ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural): O que é e para que serve

A Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) é um programa de desenvolvimento rural do Governo Federal brasileiro, cujo objetivo principal é fornecer assistência técnica e extensão rural aos agricultores familiares.

história da ATER remonta a década de 1950, quando o país começou a enfrentar problemas como a falta de tecnologia, infraestrutura e recursos financeiros para a agricultura.

Em 1962, foi criado o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que teve como função principal o desenvolvimento de projetos de reforma agrária e a implementação de programas de assistência técnica para agricultores familiares.

Em 1991, foi criado o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), responsável por coordenar as políticas e programas de desenvolvimento rural no Brasil. Em 2003, o MDA lançou o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), que buscava promover o desenvolvimento econômico e social dos agricultores familiares através de assistência técnica e extensão rural.

Com o tempo, o PRONAF evoluiu para a ATER, que tem como objetivo principal fornecer apoio técnico, financeiro e institucional aos agricultores familiares para que eles possam melhorar suas atividades agrícolas e aumentar sua renda.

A ATER é uma importante iniciativa do Governo Federal para apoiar a agricultura familiar no Brasil, ajudando os agricultores familiares a melhorar sua produção, diversificar suas culturas e aumentar sua renda. Atualmente, a ATER é responsável por ajudar mais de 1 milhão de agricultores familiares em todo o país.

O que faz o agente de assistência técnica e extensão rural?

O Agente de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) é um profissional responsável por prestar assistência técnica e extensão rural aos agricultores familiares e comunidades rurais. Seus principais deveres incluem:

Prestar orientação técnica aos agricultores familiares sobre diversas questões relacionadas à agricultura, como produção agrícola, manejo de solo, conservação de recursos naturais, entre outros.

Promover a transferência de tecnologia para os agricultores familiares, ajudando-os a melhorar sua produção e aumentar sua renda.

Desenvolver atividades de extensão rural, como palestras, cursos, oficinas, entre outros, para disseminar informações e conhecimentos técnicos para as comunidades rurais.

Prestar suporte aos agricultores familiares na obtenção de recursos financeiros, como empréstimos, subsídios, entre outros.

Trabalhar em colaboração com outros profissionais da área rural, como engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas, entre outros, para promover o desenvolvimento rural.

O agente de ATER é um profissional fundamental para o desenvolvimento da agricultura familiar no Brasil, ajudando os agricultores familiares a melhorar sua produção, aumentar sua renda e garantir uma vida mais digna para suas famílias.

Quais são os princípios da ATER?

Os princípios da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) incluem:

Participação dos agricultores familiares: os agricultores familiares devem estar envolvidos e participar ativamente dos processos de assistência técnica e extensão rural, para que sejam efetivas e atendam às suas reais necessidades.

Orientação técnica: o trabalho de ATER deve ser baseado em orientação técnica e transferência de tecnologia, para ajudar os agricultores familiares a melhorar sua produção e aumentar sua renda.

Desenvolvimento local: a ATER deve estar baseada na realidade local e ser adaptada às condições específicas de cada região, para garantir seu sucesso e impacto positivo na vida das comunidades rurais.

Trabalho em equipe: a ATER deve ser realizada por uma equipe interdisciplinar de profissionais, para garantir a integração de diferentes conhecimentos e habilidades, e para alcançar resultados mais efetivos.

Cooperação: a ATER deve ser baseada em relações de cooperação entre os agricultores familiares, os profissionais de ATER e outras instituições envolvidas no desenvolvimento rural, para garantir a construção de uma rede de apoio para os agricultores familiares.Estes princípios são importantes para garantir que a ATER seja efetiva, relevante e tenha um impacto positivo na vida dos agricultores familiares e das comunidades rurais.

Qual o público normalmente atendido pela ATER?

A Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) é destinada principalmente aos agricultores familiares, que são definidos como pessoas que praticam a agricultura como atividade principal, visando principalmente a subsistência e a geração de renda familiar.Esses agricultores geralmente possuem pequenas propriedades e utilizam mão de obra familiar, sem recorrer a grande escala de produção ou empregados.

A ATER tem como objetivo oferecer apoio técnico e transferência de tecnologia aos agricultores familiares, para que possam melhorar sua produção, aumentar sua renda e melhorar suas condições de vida.

Além disso, a ATER também pode atender a outras comunidades rurais, como pequenos produtores rurais, assentados da reforma agrária e comunidades indígenas.

Em resumo, a ATER é destinada a apoiar e desenvolver as atividades agrícolas de pequenos produtores rurais e agricultores familiares, visando a melhoria de sua qualidade de vida e a valorização da agricultura familiar.

Quem pode ser ATER?

A pessoa que deseja exercer a função de Agente de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) deve ter formação em áreas relacionadas à agricultura, como agronomia, zootecnia, engenharia agrícola, entre outras.

Além disso, é necessário possuir conhecimento e experiência em atividades agrícolas e de extensão rural, bem como habilidades comunicativas e de liderança para atuar com as comunidades rurais.

A seleção para a função de ATER é feita por meio de processos seletivos, geralmente promovidos pelos governos estaduais ou pelas universidades. É importante destacar que a ATER é uma função pública, sendo assim, é necessário que o candidato atenda aos requisitos exigidos pelo edital de concurso.

Texto: Suzana Firmiano

Fotos: Site da HPG

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Produtores de leite da BR-429 adotam a silagem de capiaçu para arraçoamento do rebanho

Produtores de leite da região da BR 429 participam do projeto consultec e implantam novos modelos de manejo de pastagem e arraçoamento do rebanho, no município de São Francisco do Guaporé os técnicos da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO), têm orientado os agricultores familiares a utilizar o Capiaçu para produção de silagem, aproveitando desta forma o grande volume de massa verde disponível nessa época do ano para fazer estoque de forragem para o período seco.

Os produtores já dominaram a técnica de ensilagem em silos de superfície, que utiliza apenas lonas plásticas e um produto indutor de fermentação, materiais de baixo custo, que facilitam a proteção e armazenamento da forragem, o capim picado fica fermentando na ausência de oxigênio embaixo da lona, vedada apenas com terra jogada sobre as bordas, por um período de noventa dias ou até que chegue o período seco, quando aumenta a necessidade de arraçoamento dos animais no cocho.

Os equipamentos fornecidos pelo governo do Estado às prefeituras e associações de produtores rurais, através de recursos do proleite e de emendas parlamentares, para apoiar a produção leiteira, como tratores, carretas e ensiladeiras entre outros, tem contribuído para a manutenção da atividade leiteira, em áreas menores e para o aumento da produtividade de leite, tanto de litros por vaca quanto por hectare.

Programas do governo de utilização de técnicas modernas de produção, orientadas pelos extensionistas da Emater-RO, ajudam os produtores não apenas na melhoria da produção de leite por vaca dia, mas também na eficiência reprodutiva, aumentando significativamente a renda das famílias produtoras, pela venda de mais leite e bezerros.

Outro beneficio da ação do estado através da assistência técnica é para o meio ambiente, porque com a possibilidade de se criar mais animais em uma área menor, e com o uso da tecnologia, ao mesmo tempo se diminui a pressão por aberturas de novas áreas de floresta para formação de pastagem. É o que se observa no campo e que nem sempre é percebido pelos produtores, que ficam empolgados com os ganhos de produção e adoção de novas técnicas, como observamos nas falas dos agricultores Joilson, Osvaldo e da senhora Eliana Gaudêncio, todos criadores de gado de leite em São Francisco do Guaporé, e que também plantam capiaçu e milho para silagem, orientados pelo extensionista Ilson Lemos, da Emater-RO.

Fonte: Enoque de Oliveira/ Emater-RO

Fotos: Rayne Andrade

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Valor da Produção Agropecuária previsto para 2023 tem o melhor resultado em 34 anos

VBP deste ano está estimado em R$ 1.265,2 trilhão. As lavouras de milho e soja são as que mais devem contribuir para o crescimento

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para este ano, com base nas informações de janeiro, está estimado em R$ 1.265,2 trilhão. Este é o melhor resultado obtido nos últimos 34 anos para esse indicador.

