarinenses em fevereiro ficou acima do recebido em janeiro. A entressafra que se aproxima e o encarecimento das importações devem estimular novas elevações nos próximos meses. 

Grãos

O mercado do arroz segue aquecido em Santa Catarina. Até o momento quase 18% da área plantada na safra 2019/20 já foi colhida e a expectativa é de safra normal.

O feijão terá uma safra maior que a anterior, apesar dos problemas com a estiagem. Quase 60% da área de primeira safra está colhida.

No caso do milho, os preços permanecem fortalecidos no início do ano, mesmo com o avanço da colheita no Sul do Brasil. No Oeste e Santa Catarina já foram colhidos 85% da área plantada. No Planalto (Curitibanos, Campos Novos e Canoinhas/Mafra) a colheita está no início, registrando em torno de 5 a 10% de área colhida até o início de fevereiro.

A soja manteve os preços em função da cotação do dólar frente ao real no início de fevereiro e apesar do impacto do coronavirus no mercado internacional das commodities. A colheita avança no Oeste catarinense, alcançando 60%. Nas demais regiões, os trabalhos de colheita estão na fase inicial.

O trigo vai enfrentar redução de 5,0% em relação à safra 2018/19. A estimativa é de que a produção estadual chegue a 154,5 mil toneladas.

Hortaliças

O Mercado do alho está aquecido internamente. As importações de janeiro foram maiores que no mês anterior, mas não chegaram a afetar as boas perspectivas de mercado para os produtores catarinenses. A safra já foi toda colhida em Santa Catarina e a comercialização segue em ritmo normal.

A safra da cebola em Santa Catarina segue em ritmo normal de comercialização. Até agora os preços pagos ao produtor foram ligeiramente abaixo do custo médio de produção. A expectativa é de que a partir do próximo mês seja possível alguma melhora nos preços pagos ao produtor, puxados pela oferta dos materiais mais tardios, que apresentam maior aceitação pelo consumidor, e também pela gradual redução nos estoques da região Sul, que é a grande fornecedora da hortaliça ao mercado nacional nos próximos meses.

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

CHEGAM AO MERCADO SEMENTES DA ALFACE LITORÂNEA, DESENVOLVIDA PELA EPAGRI PARA CULTIVO ORGÂNICO

Já estão disponíveis no mercado as sementes da alface SCS374 Litorânea, desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri em Itajaí (EEI) para cultivo orgânico. As sementes da hortaliça foram multiplicadas e serão distribuídas pela Isla Sementes empresa campeã da chamada pública realizada pela Epagri no início do ano. Os interessados em cultivar a alface Litorânea podem comprar as sementes em casas agropecuárias ou no site da empresa: www.islasementes.com.br

Foto: Alface SCS374 Litorânea

O cultivar é resultante de um extenso trabalho de seleção de plantas de alface, realizado dentro do sistema orgânico de cultivo, iniciado em 2008. O objetivo foi obter plantas mais produtivas, pendoamento tardio e menor suscetibilidade às doenças foliares, conforme explica Rafael Morales, pesquisador em Olericultura da EPAGRI, que liderou o projeto de desenvolvimento da hortaliça. 


“Como resultado dessa pesquisa foi obtido um cultivar muito promissor, selecionado para o sistema orgânico, mas que serve para o produtor de alface convencional igualmente”, ressalta Morales.


A produção do cultivar geralmente apresenta crescimento semiereto, peso médio de cabeça de 300g no momento da colheita, diâmetro de cabeça de 40cm e número médio de 44 folhas por planta. Seu ciclo tem em torno de 50 dias no verão e 60 no inverno.

Foto: Lavoura alface SCS374 Litorânea


“Ao visitar lavouras de alface litorânea e ver a satisfação do agricultor com o aumento de produtividade, confirmo as expectativas iniciais e vislumbro um futuro muito promissor para a Alface Litorânea. Fico seguro em saber que o produtor estará levando para casa um cultivar que não deixa a desejar em nada quando comparado com outros cultivares disponíveis no mercado”, finaliza o pesquisador.

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Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

I Hortec e VI Workshop de Hidroponia discutem olericultura na região Sudoeste

Na última quinta-feira (31) foi realizado o I Hortec e VI Workshop de Hidroponia, em Dois Vizinhos. Os agricultores tiveram a oportunidade de entrar em contato com inúmeras empresas do setor de produção de hortaliças, frutas e flores, bem como de hidroponia. Tecnologias, máquinas, ferramentas, equipamentos estavam em exposição. O evento é uma atividade do projeto Hortisudoeste desenvolvido pelo Instituto Emater e diversos parceiros do setor.

As atividades começaram pela manhã, às 10h, na sede da União de Ensino do Sudoeste do Paraná (UNISEP). Os trabalhos tiveram início com uma palestra sobre o potencial de demanda e o mercado da horticultura no Sudoeste. Após o almoço foram realizados diversos cursos rápidos com ministrantes de várias regiões do estado. O evento teve orientações tanto para quem é da área de floricultura, como a produção de gladíolos, até o cultivo de pepino, videira, orquídeas, morango semi-dripônico e manejo de fertirrigação em cultivo em substrato.

