Olericultura injeta até R$ 610 milhões na Grande Florianópolis a cada safra

A olericultura injeta na economia da Grande Florianópolis cerca de R$ 430 milhões a cada safra. O levantamento foi realizado com critérios estatísticos e concentrou-se em 70% dos principais produtos. Se considerarmos uma projeção para os 30% restantes, este valor pode chegar a cerca de R$610 milhões. Angelina é o município que mais participa neste valor, com 31,18% do total, seguido por Antônio Carlos (19,14%), Águas Mornas (15,91%) e Rancho Queimado (8,33%).

tomate é a hortaliça que tem mais participação nas vendas da região, com 17,45% do total. Na sequência aparecem brócolis (12,92%), milho verde (8,71%), morango (8,08%) e alface (8,03%).

Produção de alface em Antônio Carlos, que é o segundo município em índice de participação nas vendas de hortaliças na Grande Florianópolis

O cultivo convencional é empregado por 92,2% dos olericultores da Grande Florianópolis. O Sistema de Produção Direta de Hortaliças (SPDH) é a opção de 4,6% dos produtores e 2,51% produzem de forma orgânica.

Os dados são do levantamento publicado recentemente pela Epagri. A Gerência Regional da Grande Florianópolis demandou o estudo e o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) colaborou no desenvolvimento da metodologia e na plataforma utilizada para exposição dos dados, que estão disponíveis no site InfoAgro.

Importância

Segundo Altamiro Morais Matos Filho, extensionista da Gerência Regional da Epagri na Grande Florianópolis, o levantamento é importante porque quantifica culturas agrícolas muito difíceis de dimensionar, dado seu ciclo curto, ou seja, o menor espaço de tempo entre o cultivo e a comercialização.  A olericultura é a principal atividade agrícola da Grande Florianópolis e com as informações geradas pelo estudo será possível desenvolver políticas públicas ainda mais assertivas para o setor, avalia Altamiro.

O extensionista da Epagri aponta que a maioria da riqueza gerada pela produção de hortaliças fica na região, o que ajuda a movimentar a economia dos municípios. Uma boa parte do lucro dos agricultores vai parar nos estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços locais.

O estudo publicado agora pela Epagri apresenta dados levantados entre julho de 2018 e junho de 2019, referentes à safra 2018/19. O levantamento será atualizado a cada dois anos.

Informações e entrevistas
Altamiro Morais Matos Filho, extensionista da Gerência Regional da Epagri na Grande Florianópolis, pelo fone (48) 99981-4713

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

I Hortec e VI Workshop de Hidroponia discutem olericultura na região Sudoeste

Na última quinta-feira (31) foi realizado o I Hortec e VI Workshop de Hidroponia, em Dois Vizinhos. Os agricultores tiveram a oportunidade de entrar em contato com inúmeras empresas do setor de produção de hortaliças, frutas e flores, bem como de hidroponia. Tecnologias, máquinas, ferramentas, equipamentos estavam em exposição. O evento é uma atividade do projeto Hortisudoeste desenvolvido pelo Instituto Emater e diversos parceiros do setor.

As atividades começaram pela manhã, às 10h, na sede da União de Ensino do Sudoeste do Paraná (UNISEP). Os trabalhos tiveram início com uma palestra sobre o potencial de demanda e o mercado da horticultura no Sudoeste. Após o almoço foram realizados diversos cursos rápidos com ministrantes de várias regiões do estado. O evento teve orientações tanto para quem é da área de floricultura, como a produção de gladíolos, até o cultivo de pepino, videira, orquídeas, morango semi-dripônico e manejo de fertirrigação em cultivo em substrato.

Segundo levantamentos do Instituto Emater, a fruticultura e a olericultura vêm perdendo espaço na região Sudoeste. Até 2009 a região contava com 4.571,46 hectares de fruticultura. Em 2018, essa área passou para 2.405,11 hectares. Na olericultura o espaço até aumentou, passando de 3.015,27 hectares para 4.480,61 hectares. No entanto, o número de produtores caiu de 22.238 para 13.993. Os fatores que levaram a esta situação ainda não são totalmente conhecidos pela Extensão Rural.

Foi justamente para descobrir as dificuldades que produtores de flores, frutas e hortaliças enfrentam que os técnicos do Instituto Emater criaram o Projeto Hortisudoeste. A redução do número de propriedades e a dependência dos mercados institucionais (Merenda Escolar e Aquisição de Alimentos) podem ser algumas das razões que estão levando à diminuição da área cultivada com frutas e hortaliças na região, de acordo com Nilson Marcos Balin, do Instituto Emater de Dois Vizinhos. No entanto, ele afirma que o projeto pretende fazer um diagnóstico mais apurado da situação no Sudoeste.  “O Projeto Hortisudoeste está buscando parceiros, desenvolvendo pesquisa e metodologia para fomentar a produção em cerca de 52 municípios da região”, informou o extensionista.

O I Hortec e VI Workshop de Hidroponia foi uma promoção do Instituto Emater em parceria com a UNISEP e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).


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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: EMATER-PR