Epagri e supermercados lançam campanha para estimular consumo de produtos da agricultura familiar

Uma iniciativa da Associação Catarinense de Supermercados (Acats) e da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural (SAR), através da Epagri, pretende estimular a demanda de consumo por produtos oriundos da agricultura familiar catarinense. Uma pesquisa feita pela Epagri em dez regiões do Estado mapeou fornecedores qualificados por categorias, para a aproximação com as redes supermercadistas, a fim de facilitar a chegada destes produtos às famílias catarinenses.

A Acats tem um histórico de ações em parceria com a SAR e a Epagri. Desde 2009, a Feira de Produtos, Serviços e Equipamentos para Supermercados (Exposuper) abre espaço para o projeto Pequenos Produtores da Agricultura Familiar de Santa Catarina, para que estes produtos possam ser apresentados e negociados diretamente aos supermercadistas catarinenses.

O projeto tem como objetivo fortalecer a participação de pequenas empresas sediadas no Estado, com a qualificação necessária (qualidade, preço e prazo) para oferecer produtos aos supermercados catarinenses, de forma regionalizada. Nessa primeira etapa foram mapeados 517 empreendimentos, em 13 categorias de produtos, que movimentará a economia nas 10 regiões de atuação da Acats.

O Presidente Acats, Paulo Cesar Lopes, ressalta que este apoio a produtores familiares já acontece de forma espontânea por parte de várias empresas supermercadistas, principalmente as que têm lojas em regiões de forte demanda agrícola. O que vai acontecer a partir desta parceria é que as possibilidades de conexões entre os produtores e os profissionais compradores das empresas será ampliada e poderá se dar o ano inteiro. E a deflagração da campanha certamente vai atrair atenção de novos produtores que buscam mais varejos para as demandas de produção, afirma o dirigente. Ainda segundo Lopes, o consumidor catarinense será beneficiado com oferta de produtos locais ou regionais com aproveitamento pleno das safras de hortifrutigranjeiros.


Vantagens

A Presidente da Epagri, Edilene Steinwandter, chama a atenção para mais aspectos vantajosos, entre eles, a agregação de valores à atividade do campo, geração de empregos e a consequente fixação de famílias, disponibilização de produtos frescos e saudáveis aos consumidores.
“Acredito que a rede de trocas possa se organizar muito melhor em busca de eficiência diante desta campanha que busca ser facilitadora: o produtor terá ganho de novos conhecimentos com a capacitação de sua atividade e os mercados terão soluções de agro muito mais próximas, agilizando a questão logística tendo produtores mais perto de suas lojas. Enfim, é uma soma de razões para levar esta iniciativa ao sucesso”, afirma a presidente da Epagri.

O secretário da Agricultura, Ricardo de Gouvêa, entende que esta parceria vai ao encontro de uma das finalidades da atuação de sua pasta, que é a de intervir para que o segmento produtor fixado no campo ganhe mais competitividade, através de novas conexões de negócios dentro do próprio Estado.

“O setor supermercadista, assim como a produção agrícola, tem grande capilaridade regional e será muito positiva esta aproximação que ganha mais força neste momento. O Governo do Estado está entusiasmado com o projeto e temos certeza de que agregará muito mais famílias em relação a este grupo inicial”, pontua o secretário.

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

Santa Catarina exportou quantidade recorde de soja até junho, aponta Epagri/Cepa

Os embarques do complexo soja catarinense somaram mais de 1,15 milhões de toneladas de janeiro a maio, volume recorde da série de 2015/20, gerando divisas de US$ 398,7 milhões. No contexto geral dos produtos exportados por Santa Catarina nos primeiros cinco meses de 2020, a soja tem destaque, com participação de 11% no total das exportações. “O complexo soja envolve grão, mais farelo, farinha, óleo refinado e bruto”, explica Haroldo Tavares Elias, analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).

Exportações de soja neste ano geraram divisas de US$ 398,7 milhões para SC

A China continua sendo destino preferencial da soja catarinense, somando 93% do total embarcado entre janeiro e maio. “A crescente dependência do mercado chinês deve merecer atenção do agronegócio, mercado e produtores”, observa Haroldo.

Preços

A análise da Epagri/Cepa também mostra recuperação dos valores pagos pelo grão. Em maio, os preços da soja catarinense apresentaram uma reação de 9,57% em relação a abril e alta de 33% frente ao mesmo mês de 2019. Desde fevereiro a alta dos preços foi de 23%, acompanhando a relação cambial entre real e dólar.

Os bons preços registrados desde o início do ano mantêm elevada a participação da soja no valor bruto da produção estadual, apesar da queda de mais de 20% na produtividade da safra 2019/20 em relação ao ciclo agrícola anterior. A produção esperada aponta para uma redução de 1,88% em relação a 2018/19, com volume estimado de 2,31 milhões de toneladas, contra 2,51 da safra passada. Tal redução é reflexo da falta de chuvas nas regiões de Curitibanos/Campos Novos e Campos de Lages, em especial em janeiro e fevereiro, descreve o analista da Epagri/Cepa.