Em relação ao ano passado, que foi de R$ 1.189,7 trilhão, representa um acréscimo previsto de 6,1% em termos reais. As lavouras têm um faturamento previsto de R$ 900,8 bilhões, e a pecuária com R$ 364,4 bilhões.

O VBP das lavouras cresceu 10,5% em relação ao observado no ano passado, e a pecuária deve ter retração de 2,7%. Há expectativas favoráveis para o clima neste ano, com exceção para o estado do Rio Grande do Sul que se encontra num período de falta de chuvas. Lavouras como soja, milho e feijão já revelam perdas acentuadas de produtividade no estado.

A previsão de safra recorde de grãos em 2023, anunciada pelo IBGE e pela Conab, explicam as estimativas de produção de grãos – da ordem de 302,0 milhões de toneladas segundo o IBGE, e de 310,6 milhões conforme a Conab.

As lavouras de milho e soja são as que mais devem contribuir para esse crescimento, sendo que a soja representa 44,5% do VBP das lavouras, com VBP previsto de R$ 401,0 bilhões. A cana-de-açúcar projeta um crescimento recorde em 2023, o que contribui com o valor total de produção das lavouras neste ano.

Também estão previstos resultados positivos para o VBP de algodão, arroz, batata-inglesa, cacau, feijão, laranja, mandioca, tomate e uva. Juntamente com milho e soja, esses produtos estão puxando o faturamento da agropecuária. A pecuária mostra-se mais favorável apenas para suínos e leite, enquanto os demais itens como carne bovina, de frango e ovos apresentam valor negativo para a previsão de crescimento do VBP deste ano.

Soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão lideram o faturamento dos 17 produtos analisados no relatório, representando 83,7% do VBP das lavouras estudadas.

O que é o VBP

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais.

O valor real da produção é obtido, descontada da inflação, pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês. 

Fonte: MAPA

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MDA amplia prazo para enquadramento ao novo Cadastro Nacional da Agricultura Familiar

Instrumento será necessário para acesso ao crédito rural e outras políticas públicas

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, vai assinar nesta terça-feira (07) uma portaria que amplia o prazo para que pequenos produtores façam a migração para o novo Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), documento que vai substituir a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), instrumento necessário para o acesso ao crédito rural e outras políticas públicas.

Segundo o ministério, cerca de 1 milhão de pequenos produtores rurais deverão ser beneficiados pela medida em todo o país. Eles têm DAPs com vencimento entre 8 de fevereiro de 2023 e 31 de janeiro de 2024. A validade desses documentos será prorrogada por mais um ano.As DAPs vencidas, com prazo de validade até a data de publicação da portaria (8 de fevereiro), deverão ser substituídas pelo CAF. Os produtores deverão se regularizar para a emissão do novo documento. Já a validade das DAPs com vencimento de fevereiro de 2024 em diante será mantida. A medida atende à demanda de movimentos sociais.Dificuldades de acesso.

O ministro Paulo Teixeira disse que muitas famílias têm ficado de fora das Política públicas por causa de dificuldades de acesso ao novo sistema, que está em fase de readequação. “É muito importante que as agricultoras e os agricultores familiares possam ter um sistema disponível para acessar o crédito rural do Pronaf, as compras institucionais, os programas de aquisição de alimentos e o de alimentação escolar, e também os de assistência técnica e extensão rural”, disse, em nota.

Uma portaria do Ministério da Agricultura do ano passado estabeleceu que as DAPs seriam emitidas até 31 de outubro de 2022 e que a implementação do CAF ocorrerá de forma gradativa. Quem não tem DAP ativa deve procurar a Rede CAF para realizar o cadastro.À medida que as DAPs vigentes forem perdendo a validade, novas inscrições serão emitidas por meio do CAF. Não é necessário que o beneficiário se antecipe ao fim da vigência de sua DAP, explicou o Ministério da Agricultura, ainda em 2022. A inscrição no CAF terá caráter permanente e a validade do registro será renovada a cada dois anos.IdentificaçãoO CAF fará a identificação de todas as pessoas da unidade familiar, inclusive os menores de idade.

Atualmente, o limite de identificação é de apenas dois titulares na DAP. O CAF ainda permitirá cadastrar beneficiários com renda superior a R$ 500 mil.Além dos agricultores familiares, pescadores artesanais, aquicultores, maricultores, silvicultores, extrativistas, quilombolas, indígenas, assentados da reforma agrária e beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) são beneficiários da Política Nacional da Agricultura Familiar, de 2016, e devem emitir o CAF.

Fonte: SDA-CE

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Agricultores destacam importância da criação de feira pela Empaer para avanço da produção

Instalada há mais de dois anos pela Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), a Feira da Agricultura Familiar de São José de Piranhas vem mudando o quadro social da comunidade, especialmente dos produtores rurais, com geração de renda para os envolvidos.

Esta é a opinião do produtor rural Eleomar Pereira, que considerou fundamental a instalação da feira para garantia de renda extra para as famílias. Enquanto Maria Patrícia foi uma das agricultoras que ressaltaram a participação na feira como sendo por demais salutar. “Todas as quintas-feiras comercializamos nossos produtos, como verduras e frutas, além de pequenos animais, como também atendemos aqui em casa”, comentou.

Na situação atual, os produtores rurais consideram a feira consolidada, garantindo renda às famílias beneficiadas. São parceiros das feiras, o Sinavez – Sindicato dos Agrônomos, Veterinários e Zootecnistas -, prefeituras municipais e associações rurais de agricultores familiares.

Para o presidente do Sinavez e coordenador estadual das Feiras de Produtores Rurais da Empaer, Severino Henrique de Lima, atualmente funcionam 90 feiras em diversos municípios, com a projeção deste número aumentar. Quem também destacou a importância da feira em São José de Piranhas foi o prefeito Francisco Mendes Campos, lembrando a melhoria da qualidade de vida e da geração de empregos e renda para famílias agricultoras envolvidas.

Para sustentação e manutenção da feira, os agricultores familiares são orientados quanto ao planejamento, controle, organização e gestão, além do acompanhamento sistemático da produção, pelos extensionistas locais da Empaer.

A Vila Produtiva Rural de Quixeramobim, onde residem os agricultores, é uma das cinco vilas produtivas rurais na Paraíba, localizada no município de São José de Piranhas região de Cajazeiras no semiárido paraibano, criada em 07 de março de 2016, inicialmente com 47 famílias reassentadas nas áreas utilizadas para o canal que conduz as águas do São Francisco.

O setor produtivo é constituído por lotes de sequeiro com área média individual de aproximadamente 6 hectares e lotes irrigáveis de aproximadamente 1 hectare, todos com acompanhamento técnico de extensionistas da Empaer.

Fonte: Empaer/ PB

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Produtores Artesanais Familiares do Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO participam de capacitação para potencializar os produtos artesanais e o turismo rural

Na última segunda-feira, 30, agricultoras e agricultores familiares e artesãos do município de Agudo do Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO participaram de uma capacitação sobre a qualificação para produtores artesanais familiares. O momento foi organizado pela Emater-RS/Ascar de Agudo, RS.

A ação visou fomentar a identidade local como base do produto turístico nos processos de desenvolvimento. Djulia Regina Ziemann, Secretária de Desenvolvimento Econômico, Cultura e Turismo do município de Agudo, realizou uma capacitação para as famílias rurais sobre as formas de agregar valor aos produtos artesanais, bem como criar uma identidade ao território da Quarta Colônia, demonstrando com exemplos práticos a importância de reforçar os apelos às características do território, como a paisagem, a cultura e o meio ambiente, além de ações que valorizam os produtos agrícolas e a culinária típica da região.

No segundo momento, Ezequiel Redin, representante da área de Extensão Rural da subdivisão de Geoparques da UFSM, apresentou-se ao grupo e colocou-se à disposição para atender as demandas voltadas para o rural do Geoparque Quarta Colônia Aspirante Unesco.

