MULHERES COOPERATIVISTAS: TRABALHAR E SONHAR EM CONJUNTO

COOPEMAF, de Presidente Epitácio, amplia técnicas de trabalho em couro de peixe e busca mercados; Programa Novo Olhar, do SENAR-SP, foi o início de tudo

Quantos sonhos cabem em uma mulher? E em oito mulheres? Não há dúvida de que os objetivos de vida expressados por um grupo feminino que trabalha junto são muitos: adquirir independência financeira, contribuir com a sociedade, aprender coisas novas, garantir o conforto da família. É o que acontece em Presidente Epitácio, onde a Cooperativa Mulheres à Frente (COOPEMAF) e suas oito integrantes trabalham desde 2022 no curtimento e tingimento da pele de peixes.

Os sonhos das oito cooperadas são materializados em couro, bolsas e carteiras, frutos do trabalho da cooperativa. Mas a realização do projeto coletivo vai além disso, conta a presidente da COOPEMAF, Katia Mastroto. Construir independência e autoestima também são objetivos do grupo. “Esta cooperativa foi feita para resgatar mulheres que sofrem violência doméstica, que precisam trabalhar, ou que não se acham capazes”, define.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado de São Paulo (SENAR-SP) esteve presente no início desse projeto ainda em 2019. “No final daquele ano, após o Programa Novo Olhar, compartilhei meu sonho com outras seis mulheres, e todas nós resolvemos nos juntar para fazer esse sonho virar realidade. Esse foi o início do Mulheres à Frente”, recorda.

Ideias compartilhadas

O sonho de Katia começou quando a piscicultora, produtora de filés de tilápia, observou que um grande volume da pele dos peixes era descartado no processo de fabricação dos filés. Pesquisando na internet, ela descobriu que a melhor finalidade para a pele descartada era sua transformação em couro e tingimento – ao final do processo, teria em mãos uma valorizada matéria-prima da indústria de calçados e acessórios.

A ideia do curtume ficou maturando na mente de Katia durante um tempo, até que em 2019 seu caminho cruzou com o Programa Novo Olhar sobre a Organização Comunitária Rural, organizado pelo Sindicato Rural de Presidente Epitácio e ministrado pela instrutora Silvânia Briganó, de Ibirarema. “Contei sobre o meu sonho e ela me deu um empurrão que foi essencial. Ela me disse: ‘É isso que você quer? Então vamos fazer agora!’”, recorda. Animada pela professora, a piscicultora foi em busca de mais companheiras para formar a cooperativa. Entre dois anos de pandemia que impuseram distanciamento social e diversos estudos, testes, parcerias e adaptações, a Cooperativa Mulheres à Frente foi construída aos poucos – e formalizada em outubro de 2022. Além de Katia, o grupo é formado por Vera Lúcia, Katia Nojima, Rosemeire, Silvânia, Marlene, Marly e Ariene.

“Desde então estamos nos especializando e pesquisando novas técnicas para facilitar e diminuir os custos de produção para curtir a pele do peixe e transformar em couro”, explica a presidente da cooperativa. O plano da COOPEMAF é não apenas vender o couro curtido, mas também fazer as próprias peças, como bolsas, chaveiros, relógios e brincos com escamas.

Cada uma com seu dom

No cooperativismo as pessoas que compõem o grupo se completam. É o que afirma a comandante da COOPEMAF. “Cada uma de nós tem um dom, seja na produção, nas vendas ou no artesanato. Sempre nos encaixamos em algum lugar, e todas somos capazes”, acredita.

A resiliência necessária para conhecer as próprias limitações e superá-las é um dos lemas da cooperativa, cujo maior desafio até o momento foi a confecção dos produtos feitos de couro de tilápia. Graças a uma parceria com uma artesã, as peças-piloto da cooperativa já foram confeccionadas e estão prontas para exposição no 11º Aquishow Brasil, que acontece em maio na cidade de Ribeirão Preto. É o primeiro evento de que a COOPEMAF irá participar.

Planos para 2023

Participar do evento tem um sabor especial para o time de Presidente Epitácio, que desenvolveu a técnica de fabricação do couro com muita dedicação. “Essa técnica foi desenvolvida para facilitar o curtimento do couro e diminuir os custos. A nossa perspectiva é divulgar nosso trabalho e conseguir parceiros”, adianta Katia.

Ela acredita que a COOPEMAF está mais do que pronta para lançar seus produtos este ano, além de continuar evoluindo na técnica e formulando novas peças. “Nosso plano é apresentar nossos produtos para o mercado, e a perspectiva é conseguir parcerias comerciais”, resume.

O “empurrãozinho” do SENAR-SP

Com seis módulos, o Programa Novo Olhar sobre Organização Comunitária Rural orienta produtores rurais para a formação de modelos diferenciados de empreender, entre eles o cooperativismo. “O cooperativismo melhora a qualidade de vida dos produtores, pois as atividades em grupo podem ficar mais baratas, mais rápidas e eficientes do que quando realizadas individualmente”, explica Silvânia Briganó. Nesse modelo de atuação, chegar ao consenso costuma ser um desafio comum.

Produtores rurais interessados no cooperativismo têm no SENAR-SP um importante ponto de apoio. “O SENAR-SP têm muitos cursos de capacitação para os produtores, e em parceria com os Sindicatos Rurais leva até eles toda a informação para melhorar a qualidade de vida e ajuda esses produtores a levar seus artigos para o mercado”, afirma a instrutora.

O Programa Novo Olhar, em particular, auxilia os alunos que desejam trilhar o caminho cooperativista na medida em que apresenta conhecimentos sobre como se relacionar e desenvolver trabalhos em grupo. “A COOPEMAF tomou forma no final do Programa Novo Olhar, que de fato proporcionou um novo olhar para as mulheres, que viram no couro do peixe a oportunidade de um excelente negócio e realização de um sonho”, resume Silvânia.

Fonte: FAESP/SENAR- SP

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Com orientação do IDR-Paraná produtores de queijo criam Associação

Desde dezembro do ano passado um grupo de produtores de queijo e derivados de leite de Guarapuava e Laranjeiras do Sul vem se organizando para melhorar a qualidade dos seus produtos e buscar novos mercados. Com a orientação do IDR-Paraná foi criada a Associação dos Produtores de Queijo e Derivados de Leite da Região Centro do Paraná  (APROLEQ), que já conta com 24 associados.

Os integrantes da Associação já lidavam com a produção de queijo há algum tempo. Mas foi a partir de uma capacitação, realizada no ano passado, que eles compreenderam a importância da regularização das agroindústrias e da força de uma instituição associativa.

O curso contou com a colaboração da Seab (Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento), Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), Unicentro (Universidade Estadual do Centro Oeste), UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul), CEEP (Centro Estadual de Educação Profissional), Cresol (Cooperativa de Crédito) e prefeituras.

Foram realizados oito módulos presenciais que abordaram todos os aspectos da cadeia produtiva do queijo. Os participantes do curso tiveram a oportunidade de aprender um pouco mais sobre a alimentação do rebanho, bem-estar animal, obtenção do leite de qualidade, regulamentação de agroindústrias, boas práticas de fabricação, organização rural e comercialização.

Com o apoio e orientação dos servidores do IDR-Paraná a Aproleq foi criada. Segundo Daniela Ragazzon, do IDR-Paraná de Laranjeiras do Sul, o incentivo à organização dos produtores de forma associativa é uma das ações do Instituto para melhorar a competitividade dos produtos da agricultura familiar. “A criação da Aproleq deve fomentar a produção de queijos e derivados de leite, incrementar o processo de inserção desses produtos no mercado, estimular o potencial turístico da Mesorregião Centro, bem como formar representatividade para que os produtores tenham acesso a políticas públicas”, observou Daniela Ragazzon.

Até o fim deste mês deve ser feita a regularização da Aproleq. Roberto Carlos de Oliveira, de Guarapuava, vai responder pela presidência da Associação

Fonte: Roberto Monteiro/IDR-PARANÁ

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Manual da Emater-MG orienta sobre os cuidados na pré-colheita do café

Safra começa a ser colhida em maio e deve ser de 27,5 milhões de sacas

Produtores de café de Minas Gerais se preparam para o início da colheita do café. A partir de maio, as atividades serão intensas no campo. O estado deve colher 27,5 milhões de sacas (60kg), de acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo indica que 50% da safra brasileira do café sairá das lavouras mineiras, que ocupam 1,3 milhão de hectares.

Empresa da Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) possui o Manual do Café – Colheita e Preparo que orienta o agricultor sobre os cuidados que devem ser tomados, desde a pré-colheita até o beneficiamento do produto. O material está disponível para consulta gratuita neste link.

Nos meses que antecedem a colheita, é fundamental que o produtor faça uma previsão da safra. Desta forma, fica mais fácil fazer um levantamento dos recursos materiais e financeiros necessários. O manual cita, por exemplo, o dimensionamento e revisão da infraestrutura e maquinários para o processamento do café, levantamento da necessidade de mão de obra e o preparo da lavoura para a colheita.