Brasil

O Brasil se consolida como maior exportador mundial e agora também assume a posição de maior produtor. Neste ano, as exportações estão sendo recordes. De janeiro a junho, mais de 50 milhões de toneladas foram embarcadas pelo Brasil, posicionando a soja como primeiro item no ranking geral de exportações nacional. O grão representa mais de 70% das exportações do agro brasileiro.

“Em que pese a contribuição significativa da soja na balança comercial brasileira, é necessário analisar o contraponto de todo este sucesso, sem imputar culpas a um setor específico, mas sim da conjuntura atual”, avalia Haroldo. Ele lembra que outras culturas, como feijão, arroz e mandioca, registram retrações sucessivas nos cultivos ao longo das últimas décadas. “São espécies que geram a base da alimentação do brasileiro”, alerta o analista.

“No Estado, ainda temos um componente importante, o suprimento de milho para as agroindústrias e produção de proteína animal”, acrescenta Haroldo. A área cultivada com soja concorre com o espaço do cultivo do milho. As duas culturas somam cerca de 1,24 milhões de hectares cultivados, 690 mil hectares com soja e 550 mil hectares com milho grão e silagem. O desbalanço entre estas atividades prejudica o suprimento interno de milho, assim as agroindústrias deverão comprar mais milho de fora e até importar. Haroldo esclarece que Santa Catarina tem poucas áreas com possibilidade de ampliação de cultivo, assim a saída para minimizar esta condição é ganho por rendimento de área e alternativas de outros grãos na composição das rações, avalia.

O cultivo da soja no Brasil vem crescendo há mais de 30 anos, mudou o cenário da geografia econômica, superando os ciclos anteriores, como da cana-de-açúcar e do café. Na safra 1999/00 foram cultivados 13,69 milhões de hectares no Brasil, enquanto em 2019/20 foram cultivados 36,8 milhões de toneladas, aumento superior a 260% no período, ou seja, mais de um milhão de hectares de incremento da área cultivada por ano, revela Haroldo.

Em Santa Catarina a expansão do cultivo de soja tem evoluído significativamente. De 2000 a 2020 o crescimento da área de cultivo foi superior a 85%, incorporando 317 mil hectares. A partir de 2017, o Estado passou a produzir cerca de 2,3 a 2,4 milhões de toneladas.

China

A planta de origem Chinesa foi adaptada às mais diversas regiões e climas, ganhando o mundo. De seus múltiplos usos, do óleo de cozinha, passando pelo biocombustível ao concentrado proteico para rações, o cultivo da leguminosa tem sua demanda crescente para abastecer o complexo agroindustrial. Haroldo lembra que sua adaptação às diversas regiões do Brasil foi fruto de intensa pesquisa em melhoramento genético por instituições nacionais. “A soja é uma vitória graças aos pioneiros, às políticas públicas, às pesquisas, à tecnologia, às demandas da globalização e ao potencial do país de terras cultiváveis.

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Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

Arroz catarinense tem preço, produtividade e exportações em alta, avalia Epagri/Cepa

Com preços, produtividade e exportações em alta, a cadeia produtiva do arroz em Santa Catarina comemora um bom momento, impulsionado pelo aumento da demanda. Com as últimas colheitas realizadas até o início de junho, os preços seguem estáveis, contrariando as expectativas dos analistas, que diante da maior oferta do produto no mercado, esperavam queda nos valores.

Valor pago ao produtor teve alta de 22% na primeira quinzena de junho em relação ao mesmo período de 2019
(Foto: Aires Mariga/Epagri)

Gláucia de Almeida Padrão, analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa) explica que na primeira quinzena de junho os produtores catarinenses de arroz receberam em média R$ 55,96 pela saca de 60kg. No ano passado, nesta mesma época, o valor estava em R$ 45,84, já corrigida a inflação do período. “Em termos absolutos tivemos uma alta de 22%”, ressalta a analista.

Esta alta é inédita para os produtores de arroz catarinenses, que há anos vêm sofrendo com valores que sequer cobriam os custos de produção. Na avaliação de Gláucia, a alta de 2020 vem se configurando desde dezembro, quando a estiagem em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul apontava para uma safra ruim de arroz. Com base na expectativa de baixa oferta do produto, os preços se mantiveram e vieram crescendo. No início de março, a corrida dos consumidores ao mercado, em decorrência da chegada ao Brasil da pandemia da Covid 19, fez a demanda pelo cereal crescer e, consequentemente, os preços do arroz seguirem em tendência de alta, que se mantém até agora.

Produtividade

A produtividade foi outra questão que surpreendeu, apesar de o cenário não ser o ideal, formado pela combinação de estiagem, calor excessivo em janeiro e ataque de pragas. No Sul do Estado, o desempenho da safra foi surpreendente. Nas microrregiões de Criciúma e Araranguá as produtividades superaram as obtidas na safra 2018/19 em 14,74% e 10,63%, respectivamente.

