Cultivo e usos de Panc é tema de curso on-line da Epagri no dia 30

No dia 30 de setembro a Epagri realiza mais um curso on-line e gratuito sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc). Na live, que ocorre entre 14h e 16h no canal de capacitações da Epagri no YouTube, os extensionistas da Epagri Cristina Ramos Callegari e Altamiro Morais Matos Filho conversam sobre cultivo e usos de Panc com o convidado Nuno Madeira, pesquisador da Embrapa Hortaliças.

Malvavisco pode ser usado no preparo de geleias

Nuno Madeira é Agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa, formado em 1994. Em 2002 tornou-se pesquisador da Embrapa Hortaliças, onde é responsável pelos trabalhos com Hortaliças Tradicionais, além de curador e guardião das coleções de germoplasma da Embrapa de Hortaliças Panc, Mandioquinha-Salsa, Inhame e Inhame-Cará.

Não é preciso se inscrever para participar do curso, basta acessar o link no dia e hora marcados. Durante o evento on-line será disponibilizado um formulário para ser preenchido por aqueles que tiverem interesse em receber certificado.

Sobre Panc

As Panc não fazem parte do cotidiano alimentar da população, mas ainda são usadas tradicionalmente em determinadas regiões ou culturas. Segundo a extensionista da Epagri, o termo “não convencionais” significa que não são produzidas e comercializadas em grande escala, fazendo com que seu cultivo e uso possam cair no esquecimento. “Seu consumo tem diminuído em áreas rurais e urbanas e entre todas as classes sociais, resultado da globalização, da urbanização e do crescente uso de alimentos industrializados”, alerta Cristina.   

A extensionista destaca que o uso dessas plantas na alimentação é amparado pelo saber popular e pesquisas científicas, porém é necessário poder identificar corretamente os vegetais, conhecer suas partes comestíveis e as formas de preparo indicadas. Para estudar e demonstrar os benefícios das Panc para agricultores e consumidores, a Epagri desenvolve em Florianópolis o Projeto de Identificação, Cultivo e Uso de Panc.

Projeto

Projeto da Epagri capacitou cerca de 500 pessoas em atividades presenciais

O projeto inclui atividades de capacitação do público, como dias de campo, palestras, oficinas e visitas a agricultores que utilizam Panc. Também são promovidas articulações para comercialização das plantas, principalmente em feiras, em cestas agroecológicas e no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além da participação em campanhas de educação alimentar e nutricional. A Epagri ainda vem promovendo encontros de trocas de sementes, mudas e receitas e capacitando seus extensionistas em diversos municípios. Outras ações da Empresa foram publicar boletim didático sobre o tema e, mais recentemente, realizar as capacitações on-line.

As oficinas iniciaram em 2017, nas hortas urbanas da capital, e seguiram em 2019, na unidade didática existente no Centro de Treinamento da Epagri em Florianópolis (Cetre). Os eventos contam com rodas de conversa, atividades na horta e na cozinha, degustação e momentos para trocas de sementes, mudas e receitas. A cada encontro são eleitas duas Pancs ou um grupo delas. “A escolha das plantas está relacionada ao que estamos observando como espontâneas, plantando ou colhendo em cada época do ano” descreve a extensionista.

Público

Cerca de 500 pessoas participaram das atividades presenciais do projeto. O público inclui agricultores familiares, maricultores, pescadores, líderes comunitários, professores (desde escolas básicas até universidades), profissionais das áreas da gastronomia, nutrição, turismo, agronomia, química, tecnologia de alimentos, farmácia, equipes de atenção básica à saúde, equipes que trabalham com alimentação escolar, agricultores urbanos e periurbanos e outras pessoas que buscam troca de experiências e agregação de conhecimentos para aplicar ao seu cotidiano e melhorar sua alimentação.

Com a pandemia, as atividades presenciais foram suspensas e a Epagri realizou em 22 de julho a primeira capacitação online em Panc. Participaram mais de 600 pessoas, de diversos estados e de todas as regiões do país.

“Saber identificar, cultivar e usar as Panc contribui com a valorização das culturas alimentares nas quais essas plantas estão presentes e evita que elas desapareçam do nosso cotidiano. Contribui também com a conservação e uso da biodiversidade, a promoção da segurança alimentar e nutricional, a soberania alimentar e a garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável”, finaliza Cristina.