A seguir, Leandro Gabbi, Assistente Administrativo do Geoparque Quarta Colônia, explicou sobre o acesso aos editais permanentes para certificação de produtos e marcas como geoprodutos ou parceiros/amigo do Geoparque Quarta Colônia. Os participantes dialogaram e aproveitaram o momento para tirar dúvidas sobre o processo de seleção dos empreendimentos.

Para Claudia Bernardini, Extensionista Rural da Emater-RS local, esse momento foi o encerramento de um ciclo de encontros com produtores de alimentos e artesanato. Buscar qualificação e retomar algumas ideias e conceitos é fundamental para a reciclagem de ideias e atitudes, reforça Bernardini.  

O evento foi o encerramento de um circuito de encontros organizados pela Emater-RS/Ascar de Agudo, com participação de extensionistas da instituição e palestrantes externos com o objetivo trabalhar com a qualificação da produção e venda dos alimentos destinados às feiras regionais, no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e nos mercados locais. Os espaços de formação são fundamentais para organizar a comunidade rural em prol de ações voltadas para fomentar a renda e o turismo rural no Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO.   

Texto e fotos: Ezequiel Redin,  Professor de Extensão Rural do Colégio Politécnico e integrante da área de Extensão Rural, subdivisão de Geoparques da UFSM.

Revisão: Leandro Gabbi e Michele Hennig Vestena 

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Quarta Colônia mobiliza-se para criação de uma Escola Família Agrícola

Escola que trabalha com a pedagogia da alternância é uma demanda da comunidade 

A sucessão familiar rural é um problema social presente na vida das famílias rurais. Os filhos saem para estudar em outras regiões e não retornam para as propriedades. As experiências indicam que um centro de formação agrícola que valorize o trabalho e a vida rural pode amenizar os problemas de migração e ainda auxiliar nos processos de desenvolvimento rural. 

Com esse problema vivenciado, nos últimos meses, um grupo de pessoas da comunidade iniciaram a mobilização de uma Escola Família Agrícola (EFA). A primeira reunião foi realizada dia 20/11/2022, no Seminário Franciscano de Agudo, com a presença de várias pessoas da comunidade.

Após isso, foram realizadas visitas na Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (EFASC) e na Escola Família Agrícola de Vale do Sol (EFASOL) de Vale do Sol para conhecer a dinâmica das escolas de alternância. Esse projeto de escola utiliza a pedagogia da alternância em seus princípios, ou seja, alterna suas atividades entre as aulas na escola e imersões na realidade rural. Com a formação da escola, a ideia é proporcionar aos jovens rurais conhecimentos gerais e técnicos voltados para a realidade agrícola, construindo projetos de vida voltados para empreender na agricultura familiar.

Reitor da UFSM sinalizou apoio ao projeto

No dia 24 de janeiro, parte da comitiva reuniu-se com o reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para apresentação do projeto da escola de alternância na Quarta Colônia. O Reitor Luciano Schuch sinalizou a parceria da UFSM com o projeto da escola e disponibilizou os recursos humanos e infraestrutura para o apoio a essa iniciativa. Integraram a comitiva Tiago Janner, Frei Patrício Ceretta e Ademir Carnelutti. Jaciele Sell, coordenadora do Geoparque Quarta Colônia e Ezequiel Redin, representante da área de Extensão Rural do Geoparque participaram da reunião.

Para o Professor Tiago Janner, um dos coordenadores do grupo Pró-EFA, a importância de uma escola técnica agrícola que trabalhe com a pedagogia da alternância é fundamental para as comunidades da região. Valorizando o campo e os saberes e fazeres dos agricultores, o jovem vai construindo conhecimento em uma EFA e tende a permanecer na propriedade rural, reivindicando políticas públicas para a agricultura familiar, estes que são objetivos na formação de um jovem de EFA, ressaltou Tiago Janner.  

 Para Jaciele Sell, coordenadora do Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO, a movimentação para a criação de uma EFA no território da Quarta Colônia é fundamental também para a consolidação da região como Geoparque Mundial da UNESCO. Vai ao encontro dos princípios de um geoparque desde sua construção ‘botton-up’, ou seja, partindo da demanda da comunidade local, até o propósito de reduzir o êxodo desses municípios, passando por uma forma econômica, social e ambientalmente sustentável da produção agrícola. 

Tiago, acrescentou ainda, que a UFSM possui um papel fundamental na região central do RS, com seus projetos de extensão, em especial o Geoparque Quarta Colônia. Para ele, “é preciso união de todos, nossos municípios não vão crescer isolados como uma ilha, todos irão se desenvolver juntos, um se inspirando no outro, crescendo igualmente e uma EFA tem este princípio regional de apoio, assim como um Geoparque. EFA e Geoparque é uma combinação perfeita”. 

A escola pretende atuar em uma abrangência de 15 municípios da Região Central. Para isso, a comunidade criou uma comissão provisória que está à frente das demandas. Nesse momento, o grupo está mobilizado na sensibilização da comunidade regional e em busca de apoio ao projeto educacional. Os próximos passos do grupo envolvem a criação de uma associação para manutenção da escola. O movimento possui apoio de cooperativas agrícolas e de crédito, instituições de extensão rural, sindicatos rurais, famílias rurais, igrejas, universidades, grupos de trabalhadores, juventude rural e demais organizações locais.  

Texto: Ezequiel Redin, Professor de Extensão Rural do Colégio Politécnico e integrante da subdivisão de Geoparques da UFSM.

Fotos: Tiago Janner, Jaciele Sell, Ezequiel Redin

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Emater-DF oferece oficina sobre cultivo de plantas que podem atrair abelhas e aumentar produção de alimentos

Produtores rurais atendidos pelo Escritório da Emater-DF em Alexandre Gusmão, situado na região administrativa de Brazlândia, participaram nesta quarta-feira (1º) de uma oficina sobre jardins multifuncionais. A atividade reuniu cerca de 25 participantes. O extensionista Carlos Morais, do Escritório Especializado de Agroecologia e Produção Orgânica (Esorg), conduziu a atividade que abordou o cultivos de plantas medicinais, aromáticas, alimentícias e codimentares, que também são atrativas para as abelhas.

Morais explicou que todas as plantas possuem utilidades — na maioria das vezes, mais de uma. “Quando dizemos que os vegetais não são úteis, é porque não conhecemos suas características”, observou. Segundo ele, as plantas também podem servir para fabricação de cosméticos e medicamentos. “E a maioria delas atrai abelhas, que polinizam a lavoura, elevando a produção agrícola”, ressaltou.

De acordo com o extensionista, as abelhas mais comuns no Cerrado e que podem ser atraídas por plantas da região são as espécies jataí e mandaguari. “Esses insetos têm a vantagem de não terem ferrão”, acrescentou. O objetivo da oficina foi mostrar para os produtores que eles conseguem ter essas produções aliadas à produção de mel, com abelhas sem ferrão, para que possam ter, inicialmente, o mel para consumo próprio e, futuramente, expandir para uma atividade comercial.

A próxima atividade com o grupo será uma oficina para abordar a criação de iscas de abelhas. “Queremos incentivar esse trabalho, que traz benefícios ambientais, além de ser uma oportunidade de elevar a renda do produtor”, afirmou a zootecnista Michelle Costa, do escritório de Alexandre de Gusmão.

Emater-DF

Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.

Fonte: Emater-DF

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Acadêmicos do Curso de Gestão de Cooperativas do Colégio Politécnico realizam doação para crianças carentes em Santa Maria

Durante a disciplina de Práticas de Gestão em Cooperativas, os alunos criaram a Cooessência, para aprender na prática o funcionamento de uma cooperativa; os resultados financeiros foram doados para a CEFASOL

Na noite de quarta-feira, 25, o Colégio Politécnico reuniu estudantes, professores e representantes do Centro de Referência Familiar Recanto do Sol (CEFASOL) para a assembleia de encerramento da Cooperativa Cooessência. Na ocasião, os alunos fizeram a doação de 4.872,50 para o projeto que auxilia crianças carentes no Bairro Camobi, em Santa Maria (RS).