No Alto Vale, o andamento da colheita também confirmou rendimentos superiores aos do ano anterior na microrregião de Rio do Sul. No Litoral Norte e Baixo Vale do Itajaí, observou-se que a safra principal se desenvolveu bem, mas a colheita da soca teve rendimentos baixos, principalmente pela ocorrência de cigarrinha sogata, que trouxe prejuízos para muitas lavouras. Contudo, ao final da safra apenas as microrregiões de Ituporanga e Blumenau tiveram produtividades menores em relação à safra passada.

Para Gláucia, o investimento em tecnologia por parte dos agricultores, que têm acesso a sementes de qualidade e cultivares de alto potencial produtivo, é um dos motivos que explica a alta produtividade do arroz catarinense. Santa Catarina é o segundo maior produtor de arroz do país, atrás do Rio Grande do Sul, posição que deve manter neste ano, avalia a analista. O Estado também divide com o vizinho gaúcho a liderança do país na produtividade do grão.

A área plantada com arroz na safra 2019/20 foi de 149.592 hectares. Esse número já está corrigido com base no mapeamento por imagens de satélite coordenado pelo Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Epagri/Ciram). Gláucia explica que, nas últimas safras, tanto a Epagri/Cepa, quanto o IBGE e a Conab trabalhavam com uma área plantada de 143 mil hectares, indicada por levantamentos feitos por extensionistas da Epagri. O uso da tecnologia permitiu à Epagri/Ciram apurar a área real, 4% superior à estimada anteriormente, que passa a ser utilizada nos cálculos realizados pelos órgãos oficiais.

Exportações

O arroz não é um produto tradicional na carteira de exportações catarinense, mas neste ano o produto ampliou a sua presença no mercado internacional. Segundo Gláucia, entre janeiro e maio de 2019 Santa Catarina exportou nove vezes mais arroz do que no mesmo período do ano passado. O exportado nos cinco primeiros meses de 2020 também supera em 2,3% o volume de arroz que foi vendido ao exterior pelo Estado durante todo o ano de 2019.

A alta nas exportações do arroz catarinense se deve ao aquecimento do mercado externo, avalia a analista da Epagri/Cepa. Os principais países compradores foram África do Sul, Senegal e Namíbia.

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Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

Epagri lança livro sobre a história da extensão rural no Brasil e em SC

No dia 29 de maio a Epagri lança o livro “Aspectos históricos da extensão rural no Brasil e em Santa Catarina”, que traz um testemunho do autor, engenheiro-agrônomo Glauco Olinger, sobre a construção da extensão no território nacional. O evento será virtual, a partir das 11h, aberto a todos os interessados.

Glauco é pioneiro da extensão rural em Santa Catarina e fundador da Acaresc, uma das empresas que deram origem à Epagri. Aos 97 anos e com uma memória invejável, ele narra no livro a história por ele vivenciada. Segundo o autor, a obra resgata os fundamentos, a trajetória e as conquistas dos primeiros tempos da extensão rural e é dedicada a todos que queiram conhecer essa história.

Como gestor da antiga Acaresc por vários anos, Glauco foi pioneiro em métodos de difusão agropecuária, técnicas de conservação do solo, estimulando a introdução de equipamentos agrícolas modernos para a época e a educação para jovens e mulheres agricultoras. Trouxe a Santa Catarina as primeiras raças de suínos tipo carne, que alavancaram a agroindústria catarinense e brasileira, bem como raças especializadas de gado leiteiro. Incentivou o cooperativismo e implantou o Programa de Fruticultura de Clima Temperado que, somado aos esforços da pesquisa agropecuária no estado, tornou SC líder na produção de maçãs. Apoiou ainda a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a atual Embrapa.

“Se hoje o território barriga verde é modelo nacional e internacional em tecnologias agropecuárias, isso não aconteceu por acaso. O papel de Glauco Olinger foi decisivo para o estado atingir esta realidade”, afirma a presidente da Epagri, Edilene Steinwandter. Ela ressalta o compromisso da obra com a fidedignidade. ” Acontecimentos históricos, quando relatados e analisados por quem, efetivamente, os vivenciou, assumem, via de regra, alta credibilidade e valor”, diz Edilene.

A obra tem 84 páginas e traz imagens históricas do acervo da Epagri e do arquivo pessoal de Glauco. Nela o autor conceitua a extensão rural e seus princípios de ação, fala da instalação do serviço de extensão rural no Brasil e dos antecedentes da extensão rural em Santa Catariana, explica o que foi o ETA-Projeto 17 e os impactos e resultados da extensão rural no estado, esclarece como foi a influência da extensão rural na origem e criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e os valores, virtudes e proselitismo político na Acaresc. A obra ficará disponível no site da Epagri para livre download.

O autor

Glauco e a presidente da Epagri, Edilene Steinwandter
O professor e engenheiro-agrônomo Glauco Olinger é catarinense, nascido em setembro de 1922. Iniciou sua trajetória acadêmica e profissional em 1941 como aluno do Pré-Agronômico na Escola Superior de Agricultura de Viçosa (ESAV), em Minas Gerais. A partir de sua graduação em Agronomia (dezembro de 1946), exerceu múltiplas funções em diferentes áreas de atuação: ensino agrícola, fomento agropecuário, engenharia rural, colonização, política agrária, extensão rural, pesquisa, consultoria internacional.