“Esse planejamento inicial é estratégico para uma colheita de sucesso. A colheita não se inicia com a retirada do fruto da planta. Mas nas verificações de equipamentos e terreiros, além do planejamento financeiro, pois é uma fase de grande gasto”, afirma o coordenador técnico de Cafeicultura da Emater-MG, Bernardino Cangussú.

Uma atividade fundamental antes da colheita é a arruação. Ela consiste na limpeza da área próxima ou sob a saia do cafeeiro. Para isso, o produtor pode usar um rastelo ou rodo de madeira, além de sopradores mecânicos. É importante não tirar o excesso de terra para não danificar as raízes do cafeeiro.

Outro procedimento recomendado pela Emater-MG na pré-colheita do café é a inspeção de instalações que serão usadas em todo o processo, até o beneficiamento. As tulhas, por exemplo, não devem ser usadas na armazenagem de outro produto agrícola ou insumo, pois o café absorve outros odores com muita facilidade.

O terreiro, que ao longo do ano serviu para tantas outras finalidades, deve, nesta época, servir exclusivamente para secagem, para evitar a contaminação do café. Ele deve ser bem varrido, lavado, desinfetado e cercado (se houver necessidade). Periodicamente, o terreiro deve passar por uma reforma para eliminar gretas e rachaduras. Isso evita a retenção de grãos que se deterioram ao permanecerem ali retidos, com riscos de contaminar o café. De acordo com a equipe técnica da Emater-MG que elaborou a cartilha, uma boa alternativa para a restauração do terreiro é o uso da mistura de cal de reboco, areia fina e cimento.

No manual da Emater-MG, o cafeicultor também encontra informações sobre o ponto ideal de maturação do café para iniciar a colheita. Quanto maior for o percentual de frutos cereja, melhor. A grande quantidade de grãos verdes vai gerar perdas de qualidade, comprometendo o sabor e aroma. Já grãos secos são mais sujeitos à ação de micro-organismos, que podem causar fermentação indesejada. O material técnico orienta o produtor sobre o cálculo que deve ser feito para verificar o momento certo de começar a colher, levando em consideração o percentual de cada tipo de grão presente na lavoura.

A colheita

O Manual do Café – Colheita e Preparo também apresenta uma série de informações sobre os tipos de colheita (manual ou mecânica), recomendações para melhor desempenho das colhedoras, limpeza, transporte, métodos de secagem, armazenamento, beneficiamento, entre outras.

Fonte : Marcelo Varella – Ascom/Emater-MG

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Como obter o Credenciamento de pessoas jurídicas para prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater) para Anater:

O que é o credenciamento de Ater da Anater?

É o processo de habilitação de Entidades que executam serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER. O credenciamento é norma indispensável para a contratação de serviços de ATER por meio de Chamadas Públicas ou Instrumentos Específicos de Parceria (IEP).

Quem pode se credenciar para prestar serviços de Ater para Anater?

Toda Pessoa Jurídica, seja ela uma ONG, OSCIP, cooperativa, associação ou entidade governamental (autarquia estadual, empresa de economia mista ou outra similar) que atenda aos preceitos legais e seja constituída há pelo menos 1 (um) ano.

Etapas para a realização do credenciamento:

  1. A solicitação de credenciamento deve ser feita dentro do Sistema de Gestão de Ater da Anater (SGA). Todos os documentos deverão ser inseridos no SGA para análise e deferimento.
  2. É necessário acessar o portal da Anater (https://www.anater.org), clicar no botão “Credenciamento”.
  3. Preencher os dados para realizar seu pré-cadastro.
  4. Após o preenchimento do pré-cadastro, receberá um e-mail com os dados de acesso ao SGA (http://sga.anater.org) para concluir o pré-cadastramento e enviar a solicitação de credenciamento.
  5. Os requisitos mínimos para o credenciamento de Entidades de Ater são:
  • Estatuto social ou correspondente que mencione a prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER);
  • Cartão do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ);
  • Relação de suas instalações, equipamentos e da sua capacidade técnica e operacional;
  • Currículo da entidade que descreva a experiência em Ater;
  • Certidão Negativa de Débitos – CND;
  • Atestado ou declaração fornecido pelo contratante que comprove já ter prestado serviços de Ater, mediante o mínimo de 10 (dez) declarações de pessoas físicas devendo ser pequeno e/ou médio produtor; sendo agricultor familiar deverá apresentar ainda a cópia da DAP ou, no mínimo 01 (uma) declaração de pessoa jurídica com o timbre da empresa, número do CPF do assinante, CNPJ da Empresa e reconhecimento de firma;
  • Relação do corpo técnico contendo no mínimo 03 membros:

* 02 (dois) de nível superior, sendo um das áreas de Ciências Agrárias e/ou Veterinárias e outro das áreas de Ciências Humanas e/ou Ciências Sociais, todos com diploma de graduação reconhecido pelo MEC,
* 01 (um) técnico de nível médio com certificado reconhecido pelo MEC em Ciências Agrárias;
* Todo o corpo técnico deverá apresentar os respectivos registros profissionais válidos junto aos conselhos/órgãos de classe competentes;

  • Declaração de veracidade das informações prestadas com assinatura do representante da empresa.

Observação: É importante ressaltar que os serviços devem ser atestados por beneficiários diretos, ou personalidade jurídica que os represente. Não são consideradas declarações de parceria, contratos e
outros documentos congêneres para prestação de serviços de ATER a terceiros.

6. As Entidades Privadas Executoras de Ater deverão estar constituídas há pelo menos 01 (um) ano.

7. Depois de inseridas todas as documentações necessárias, deve clicar no botão “solicitar credenciamento”.

Fonte: Anater

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Com assistência técnica do Ruraltins, produtor reforma pastagem e estima colher 850 toneladas de silagem

Resultados da assistência técnica do Ruraltins serão apresentados no próximo dia 23, em Dia de Campo na propriedade

Há cerca de um ano, o agricultor Emanuel Martinez Vaz de Oliveira, proprietário da Fazenda Elite, localizada no município de Palmas, recebe assistência técnica do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), por meio do Projeto ABC Corte, com a finalidade de melhorar a pastagem e intensificar a produção de carne.

Projeto ABC faz parte do Plano Setorial para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEEs), e tem, dentre as suas ações, a recuperação de pastagens degradadas. Dessa forma, o Ruraltins assiste o produtor para, além de melhorar a sua produtividade, fazer da propriedade uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) nas tecnologias ABC com a adoção de tecnologias de produção sustentáveis, consideradas mitigadoras das mudanças climáticas.

Na propriedade de 110,35 hectares de terra, e um plantel de 220 cabeças de gado nelore, Emanuel está investindo no pastejo rotacionado e na produção de silagem para garantir a nutrição animal do seu rebanho principalmente no período de estiagem. Com orientações técnicas do Ruraltins, foi feita a integração lavoura-pecuária.

O extensionista Victor Hugo de Oliveira Praxedes é quem explica como está sendo feito esse acompanhamento. “Toda a área contou com correção de solo, e, após análises, a devida adubação. Com isso, dividiu-se a maior parte, os 12 hectares, para o plantio da forrageira tamani [panicum maximum], em consórcio com sorgo da variedade BRS Ponta Negra, e em outras duas áreas experimentais, de 1,5 hectare, feito o plantio de milho para silagem, em consórcio com o capim tipo CV myagui [panicum maximum]. Esse capim também foi utilizado na outra parte experimental, mas com o consórcio de sorgo do tipo Boliviano. As sementes das áreas experimentais contaram ainda com o aditivo de fertilizante rico em macro e micronutrientes, e a cobertura com bases nitrogenadas foi feita após 15 dias aproximadamente, para que o melhor desempenho seja alcançado”, afirma.

Com boas expectativas para a colheita, que já está em andamento, o produtor acredita colher mais de 650 toneladas de silagem com os plantios do capim, sorgo e milho, e ainda mais 200 toneladas de capiaçu, somente neste primeiro corte. “Estou muito satisfeito com esse acompanhamento do Ruraltins, aqui a gente tem feito o pastejo rotacionado e essa integração lavoura-pecuária, onde a gente vai colher a silagem e deixar o capim. Nosso objetivo é a área formada em uma cultura perene que é o capim, e conseguir, com a silagem, pagar os custos da reforma”, frisa Emanuel Martinez.

Nesse trabalho, o engenheiro agrônomo Edmilson Rodrigues destaca a importância da parceria público-privada na implantação da Unidade Demonstrativa. “Um dos pontos fortes para que esse trabalho fosse feito, primeiramente pela assistência técnica realizada pelo escritório local de Porto Nacional com o produtor, que se colocou à disposição e tem conduzido conforme as orientações, e o apoio também da UFT [Universidade Federal do Tocantins], a Embrapa, a Sementes Grão Fértil, a ABCZ pelo programa Integra Zebu e a Latina Seed, com a doação de sementes Agri 002 do sorgo boliviano para silagem”, pontua.