Serviço

· O que: capacitação on-line sobre Panc
· Quando: 30 de setembro, quarta-feira, das 14h às 16h
· Onde: no canal de capacitações da Epagri (https://www.youtube.com/watch?v=FVY7cqoRVGQ)
· Informações: Marta Correia, extensionista da Epagri, pelo e-mail martacorreia@epagri.sc.gov.br ou fone (48) 99912-3633
· Entrevistas: Cristina Ramos Callegari, extensionista da Epagri, pelo fone (48) 99676-3696

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

CDRS participa do Seminário da Apaer em 2019 e tem extensionistas homenageados

Sétima edição do Seminário realizado pela Associação Paulista de Extensão Rural (Apaer) promoveu debate de estratégias de fortalecimento da extensão rural em São Paulo, com a participação de um grupo de extensionistas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento que atuam na Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), do qual quatro foram homenageados.

Debater estratégias para fortalecer a extensão rural, como agente de articulação com os produtores rurais, o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada, sob a ótica da agricultura regenerativa e da segurança alimentar como molas propulsoras para o desenvolvimento sustentável nas áreas rural e urbana; este foi o foco do 7.° Seminário Paulista de Extensão Rural, organizado pela Apaer.

Realizado nos dias 17 e 18 de outubro, no auditório da Adunicamp/Unicamp, em Campinas, a edição de 2019 reuniu mais de 100 pessoas, público formado principalmente por extensionistas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e da Secretaria da Justiça e Cidadania, dos respectivos órgãos CDRS e Fundação Itesp. “Nosso objetivo com este Seminário foi estimular a reflexão, o debate, a troca de experiências e a consolidação de estratégias para construir uma forte e firme integração e aliança para que, articulados e comprometidos, possamos contribuir com maior efetividade para o desenvolvimento rural com sustentabilidade”, disse Antônio Marchiori, presidente da Apaer.

E o desejo de aprofundar a integração e as ações conjuntas para o fortalecimento do segmento ficou comprovado na fala dos profissionais das diversas entidades presentes, que representam os servidores da extensão rural, da pesquisa, da defesa agropecuária, de apoio ao associativismo e de assistência aos assentamentos rurais; incluindo também representantes de produtores rurais, os quais se uniram para atuar em defesa de um serviço público de qualidade, principalmente em benefício dos pequenos e médios produtores.

“Eventos dessa natureza ajudam a uma aproximação de conceitos e experiências. Trazer as diversas experiências dos extensionistas, das entidades acadêmicas e da sociedade civil, favorece o entendimento do trabalho de mediação de conhecimento dos agricultores com o conhecimento técnico e científico para o desenvolvimento da agricultura familiar, a qual tem papel fundamental na produção de alimentos e na conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, contribuindo para um enfrentamento dos problemas oriundos das mudanças climáticas. Sendo assim, minha mensagem para os extensionistas é de que se reconheçam como sujeitos de um projeto de mediação de conhecimentos e saberes, pois os agricultores são os nossos principais educadores na construção de um desenvolvimento sustentável de base agroecológica e solidária”, ressaltou Alexandre Pires, coordenador do Centro Sabiá, ONG de Pernambuco.

Luiz Henrique Bambini, engenheiro agrônomo da Prefeitura de São Paulo e um dos responsáveis pelas compras da agricultura familiar e agroecológica, destacou a importância do evento pela promoção da intersetorialidade. “O Seminário foi um espaço para que extensionistas, pesquisadores, poder público, produtores e a sociedade civil dialogassem e buscassem entendimento comum sobre temas complexos. Na modalidade de compra institucional, vemos como essas trocas são importantes, principalmente para os agricultores familiares, que têm que participar de um certame complexo e muitas vezes diferente da sua realidade de comercialização; e atestamos a importância do trabalho da extensão rural como facilitadora desse processo”.