Ele foi secretário da Agricultura em Santa Catarina, presidente da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Embrater), idealizador e criador do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina. No entanto, sua maior expertise profissional foi, e continua sendo, a extensão rural, desde que implantou o ETA-Projeto 17 (futura Acaresc) em fevereiro de 1956 e onde atuou por cerca de seis décadas, contribuindo para transformar Santa Catarina num dos principais produtores de alimentos saudáveis do país.

Arado com tração animal, uma das primeiras tecnologias utilizadas pela extensão rural. Acervo de Glauco Olinger


Serviço

O que: lançamento virtual do livro “Aspectos históricos da extensão rural no Brasil e em Santa Catarina”, de autoria Glauco Olinger

Quando: 29 de maio de 2020, a partir das 11h

Onde: pelo link https://meet.google.com/pvj-cyrp-evj

Como adquirir o livro: Após o lançamento, a obra ficará disponível no site da Epagri para download gratuito

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Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

EPAGRI/CEPA APONTA BOM MOMENTO PARA PECUÁRIA, CULTIVO DE GRÃOS E ALHO EM SC

O primeiro Boletim Agropecuário de 2020 elaborado pelo o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) vem com boas notícias para os produtores catarinenses de grãos, alho, frango, bovinos e suínos. O documento é uma publicação mensal que reúne informações conjunturais de alguns dos principais produtos agropecuários de Santa Catarina.

Grãos

Os preços do arroz continuam em alta. A expectativa de redução da oferta interna pelas dificuldades climáticas enfrentadas no Rio Grande do Sul tem mantido os preços elevados. A safra catarinense está com 75% em floração e 1% em maturação.

Em 2019, os preços do feijão registraram forte oscilação. O mercado iniciou o ano com altas expressivas, acima de R$200,00/saca. Com a entrada da terceira safra proveniente dos cultivos irrigados do Centro-Oeste, em maio, os preços começaram a baixar. Em dezembro, no mercado catarinense, o feijão carioca manteve tendência de alta, registrando aumento de 7,35% em relação a novembro.

Os preços do milho continuam em elevação em dezembro e janeiro. Exportações recordes, menor safra americana e maior consumo interno estão mantendo os preços em alta. No estado, na segunda quinzena de janeiro inicia a colheita no extremo Oeste e em áreas do vale do Rio Uruguai. No Planalto Sul há registro de falta de chuvas que poderá diminuir o potencial produtivo das lavouras.

No mercado de soja, em Santa Catarina, os preços apresentaram nova reação em dezembro. O dólar em alta, a redução da safra americana e o maior consumo interno para ração têm mantido os preços fortalecidos no Brasil.

Depois de muita negociação, a soja americana está livre para compra pela China. Dessa forma, o Brasil perde força na venda para a China e passa a disputar mercado com os EUA. O cenário em 2020 será norteado pela amplitude dos acordos entre EUA e China.

Os preços do trigo de melhor qualidade (PH78) tiveram alta de 1,15% em dezembro. Os produtores catarinenses receberam, em média, R$ 43,00/saca de 60kg, contra R$ 42,51 em novembro.

Hortaliças

A comercialização da safra catarinense de alho está em pleno andamento. O mercado está aquecido e os preços pagos ao produtor estão acima do custo de produção.

A safra de cebola em Santa Catarina é uma das maiores dos últimos anos. A comercialização está fluindo, mas os preços ao produtor estão abaixo do custo de produção. A orientação é de que a comercialização seja escalonada para evitar super oferta, que pode forçar a baixa nos preços.

Pecuária

Em 2019, Santa Catarina exportou 1,26 milhão de toneladas de frango, 0,28% abaixo de 2018. As receitas foram de US$ 2,19 bilhões, aumento de 3,06% em relação ao ano anterior. O resultado deve-se, principalmente, à melhoria no valor médio da tonelada de frango no mercado internacional, especialmente no 1º semestre de 2019.

O estado respondeu por 31,71% do valor das exportações brasileiras de carne de frango em 2019. Apesar da queda no volume embarcado, foi o segundo melhor resultado da série histórica (que inicia em 1997) em termos de quantidade, atrás apenas de 2018. Em termos de receitas, no ano passado obteve-se o terceiro maior valor já registrado. Ou seja, apesar de algumas variações negativas, o ano foi bastante positivo para o setor.

Os preços do boi gordo em Santa Catarina mantiveram-se estáveis no ano passado, com leve tendência de alta. A partir de novembro foram registradas altas significativas. Na comparação entre os preços de dezembro de 2019 e os do mesmo mês do ano anterior, há variações significativas nas duas praças de referência: 36,29% em Chapecó e 31,36% em Lages. A média estadual também apresentou alta expressiva: 33,25%.

As exportações catarinenses de carne suína tiveram crescimento significativo em 2019: foram embarcadas 411,36 mil toneladas, aumento de 14,26% em relação ao ano anterior. Nas receitas, o incremento foi ainda mais expressivo: US$ 856,61 milhões, alta de 30,98%. Tais resultados representam um recorde histórico nas exportações de carne suína do estado, tanto em valor como em quantidade.