Dia de Campo

Os resultados do trabalho na propriedade serão apresentados ainda neste mês, no próximo dia 23, na área de Unidade Demonstrativa, em um Dia de Campo sobre Sistema Integrado de Lavoura e Pecuária.

Fonte: Prefeitura de Tocantins

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Paranaense assume presidência de associação nacional de assistência técnica rural

Diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza foi eleito para a Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária. Ele disse que o compromisso é valorizar o quadro, a participação dos estados e tornar a entidade mais protagonista.

O diretor-presidente do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), Natalino Avance de Souza, foi eleito nesta sexta-feira (17), em Brasília, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer). A eleição ocorreu durante a 63º Assembleia Geral Ordinária da Asbraer. A nova diretoria assume a instituição até 2027.

De acordo com Natalino, o Paraná ganha um posto importante com esta eleição. “Foi uma eleição muito disputada. Há um grande desafio pela frente. Temos o compromisso de trabalhar para reposicionar a Asbraer, valorizar o quadro existente, a participação dos estados, tornar a associação mais protagonista e reconstruir as unidades estaduais”, disse.

Fundada há mais de 30 anos, a associação mantém ativa a integração e o intercâmbio das 28 entidades públicas de assistência técnica e extensão rural do Brasil.

A 63ª Assembleia da Asbraer contou com 25 das 28 associadas presentes, além de outras que buscam associar-se. Também participaram da reunião representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Embrapa, parlamentares e secretários de Estado.

Também fazem parte da chapa vencedora Luciano Brandão (Rondônia), como vice-presidente nacional, e Gilson dos Anjos (Sergipe), como vice-presidente nacional de Pesquisa. Além de Natalino, o diretor de Extensão Rural do IDR-Paraná, Diniz Dias D’Oliveira, foi reeleito para o Conselho Fiscal pela terceira vez. Foram eleitos para o Conselho Fiscal, também, Cláudio Bortolini (Minas Gerais), que assume a presidência; Loislene Trindade (Distrito Federal), Daniel Pinto (Amazonas), Sandro Montenegro (Maranhão) e Célio Haverroth (Bahia), como suplentes. 

TRAJETÓRIA – Natalino se formou engenheiro agrônomo em 1978, mesmo ano que ingressou na Acarpa, hoje IDR-Paraná. Até chegar à presidência do Instituto, atuou como extensionista em Assis Chateaubriand, Toledo, Paranavaí e como gerente regional em Irati. Foi presidente da Ceasa (Centrais de Abastecimento do Paraná) de 2013 a 2018 e coordenou o processo de incorporação das entidades que formam o IDR-Paraná.

Criado em dezembro de 2019 (Lei 20.212/19), o instituto nasceu com o objetivo de tornar a agropecuária paranaense cada vez mais competitiva e garantir a redução da desigualdade no meio rural. Fruto de uma junção, a partir da incorporação da Emater, Iapar, CPRA e Codapar, que deixaram de existir como instituições autônomas para formar uma única instituição vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o IDR-Paraná alia o trabalho da pesquisa, extensão, agroecologia e fomento para melhorar a qualidade de entrega de serviços para os agricultores.

PARANÁ – Com a melhor classificação em potencialidade agrícola do País – segundo estudo do IBGE de 2022 – o Paraná tem presença marcante no campo. Segue liderando a produção de proteína animal, assim como a de feijão, erva-mate, mel, cevada, fio de seda e peixes, particularmente a tilápia. O Estado também colhe resultados sustentáveis, sendo o Estado com maior número de produtores orgânicos certificados, aproximadamente 3,9 mil, de acordo com os dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

A agricultura paranaense é essencialmente familiar, feita por pequenos e médios produtores. Cerca de 80% das propriedades rurais são de agricultores familiares, que lutam para agregar valor à produtos importantes da agricultura, como na produção de cafés especiais, queijos artesanais, entre outros. Prova disso é que as agroindústrias paranaenses têm produtos premiados nacional e internacionalmente.

Fonte: IDR Paraná

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Extensionistas da Emater passam por capacitação sobre cultivo de mudas de pequi e coquinho azedo no ICA

Oficinas foram ministradas por docentes, servidores técnico-administrativos e acadêmicos da graduação e da pós-graduação da universidade

Difundir o conhecimento e as práticas acerca da propagação, manejo e melhoramento do pequi e coquinho azedo, este foi um dos objetivos do ciclo de oficinas realizado no Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFMG na manhã desta terça-feira, 14 de março. O evento reuniu 44 extensionistas da Emater de 25 municípios do Norte de Minas no Viveiro de Mudas Frutíferas, Ornamentais e Silviculturais do ICA. “Nós fomos procurados pela Emater para dar uma oficina sobre propagação de plantas frutíferas nativas, uma vez que eles estão realizando este trabalho com agricultores e extrativistas com estas plantas. A nossa ideia é de além da capacitação sobre a propagação, ao final, formatar uma proposta de plantio em alguns municípios com pequizeiro, coquinho azedo e outras frutíferas”, explica o professor Paulo Sérgio Nascimento, responsável pelo Viveiro.

Para o professor, a oficina contribui em dois aspectos. “Na área de restauração ambiental, em função das ações do homem, houve uma redução bem grande das populações naturais de coquinho e de pequizeiro. E como são plantas com alto valor econômico é uma oportunidade de fazer o plantio, aumentar a eficiência de exploração da espécie e deixando as populações naturais, no campo, se regenerarem diminuindo os impactos da ação humana”.

Esta é a segunda edição da capacitação realizada pelo projeto de Desenvolvimento Sustentável das Frutas Nativas e Plantadas da Agricultura Familiar para o Norte de Minas Gerais. A iniciativa do governo do estado vai beneficiar agricultores familiares extrativistas de 25 municípios do norte de Minas, até o final de 2023. “É uma integração entre ensino, pesquisa e extensão. Este é o segundo momento em que nós estamos reunindo com os técnicos da Emater, porque são áreas nas quais se tem pouca pesquisa, pouca informação. Nós temos que aproveitar ao máximo o que o Instituto de Ciências Agrárias da UFMG tem a oferecer com suas pesquisas. A nossa intenção é de que os técnicos repassem este conhecimento aos produtores, que são os beneficiados deste projeto”, afirma o coordenador técnico estadual de Fruticultura da Emater, Deny Sanábio.

Os recursos do projeto, são do Fundo Pró-Pequi e estão sendo gerenciados pelo Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Ambiental e Sustentável do Norte de Minas (Codanorte). A gerente do Departamento de Desenvolvimento Rural da instituição e coordenadora do projeto Aldenir Teixeira da Gama, conta que são trabalhados diversos aspectos junto aos envolvidos. “O projeto abrange municípios sobretudo do arranjo produtivo do pequi. As ações incluem esta capacitação dos extensionistas da Emater, que tem uma capilaridade muito grande no alcance dos agricultores. Cerca de 220 agricultores agroextrativistas foram cadastrados e irão receber visitas dos extensionistas para orientações. Além disso, tem o apoio a agroindústrias de base familiar. É oferecido um acompanhamento técnico por um engenheiro de alimentos no período de um ano”.

Troca de conhecimento e experiências

Docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes de graduação e pós-graduação envolvidos com projetos de pesquisa e atividades de extensão no Viveiro ministraram oficinas. O professor Paulo Sérgio Nascimento vê o evento como uma oportunidade para todos aprenderem. “A gente está trabalhando com estas espécies nativas há quase vinte anos. O objetivo é apresentar estes resultados e discutir com os técnicos da Emater, que são extensionistas e têm muita vivência e experiência também com estas plantas. Eles podem com o olhar deles contribuir para novos trabalhos de pesquisa ou mesmo aprimorar os processos tecnológicos atuais que a gente desenvolve. Este é um encontro muito rico. Não é só a universidade que está disponibilizando conhecimento, mas também está recebendo opiniões, sugestões e conhecimento deles”.

O extensionista da Emater em Pedras de Maria da Cruz, Fernando Cardoso de Oliveira, garante que a capacitação foi uma grande contribuição para as atividades que desenvolve. “A gente retorna com estas informações para o campo. Pelas contas feitas aqui, é um rendimento bem grande para uma área pequena. E os agroextrativistas têm pequenas propriedades. Então é uma grande oportunidade para a gente levar esse conhecimento para as comunidades tradicionais e desenvolver estes trabalhos junto a elas. Porque dá um rendimento muito bom e gera renda e melhoria da qualidade de vida para estes pequenos produtores”.

As atividades do projeto do governo devem ser concluídas este ano. Mas, há a previsão de que outras ações ligadas aos frutos do cerrado sejam desenvolvidas junto ao campus da UFMG em Montes Claros. “Nós estamos pleiteando aplicar os recursos do projeto em outras pesquisas em 2024 junto com a UFMG”, garante Deny Sanábio.