A condução dos trabalhos na disciplina envolveu a aproximação da prática, desde a constituição da cooperativa, seu desenvolvimento e sua extinção. Ao longo das aulas, os discentes criaram a Comissão constitutiva que elaborou o edital de convocação dos associados, conduziram a assembleia e propuseram o estatuto da cooperativa que denominaram Cooessência.

A turma deliberou democraticamente, após um brainstorming, que se dedicaria à produção e comercialização de aromatizadores de ambientes. Também definiram, entre os cooperados, quem exerceria a presidência e as diretorias de marketing, produção, pessoas e finanças. A partir desse momento, toda a disciplina teve a condução da Presidência da cooperativa e seus cooperados, com apoio dos docentes, quando necessário.

Foto: Ezequiel Redin

O desenvolvimento do produto envolveu duas etapas, a formulação e a embalagem. A formulação foi realizada no Laboratório de Práticas Farmacêuticas do Colégio Politécnico, com a liderança da cooperada Andrieli Souza (Técnica em Farmácia) e supervisão da professora Magda Aita Mônego, (coordenadora do Curso Técnico em Farmácia). A fase de embalagem foi realizada em sala de aula. 

Ao longo da disciplina, os acadêmicos foram desafiados a elaborar relatórios de marketing, produção, gestão de pessoas e finanças, de responsabilidade dos diretores e demais cooperados.

Com isso os alunos vivenciaram várias situações e problemas que um empreendimento real enfrenta. Os desafios de logística, materiais, produção e comercialização envolviam todos os participantes e suscitaram soluções de natureza técnica e pedagógica.

No final de cada dia produtivo, a diretoria reunia-se para debater e alinhar os problemas que aconteciam durante a fase de elaboração do produto. Em cada momento, se necessário, havia a reorganização do planejamento de produção. Os associados e gestores debateram também as melhores estratégias para compra de materiais, produção e comercialização e alternativas para o sucesso da cooperativa.

Os futuros gestores de cooperativa também apresentaram os relatórios parciais e finais de suas respectivas diretorias. A aluna Presidenta da Cooessência, Cristiane da Silva Martins, declarou o seguinte: “Como acadêmica do curso Gestão de Cooperativas jamais imaginei que durante meu tempo de graduação iria experimentar tamanha vivência que a disciplina de Práticas de Gestão em Cooperativas nos ofereceu. Para nós alunos foi uma experiência sensacional de como vivenciar uma cooperativa na prática, pois passamos por todos os desafios e dificuldades semelhantes ao que acontece no mercado de trabalho. Tenho certeza que para minha caminhada acadêmica sai muito mais enriquecida e apaixonada pelo meu curso”.

Para os Professores Vitor Kochhann Reisdorfer, Berenice Santini e Ezequiel Redin, do ponto de vista pedagógico a disciplina possibilitou uma boa aproximação da realidade da gestão de uma cooperativa, onde os alunos (cooperados) precisavam pensar todos os aspectos de uma organização de forma sistêmica e simultânea. Essa prática envolveu-os de forma muito ativa no processo de aprendizagem.

Foto: Ezequiel Redin

Na última aula do semestre, 25/01, houve a assembleia final para apresentação e aprovação dos resultados, bem como a extinção da cooperativa. O momento contou com a presença das Irmãs de Maria de Schoenstatt, representantes da CEFASOL. A cerimônia de entrega foi marcada por muita emoção e agradecimentos pela possibilidade da turma auxiliar as crianças com vulnerabilidade social.

A disciplina é um exemplo das estratégias inovadoras praticadas no curso

A disciplina de Práticas de Gestão lança mão de metodologias ativas com o intuito de estimular o discente a compreender o processo de concepção, criação e desenvolvimento de um produto. Os estudantes atuam de forma cooperativa nos processos de gestão da produção, comercialização, gestão de pessoas e controles financeiros/gerenciais de uma organização, e estimulando o espírito empreendedor, contribuindo com sua atuação no ambiente de negócios.

Nesse sentido, objetivou tornar os alunos protagonistas do seu próprio desenvolvimento, compreendendo a organização da cooperativa. Com o uso de metodologias ativas, característica fundamental do Colégio Politécnico da UFSM, os discentes da turma de Gestão de Cooperativas percebiam, interpretavam e faziam intervenções na realidade, motivados na busca de resultados financeiros positivos que doariam para as crianças carentes da CEFASOL.

Vitor, Berenice e Ezequiel salientam que os resultados do processo educativo foram expressivos, tanto na formação acadêmica quanto na formação ética e humana/social. Consoante com o que se espera de um processo de formação profissional de qualidade e alinhado com os princípios e valores cooperativos.

Fonte: Ezequiel Redin

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Agricultores familiares alinham produção rural para o Pnae em 2023

Reunião com os produtores cooperados visa planejar e melhorar a qualidade da produção

Para atender a demanda do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae),  produtores rurais participaram, nesta quarta-feira (25), de uma reunião organizada pela Cooperativa Mista (Coopermista) e pelo escritório local da Emater-DF no Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina, para alinhar e planejar a produção rural dos cooperados em 2023.

A Coopermista é apoiada pela Emater-DF desde a sua formalização, em 2016, e possui 105 cooperados, sendo que 99% são agricultores familiares. A cooperativa possui alguns contratos em políticas públicas, como o Pnae, o Programa Alimenta Brasil (PAB) e o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF), que são programas de aquisição de alimentos e hortaliças da agricultura familiar para uso na alimentação escolar. A Coopermista venceu o edital para fornecimento, em 2023, de produtos para atender 139 escolas da Região Administrativa de Planaltina, Santa Maria e São Sebastião.

O contrato firmado entre a Coopermista e o Pnae prevê a entrega semanal de produtos que são demandados pela Secretaria de Educação. A partir da amplitude prevista para os meses subsequentes, com apoio da Emater-DF, a cooperativa planeja toda a produção para atender o previsto no contrato. Apenas de cenoura, serão necessárias cinco toneladas por semana.  Segundo o gerente em exercício do escritório local da Emater-DF no Núcleo Rural Rio Preto, Rodrigo Marques, durante a reunião com os produtores cooperados, foi informado o que será necessário fornecer e já foi feito o planejamento de plantio dos produtos relacionados no contrato.

Planejar e produzir

“A ideia dos planejamentos de produção e da melhoria de qualidade dos produtos é uma ação de extensão rural realizada pela Emater-DF desde o início da Coopermista. Hoje, os produtos da Cooperativa Mista têm uma similaridade de qualidade, todos os produtores usam sementes certificadas, os processos de plantio e colheita possuem a mesma linha de qualidade e, dessa forma, os produtos acabam saindo padronizados e com uma qualidade impressa pela Coopermista. Tudo isso é feito com o apoio da Emater-DF”, afirmou Rodrigo Marques.

O presidente da Coopermista, Ivan Engler, informou que dentre os produtos que constam no contrato para entrega semanal estão cenoura, beterraba, batata doce, abóbora, abacate, tangerina pokan, salsinha, manjericão, hortelã, pepino, pimentão e tomate. “Como as aulas já iniciam em fevereiro, já foi feito um primeiro planejamento em dezembro para início do plantio.  Na reunião desta semana, já com o cronograma do Plano de Distribuição de Gêneros Perecíveis (PDGP) da Secretaria de Educação, definimos os grupos de produtores que vão plantar cada produto e o quantitativo para atendermos o volume de entrega semanal previsto no contrato”, declarou Engler.

O protagonismo da Emater-DF dentro da Coopermista acontece desde a sua fundação e está presente em todos os momentos da entidade. A despeito da independência que a entidade tem conquistado ao longo dos anos, a empresa ainda tem grande atuação na gestão administrativa, plantio, manejo e comercialização da produção rural dos cooperados. “Sempre nos chamam para dar uma opinião aqui ou ali. Se algum produtor tem algum problema na produção, nós, extensionistas do escritório local, somos chamados para contribuir com as soluções”, finalizou Rodrigo Marques.

