A Seab, o Instituto Emater, o Iapar e a Vinopar (Associação dos Vitinicultores do Paraná) se uniram para dar apoio à cadeia produtiva da cultura da uva no estado, fortalecendo o setor produtivo, as agroindústrias e o turismo nas diferentes regiões produtoras de uva do Paraná.
O programa se baseia em quatro eixos: produção, agroindústria, comercialização e turismo. O que se pretende é melhorar as condições de produção e comercialização dos produtos derivados da uva. Desta forma, o produtor terá mais segurança desde o plantio até a comercialização. A intenção é criar condições não somente para revitalizar, como também para ampliar a área com cultivo de videira no estado.
A produção de uva e derivados é relevante no Paraná. Em 2018 a viticultura movimentou aproximadamente R$ 195 milhões, segundo o Departamento de Economia Rural da Seab. Até 2008 o Paraná possuía 6.000 ha com videiras, mas a área começou a ser reduzida em 2012. Problemas fitossanitários, comerciais e a perda da competitividade da uva paranaense levaram os produtores a migrarem para outras atividades. Atualmente, o Paraná tem uma área de cultivo de 3.666 hectares. No entanto, nos últimos dez anos teve início um novo ciclo de investimento na agroindústria da uva no estado. Novas tecnologias de vinificação resultaram na ampliação de diversas vinícolas que buscam a produção de suco e vinho de qualidade.

A Vinopar congrega onze vinícolas e produtoras de suco de uva no estado. A produção de uva de mesa neste ano deve chegar a 213 toneladas, contra um total de 25.647 toneladas de uva processada no estado. Já a produção paranaense de uva para a produção de vinhos finos é de 51 toneladas, 7,6% das 668 toneladas de uva processadas neste ano. Os dirigentes da Vinopar acreditam que o potencial de crescimento do volume de uva processada no estado, até 2024, é de 57% para a produção de sucos e vinhos coloniais, e de 342% para a produção de vinhos finos.
Por enquanto a maior parte da matéria prima utilizada pela indústria paranaense vem de outros estados, sobretudo do Rio Grande do Sul. O Revitis quer mudar este cenário. Para isso, vai incentivar a integração de todos os elos da cadeia produtiva da uva, visando o seu desenvolvimento. Também prevê a capacitação de técnicos e produtores sobre a cultura da videira, fortalecendo a agroindústria da uva (cantinas, vinícolas, usinas de suco e fábricas de doces). Outra ação do programa é a promoção do consumo da uva e seus derivados, seja nos mercados institucionais, seja impulsionando o turismo nas regiões produtoras de uva e de seus subprodutos. A rede estadual de pesquisa em viticultura deve ser estruturada para validar tecnologias voltadas ao desenvolvimento da viticultura. Serão implantadas Propriedades Referência em diferentes locais do Paraná que serão acompanhadas pelos técnicos das instituições parceiras do programa. Esta será a estratégia para referendar tecnologias adequadas para cada região.Todo o material propagativo (as mudas de videira usadas pelos produtores) será isento de vírus e terá garantia genética para garantir o bom estabelecimento do pomar. Também é intenção do programa fortalecer os polos de produção de uva e criar a Câmara Setorial em Viticultura.

Para estimular a comercialização da uva e seus derivados, o programa vai propor a alteração na legislação fiscal do Paraná, estabelecendo condições competitivas para a agroindústria estadual em relação a empresas de outros estados. O Revitis é dirigido a agricultores, empreendedores e agroindústrias de todo o Paraná. Os interessados em participar do programa devem se cadastrar nos escritórios do Instituto Emater ou no site da Seab (www.agricultura.pr.gov.br)
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Esta notícia foi autorizada para publicação.
Créditos: Luiz Rodolfo Scavazza Gertner da Assessoria Logística e Estratégica Instituto EMATER