Texto: Ana Cláudia Mendes/UFMG

Fonte: ICA/ UFMG

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Governo treina produtores rurais para expansão da cultura do caju no Sertão

A cultura do caju passou a ganhar novas áreas na Paraíba, especialmente no Sertão, com a execução pelo Governo do Estado do Programa de Recuperação, Expansão e Fortalecimento da Cajucultura, que agora entra em nova fase com o treinamento de técnicos e produtores para iniciar a distribuição de mudas. O objetivo é o fortalecimento da cadeia produtiva dessa cultura que vai possibilitar surgir oportunidades de trabalho no campo e a geração de renda para famílias agricultoras.

Executado pela Secretaria da Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido, em parceria da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural, Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, o Programa de Recuperação, Expansão e Fortalecimento da Cajucultura começou a treinar técnicos e produtores rurais sobre o cultivo do caju, tendo em vista que, seguindo o calendário agrícola, a distribuição das mudas deve acontecer a partir do próximo mês. 

A recuperação da cultura do caju, com a introdução de variedades que apresentam boa produtividade e aceitação no mercado, é uma ação desenvolvida em todos os municípios paraibanos, com distribuição de 1 milhão de mudas entre agricultores familiares. A produção de mudas conta com recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza (Funcep). As prefeituras municipais serão parceiras neste projeto.

Capacitação – Durante dois dias, na semana passada, foram ministrados cursos de capacitação para técnicos e agricultores familiares interessados no cultivo de caju no Perímetro Irrigado das Várzeas de Sousa. As práticas foram ministradas pelos pesquisadores Pedro Paulo Bezerra da Silva e Ivonete Berto Menino, com o acompanhamento do diretor de Pesquisa Agropecuária, Aderval Monteiro Valença Dias.

O programa contemplará os agricultores familiares com a distribuição de mudas de caju, cultivar BRS-226, de alta produtividade, que tem maior resistência à seca, a algumas pragas e doenças de maior incidência no cajueiro. Na primeira etapa do programa, serão disponibilizados para a região do Sertão um total de 210.312 mudas para o plantio em módulos rurais de até dois hectares, atendendo às famílias agricultoras, assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas, mulheres e jovens rurais, entre outros, em quantitativo de 20 famílias por municípios. 

A cajucultura é uma das atividades de grande valor econômico e social para o Nordeste. Sua importância social é caracterizada pela geração de emprego e renda para a população rural durante a estação da seca. Do caju tudo se aproveita: o suco, o bagaço, a castanha, a casca da árvore, as folhas, as flores e a madeira. Do suco, prepara-se um refresco ou o fermentado vinho de caju.

Outras regiões também têm demonstrado interesse em participar do Programa de Recuperação, Expansão e Fortalecimento da Cajucultura na Paraíba, a exemplo de Itaporanga e Pombal, onde produtores rurais discutem a recuperação e ampliação desta cultura, porque vislumbram uma melhoria da renda familiar, tendo em vista o mercado cada vez mais crescente.

Durante a abertura da fase de treinamentos dos técnicos e produtores rurais, o secretário executivo da Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido, Bivar Dutra, destacou a força econômica do cajueiro, porque se trata de uma cultura que tem um mercado promissor, sendo muito importante para a geração de renda, mesmo porque em período de seca, cria oportunidades de trabalho. 

Consorciação – Segundo a pesquisadora Ivonete Menino, a produção de caju permite a consorciação com outras culturas na mesma área, sem prejudicar a produtividade, seguindo a orientação técnica. 

Com esse sistema de produção, o produtor rural terá melhor aproveitamento do solo, manutenção e melhoramento das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, além de diminuir a incidência de doenças, pragas e ervas daninhas. Outra vantagem é a redução de solo por erosão e aumento da renda do produtor.

Na agricultura familiar, geralmente são usados em consórcio no cajueiral, as culturas de mandioca, milho, feijão, amendoim, batata-doce, maracujá, abacaxi, urucum e gergelim.

Recomenda-se que o consórcio com o cajueiro anão seja realizado até o terceiro ano após o plantio.

Fonte: Governo do Paraíba

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Emater/RS-Ascar e Embrapa trabalham na construção de um projeto de agricultura ESG

“Environmental, Social and Governance”, a sigla ESG, em português, significa a boa governança ambiental, social e corporativa. É uma prática que busca sustentabilidade nas corporações do mundo inteiro e também está presente no setor agro. Na semana passada, durante a Expodireto Cotrijal 2023, entidades reuniram-se na Casa da Família Rural, espaço da Emater/RS-Ascar na feira, para discutir uma proposta de trabalho que engloba essa visão e busca inserir esse conceito nas propriedades rurais, através de práticas de manejo ESG.

O encontro reuniu a diretoria da Emater/RS, o presidente Christian Lemos e o diretor técnico Claudinei Baldissera, representantes da Embrapa, os gerentes do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Luciano Schwerz e Cleomar de Bona, e representantes da Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, de Palmeira das Missões, local aonde um projeto similar foi iniciado.

“O que nós estamos debatendo aqui é uma proposta estruturante para o RS, através da construção de modelos de produção que vão dar mais resiliência e eficiência produtiva aos agricultores, garantindo os grandes objetivos ambientais que hoje nós discutimos nos fóruns internacionais, de uma agricultura ESG. Queremos levar aos agricultores familiares muito mais oportunidades para inserção de mercado e também uma renda para a família. É um compromisso que estamos assumindo, um trabalho que estamos iniciando agora, uma proposta que a gente construiu junto ao Governo do Estado e pretendemos executar em todas as regiões. Queremos fazer uma verdadeira revolução, seja nas áreas com dificuldade hídrica, áreas mais baixas aonde tem que trazer manejo de água e irrigação, seja através da conservação do solo, com manejo e práticas conservacionistas, nas regiões mais deficitárias”, explicou o analista chefe adjunto do Centro de Pesquisa da Embrapa Trigo, Giovani Stefani Faé.

Segundo o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, esse conceito de agricultura pode agregar muito às propriedades rurais. “Isso inclui, dentro das práticas ESG, as questões de governança, responsabilidade ambiental e de responsabilidade social. Ela abriga essas três frentes. E a ideia é inserir nessa proposta a Emater/RS como uma certificadora dessas propriedades, através desse conceito de governança social e ambiental. Esse conceito ESG é discutido em gestão pública e se discute também na agricultura. São frentes de trabalho importantes e, na agricultura, prevê sistemas de produção sustentáveis. Essa é a chave. Por isso, a proposta é juntar essas práticas em um projeto, através da adoção de práticas de manejo ESG, e poder fazer essa identificação das unidades de produção”, argumentou o diretor da Emater/RS.

Na região de Frederico Westphalen, um trabalho com similaridades a esse projeto já foi iniciado, visando práticas agrícolas mais sustentáveis, e deve ser consolidado esse ano, se tornando uma referência para outras regiões do Estado. “Essa é uma construção que iniciamos, unindo a extensão, os meios de ensino e a pesquisa em prol de um projeto regional que visa à melhoria das condições de uso do solo, da sustentabilidade e, em especial, o aumento da geração de renda. Esse trabalho oportuniza, inclusive, as alternativas e melhores estratégias para o cultivo do outono, para que o produtor possa fazer uma safra melhor, produzindo alimento para os animais, grãos para ração, para possível produção de etanol, para comercialização de grãos, produção de plantas de cobertura, agregando à qualidade química, física e biológica do solo”, contextualizou o gerente regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Luciano Schwerz.

O projeto a que eles se referem são as Unidades de Referência Técnica (URTs) iniciadas na região, para apresentar diferentes variedades de cereais de inverno como oportunidade e uma estratégia para ampliar a rentabilidade do produtor. No ano passado foram instaladas oito URTs de cereais de inverno em municípios da região. Na oportunidade, dias de campo e reuniões técnicas foram realizadas, como uma das estratégias de socialização dos resultados do estudo aos produtores rurais e técnicos da área. A Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, de Palmeira das Missões, foi um dos locais sede dessas práticas. A intenção das entidades, nesse ano, é dar continuidade ao projeto, intensificando as ações e propondo práticas de manejo sustentáveis aos agricultores gaúchos.

Fonte: Emater-RS

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Nova Olinda-CE: Ematerce realiza visita técnica a plantio de tomate

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará – Ematerce, em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura de Nova Olinda – CE, no dia 09 de março, visitaram um plantio de tomates, na Serra do Zabelê, em  Nova Olinda- CE. O plantio é dos agricultores familiares, Heleno Santana e João Santana.

Estiveram na visita o técnico da Ematerce, responsável  pela ATER (assistência e técnica e extensão rural) no município, Alan Domingos,  que destacou a importância da cultura do tomate para a economia  do município pois, além de garantir a segurança alimentar das famílias envolvidas na produção, também gera emprego para pessoas da comunidade, além de gerar  renda com a comercialização da cultura.

Também estiveram na visita técnica, Raimundo Correia de Menezes,   Secretário Municipal de Agricultura  e  Hildeberto Nergino,   Coordenador de Gestão do município,  que  destacaram a  qualidade dos produtos colhidos na propriedade e evidenciaram sobre a importância do trabalho da Ematerce,  no acompanhamento técnico da Empresa estatal de Assistência Técnica e Extensão Rural, não somente da cultura do tomate mais de outros produtos agrícolas, sempre visando o aumento da produção e da produtividade e consequente aumento da renda dos produtores assistidos.