A Emater-DF

Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.

Fonte: Emater DF

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IDR-Paraná investe em capacitação para incentivar a produção agroecológica

A demanda por produtos orgânicos vem crescendo a cada dia, e aumentar a oferta destes produtos é uma das prioridades do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri). Para estimular agricultores do Estado a aderirem este sistema de produção, o IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) capacita produtores por meio da metodologia conhecida como “treino-visita”. Durante cinco meses, grupos de produtores participam de encontros com técnicos para discutir algum aspecto da produção orgânica.  As reuniões são quinzenais e os extensionistas também realizam visitas, semanalmente, nas propriedades dos participantes.

No dia 17 de janeiro foi encerrado o trabalho de um desses grupos na região de Cornélio Procópio. Ernestina Muraoka, engenheira agrônoma do IDR-Paraná, que monitorou os encontros com os produtores conta que no último encontro realizado eles apresentaram os resultados obtidos, os gargalos e as dificuldades que tiveram no decorrer da safra do tomate, além das expectativas para o futuro. O treino-visita funciona como uma iniciação dos agricultores na produção orgânica. Cada uma das etapas do cultivo é implantada em uma propriedade e é replicada na sequência pelos demais produtores que são acompanhados pelos extensionistas individualmente.

De acordo com Ernestina Muraoka, a metodologia chegou na região de Cornélio Procópio em 2010. Desde então o número de produtores orgânicos passou de 70 para 183, com certificação, nos últimos anos. Somente no ano passado foram capacitados mais de 30 agricultores. O acompanhamento das propriedades não parou nem mesmo durante a pandemia. Os extensionistas esperam certificar 7.700 produtores no Estado, até 2025.

O tomate tem sido o principal tema desses encontros e aparece em franca expansão no Paraná. “É um fruto difícil de ser cultivado. Mas aprendendo a produzir tomate, o agricultor tem confiança, e segurança, para produzir as demais hortaliças. Em geral, entre 70% e 80% dos produtores que passam pela nossa metodologia adotam a produção orgânica”, explica o coordenador estadual de Agroecologia do IDR-Paraná, André Miguel.

“Foi a melhor decisão que tomei na minha vida”, afirma Danieli Gonçalves de Oliveira produtora de tomate em Nova Fátima, Norte do estado. Ela conheceu a produção orgânica em um treino-visita, em 2018. No ano seguinte, Danieli já havia conquistado a certificação. Atualmente ela chega a produzir 600 caixas de tomates orgânicos em duas estufas de mil metros quadrados cada.

Certificação gratuita – O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), referência nacional em saúde pública, tem um acordo de cooperação com a Associação dos Municípios do Paraná (AMP) para ampliar a certificação de produtores orgânicos. Representantes de 48 municípios do Norte Pioneiro, do Centro-Sul e Litoral já participaram deste trabalho. O Paraná se destaca nacionalmente ao oferecer a certificação de orgânicos por meio de uma empresa pública nacionalmente reconhecida.

“O Tecpar faz parte deste processo, cumprindo um importante papel no desenvolvimento da economia local, ao contribuir para que a certificação de orgânicos seja um grande diferencial para produtores, com base na produção sustentável”, ressalta o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado.

O Tecpar também é a instituição certificadora do Paraná Mais Orgânico, outro programa estadual, vinculado às sete universidades do estado por meio da Superintendência-Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, com apoio do IDR-Paraná.

O programa garante certificação gratuita aos agricultores que aprendem a converter suas lavouras tradicionais para o modelo livre de agrotóxicos, sem o uso de sementes transgênicas ou outras substâncias tóxicas e sintéticas, de acordo com a legislação brasileira para produtos e sistemas de produção orgânica.

Após uma auditoria, os produtos são encaminhados para obter o selo emitido pelo Tecpar. Com a certificação, a unidade de produção ou processamento estará autorizada a utilizar o selo Orgânicos do Brasil, imprescindível para a comercialização de produtos em todo o território nacional.

Fonte: Roberto Monteiro/ IDR-PARANÁ

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Safra mineira de café deve alcançar 27,5 milhões de sacas em 2023

Mesmo sendo ano de bienalidade negativa, quando a produção tende a ser menor, volume deve superar a safra anterior.

A safra mineira de café deve alcançar 27,5 milhões de sacas em 2023, com crescimento de 25% na comparação com a safra anterior. A área em produção está estimada em 1,1 milhão de hectares, 8,8% superior a safra passada. A produtividade média prevista é de 24,8 sacas por hectare, registrando aumento de 15%. Os dados fazem parte do primeiro levantamento para a safra de café da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Mesmo sendo ano de bienalidade negativa, característica da cultura do café que alterna anos de safra boa com outra de produção menor, a previsão inicial sinaliza um desempenho superior a 2022, quebrando o ciclo de evolução da série, desde a safra 2001, quando a Conab começou a acompanhar a safra cafeeira no país.

“Em 2022, a produção foi afetada por adversidades climáticas, resultando em perdas de produtividade. Esta primeira estimativa aponta para uma recuperação da produtividade e aumento da área plantada, mas estes números poderão se alterar, principalmente em função de condições climáticas e dos tratos culturais das lavouras”, ressalta o assessor especial de cafeicultura da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Julian Carvalho.

Maior Produtor

Se estas previsões se confirmarem, Minas Gerais vai responder por aproximadamente 50% da safra nacional, que deve alcançar cerca de 55 milhões de sacas, mantendo sua posição de principal estado produtor de café do país.

Produção Regional

Quase todas as regiões devem registrar expansão. A estimativa de produção para as regiões Sul e Centro-Oeste do estado é de 13,2 milhões de sacas, com crescimento de 37%. A área em produção deve ser de 549 mil hectares, 10% superior à safra passada. A produtividade deverá crescer 24%, alcançando 24 sacas por hectare.

Para as regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste é previsto crescimento na área em produção de 10%, registrando 200 mil hectares e produtividade de 31 sacas por hectare, com incremento de 35%.

Também há expectativa de crescimento para as regiões Norte, Jequitinhonha e Mucuri, devendo alcançar uma produção de 851,2 mil sacas. A área em produção deve crescer 5,2%, alcançando 28 mil hectares e a produtividade deve registrar ganho de 0,7%.

Para a Zona da Mata, Rio Doce e Central, a área em produção deve crescer 5,5% e alcançar 7,2 milhões de sacas. Ainda assim, as regiões têm estimativa de queda de 2,4% devido à previsão de perda na produtividade.

Programas

A Secretaria de Agricultura e suas vinculadas (Emater-MGEpamig e o Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA) desenvolvem diversas ações para o fortalecimento da cafeicultura no estado. O Certifica Minas Café, por exemplo, orienta os produtores a adequar as propriedades às normas internacionais de boas práticas agrícolas. Atualmente, 811 propriedades cafeeiras são certificadas pelo programa.

O Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais e o desenvolvimento de diversas pesquisas e análises do setor cafeeiro são ações que também vêm contribuindo para a eficiência dos processos produtivos e a valorização dos cafés mineiros no mercado.

Fonte: Márcia França – Ascom/Seapa

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Conexões entre Geoparques

Na última sexta-feira (20), aconteceu na UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, o 𝙄𝙄 𝘾𝙤𝙣𝙚𝙘𝙩𝙖 𝙂𝙚𝙤𝙥𝙖𝙧𝙦𝙪𝙚𝙨, que teve como foco promover diálogos entre diferentes agentes dos Geoparques Aspirantes UNESCO Quarta Colônia e Caçapava.

Um dos objetivos foi de elencar prioridades e proposição de ações para um planejamento estratégico dos territórios a partir de 2023. O evento contou com a participação da equipe da Subdivisão de Geoparques UFSM; estudantes e coordenadores de ações de extensão da UFSM e UNIPAMPA; além dos Comitês Gestores dos geoparques.

O encontro foi o início do planejamento estratégico, que seguirá acontecendo em outras etapas, com o envolvimento de outros agentes.

