Na manhã desta quinta-feira (03) o diretor geral do Emater, Leonardo Nogueira, juntamente com o diretor de convivência com o semiárido, Jerônimo Filho, visitaram o campo horta do povoado Aves Verdes, que faz parte do projeto Cinturão Verde, zona rural de Teresina.
O projeto já funciona há 8 anos e atende a 33 famílias de agricultores que produzem mais de 28 ítens, que tem como grande diferencial a produção feita de forma natural e sustentável, sem uso de agrotóxicos e inseticidas, o que leva o produto a ser considerado agroecológico. As famílias contam com assistência do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (Emater) tanto na busca por ferramentas e estrutura de trabalho, quanto na orientação sobre técnicas agrícolas.
A luta da comunidade agora é para adquirir o selo de produto orgânico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o que dará mais respaldo para os produtos no mercado, além de elevar a renda das famílias agricultoras.
Segundo o presidente da Associação Campo Horta Aves Verdes, Raimundo Nonato Neri, as técnicas utilizadas no local já credenciam o produto a ser orgânico, o que falta apenas é a certificação do Mapa para oficializar a nomenclatura.

“Estamos há 7 anos na agroecologia, e só podemos vender como orgânico com esse selo. Por isso ele é tão importante, pois permite aumentar as vendas e a nossa renda”, diz Raimundo.
No Piauí ainda não há projetos com selo de certificação orgânica do Mapa. O diretor geral do Emater, Leonardo Nogueira, garantiu a busca pela certificação junto ao Ministério da Agricultura, uma vez que o processo já foi dado entrada e carece de poucos procedimentos para ser efetivado.
“Eu me comprometi agora com o Raimundo, presidente da associação, em buscar, se for preciso, ir em Brasília, para tentar conseguir esse selo. Já foi dada entrada em um processo e a gente vai buscar as autoridades para tentar dar andamento”, afirma o diretor geral.
O cultivo é feito de forma natural, inclusive com a presença de mato, uma vez que algumas espécies servem como repelente natural para o plantio. O diretor de convivência com o semiárido do Emater, Antônio Jerônimo Filho, acompanha o desenvolvimento do projeto na comunidade há 8 anos e explica a importância da assistência técnica para os agricultores.
“O [projeto campo-horta] Aves Verdes, com seus 29 produtos diferentes da agricultura familiar, de base agroecológica, representa muito bem essas comunidades do Cinturão Verde. E o Emater vem atuando, em parceria com outras instituições, na assistência técnica, na infraestrutura, sempre participando das atividades deles aqui”, finaliza Jerônimo.
Ao todo são mais de 5 hectares de terras a serem utilizadas na produção dos alimentos, que já abastecem mercados públicos, mercadinhos, escolas públicas (por meio do compra direta) e o mais recente, o 2º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC). Além dos produtos naturais, a associação também realiza reaproveitamento de palhas de arroz, do próprio mato dos canteiros e esterco de animais como adubo.
Fonte: Emater – PI
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