Santa Catarina foi responsável por 55,80% da quantidade e 54,13% das receitas brasileiras com exportação de carne suína em 2019. Os resultados devem-se principalmente ao crescimento dos embarques para a China, em decorrência do surto de peste suína africana que atinge aquele país. Em relação a 2018, as exportações para a China cresceram 60,80% em quantidade e 88,8% em valor. China e Hong Kong responderam por 60,76% das receitas catarinenses com exportação de carne suína em 2019.

A produção brasileira de leite teve crescimento discreto em 2019. As importações foram menores, as exportações foram maiores e os preços aos produtores foram superiores aos de 2018.

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Créditos: Cinthia Andruchak Freitas – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI

Epagri avaliou trabalho com propriedades produtoras de leite da região de Chapecó

Na sexta-feira, 18, a Epagri apresentou aos agricultores da região de Chapecó resultados técnicos, econômicos e ambientais das suas Unidades de Referência Tecnológicas (URTs) em pecuária, durante o 2° Seminário Estadual de Bovinocultura de Leite Epagri. O evento iniciou às 9h, na Epagri/Cepaf, e seguiu a tarde em uma propriedade da região.

URTs são propriedades rurais selecionadas entre as famílias atendidas pela Epagri para receberem as mais recentes tecnologias. Depois de consolidadas, elas servem de modelo para outras com características semelhantes.

“A pecuária catarinense precisa construir fóruns de discussão, com análise de resultados técnicos-econômicos, visando construir sistemas produtivos competitivos, sustentáveis e com alta capacidade de resiliência”, avalia Carlos Otávio Mader Fernandes, Coordenador Estadual de Pecuária da Epagri.

Ele lembra também que é fundamental que os diferentes elos da cadeia produtiva tenham uma maior participação e comprometimento em relação ao desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do leite. “Neste sentido, a Epagri espera contribuir com análise dos resultados em relação aos sistemas produtivos propostos, através dos resultados das URTs”, explica Mader.

A primeira parte do Seminário aconteceu na sede do Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar da Epagri (Epagri/Cepaf). Foi apresentada a análise da rentabilidade dos sistemas produtivos à base de pastagens perenes acompanhados pelo Programa Pecuária da Epagri no período de 2014 a 2018. Os resultados técnicos serão relacionados com a margem líquida por hectare e rentabilidade. 

À tarde foi realizado um Dia de Campo na propriedade da família Dedonatti, no município de Arvoredo. No entendimento de Mader essa é atualmente a URT com o sistema mais ajustado em relação à proposta de produção de leite da Epagri.

Serviço

  • O que: 2° Seminário Estadual de Bovinocultura de Leite Epagri
  • Quando: sexta-feira, 18 de outubro
  • Onde: na Epagri/Cepaf no período da manhã (Serv. Ferdinando Tusset, S/N, Bairro São Cristovão, Chapecó) e na propriedade da família Dedonatti, em Arvoredo, no período da tarde.

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Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

Estações meteorológicas para monitoramento da cebola

Sistema de alerta de doenças para a cultura da cebola ganha mais quatro estações agrometeorológicas

Quatro municípios do Alto Vale do Itajaí e Grande Florianópolis passaram a contar com estações agrometeorológicas automáticas telemétricas: Ituporanga, Chapadão do Lageado, Atalanta e Alfredo Wagner. As quatro plataformas compõem a rede de 70 estações que subsidiam as informações ambientais necessárias para gerar alertas fitossanitários para a cultura da cebola. Nelas são registrados dados referentes a clima e condições de tempo, disponibilizados de forma pública e gratuita no site da Epagri/Ciram através dos sistemas de visualização como o Agroconnect e CebolaNET.

Todas as estações monitoram, de hora em hora, as variáveis de chuva, temperatura, umidade relativa do ar e molhamento foliar. O técnico da Estação Experimental da Epagri em Ituporanga, Rafael Sizani, destaca que os dados gerados por elas agilizam a tomada de decisão em casos de ocorrência de eventos naturais extremos, como chuvas intensas e estiagem, por exemplo. Já o Agroconnect é um sistema que interpola esses dados e acusa as condições ambientais que favorecem a ocorrência das doenças, gerando avisos para os produtores.

Segundo a pesquisadora da Epagri-Ciram Iria Sartor Araujo, as estações possuem sistema de energia autônomo com painel solar e bateria, sem depender de energia elétrica. “Mesmo em períodos nublados ou chuvosos seu funcionamento é garantido 24 horas por dia”, ressalta.

As quatro estações agrometeorológicas foram adquiridas com recursos do projeto Fortalecimento da Infraestrutura de Pesquisa da Epagri – SC (PAC Embrapa 2012), que aportou R$260 mil para a compra de 10 estações. Com elas a Epagri passará a contar com 190 estações próprias, o que faz de Santa Catarina o estado com maior cobertura de monitoramento de dados ambientais.