Segundo levantamentos do Instituto Emater, a fruticultura e a olericultura vêm perdendo espaço na região Sudoeste. Até 2009 a região contava com 4.571,46 hectares de fruticultura. Em 2018, essa área passou para 2.405,11 hectares. Na olericultura o espaço até aumentou, passando de 3.015,27 hectares para 4.480,61 hectares. No entanto, o número de produtores caiu de 22.238 para 13.993. Os fatores que levaram a esta situação ainda não são totalmente conhecidos pela Extensão Rural.

Foi justamente para descobrir as dificuldades que produtores de flores, frutas e hortaliças enfrentam que os técnicos do Instituto Emater criaram o Projeto Hortisudoeste. A redução do número de propriedades e a dependência dos mercados institucionais (Merenda Escolar e Aquisição de Alimentos) podem ser algumas das razões que estão levando à diminuição da área cultivada com frutas e hortaliças na região, de acordo com Nilson Marcos Balin, do Instituto Emater de Dois Vizinhos. No entanto, ele afirma que o projeto pretende fazer um diagnóstico mais apurado da situação no Sudoeste.  “O Projeto Hortisudoeste está buscando parceiros, desenvolvendo pesquisa e metodologia para fomentar a produção em cerca de 52 municípios da região”, informou o extensionista.

O I Hortec e VI Workshop de Hidroponia foi uma promoção do Instituto Emater em parceria com a UNISEP e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).


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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: EMATER-PR

Epagri publica Boletim Agropecuário do mês de junho de 2019

Milho recupera área plantada em Santa Catarina

A recuperação da área plantada e o aumento da produtividade do milho são as grandes notícias da mais recente edição do Boletim Agropecuário, documento que apresenta as principais informações conjunturais referentes ao desenvolvimento das safras, da produção e dos mercados para os produtos agrícolas catarinenses selecionados. O Boletim, que é publicado mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa), também aponta alta nos preços pagos ao produtor pelo arroz e feijão e crescimento expressivo nas exportações de carne suína e de frango.

Grãos

Os números finais da safra 2018/19 confirmam a recuperação em 7,24% na área cultivada de milho, primeira e segunda safras, em relação à safra 2017/18, chegando a um total de 346.111ha de área plantada com o grão em Santa Catarina. A produtividade foi a segunda maior entre as três últimas safras, alcançando 8.286kg/ha. No total das duas safras, a produção estadual de milho ficou em 2,89 milhões de toneladas. Apesar da excelente safra nacional, estimada em 98,5 milhões de toneladas, os preços reagiram em junho, recuperando parte das perdas dos últimos meses.

Foto: Nilson Teixeira / Epagri

O arroz está com a safra encerrada e preços que seguem em alta em razão da menor oferta interna. Quem também está comemorando bons preços é o produtor de feijão. A saca de feijão carioca foi comercializada no primeiro semestre de 2019 por um valor 127% maior do que o praticado no mesmo período do ano anterior. Para os produtores de feijão preto, o ganho monetário no semestre chega a 20%.

A soja apresentou recuo de 2% na área plantada no Estado, com 670 mil hectares cultivados e produção estimada em 2,35 milhões de toneladas. Os preços reagiram em junho, mas os produtores seguram o produto, à espera de melhores cotações. O trigo estava com 61% da área plantada na primeira semana de julho. A expectativa da Epagri/Cepa é de redução de 8% na área cultivada, decorrente dos altos custos de produção.

Hortaliças

Os preços do alho apresentaram boa recuperação e os cultivos catarinenses seguem bem, sinalizando boas perspectivas para a safra 2019/20. A cebola é outra hortaliça que vê subida no preço, impulsionado pela redução na importação e oferta mais ajustada da produção nacional.

Pecuária

As carnes de frango e suína experimentaram importante incremento nas exportações nos primeiros seis meses de 2019. No primeiro semestre deste ano, Santa Catarina exportou 727,46 mil toneladas de carne de frango, com faturamento de US$ 1,26 bilhão, o que representa um aumento de 58,77% em quantidade e de 60,48% em valor, quando comparado ao mesmo período de 2018. O Estado foi responsável por 37,02% das receitas brasileiras geradas pela exportação de carne de frango de janeiro a junho.

Já a carne suína teve sua exportação ampliada em 44,53% no primeiro semestre de 2019 em relação a igual período de 2018. Nesses primeiros seis meses o faturamento chegou a US$ 392,51 milhões, expansão de 42,18% na comparação com o ano anterior. Santa Catarina foi responsável por 56,19% das receitas e 58,67% da quantidade de carne suína exportada pelo Brasil de janeiro a junho, consolidando-se como principal exportador de carne suína do país.

No sentido contrário, a carne bovina enfrentou queda de 1,92% em quantidade e 15,76% em valor exportado no primeiro semestre de 2019, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado de janeiro a junho, foram exportadas 2,11 mil toneladas, com faturamento de US$ 5,99 milhões. Hong Kong foi o destino de 59,54% da carne bovina exportada pelo estado este ano.

Os produtores de leite sofreram com queda significativa dos preços no mês de julho. O cenário traçado pela Epagri/Cepa não é promissor, com possibilidade de novas quedas nos próximos meses.

Leia a íntegra do Boletim Agropecuário aqui!

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).