O trabalho da Ematerce, em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura visa implementar o desenvolvimento do setor agrícola do município de Nova Olinda – CE.

Fonte e fotos : Ematerce

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Prefeitura incentiva cadeia produtiva de São Luís com lançamento do “Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural”

A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa), lançou, nesta quarta-feira, (15), o “Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural – Melhor Assistência”, que vai atender, de forma contínua, as cadeias produtivas assistidas pela Semapa. O lançamento foi realizado na sede do órgão, na BR-135, no bairro Tirirical.

Na solenidade, ao lado da vice-prefeita Esmênia Miranda, do superintendente do Senar, Antonio Figueiredo, do chefe geral da Embrapa Cocais, Marco Aurélio Bonfim e do subprefeito da Zona Rural, Dilmar Araújo, o secretário da Semapa, Liviomar Macatrão, falou da importância do programa para o desenvolvimento econômico e produtivo de São Luís.

“Este programa vai proporcionar um incremento nos atuais níveis de produtividade e representatividade na economia de São Luís. Vamos oferecer assistência técnica e gerencial especializada e contínua para pequenos e médios produtores rurais com vertente empreendedora, compreendendo as áreas de mandiocultura, fruticultura, apicultura, piscicultura, floricultura, caprinocultura e avicultura”, explicou o secretário.

Após a abertura do evento, o secretário Liviomar Macatrão entregou ao superintendente de produção da Semapa, Hugo Assunção, a chave do veículo modelo Touro, da marca Fiat, para ajudar as equipes na consolidação do programa, dando suporte ao trabalho diário dos servidores.

A vice-prefeita, Esmênia Miranda, lembrou da importância da pesquisa nos processos de produção e de como a assistência técnica ajuda na qualidade e no aumento da produtividade na cidade de São Luís, beneficiando diretamente a população e os trabalhadores rurais.

“Eu e o prefeito Eduardo Braide conversamos muito sobre incentivar a produção da Zona Rural, uma área tão rica, mas com muito a explorar e é isso que estamos fazendo hoje. A parceria do Senar, que tem tradição com cursos de capacitação e assistência técnica, e da Embrapa, que realiza pesquisas, são muito importantes e ajudam a aumentar a produtividade e a qualidade da nossa produção”, observou a vice-prefeita.

Parcerias

O chefe geral da Embrapa Cocais, Marco Aurélio Bonfim, agradeceu a parceria que, segundo ele, é extremamente necessária.

“Nós somos uma empresa de inovação e a inovação significa a aplicação da tecnologia, da ciência no campo, e são poucas secretarias de Agricultura que realmente investem na assistência técnica, que têm uma gestão profissional voltada para o setor e a gente vê isso na Prefeitura de São Luís. E muito mais do que isso, vemos essa verdadeira parceria em torno da produção e a Embrapa está à disposição da Prefeitura e da Semapa para continuarmos nesse trabalho de construção de um ecossistema frutífero para o desenvolvimento rural do Município de São Luís”, disse.

Para o superintendente do Senar, Antônio Figueiredo, as parcerias podem fazer de São Luís uma cidade referência em exportações de diversos produtos.

“É uma alegria para o Senar estar aqui falando de meio rural porque os produtores são a razão principal de todo esse trabalho que estamos fazendo com a Semapa e com a Prefeitura de São Luís. Contem com o Senar para fazermos de São Luís uma cidade com grande volume de produção”, declarou o superintendente do Senar, Antonio Figueiredo.

Certificação “Qualifica Produtor”

Na oportunidade, também foram entregues 191 certificados do programa de capacitação “Qualifica Produtor 2022”, realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Embrapa Cocais, que capacitou produtores das comunidades Alto Bonito Maracanã, Assentamento Conceição, Polo Anajatiua, Ponta do Bomfim/Vila Nova, povoado Rio Grande/Polo Agrícola 2, povoado São Joaquim, Residencial Nova Vida, São Luís (Anil, Caisi/Filipinho, Santa Cruz, Semapa), Taijipuru e ainda povoado Coquilho e São Bruno.

Entre as certificações entregues estavam as referentes aos cursos de avicultura de corte, cultivo de hortaliças folhosas, piscicultura, caprinocultura, segurança no trabalho, manutenção de tratores agrícolas e cultivo de olerícolas de frutos e sementes (em parceria com o Senar) e melhoria de qualidade da farinha (em parceria com a Embrapa Cocais).

Joice Braga, do povoado Rio Grande, fez o curso de avicultura de corte e, com o certificado em mãos, falou de como todo o conhecimento absorvido foi útil para sua produção, que é feita no quintal de casa.

“Graças a esse curso, eu consegui aumentar o peso das minhas galinhas, elas não passavam de dois quilos, agora estão com quatro a seis quilos. Agradeço aos professores que sempre nos orientaram bem e também agradeço a Prefeitura por essa oportunidade”, disse, empolgada, a produtora.

O caprinocultor do povoado São Joaquim, região do Quebra Pote, Frederico Santana, também viu bons resultados em sua produção. Segundo ele, as técnicas aplicadas hoje em sua criação de caprinos e ovinos são frutos do curso oferecido.

“Aprendi todo o manejo, desde como tirar o leite a melhorar as instalações dos animais; e a alimentação adequada, um curso muito bom e com grande aproveitamento, estou praticando e aplicando todos esses ensinamentos na minha produção e tem dado muito resultado”, destacou o produtor, que já possui 15 anos de experiência na criação de animais.

Fonte: SEMAPA/Prefeitura de São Luís- MA

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PB Rural Sustentável: Governo garante acesso à água em comunidades rurais com construção de 5 mil cisternas

Até março deste ano, o PB Rural Sustentável, programa executado pelo Governo do Estado, por meio do Projeto Cooperar, vai entregar mais 3.500 cisternas aos agricultores familiares residentes na zona rural da Paraíba. Ao todo, são 5.000 cisternas construídas contando com as 1.500 já entregues, somando um investimento de R$ 52 milhões. Os trabalhos intensos na construção de cisternas nos últimos dois anos têm levado a Paraíba a se destacar em nível nacional e a meta é atingir 7.700 cisternas.

O coordenador geral do Projeto Cooperar, Omar Gama, adiantou que a construção de mais 2.700 cisternas já está em processo de licitação. E comentou que o PB Rural Sustentável abrange outras áreas além de cisternas: no campo de segurança hídrica disponibiliza dessalinizadores, sistemas de abastecimentos de água singelo e completos para que possa atender à população rural paraibana.

Em todas estas ações estão envolvidos recursos de U$ 80 milhões. São mais de R$ 400 milhões que estão levando para o homem do campo segurança hídrica, possibilidade de melhorar a comercialização e assistência técnica para os agricultores familiares. “Isso faz parte de um grande guarda-chuva da agricultura familiar, mas o Cooperar tem uma função extraordinária nesse processo de desenvolvimento da agricultura, além disso faz ações nas áreas de distribuição de alimentos, comercialização e passagens molhadas – 35 já foram concluídas e mais 115 que estão em licitação”, enumerou o governador João Azevêdo.


Água do lado de casa – O resultado dessas ações pode ser visto na comunidade Rancharia, localizada no município de Monteiro, no Cariri paraibano. Lá, moram Irineu Firmino dos Santos (70) e Creuza Azevedo (68), que, após passarem mais de 40 anos tomando água de barreiros – um deles construído com suas próprias mãos – foram contemplados com uma cisterna de placa que armazena 16 mil litros de água, garantindo o acesso à água de qualidade para consumo, com impacto direto sobre a saúde e a segurança alimentar e nutricional.

Seu Irineu destacou a luta para conseguir água antes do benefício: “Antes nem um carro-pipa podia comprar porque não tinha onde acumular. A água que conseguia era cambitada de vários quilômetros e guardada em bombonas embaixo do juazeiro. Agora, a água está ao lado da nossa casa, foi um presente de Deus, disse seu Irineu agradecendo o benefício ao governador João Azevêdo”.

O Projeto Cooperar/PB Rural Sustentável, vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (Seafds), é um programa do Governo do Estado da Paraíba com o objetivo de melhorar o acesso à água, reduzir a vulnerabilidade agroclimática e aumentar o acesso a mercados das organizações de produtores da agricultura familiar da Paraíba. A Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer) é parceira no que se refere à assistência técnica e a própria equipe do Projeto Cooperar. Os recursos são oriundos de contrato assinado entre o Governo do Estado e o Banco Mundial.

Fonte: Governo do Paraiba

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Extensão rural: saiba a importância da atividade para a agricultura e a aquicultura

Você já ouviu falar da extensão rural? O conhecimento é indispensável para quem pratica a agricultura e a aquicultura. Trata-se de uma forma para desenvolver um trabalho adequado, para elevar a produtividade e a qualidade dos produtos.

Nesse contexto, a extensão rural é uma iniciativa extremamente importante e que tem a finalidade de disseminar o conhecimento no campo. Com isso, auxilia produtores a melhorar em aspectos técnicos, econômicos e sociais, para impulsionar os resultados.