Cebola em Santa Catarina

Em Santa Catarina a cebola é a hortaliça que apresenta o maior valor bruto de produção, movimentando um valor aproximado de 370 milhões de reais anualmente. Santa Catarina é o maior produtor nacional, responsável por aproximadamente um terço da área total plantada no país – em torno de 20 mil hectares – e 1/3 da produção nacional (aproximadamente 500 mil toneladas/ano). Além do aspecto econômico, a cultura desempenha um importante papel social, uma vez que é cultivada, em sua quase totalidade, pelos agricultores familiares, com mais de oito mil famílias envolvidas diretamente na atividade. Segundo a Epagri/Cepa, ao final da safra 2019/20, o estado deve colher 529.210 toneladas de cebola.

 

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Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

Sistema de produção limpa de alimentos da Epagri é premiado pela FGV

A Epagri será premiada pela Fundação Getúlio Vargas por ter desenvolvido um sistema de produção limpa de alimentos. O Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH) foi um dos 12 casos selecionados no Brasil, na área de inovação para a inclusão da agricultura familiar em cadeias de alimentos. A entrega do prêmio aconteceu nesta quinta-feira, 12 de setembro, em São Paulo, no Centro de Estudos em Sustentabilidade (FGVces) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EAESP.

                   SPDH sistema de produção limpa de alimentos. Foto: Marcelo Zanella

A premiação é realizada por meio do Projeto Bota na Mesa, da FGVces, com o tema Mudança do Clima e Transição Agroecológica. O caso da Epagri foi selecionado entre outros 80 inscritos por instituições públicas e privadas do País.

O objetivo da premiação é inspirar a construção de referências de atuação para empresas e governos em relação à cadeia produtiva de alimentos. Para selecionar os casos, pesquisadores do FGVces levaram em consideração o grau de inovação, a conexão com os temas de transição agroecológica e mudança do clima, a contribuição para a inclusão da agricultura familiar e o potencial de escala e replicabilidade de cada iniciativa.

                   SPDH sistema de produção limpa de alimentos. Foto: Marcelo Zanella

 

SPDH

O Sistema de Plantio Direto de Hortaliças vem sendo desenvolvido há 25 anos em Santa Catarina. Ele consiste em alguns princípios fundamentais que, se forem aplicados corretamente, levam a reduzir ou até eliminar o uso de produtos químicos nas propriedades, no curto ou médio prazo, explica Marcelo Zanella, extensionista rural da Epagri na Grande Florianópolis e especialista no assunto. Entre esses princípios estão o uso plantas de cobertura para proteger o solo, a rotação de culturas, a nutrição adequada da planta segundo suas taxas diárias de absorção, o não revolvimento do solo e o manejo mecânico das plantas espontâneas sem produtos químicos.

                  SPDH sistema de produção limpa de alimentos. Foto: Marcelo Zanella

Existem atualmente em Santa Catarina entre 1,2 mil e 1,3 mil propriedades trabalhando em SPDH, que abrangem uma área de 3,5 mil a 4 mil hectares. As principais lavouras de SPDH no Estado são maracujá, couve, repolho e brócolis. Na Grande Florianópolis, praticante todo o chuchu é cultivado no sistema. A área cultivada com alface e tomate também vem crescendo muito no Estado.

“A gente chama de plantio direto propriedades que estão em transição para o sistema de produção limpa. Algumas estão mais adiantadas, outras mais atrasadas, mas todas estão num processo de adequação“, descreve o extensionista da Epagri. Santa Catarina é pioneira nesse sistema no país, que surgiu da necessidade de diminuir custos e elevar a competitividade da agricultura familiar. “A ideia é reduzir o trabalho do produtor e aumentar a qualidade dos alimentos”, explica Marcelo.

                            SPDH sistema de produção limpa de alimentos. Foto: Marcelo Zanella

 

Mais informações sobre o projeto, clique aqui!  

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Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

A ASBRAER está fechada com a ANATER

A declaração foi feita pelo presidente da Asbraer, Nivaldo Magalhães, durante encontro realizado em Brasília

Em encontro realizado nesta quinta-feira (11/07), em Brasília/DF, com o propósito de construir uma agenda positiva para alinhar as ações dos projetos realizados em parceria entre a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e as empresas associadas da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), o presidente Nivaldo Moreno de Magalhães afiançou que a Asbraer está fechada com a Anater. “Esse encontro está sendo muito importante por nos dar a oportunidade de traçar metas, discutir propostas e dar encaminhamento para a solução das dificuldades. Com certeza, nós da Asbraer e a Anater estamos juntos para o bem da agricultura familiar brasileira. A Asbraer está fechada com a Anater”, declarou.

Com pouco mais de 60 dias na presidência da Anater, o presidente Ademar Silva Jr explicou que nesse período fez uma análise de todos os projetos em execução. “Estamos trabalhando para ajustar os projetos ao novo contexto político e econômico do País e à nova perspectiva de Estado, mas ressaltamos que estamos aqui para promover um alinhamento, de forma que a missão da Anater de fortalecer e reestruturar o setor no Brasil possa ser cumprida, com a parceria, apoio e participação efetiva dos Estados. São muitas as dificuldades e queremos buscar, junto com vocês, soluções possíveis de execução para avançarmos rumo ao nosso objetivo maior, que é promover mais qualidade de vida para o produtor rural e o desenvolvimento rural sustentável do Brasil”.