Além disso, as demandas e prioridades levantadas no II Conecta irão orientar a seleção dos projetos fomentados pelo edital Geoparques/UFSM deste ano.

Fotos: Gabriela Machado

Fonte: Geoparque Quarta Colônia

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Agricultores familiares do Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO participam de evento focado na Fruticultura

Fruticultores participaram do I Polifruti, evento que oportunizou diálogo com conhecimentos técnicos, gerenciais e mercadológicos para o campo da fruticultura no sul do Brasil.

Na última sexta-feira, 13, agricultores familiares do Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO participaram do I Polifruti, evento que proporcionou a troca de conhecimentos  técnicos, gerenciais e mercadológicos na cadeia produtiva da Fruticultura no sul do Brasil. 

O evento foi realizado nas dependências do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), de forma presencial. O evento reuniu, para cada temática, estudantes, fruticultores, professores, gestores de empresas na área, extensionistas rurais da Emater/RS-Ascar, presidentes de cooperativas, lideranças de juventudes rurais e diversos convidados entre produtores, representantes de associações, secretarias de agricultura, cooperativas, sindicatos rurais e interessados na área.

A comitiva da Quarta Colônia integrou fruticultores de Agudo, Ivorá, Pinhal Grande, Silveira Martins, São João do Polêsine e Restinga Seca. Participaram ainda os extensionistas da Emater/RS-Ascar e os integrantes do grupo que estão mobilizados na construção de uma Escola Família Agrícola Regional na Quarta Colônia. 

A dinâmica envolveu a apresentação e o debate sobre os principais problemas dos fruticultores no século XXI, identificados pelos estudantes em suas vivências no campo. O Polifruti tratou sobre as experiências de comercialização de frutas in natura, a importância do cooperativismo para a fruticultura, coleta de solo e de folha em frutíferas, manejo biológico do solo, e irrigação com foco em manejo e projetos. 

Essa conexão entre os problemas práticos dos fruticultores da Quarta Colônia e a sua presença no I Polifruti reforça uma iniciativa de mobilização e capacitação das famílias rurais para atuação no Geoparque. Ademais envolvem ações para fortalecer os processos de extensão rural com os agricultores que integram o Geoparque Quarta Colônia, ressaltou o Prof. Ezequiel Redin, da equipe de mobilização do Geoparque Quarta Colônia. 

Os convidados e os fruticultores presentes também puderam relatar os problemas do setor e apontar as necessidades da área atualmente. O evento contou com a participação de fruticultores de 30 municípios diferentes, organizados pela Emater/RS-Ascar, sindicatos rurais e secretarias de agricultura, e com mais de 130 pessoas de distintos locais do estado do Rio Grande do Sul e também com participantes de Santa Catarina.

Texto e fotos: Ezequiel Redin,  Professor de Extensão Rural do Colégio Politécnico e integrante da subdivisão de Geoparques da UFSM.

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Tecnologias diversificam culturas na agricultura familiar e promovem segurança alimentar

Nos próximos dias 1 e 2 de fevereiro, no município de Magalhães de Almeida-MA (Distrito Custódio Lima), a Embrapa Cocais – em parceria com a Ambev, a Cooperativa dos Produtores do Tabuleiro de São Bernardo – COOPRODUTASB e o Governo do Estado do Maranhão – vão promover dois eventos para mostrar soluções tecnológicas sustentáveis que contribuem para a diversificação de culturas na agricultura familiar, geração de renda e segurança alimentar.

Foto: Notícias Agricolas

 

Um deles é o dia de campo Manejo do Consórcio Rotacionado para Inovação na Agricultura Familiar – CRIAF, que será realizado na manhã do dia 1º de fevereiro. Como parte da programação do dia de campo, também haverá palestra sobre “Melhoramento genético na cultura da mandioca” durante a qual também serão apresentados resultados preliminares do projeto executado pela Embrapa, em parceria com a AMBEV, COOPRODUTASB e Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST. Espera-se, ao final do projeto, a recomendação de duas ou três variedades de alta produtividade de raízes e alto teor de amido para melhorar a produtividade dos mandiocultores. Haverá ainda a palestra “PROJETO AMBEV – Parceria, ação social e benefícios para o produtor”. No período da tarde do dia 1º de fevereiro e durante todo o dia 2 de fevereiro, será a vez do segundo evento, a ser realizado no Povoado Alto Alegre: o curso “Mecanização na cultura da mandioca”, uma das atividades do projeto de pesquisa da Embrapa Cocais/Ambev. 

Fonte: Notícias Agrícolas 

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I Polifruti destaca-se em troca de conhecimentos entre estudantes, fruticultores e pesquisadores

Evento com mais de 130 presentes, protagonizado pelos alunos do Curso Técnico em Fruticultura EAD, oportunizou um diálogo entre conhecimentos técnicos, gerenciais e mercadológicos para o campo da fruticultura no sul do Brasil.

Ocorreu, na última sexta-feira (13), o primeiro Polifruti, evento promovido pelo Curso Técnico de Fruticultura no Colégio Politécnico da UFSM. Estudantes, fruticultores, professores, extensionistas rurais e profissionais da iniciativa privada se reuniram para a troca de saberes e experiências com os produtores de frutas no Rio Grande do Sul. No total, fruticultores de 30 municípios diferentes, organizados pela Emater/RS, sindicatos rurais e secretarias de agricultura, participaram do evento.

O Coordenador do curso, Gustavo Pinto da Silva, ressalta a importância de oportunidades para tratar a indissociabilidade entre o ensino e a extensão: “Nada melhor do que os estudantes aprenderem a partir do contexto de vida e das experiências de quem já está na fruticultura, e a partir destes projetarem os espaços para o setor produtivo como um todo”.

Na abertura, a mesa foi composta pela vice-reitora da Universidade Federal de Santa Maria, Martha Bohrer Adaime; pelo vice-diretor do Colégio Politécnico, Moacir Bolzan; pelo Coordenador do Curso Técnico de Fruticultura EAD, Gustavo Pinto da Silva; pelos professores da disciplina de Vivências em Fruticultura I, Ezequiel Redin e Róberson Macedo de Oliveira; pela representante dos alunos do Curso Técnico de Fruticultura EAD, Lilian Alessandra Rodrigues e o pelo gerente da Emater/RS-Ascar Regional Santa Maria, Guilherme Godoy dos Santos.

Foto: Organizadores do evento

 

Painéis de diferentes temáticas foram realizados no Auditório do Colégio Politécnico, com uma dinâmica de apresentação seguida de debate. Os assuntos abordados foram os principais problemas dos fruticultores no século XXI, as experiências de comercialização de frutas in natura, a importância do cooperativismo para a fruticultura, a coleta de solo e de folha em frutíferas, o manejo biológico do solo e a irrigação com foco em manejo e projetos.

O Assistente Técnico em Fruticultura da Emater/RS-Ascar Regional Centro, Eduardo Rigon Gelain, cita o evento como uma proposta diferenciada no ramo, que abordou temas importantes, tanto técnicos quanto da cadeia produtiva, com qualidade e profundidade.

Após o término do evento, os participantes foram convidados a responder uma avaliação, para identificar necessidades e possíveis melhorias. A primeira edição do Polifruti foi considerada excelente, e destacou-se pela troca de experiência com os produtores, pela participação de diferentes cooperativas, pela diversidade e qualidade de informações, sendo citada também a dedicação dos alunos e professores para a realização das atividades.

Foto: Organizadores do evento

 

Do ensino à distância ao presencial
O I Polifruti é resultado de metodologias ativas incentivadas na disciplina de Vivências em Fruticultura I, ministrada pelos Professores Ezequiel Redin e Róberson Macedo de Oliveira. O objetivo é tornar os alunos protagonistas do seu próprio desenvolvimento, compreendendo a organização da fruticultura na forma de cadeias produtivas.

Durante o semestre, os estudantes puderam vivenciar propriedades com foco na fruticultura, através de um roteiro construído coletivamente pelos discentes. As experiências nesses locais apontaram os principais problemas enfrentados pelos fruticultores, os quais viraram o foco da primeira edição do evento.