O que é extensão rural?

A extensão rural é um processo cooperativo não formal com o objetivo de levar conhecimentos e técnicas às famílias do campo. Esses ensinamentos têm como base temas da agricultura, aquicultura, pecuária, economia doméstica e outros assuntos.

Nesse sentido, as primeiras ações de extensão rural surgiram e foram institucionalizadas em 1948. Em 2010, foi criada a Lei 12.188, que institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar.

Sendo assim, a extensão rural contribui para que os produtores desenvolvam um trabalho com base em padrões técnicos, modificando hábitos. Dessa forma, é possível melhorar em todos os sentidos, especialmente na qualidade e na produtividade.

Diante disso, trata-se de uma iniciativa educacional e que atua em caráter coletivo, ou seja, transmite o conhecimento para um grupo de pessoas. Além disso, a extensão também aborda assuntos e tecnologias, indispensáveis no trabalho rural.

Para acontecer na prática, a extensão rural utiliza diferentes abordagens, por exemplo:

  • visitas técnicas;
  • atividades coletivas de capacitação;
  • palestras sobre diversos temas, como o crédito rural e outros;
  • excursões;
  • demonstração de métodos;
  • atividades de preservação do meio ambiente;
  • oficinas e cursos;
  • reuniões e outras atividades.

Portanto, a extensão rural busca o desenvolvimento das famílias e dos cultivos, com base em ensinamentos de ponta, praticados em grandes culturas. Trata-se de um trabalho nobre, com uma responsabilidade relevante para auxiliar no crescimento econômico.

Para que essa iniciativa serve?

A extensão rural acontece por meio de um planejamento específico para cada região, considerando dados previamente coletados pelos técnicos. Assim, são estabelecidas as melhores práticas para transmitir o conhecimento para determinada população.

Nesse contexto, a iniciativa serve para levar o conhecimento técnico, social e econômico para famílias que trabalham no campo. Os assuntos são relacionados às áreas de tecnologia, agricultura, pecuária, aquicultura e diversos outros.

O interesse pela extensão rural não é comercial, ou seja, os extensionistas e técnicos trabalham com o único foco em transmitir novos conhecimentos. Por isso, a iniciativa é sempre bem aceita pelas pessoas, que se interessam em participar das atividades.

Qual é a importância da extensão rural?

A agricultura e a aquicultura familiar são atividades muito comuns em inúmeras regiões do Brasil e responsáveis por manter a renda das pessoas. No entanto, a falta de conhecimentos técnicos e econômicos é um desafio que sempre compromete o crescimento.

Nesse sentido, a extensão rural é um processo de educação que tem a finalidade de transmitir o conhecimento de uma forma abrangente. Com isso, é possível ajudar as famílias a se sobressaírem aos desafios e potencializarem os resultados.

Portanto, é uma iniciativa extremamente importante, pois auxilia a melhorar as técnicas de cultivo, no conhecimento de tecnologias, na preservação do meio ambiente e na gestão econômica, que favorecem a produtividade, qualidade e aumentam a renda.

Quem está apto a exercer essa atividade?

As atividades da extensão rural são conduzidas por equipes técnicas e multidisciplinares, ou seja, compostas por diferentes formações. As mais comuns são a medicina veterinária, engenharia agronômica, ciências sociais, engenharia de pesca e outras.

Sendo assim, os profissionais são chamados de extensionistas e realizam todo o planejamento de acordo com as regiões. Eles se deslocam até o município para começar as atividades para desenvolver o conhecimento e transmitir às famílias.

É uma abordagem que acontece como um evento e conta com o envolvimento coletivo, a partir de um cronograma previamente estabelecido. Assim, os técnicos conduzem as atividades para auxiliar as famílias em cada tipo de cultivo realizado.

Por isso, os extensionistas são técnicos formados e capacitados, com experiência pessoal em diversas áreas da agronomia, aquicultura e pecuária. Portanto, estão aptos a auxiliar e implementar técnicas específicas e potencializar os resultados.

Qual é o papel do extensionista rural?

O extensionista rural tem um papel abrangente no programa, pois inicialmente conhece a realidade dos produtores. A partir desses dados, identifica o que pode ser aprimorado para direcionar os temas das atividades que serão realizadas.

Dessa forma, a responsabilidade é orientar e auxiliar os pequenos produtores a melhorarem pontos específicos do trabalho, sobretudo, em relação a questões sociais, ambientais e economia familiar, considerados os desafios intensos para muitas famílias.

Nessa perspectiva, os extensionistas colaboram para o desenvolvimento de uma região, para elevar a produtividade e a economia local. Assim, favorecem o aumento das produções, da qualidade e da geração de renda dos pequenos produtores.

Além disso, o papel do extensionista entende-se para promover a segurança alimentar e a importância de produzir de forma segura. Trata-se de um assunto relevante e que tem influência direta na saúde pública, visto que os produtos são comercializados.

Com o apoio da equipe da extensão rural, os produtores têm a oportunidade de conhecer técnicas e bons procedimentos que não eram praticados e, consequentemente, a possibilidade de atuar de forma mais precisa e melhorar em todos os sentidos.

Portanto, o extensionista tem um papel nobre e que faz toda a diferença para o pequeno produtor e a sociedade. Pois melhora a performance e cria oportunidades para que as famílias cresçam e tenham maior qualidade de vida.

Como você pôde notar, a extensão rural é uma iniciativa essencial para transmitir o conhecimento técnico no campo. É uma forma que, há mais de 50 anos, contribui para melhorar o trabalho e a geração de renda dos agricultores e aquicultores.

Fonte: Blog Sansuy

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ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural): O que é e para que serve

A Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) é um programa de desenvolvimento rural do Governo Federal brasileiro, cujo objetivo principal é fornecer assistência técnica e extensão rural aos agricultores familiares.

história da ATER remonta a década de 1950, quando o país começou a enfrentar problemas como a falta de tecnologia, infraestrutura e recursos financeiros para a agricultura.

Em 1962, foi criado o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que teve como função principal o desenvolvimento de projetos de reforma agrária e a implementação de programas de assistência técnica para agricultores familiares.

Em 1991, foi criado o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), responsável por coordenar as políticas e programas de desenvolvimento rural no Brasil. Em 2003, o MDA lançou o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), que buscava promover o desenvolvimento econômico e social dos agricultores familiares através de assistência técnica e extensão rural.

Com o tempo, o PRONAF evoluiu para a ATER, que tem como objetivo principal fornecer apoio técnico, financeiro e institucional aos agricultores familiares para que eles possam melhorar suas atividades agrícolas e aumentar sua renda.

A ATER é uma importante iniciativa do Governo Federal para apoiar a agricultura familiar no Brasil, ajudando os agricultores familiares a melhorar sua produção, diversificar suas culturas e aumentar sua renda. Atualmente, a ATER é responsável por ajudar mais de 1 milhão de agricultores familiares em todo o país.

O que faz o agente de assistência técnica e extensão rural?

O Agente de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) é um profissional responsável por prestar assistência técnica e extensão rural aos agricultores familiares e comunidades rurais. Seus principais deveres incluem:

Prestar orientação técnica aos agricultores familiares sobre diversas questões relacionadas à agricultura, como produção agrícola, manejo de solo, conservação de recursos naturais, entre outros.

Promover a transferência de tecnologia para os agricultores familiares, ajudando-os a melhorar sua produção e aumentar sua renda.

Desenvolver atividades de extensão rural, como palestras, cursos, oficinas, entre outros, para disseminar informações e conhecimentos técnicos para as comunidades rurais.

Prestar suporte aos agricultores familiares na obtenção de recursos financeiros, como empréstimos, subsídios, entre outros.

Trabalhar em colaboração com outros profissionais da área rural, como engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas, entre outros, para promover o desenvolvimento rural.

O agente de ATER é um profissional fundamental para o desenvolvimento da agricultura familiar no Brasil, ajudando os agricultores familiares a melhorar sua produção, aumentar sua renda e garantir uma vida mais digna para suas famílias.

Quais são os princípios da ATER?

Os princípios da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) incluem:

Participação dos agricultores familiares: os agricultores familiares devem estar envolvidos e participar ativamente dos processos de assistência técnica e extensão rural, para que sejam efetivas e atendam às suas reais necessidades.

Orientação técnica: o trabalho de ATER deve ser baseado em orientação técnica e transferência de tecnologia, para ajudar os agricultores familiares a melhorar sua produção e aumentar sua renda.

Desenvolvimento local: a ATER deve estar baseada na realidade local e ser adaptada às condições específicas de cada região, para garantir seu sucesso e impacto positivo na vida das comunidades rurais.

Trabalho em equipe: a ATER deve ser realizada por uma equipe interdisciplinar de profissionais, para garantir a integração de diferentes conhecimentos e habilidades, e para alcançar resultados mais efetivos.