A presidente Edilene Steinwandter disse que a Epagri vem enfrentando algumas dificuldades para acompanhar as demandas dos projetos em parceria, como aquisição de equipamentos mais modernos para utilizar o aplicativo do Sistema de Gestão de Ater, o SGA Mobile, e também para cumprir as metas do plano de trabalho, devido ao contingenciamento de recursos. “Desde 2017, a Epagri mantém uma parceria muito interessante com a Anater, com os projetos Piloto, Diversificação da Cultura do Tabaco e o Programa Ater Mais Gestão. E esses projetos estão fortalecendo o que a Epagri já desenvolvia no meio rural, mas com um olhar diferenciado, com um aporte de recurso também interessante. Com a nossa expertise e conhecimento, somados à capacitação e os recursos disponibilizados pela Anater, podemos entregar à sociedade catarinense um trabalho mais qualificado, com resultados que venham ao encontro da missão da nossa empresa, que é desenvolver o meio rural com sustentabilidade, trazendo para a população alimentos seguros, limpos, visando a renda do agricultor, a preservação ambiental e o desenvolvimento social das comunidades. Precisamos do apoio e da parceria da Anater para manter esses resultados”, destaca.

Para Gustavo Laterza, presidente da Emater-MG, é fundamental a parceria das Emateres com a Anater para a implementação de políticas públicas e atendimento às famílias rurais. “Em Minas temos uma parceria muito profícua, com vários projetos sendo desenvolvidos, levando essa oportunidade ao campo. Para nós é fundamental que a Anater continue forte e continue fazendo essa agenda positiva com as Emateres visando subsidiar recursos e construir ações que possam promover o desenvolvimento no campo”, conclui.

ENCAMINHAMENTOS

Ao final do encontro, o presidente Nivaldo Magalhães informou que a Asbraer realizará assembleia-geral no dia 07 de agosto, em Brasília/DF, reunindo representantes das associadas de todos os estados. O presidente da Anater se comprometeu em apresentar na assembleia-geral o resultado da análise dos projetos que estão sendo realizados em parceria com as Emateres e as proposta para superar as eventuais dificuldades com a operação com o SGA Mobile.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Cada real investido na Epagri resultou em R$6,20 para a sociedade

Cada real que o Governo do Estado investiu na Epagri em 2018 beneficiou os brasileiros com R$6,20. Esse é um dos resultados do Balanço Social da Empresa, que a presidente Edilene Steinwandter e o secretário de Estado de Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural Ricardo de Gouvêa entregaram ao Governador do Estado, Carlos Moisés da Silva, na tarde desta quarta-feira (26) na Casa d’Agronômica. O documento reúne os resultados de cálculos que analisaram 111 tecnologias e cultivares desenvolvidos, lançados e difundidos pela Epagri.

De acordo o estudo, a contribuição da Empresa no retorno gerado pelas tecnologias e ações adotadas pelos agricultores é de R$2,23 bilhões. Já o retorno global das tecnologias geradas pela Epagri, considerando a contribuição de todos os agentes para o uso dessas soluções, foi estimado em R$5,11 bilhões.

“Alimentos saudáveis, riqueza na mesa, emprego e renda. Tudo isso está demonstrado no Balanço Social da Epagri. Para o governo de Santa Catarina é muito importante mostrar como o recurso público está revertendo em benefício do cidadão”, afirma o governador. O secretário Ricardo reforça a importância desse retorno à sociedade, que é divulgado no Balanço social. “Toda empresa faz isso para seus acionistas e o serviço público tem que fazer também. Nossa grande acionista é a população e ela tem que receber esses números de uma forma muito transparente e de fácil compreensão”, diz ele.

“A Epagri trabalha pela sociedade. Transforma os recursos investidos na Empresa em benefícios econômicos, sociais e ambientais que chegam, de diversas formas, às famílias rurais e urbanas. O Balanço Social apresenta, de forma transparente, um resumo desse trabalho”, diz Edilene Steinwandter. A presidente complementa que o desafio da Empresa é continuar gerando muita tecnologia e muitos sistemas de inovação e de produção de uma forma que venha melhorar a rentabilidade do agricultor familiar catarinense, sua condição de vida, sua relação com o ambiente. “Que todas as tecnologias trabalhadas, difundidas e geradas pela Epagri tenham como pano de fundo uma produção limpa, sustentável e um alimento seguro”, ressalta.

Foto: Edilene Steinwandter (Presidente da Epagri), Carlos Moisés da Silva (Governador) e Ricardo Gouvêa (Secretário da Agricultura e da Pesca). Crédito: Aires Mariga / Epagri.

O Balanço Social da Epagri também contabilizou 119 mil famílias assistidas e 2,5 mil entidades atendidas ao longo do ano. Em 2018, foram executados 315 projetos de pesquisa e 15 tecnologias foram lançadas.