A aluna Lilian Alessandra Rodrigues foi indicada pelos colegas para representar a turma durante a abertura. Ela destaca a organização do evento como desafiadora e gratificante: “Ações que demandam a busca pela criatividade e inovação são interessantes tanto para a nossa formação profissional quanto pessoal.”

O I Polifruti registrou um marco histórico no Curso Técnico em Fruticultura, uma vez que foi um evento protagonizado em sua integralidade pelos alunos que estudam na modalidade a distância. Os estudantes organizaram um evento de impacto para a área, suprindo demandas de variados assuntos e problemas vividos pelos agricultores.

O Ambiente Virtual de Aprendizagem (Moodle), as videoconferências pela plataforma BigBlueButton e os grupos nos aplicativos de mensagens instantâneas (WhatsApp) foram fundamentais para o sucesso na organização do evento, destacou o Prof. Ezequiel Redin.

Fonte: UFSM

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IDR-Paraná mostra novas tecnologias no Show Rural Coopavel 2023

Mais de cem pesquisadores e extensionistas do IDR-Paraná vão participar do Show Rural Coopavel, de 6 a 10 de fevereiro, em Cascavel. O evento, promovido pela Coopavel, é um dos maiores do país no segmento agropecuário. Espera-se que neste ano o público supere as 285 mil pessoas que passaram pelo parque em 2022.

O Instituto mantém uma área de 2,5 hectares no Parque Tecnológico da Coopavel e preparou mais de dez unidades demonstrativas montadas para divulgar diversas tecnologias que podem ser aplicadas nas propriedades rurais.

Agroecologia

Um dos primeiros segmentos preparados pelos profissionais do IDR-Paraná é a Vitrine Tecnológica de Agroecologia que mostra diversos sistemas de produção de alimentos orgânicos. O visitante poderá conhecer tecnologias de baixo custo, adaptadas a diferentes modelos sustentáveis de produção.

Também será possível acompanhar o processo de conversão da produção convencional para a orgânica, bem como os detalhes da transição de sistemas para a produção sem insumos químicos. Pesquisa e Extensão Rural atuam em parceria para estabelecer estratégias de trabalho, levando em conta as tecnologias agroecológicas.

Produção sustentável

Na área de produção de grãos os temas são direcionados aos sistemas com práticas sustentáveis. Serão demonstrados trabalhos da pesquisa e extensão nas culturas de soja, feijão, milho, mandioca, cultivares de café e plantas de cobertura. O manejo e conservação do solo e da água, o sistema de produção em consórcio entre culturas (milho e braquiária) e o controle da cigarrinha no milho estarão entre os temas do estande.

Olericultura

Produzir olerícolas com alta qualidade é um desafio tanto para os produtores, quanto para os profissionais do IDR-Paraná que prestam o serviço de assistência técnica. Neste ano, os extensionistas mostram que é possível produzir tomates, pimentões e berinjelas, em estufas, sem o uso de agroquímicos.

Fruticultura

Neste ano o Instituto apresenta uma proposta arrojada na área de fruticultura, com a unificação das áreas de pesquisa e extensão. O visitante terá a oportunidade de conhecer as principais espécies frutíferas que podem ser cultivadas na região, além de variedades desenvolvidas pela pesquisa.

A área tem plantas em fase inicial e também em plena produção. A novidade deste ano é a amora preta, mas ainda há parcelas com o plantio de abacate, manga, atemóia, abacaxi, maracujá, figo, citros, banana, pitaya, goiaba, caqui e acerola.

Agroindústria Familiar

O Show Rural Coopavel conta com a Feira da Agroindústria Familiar Rural, um espaço para divulgar e comercializar os produtos regularizados de produtores assistidos pelo IDR-Paraná.

Trinta empreendedores, entre cooperativas e associações, vão participar da feira nos cinco dias do evento. Uma parceria firmada entre Coopavel, Fetaep, IDR-Paraná e Seab ampliou o Barracão da Agroindústria que passou a ter 525 m² dedicados à produção dos empreendedores familiares rurais da região.

Pecuária

A importância da pecuária é inegável para a economia paranaense. Por isso, o IDR-Paraná dedica uma parte do seu espaço para apresentar uma sequência de temas relacionados à produção de bovinos de leite. Os técnicos e pesquisadores vão abordar desde a produção do pasto até a obtenção de leite com a qualidade exigida pelo mercado.

No estande há uma coleção de forrageiras, com as principais espécies recomendadas para a região. Os visitantes poderão conversar com os técnicos sobre outros temas como a nutrição animal, a criação de bezerras e a integração lavoura-pecuária.

Preservação e uso racional

Como a proteção das nascentes é fundamental nas propriedades rurais, o IDR-Paraná idealizou o “Caminho das Águas”, onde são apresentadas práticas de proteção de fontes com a técnica de solo cimento.

Os extensionistas também vão demonstrar modelos de sistemas de destino de dejetos humanos e de águas usadas, como a fossa biodigestora da Embrapa, a fossa zona de raízes e a fossa evapotranspiração. Maquetes foram preparadas, em parceria com a Sanepar, para explicar aos visitantes o funcionamento dessas tecnologias. Além da proteção das fontes naturais, o produtor pode captar e armazenar água da chuva, tendo uma reserva para usos diversos em sua propriedade. A construção de cisternas, com volumes de armazenamento de acordo com a necessidade, pode atender a essa demanda.

Os profissionais do IDR-Paraná mostram que essa tecnologia de baixo custo e fácil instalação pode ser uma alternativa para o uso responsável e sustentável da água.

Artesanato

Prefeituras Municipais, por meio das Secretarias de Assistência Social e Associações de Artesãos, participam do Show Rural Coopavel expondo os diversos tipos de artesanatos confeccionados pelas mulheres agricultoras, clubes de mães e associações de artesãos da região Oeste.

Piscicultura

A piscicultura é relevante para a economia da região Oeste. Trata-se de uma atividade responsável pela renda de inúmeras famílias rurais. Para os extensionistas do IDR-Paraná, a criação comercial de peixes é indicada para propriedades com boas reservas de água. O visitante do Show Rural poderá conhecer no estande do IDR-Paraná algumas técnicas modernas de criação e manejo de peixes de cativeiro, especialmente a tilápia.

Turismo Rural

O turismo está em franca ascensão no Paraná e vem se transformando numa fonte de renda e emprego no meio rural. Para quem pensa em explorar a atividade, o Show Rural pode ser a oportunidade de discutir com especialistas como organizar uma propriedade com agroturismo e explorar elementos e atrativos para encantar o turista. Durante o evento serão divulgados os circuitos das Caminhadas na Natureza e a melhor forma de estruturar rotas turísticas numa localidade.

Energias Renováveis

Saber usar os recursos naturais, de forma consciente, é um fator preponderante para o sucesso da propriedade rural. Vem daí a preocupação dos técnicos de levar aos visitantes do Show Rural Coopavel informações sobre fontes de energias renováveis. O tema, contemplado pelo Programa Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR), criado pelo governo do estado, também estará presente no Show Rural Coopavel.

Os extensionistas aproximam dos visitantes novas tecnologias que produzem energias limpas como os sistemas fotovoltaicos (solar) e a produção de biogás, a partir da biomassa. Os técnicos estarão à disposição do público para esclarecer dúvidas sobre financiamentos e subvenção de juros por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Pesquisa AgropecuáriaNeste ano o IDR-Paraná vai apresentar novas cultivares de soja, milho, mandioca, feijão e plantas de cobertura que foram desenvolvidos e lançados pelo Instituto. Também serão apresentadas duas variedades de feijão, a IPR Águia e a IPR Cardeal, e uma de milho, o IPR 216.

Fonte: Roberto Monteiro/ IDR-PARANÁ

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Projeto Feira Livre estimula comercialização de produtos da agricultura familiar de Alvarenga, no Leste de Minas

Iniciativa é uma parceria da Emater-MG com a Prefeitura Municipal

O Projeto Feira Livre de Alvarenga é uma das principais iniciativas para a comercialização da agricultura familiar do município, na região Leste de Minas Gerais. No espaço, oito feirantes vendem seus produtos. A iniciativa é uma parceria entre a Emater-MG e a prefeitura, com recursos provenientes de emenda parlamentar.