Cooperação: a ATER deve ser baseada em relações de cooperação entre os agricultores familiares, os profissionais de ATER e outras instituições envolvidas no desenvolvimento rural, para garantir a construção de uma rede de apoio para os agricultores familiares.Estes princípios são importantes para garantir que a ATER seja efetiva, relevante e tenha um impacto positivo na vida dos agricultores familiares e das comunidades rurais.

Qual o público normalmente atendido pela ATER?

A Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) é destinada principalmente aos agricultores familiares, que são definidos como pessoas que praticam a agricultura como atividade principal, visando principalmente a subsistência e a geração de renda familiar.Esses agricultores geralmente possuem pequenas propriedades e utilizam mão de obra familiar, sem recorrer a grande escala de produção ou empregados.

A ATER tem como objetivo oferecer apoio técnico e transferência de tecnologia aos agricultores familiares, para que possam melhorar sua produção, aumentar sua renda e melhorar suas condições de vida.

Além disso, a ATER também pode atender a outras comunidades rurais, como pequenos produtores rurais, assentados da reforma agrária e comunidades indígenas.

Em resumo, a ATER é destinada a apoiar e desenvolver as atividades agrícolas de pequenos produtores rurais e agricultores familiares, visando a melhoria de sua qualidade de vida e a valorização da agricultura familiar.

Quem pode ser ATER?

A pessoa que deseja exercer a função de Agente de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) deve ter formação em áreas relacionadas à agricultura, como agronomia, zootecnia, engenharia agrícola, entre outras.

Além disso, é necessário possuir conhecimento e experiência em atividades agrícolas e de extensão rural, bem como habilidades comunicativas e de liderança para atuar com as comunidades rurais.

A seleção para a função de ATER é feita por meio de processos seletivos, geralmente promovidos pelos governos estaduais ou pelas universidades. É importante destacar que a ATER é uma função pública, sendo assim, é necessário que o candidato atenda aos requisitos exigidos pelo edital de concurso.

Texto: Suzana Firmiano

Fotos: Site da HPG

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Produtores de leite da BR-429 adotam a silagem de capiaçu para arraçoamento do rebanho

Produtores de leite da região da BR 429 participam do projeto consultec e implantam novos modelos de manejo de pastagem e arraçoamento do rebanho, no município de São Francisco do Guaporé os técnicos da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO), têm orientado os agricultores familiares a utilizar o Capiaçu para produção de silagem, aproveitando desta forma o grande volume de massa verde disponível nessa época do ano para fazer estoque de forragem para o período seco.

Os produtores já dominaram a técnica de ensilagem em silos de superfície, que utiliza apenas lonas plásticas e um produto indutor de fermentação, materiais de baixo custo, que facilitam a proteção e armazenamento da forragem, o capim picado fica fermentando na ausência de oxigênio embaixo da lona, vedada apenas com terra jogada sobre as bordas, por um período de noventa dias ou até que chegue o período seco, quando aumenta a necessidade de arraçoamento dos animais no cocho.

Os equipamentos fornecidos pelo governo do Estado às prefeituras e associações de produtores rurais, através de recursos do proleite e de emendas parlamentares, para apoiar a produção leiteira, como tratores, carretas e ensiladeiras entre outros, tem contribuído para a manutenção da atividade leiteira, em áreas menores e para o aumento da produtividade de leite, tanto de litros por vaca quanto por hectare.

Programas do governo de utilização de técnicas modernas de produção, orientadas pelos extensionistas da Emater-RO, ajudam os produtores não apenas na melhoria da produção de leite por vaca dia, mas também na eficiência reprodutiva, aumentando significativamente a renda das famílias produtoras, pela venda de mais leite e bezerros.

Outro beneficio da ação do estado através da assistência técnica é para o meio ambiente, porque com a possibilidade de se criar mais animais em uma área menor, e com o uso da tecnologia, ao mesmo tempo se diminui a pressão por aberturas de novas áreas de floresta para formação de pastagem. É o que se observa no campo e que nem sempre é percebido pelos produtores, que ficam empolgados com os ganhos de produção e adoção de novas técnicas, como observamos nas falas dos agricultores Joilson, Osvaldo e da senhora Eliana Gaudêncio, todos criadores de gado de leite em São Francisco do Guaporé, e que também plantam capiaçu e milho para silagem, orientados pelo extensionista Ilson Lemos, da Emater-RO.

Fonte: Enoque de Oliveira/ Emater-RO

Fotos: Rayne Andrade

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Valor da Produção Agropecuária previsto para 2023 tem o melhor resultado em 34 anos

VBP deste ano está estimado em R$ 1.265,2 trilhão. As lavouras de milho e soja são as que mais devem contribuir para o crescimento

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para este ano, com base nas informações de janeiro, está estimado em R$ 1.265,2 trilhão. Este é o melhor resultado obtido nos últimos 34 anos para esse indicador.

Em relação ao ano passado, que foi de R$ 1.189,7 trilhão, representa um acréscimo previsto de 6,1% em termos reais. As lavouras têm um faturamento previsto de R$ 900,8 bilhões, e a pecuária com R$ 364,4 bilhões.

O VBP das lavouras cresceu 10,5% em relação ao observado no ano passado, e a pecuária deve ter retração de 2,7%. Há expectativas favoráveis para o clima neste ano, com exceção para o estado do Rio Grande do Sul que se encontra num período de falta de chuvas. Lavouras como soja, milho e feijão já revelam perdas acentuadas de produtividade no estado.

A previsão de safra recorde de grãos em 2023, anunciada pelo IBGE e pela Conab, explicam as estimativas de produção de grãos – da ordem de 302,0 milhões de toneladas segundo o IBGE, e de 310,6 milhões conforme a Conab.

As lavouras de milho e soja são as que mais devem contribuir para esse crescimento, sendo que a soja representa 44,5% do VBP das lavouras, com VBP previsto de R$ 401,0 bilhões. A cana-de-açúcar projeta um crescimento recorde em 2023, o que contribui com o valor total de produção das lavouras neste ano.

Também estão previstos resultados positivos para o VBP de algodão, arroz, batata-inglesa, cacau, feijão, laranja, mandioca, tomate e uva. Juntamente com milho e soja, esses produtos estão puxando o faturamento da agropecuária. A pecuária mostra-se mais favorável apenas para suínos e leite, enquanto os demais itens como carne bovina, de frango e ovos apresentam valor negativo para a previsão de crescimento do VBP deste ano.

Soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão lideram o faturamento dos 17 produtos analisados no relatório, representando 83,7% do VBP das lavouras estudadas.

O que é o VBP

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais.

O valor real da produção é obtido, descontada da inflação, pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês. 

Fonte: MAPA

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MDA amplia prazo para enquadramento ao novo Cadastro Nacional da Agricultura Familiar

Instrumento será necessário para acesso ao crédito rural e outras políticas públicas

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, vai assinar nesta terça-feira (07) uma portaria que amplia o prazo para que pequenos produtores façam a migração para o novo Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), documento que vai substituir a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), instrumento necessário para o acesso ao crédito rural e outras políticas públicas.

Segundo o ministério, cerca de 1 milhão de pequenos produtores rurais deverão ser beneficiados pela medida em todo o país. Eles têm DAPs com vencimento entre 8 de fevereiro de 2023 e 31 de janeiro de 2024. A validade desses documentos será prorrogada por mais um ano.As DAPs vencidas, com prazo de validade até a data de publicação da portaria (8 de fevereiro), deverão ser substituídas pelo CAF. Os produtores deverão se regularizar para a emissão do novo documento. Já a validade das DAPs com vencimento de fevereiro de 2024 em diante será mantida. A medida atende à demanda de movimentos sociais.Dificuldades de acesso.

O ministro Paulo Teixeira disse que muitas famílias têm ficado de fora das Política públicas por causa de dificuldades de acesso ao novo sistema, que está em fase de readequação. “É muito importante que as agricultoras e os agricultores familiares possam ter um sistema disponível para acessar o crédito rural do Pronaf, as compras institucionais, os programas de aquisição de alimentos e o de alimentação escolar, e também os de assistência técnica e extensão rural”, disse, em nota.

Uma portaria do Ministério da Agricultura do ano passado estabeleceu que as DAPs seriam emitidas até 31 de outubro de 2022 e que a implementação do CAF ocorrerá de forma gradativa. Quem não tem DAP ativa deve procurar a Rede CAF para realizar o cadastro.À medida que as DAPs vigentes forem perdendo a validade, novas inscrições serão emitidas por meio do CAF. Não é necessário que o beneficiário se antecipe ao fim da vigência de sua DAP, explicou o Ministério da Agricultura, ainda em 2022. A inscrição no CAF terá caráter permanente e a validade do registro será renovada a cada dois anos.IdentificaçãoO CAF fará a identificação de todas as pessoas da unidade familiar, inclusive os menores de idade.

Atualmente, o limite de identificação é de apenas dois titulares na DAP. O CAF ainda permitirá cadastrar beneficiários com renda superior a R$ 500 mil.Além dos agricultores familiares, pescadores artesanais, aquicultores, maricultores, silvicultores, extrativistas, quilombolas, indígenas, assentados da reforma agrária e beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) são beneficiários da Política Nacional da Agricultura Familiar, de 2016, e devem emitir o CAF.

