Para os trabalhadores rurais, trata-se de uma alternativa de diversificação de mercado, pela garantia de preço e de compra da produção agrícola.
Os documentos que Maria Helena Batista, 63, da Agrovila Rodagem, está validando agora são um papel que ficará na história do Arquipélago do Marajó. Ela é a primeira mulher no grupo de agricultores familiares que, com o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), vem negociando para fornecer produtos para a merenda escolar de Muaná a partir do ano que vem, em uma iniciativa inédita em termos de política pública no município.
Emater contribui para o aumento e a diversicação da produção. Foto: ASCOM EMATER
“É um pioneirismo do qual me orgulho, porque não foi fácil chegar até aqui”, conta ela. Viúva há três anos e mãe de cinco filhos adultos, ela planta, além de verduras, também laranja, coco, pupunha, banana, acerola e limão. “Tenho fé em Deus e na Emater de que vai dar certo”, confia.
As oito famílias em questão vivem em duas comunidades: Nossa Senhora de Nazaré, no Porto de Mocajatuba, e Nossa Senhora de Fátima, na Estrada de Pedro Ferreira. As duas comunidades, inclusive, possuem escolas públicas nas quais os filhos e netos dos agricultores estudam. O objetivo da futura chamada da Prefeitura é a absorção de hortaliças agroecológicas e de frango de corte.
De acordo com o chefe do escritório local da Emater em Muaná, o técnico em agropecuária Sidney Ribeiro, a perspectiva do mercado do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) pode representar preços até 20% maiores em relação à comercialização tradicional, nas feiras em torno.
“É uma ótima alternativa de diversificação de mercado, pela garantia de preço e de compra. Fora isso, melhora a qualidade da própria merenda, com alta nutricional e valorização da cultura alimentar”, resume.
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Créditos:
EMATER-PARÁ – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará
Texto de Aline Miranda
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