A proposta surgiu em 2020, com o objetivo de ampliar e melhorar as vendas da agricultura familiar municipal. O setor, assim como em outras localidades do país, foi bastante afetado pela pandemia da Covid-19.

“Quando cheguei em 2019, havia apenas um produtor. Em 2020, com a pandemia, fizemos esse projeto de emenda parlamentar e a Emater comprou e transferiu para prefeitura as barracas”, disse o técnico José Dilson.

A emenda parlamentar é de autoria do deputado estadual Rafael Martins. Os recursos foram repassados para a Emater-MG, que adquiriu 10 barracas e jalecos. O material foi disponibilizado para os feirantes, que recebem orientação técnica da empresa para garantir a qualidade dos produtos. A prefeitura é responsável pela montagem das barracas e sua conservação.

A feira funciona toda quinta-feira, na parte da manhã, na Praça Prefeito José Carlos Martins. No espaço são comercializados variados produtos, como hortaliças, doces e quitandas. Muitos alimentos são produzidos de acordo com princípios agroecológicos. José Pereira, de 54 anos, é morador de Alvarenga e está inserido na agricultura familiar há mais de 13 anos, sendo o primeiro de sua família a entrar neste ramo. O produtor participa da feira livre e conta que o projeto é fundamental na manutenção de sua renda. “Meus produtos são sem agrotóxicos e as pessoas preferem porque são mais naturais”, disse.

Fonte: Sebastião Avelar- Ascom/Emater-MG

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Faesc alerta produtores rurais sobre atualização das condições para inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar

Atenção produtores rurais! Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), em dezembro de 2022, a Portaria SAF/MAPA nº 293, que estabelece as condições e os procedimentos gerais para inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). A iniciativa é da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAF/ MAPA).

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e vice-presidente de finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Zeferino Pedrozo, alerta aos produtores para que fiquem atentos às atualizações e reforça que o CAF traz mais transparência nas informações e garante segurança jurídica aos beneficiários. “Orientamos aos produtores que tiverem dúvidas para que procurem o Sindicato Rural de sua região”.

A atualização ocorreu após uma série de encontros técnicos realizados com o objetivo de capacitar as equipes de cadastradores vinculados às entidades da Rede de Entidades Credenciadas para realizar a inscrição no CAF (Rede CAF). Com isso, foi constatada a necessidade de alterar os regramentos estabelecidos na Portaria SAF/MAPA nº 242, de 8 de novembro de 2021, aprimorando as normas e os conceitos por meio de novos dispositivos que visam ampliar o público beneficiário da Política Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf).

A principal mudança é a possibilidade de que empreendedores familiares rurais, microempreendedores individuais, microempresários e pequenas empresas também possam se inscrever no CAF, desde que atendam aos requisitos estabelecidos. A inscrição continua vedada para pessoas físicas que sejam proprietárias ou acionistas majoritárias de empresas, bem como para diretor, sócio-gerente e administrador de sociedade empresarial. 

Foto: Faesc

O ato normativo também traz mudanças no que diz respeito à inscrição dos beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) e do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). A nova redação amplia o ingresso desse público específico para obtenção de inscrição no CAF.

Desde 1º de novembro, conforme Portaria nº 174, de 28 de junho de 2022, o CAF é a única ferramenta do agricultor familiar para o acesso às ações, programas e políticas públicas voltadas para a geração de renda e o fortalecimento da agricultura familiar.

O instrumento é utilizado para identificar e qualificar as Unidades Familiares de Produção Agrária (UFPA) da agricultura familiar, os empreendimentos familiares rurais e as formas associativas de organização da agricultura familiar.

Outras informações sobre o CAF podem ser solicitadas à Coordenação de Gestão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar do Mapa pelo e-mail ou pelo telefone (61) 3276-4533.

Fonte: Notícias Agrícolas

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Cooperativa do Rio Grande do Sul investe R$ 160 milhões para ampliar capacidade de estocagem

Uma cooperativa do Rio Grande do Sul investiu R$ 160 milhões para ampliar a capacidade de estocagem.  Responsável pelo recebimento anual e armazenamento de cerca de 1,2 milhão de toneladas de grãos – principalmente soja, trigo, milho, cevada, aveia e canola – provenientes do Rio Grande do Sul, a Cotribá começa 2023 ainda mais preparada para atender a demanda dos mais de 8 mil associados. A cooperativa investiu R$ 160 milhões para ampliar a capacidade de estocagem, que agora totaliza 12,7 milhões de sacas, representando um aumento total de 19%.

A maior parte dos investimentos foi destinada à aquisição de quatro novas unidades de recebimento de grãos – duas em Ibirubá e duas em Santana do Livramento – e ampliação de outras três já operadas pela Cotribá no Estado em Encruzilhada do Sul, Cachoeira do Sul e Pantano Grande. “O armazenamento sempre foi um dos principais desafios do agronegócio e se queremos crescer, temos que ter uma estrutura pronta para o recebimento da safra”, afirma o vice-presidente da Cotribá, Enio Nascimento.

O ano de 2023 também será marcado pela conclusão, no segundo semestre, da primeira fase da nova fábrica de rações em Ibirubá, que irá ampliar de 100 mil para 300 mil toneladas a capacidade anual de produção de rações da cooperativa. São projetados 170 novos empregos, num investimento total de R$ 150 milhões, para produção de ração de bovinos de leite e corte, suínos, aves, equinos, ovinos e suplementos minerais.

A unidade é totalmente automatizada e contará com sistemas robotizados no ensaque e expedição. A Cotribá já tem duas fábricas de rações, em Ibirubá e Tapera, e é a maior produtora de rações para o gado leiteiro do Estado. “A cooperativa está crescendo em todas as áreas que atua. Investimos muito em 2022, estamos em plena construção da fábrica de rações. O Estado tem muito a contribuir com a produção de alimentos, e a Cotribá participa desse processo de crescimento,” afirma o presidente Celso Leomar Krug. 

Entre as maiores Com seu resultado financeiro, a Cotribá integrou, pelo segundo ano consecutivo, o Ranking divulgado pela Revista Amanhã entre as 500 maiores empresas da região Sul e entre as 100 maiores empresas do Rio Grande do Sul. Ao avançar 63 posições, ficou na 83a colocação entre as 500 maiores empresas do Sul e subiu 25 posições no ranking estadual, alcançando o 36o lugar entre as empresas do RS. A cooperativa registrou uma receita líquida de R$ 3,51 bilhões em 2021, uma alta de 133,38% sobre o resultado do ano anterior, e um lucro líquido de R$ 84,31 milhões. O patrimônio líquido chegou a   R$ 199,6 milhões e 2021 foi considerado o melhor ano da sua história. A Cotribá comemora 112 anos em 2023 e além do recebimento, armazenagem, produção e comercialização de grãos, atua em outros segmentos tais como insumos, fábricas de rações, farmácia veterinária, seção de peças, revenda de combustíveis, supermercados, loja de departamentos e centro comercial. 

Sobre a Cotribá Com sede em Ibirubá e fundada em 21 de janeiro de 1911, a Cotribá é a mais antiga cooperativa agropecuária em funcionamento no Brasil. Tem, atualmente, mais de 8.200 associados e mais de 1.400 colaboradores. Sua atuação na comercialização de produtos, serviços, área de produção animal e assistência técnica abrange todo o estado do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, atendendo mais de 30 mil clientes.

São milhões de hectares de área cultivada principalmente com soja, trigo, milho, cevada, aveia e canola. Além disso, a cooperativa conta com 23 lojas agropecuárias, veterinária e peças para maquinário agrícola, 37 revendas, 05 postos de combustível, 04 supermercados e 02 fábricas de rações.

Fonte: Tatiane Bertolino/Sou Agro

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