Fonte: SDA-CE

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Agricultores destacam importância da criação de feira pela Empaer para avanço da produção

Instalada há mais de dois anos pela Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), a Feira da Agricultura Familiar de São José de Piranhas vem mudando o quadro social da comunidade, especialmente dos produtores rurais, com geração de renda para os envolvidos.

Esta é a opinião do produtor rural Eleomar Pereira, que considerou fundamental a instalação da feira para garantia de renda extra para as famílias. Enquanto Maria Patrícia foi uma das agricultoras que ressaltaram a participação na feira como sendo por demais salutar. “Todas as quintas-feiras comercializamos nossos produtos, como verduras e frutas, além de pequenos animais, como também atendemos aqui em casa”, comentou.

Na situação atual, os produtores rurais consideram a feira consolidada, garantindo renda às famílias beneficiadas. São parceiros das feiras, o Sinavez – Sindicato dos Agrônomos, Veterinários e Zootecnistas -, prefeituras municipais e associações rurais de agricultores familiares.

Para o presidente do Sinavez e coordenador estadual das Feiras de Produtores Rurais da Empaer, Severino Henrique de Lima, atualmente funcionam 90 feiras em diversos municípios, com a projeção deste número aumentar. Quem também destacou a importância da feira em São José de Piranhas foi o prefeito Francisco Mendes Campos, lembrando a melhoria da qualidade de vida e da geração de empregos e renda para famílias agricultoras envolvidas.

Para sustentação e manutenção da feira, os agricultores familiares são orientados quanto ao planejamento, controle, organização e gestão, além do acompanhamento sistemático da produção, pelos extensionistas locais da Empaer.

A Vila Produtiva Rural de Quixeramobim, onde residem os agricultores, é uma das cinco vilas produtivas rurais na Paraíba, localizada no município de São José de Piranhas região de Cajazeiras no semiárido paraibano, criada em 07 de março de 2016, inicialmente com 47 famílias reassentadas nas áreas utilizadas para o canal que conduz as águas do São Francisco.

O setor produtivo é constituído por lotes de sequeiro com área média individual de aproximadamente 6 hectares e lotes irrigáveis de aproximadamente 1 hectare, todos com acompanhamento técnico de extensionistas da Empaer.

Fonte: Empaer/ PB

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Produtores Artesanais Familiares do Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO participam de capacitação para potencializar os produtos artesanais e o turismo rural

Na última segunda-feira, 30, agricultoras e agricultores familiares e artesãos do município de Agudo do Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO participaram de uma capacitação sobre a qualificação para produtores artesanais familiares. O momento foi organizado pela Emater-RS/Ascar de Agudo, RS.

A ação visou fomentar a identidade local como base do produto turístico nos processos de desenvolvimento. Djulia Regina Ziemann, Secretária de Desenvolvimento Econômico, Cultura e Turismo do município de Agudo, realizou uma capacitação para as famílias rurais sobre as formas de agregar valor aos produtos artesanais, bem como criar uma identidade ao território da Quarta Colônia, demonstrando com exemplos práticos a importância de reforçar os apelos às características do território, como a paisagem, a cultura e o meio ambiente, além de ações que valorizam os produtos agrícolas e a culinária típica da região.

No segundo momento, Ezequiel Redin, representante da área de Extensão Rural da subdivisão de Geoparques da UFSM, apresentou-se ao grupo e colocou-se à disposição para atender as demandas voltadas para o rural do Geoparque Quarta Colônia Aspirante Unesco.

A seguir, Leandro Gabbi, Assistente Administrativo do Geoparque Quarta Colônia, explicou sobre o acesso aos editais permanentes para certificação de produtos e marcas como geoprodutos ou parceiros/amigo do Geoparque Quarta Colônia. Os participantes dialogaram e aproveitaram o momento para tirar dúvidas sobre o processo de seleção dos empreendimentos.

Para Claudia Bernardini, Extensionista Rural da Emater-RS local, esse momento foi o encerramento de um ciclo de encontros com produtores de alimentos e artesanato. Buscar qualificação e retomar algumas ideias e conceitos é fundamental para a reciclagem de ideias e atitudes, reforça Bernardini.  

O evento foi o encerramento de um circuito de encontros organizados pela Emater-RS/Ascar de Agudo, com participação de extensionistas da instituição e palestrantes externos com o objetivo trabalhar com a qualificação da produção e venda dos alimentos destinados às feiras regionais, no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e nos mercados locais. Os espaços de formação são fundamentais para organizar a comunidade rural em prol de ações voltadas para fomentar a renda e o turismo rural no Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO.   

Texto e fotos: Ezequiel Redin,  Professor de Extensão Rural do Colégio Politécnico e integrante da área de Extensão Rural, subdivisão de Geoparques da UFSM.

Revisão: Leandro Gabbi e Michele Hennig Vestena 

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Quarta Colônia mobiliza-se para criação de uma Escola Família Agrícola

Escola que trabalha com a pedagogia da alternância é uma demanda da comunidade 

A sucessão familiar rural é um problema social presente na vida das famílias rurais. Os filhos saem para estudar em outras regiões e não retornam para as propriedades. As experiências indicam que um centro de formação agrícola que valorize o trabalho e a vida rural pode amenizar os problemas de migração e ainda auxiliar nos processos de desenvolvimento rural. 

Com esse problema vivenciado, nos últimos meses, um grupo de pessoas da comunidade iniciaram a mobilização de uma Escola Família Agrícola (EFA). A primeira reunião foi realizada dia 20/11/2022, no Seminário Franciscano de Agudo, com a presença de várias pessoas da comunidade.

Após isso, foram realizadas visitas na Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (EFASC) e na Escola Família Agrícola de Vale do Sol (EFASOL) de Vale do Sol para conhecer a dinâmica das escolas de alternância. Esse projeto de escola utiliza a pedagogia da alternância em seus princípios, ou seja, alterna suas atividades entre as aulas na escola e imersões na realidade rural. Com a formação da escola, a ideia é proporcionar aos jovens rurais conhecimentos gerais e técnicos voltados para a realidade agrícola, construindo projetos de vida voltados para empreender na agricultura familiar.

Reitor da UFSM sinalizou apoio ao projeto

No dia 24 de janeiro, parte da comitiva reuniu-se com o reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para apresentação do projeto da escola de alternância na Quarta Colônia. O Reitor Luciano Schuch sinalizou a parceria da UFSM com o projeto da escola e disponibilizou os recursos humanos e infraestrutura para o apoio a essa iniciativa. Integraram a comitiva Tiago Janner, Frei Patrício Ceretta e Ademir Carnelutti. Jaciele Sell, coordenadora do Geoparque Quarta Colônia e Ezequiel Redin, representante da área de Extensão Rural do Geoparque participaram da reunião.

Para o Professor Tiago Janner, um dos coordenadores do grupo Pró-EFA, a importância de uma escola técnica agrícola que trabalhe com a pedagogia da alternância é fundamental para as comunidades da região. Valorizando o campo e os saberes e fazeres dos agricultores, o jovem vai construindo conhecimento em uma EFA e tende a permanecer na propriedade rural, reivindicando políticas públicas para a agricultura familiar, estes que são objetivos na formação de um jovem de EFA, ressaltou Tiago Janner.  

 Para Jaciele Sell, coordenadora do Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO, a movimentação para a criação de uma EFA no território da Quarta Colônia é fundamental também para a consolidação da região como Geoparque Mundial da UNESCO. Vai ao encontro dos princípios de um geoparque desde sua construção ‘botton-up’, ou seja, partindo da demanda da comunidade local, até o propósito de reduzir o êxodo desses municípios, passando por uma forma econômica, social e ambientalmente sustentável da produção agrícola. 

Tiago, acrescentou ainda, que a UFSM possui um papel fundamental na região central do RS, com seus projetos de extensão, em especial o Geoparque Quarta Colônia. Para ele, “é preciso união de todos, nossos municípios não vão crescer isolados como uma ilha, todos irão se desenvolver juntos, um se inspirando no outro, crescendo igualmente e uma EFA tem este princípio regional de apoio, assim como um Geoparque. EFA e Geoparque é uma combinação perfeita”. 

A escola pretende atuar em uma abrangência de 15 municípios da Região Central. Para isso, a comunidade criou uma comissão provisória que está à frente das demandas. Nesse momento, o grupo está mobilizado na sensibilização da comunidade regional e em busca de apoio ao projeto educacional. Os próximos passos do grupo envolvem a criação de uma associação para manutenção da escola. O movimento possui apoio de cooperativas agrícolas e de crédito, instituições de extensão rural, sindicatos rurais, famílias rurais, igrejas, universidades, grupos de trabalhadores, juventude rural e demais organizações locais.  

Texto: Ezequiel Redin, Professor de Extensão Rural do Colégio Politécnico e integrante da subdivisão de Geoparques da UFSM.

Fotos: Tiago Janner, Jaciele Sell, Ezequiel Redin

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