Extensão Rural: uma ATER não difusionista?

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Em uma pesquisa com 52 extensionistas que trabalham em seis diferentes EMATERs no Brasil, realizada pelo pesquisador argentino Fernando Landini e publicada da revista Ciência Rural da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no qual estuda os problemas enfrentados por extensionistas rurais brasileiros e sua relação com suas concepções de extensão rural concluiu que: 


1 – Observou a persistência de um olhar difusionista da ATER, o que se articula diretamente com a experiência de que os produtores resistem, de alguma maneira, à adoção de tecnologias. 


2 – A relevância disso é fundamental, pois muitas das críticas à ATER dos anos 80 eram diretamente críticas a abordagem difusionista. 


3 – Concomitantemente, o Brasil é o único país latino-americano que estabeleceu, ao nível de política pública, a implementação de uma ATER radicalmente não difusionista. 


4 – Esse aspecto também está associado com a limitada autocrítica dos investigados, que tendem a identificar nos outros a causa dos problemas que surgem no seu trabalho, em especial nos produtores, sem refletir na parte que eles próprios jogam na manutenção destes problemas, particularmente adotando uma abordagem difusionista de ATER.

🌱 REFERÊNCIA 🌱

LANDINI, F. P. Problemas enfrentados por extensionistas rurais brasileiros e sua relação com suas concepções de extensão rural. Ciência Rural, Santa Maria, v. 45, n. 2. p.371-377, fev. 2015.

 

Como citar esse texto:

O EXTENSIONISTA. Extensão Rural: uma ATER não difusionista? v.1, n.11, p. 1-2, Maio. 2019. Disponível em: https://oextensionista.com/2019/05/29/extensao-rural-uma-ater-nao-difusionista/. Acesso em: DIA Mês. ANO.

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