O documento ainda apresenta casos de sucesso de agricultores, pecuaristas e pescadores que atuam em diferentes cadeias produtivas do Estado. “O Balanço Social conta algumas histórias que revelam o poder de transformação do trabalho da Epagri. Elas são um convite para a sociedade conhecer o esforço que está por trás do alimento de cada refeição”, destaca a presidente.

A publicação completa está disponível aqui.

Epagri em números – Balanço Social 2018

R$6,20 – retorno que a sociedade recebeu para cada real investido na Epagri

R$2,23 bilhões – contribuição da Epagri no retorno que as tecnologias e ações da Empresa geraram para a sociedade

R$5,11 bilhões – retorno global considerando a contribuição de todos os agentes que usaram as tecnologias da Epagri

111 soluções tecnológicas produzidas e difundidas pela Empresa

COLHEITA DO ANO

  • 315 projetos de pesquisa executados
  • 15 tecnologias lançadas
  • 119 mil famílias atendidas
  • 54,2 mil famílias capacitadas
  • 2,5 mil entidades atendidas
  • 18,3 mil Jovens assistidos

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

  • 50,9 mil análises de solo
  • 142,5 mil atendimentos em escritório
  • 3,9 milhões de acessos à página de previsão do tempo
  • 73,5% das Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAPs) emitidas no Estado

ACESSO AO CRÉDITO

  • 7,2 mil propostas elaboradas
  • 6,3 mil beneficiários
  • 289 municípios contemplados
  • R$280 milhões em recursos aplicados

INFORMAÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA

  • 863 publicações técnico-científicas
  • 8,6 milhões de visualizações no canal da Epagri no Youtube
  • 240 vídeos técnicos
  • 200 programas de rádio veiculados em mais de 120 emissoras

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Esta notícia foi autorizada para publicação. Créditos à Gisele Dias, da Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

Seminário em Sombrio discute cultivo do maracujá

Cultura, importante para economia do Sul do Estado, correu risco de desaparecer após ataque de virose

A Epagri realiza nesta terça-feira, 25, em Sombrio, o III Seminário Regional sobre Maracujazeiro. A programação, que inicia às 9h e segue às 16h, vai tratar principalmente do combate à virose do endurecimento do fruto, doença que quase dizimou os pomares da fruta em Santa Catarina e que foi controlada graças a um esforço conjunto de toda a cadeia produtiva, liderado pela Epagri.

Santa Catarina produz o melhor maracujá do Brasil para consumo in natura. Seu tamanho e volume de polpa são os diferenciais que fazem a fruta ser quase toda comercializada na região Sudeste do país. Essa qualidade é resultado de anos de trabalho com a fruta, que começou a ser cultivada de forma profissional no território catarinense por volta de 1990. Em 2005 teve início a pesquisa da Epagri que, uma década depois, resultou no lançamento da variedade SCS437 Catarina. A seleção genética destacou as melhores características do fruto: grande, bem preenchido, com polpa de boa cor, casca espessa e formato mais ovalado.

Todo esse trabalho correu o risco de desaparecer em 2016, quando o vírus causador do endurecimento do fruto chegou aos pomares do Sul de Santa Catarina, a principal região produtora do Estado. Não fosse uma ação rápida e conjunta liderada pela Epagri, esse ser microscópico poderia ter dizimado a produção da região, como já aconteceu no Norte Catarinense, onde a área plantada reduziu drasticamente nos últimos anos devido a uma série de percalços, entre eles o ataque de doenças. Leia reportagem sobre esta ação.

Hoje Santa Catarina conta com mais de 2 mil hectares de maracujazeiros, 90% desse total concentrado na região Sul do Estado. São aproximadamente 900 famílias que têm essa cultura agrícola como atividade econômica. Mais de 95% da produção é realizada por agricultores familiares.

Sombrio, que vai sediar o Seminário, tem a maior área plantada do Estado, com 535 hectares. Segundo Sandoval Miguel Ferreira, extensionista da Epagri no município, Santa Catarina deve colher 48 mil toneladas de maracujá na safra 2018/2019, que se encerra agora em junho. “O preço médio do quilo deve fica no patamar de R$ 1,52, um valor bruto total estimado em R$ 72,9 milhões”, calcula Sandoval.

Diante da importância do maracujá para Santa Catarina e especialmente para o Sul do Estado a Epagri promove a terceira edição do Seminário do maracujazeiro que busca, principalmente, consolidar o trabalho de controle à virose, que deve ser contínuo e contar com apoio de todos os membros da cadeia produtiva.

Serviço

  • O que: III Seminário Regional sobre Maracujazeiro
  • Quando: terça-feira, 25 de junho, a partir das 9h
  • Onde: em Sombrio, no auditório da escola Nair Alves Bratti (av. Nereu Ramos, 2611, Parque das Avenidas)
  • Informações e entrevistas: Sandoval Miguel Ferreira, extensionista da Epagri em Sombrio, pelo fone (48) 3529-0225.

 

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Esta notícia foi autorizada para publicação. Créditos à Gisele Dias, da Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).