Para os participantes, foi difícil dizer qual o ponto alto do Seminário. “As palestras foram excelentes, os depoimentos e as análises dos agricultores no painel da sociedade civil foram assertivos e contundentes sobre a importância do papel da extensão rural no desenvolvimento da agropecuária e do negócio rural, com foco no fortalecimento e melhoria da renda e qualidade de vida das famílias rurais”, afirmou Beatriz Cantusio Pazinato, diretora da Divisão de Extensão Rural da CDRS.

Ao encerrar o Seminário, Antonio Marchiori salientou: “Como extensionistas, entendemos que o objetivo do trabalho deve ser difundir e incentivar a adoção das melhores práticas, pois sempre podemos evoluir. Com esse Seminário tivemos a convicção de que plantamos uma semente para atender à demanda da sociedade por alimentos mais saudáveis e sem resíduos. Estamos trabalhando por isso e sabemos que os frutos desse Seminário serão abundantes, principalmente porque atingimos um público muito maior que o presente ao auditório da Adunicamp, pois pela primeira vez tivemos a oportunidade de transmitir o Seminário ao vivo, via internet, e futuramente disponibilizaremos o conteúdo no site da Apaer”.

Programação

Com palestras e painéis que trataram de assuntos diversos, tendo como eixo o tema central “Agricultura regenerativa e segurança alimentar”, o debate foi dividido em áreas temáticas e com exemplos de ações que tem transformado vidas e o cenário rural de agricultores tradicionais que estão transição agroecológica, comunidades tradicionais e ribeirinhas em São Paulo e outros estados.

Para o presidente da Apaer, o tema sustentabilidade foi abordado de forma diferente. “O tema sustentabilidade às vezes acaba sendo repetitivo, mas desta vez trouxemos o conceito de agricultura regenerativa, o qual vai além do debate tradicional, pois traz um enfoque de evolução, que pode nos levar, inclusive a refletir sobre a nossa regeneração e a possibilidade de se reinventar. Saímos dos debates com energia para nos reinventar, aproveitando as inovações e as nossas tradições para alcançar outro patamar. O outro tema, relacionado à segurança alimentar também foi muito oportuno, pois o que vemos hoje, principalmente nos mercados europeus, é a não aceitação de resíduos nos alimentos. Por isso, neste Seminário trouxemos para o debate a reflexão sobre as estratégias para incentivar a agricultura orgânica e a transição agroecológica”.

No painel “As estratégias da sociedade civil”, representantes de entidades de produtores e da sociedade civil se expressaram sobre o impacto do trabalho de extensão rural para a geração de renda e emprego no campo e para a garantia de oferta de alimentos seguros em quantidade e qualidade. Marcelo Fukunaga, da Cooperativa Central, que congrega organizações de produtores do Vale do Ribeira, mostrou com gráficos, números e fotos e muita emoção, os resultados da atuação dos extensionistas, por meio do Projeto Microbacias II, inciativa do governo do Estado, por meio do qual foram investidos cerca de R$ 5 milhões nas organizações cooperadas. “Com esse trabalho e os recursos investidos nos tornamos gestores e mostramos que os pequenos agricultores organizados e unidos, com suporte técnico, conhecimento, tecnologia, gestão e infraestrutura de logística (a qual obtivemos com os recursos do Microbacias II), podem ter uma grande participação nos mercados interno e externo”.

Artur Dalton Lima, engenheiro florestal e coordenador de projetos da Cooperafloresta, também falou sobre a importância do trabalho extensionista para a formação da organização. “A nossa cooperativa foi criada por meio do trabalho do extensionista Oswaldo Luiz de Souza, da Casa da Agricultura, que, em 1996, incentivou três famílias a investirem na organização de um grupo para trabalhar no sistema de agroflorestal. Hoje, a Cooperafloresta conta com 80 famílias cooperadas, que produzem uma diversidade de produtos, com valor agregado e marca própria”.

Prêmio Extensionista Rural do Ano e Mérito da Extensão – extensionistas da CDRS foram homenageados

Presente à solenidade, a secretária-executiva da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Gabriela Chiste, enalteceu o papel da extensão rural no desenvolvimento do agro e do Estado de São Paulo. “A extensão rural é fundamental, pois é por meio dela que temos e continuaremos a ter uma agricultura pujante no Estado de São Paulo. Entendemos que a extensão rural é o coração da Secretaria e os extensionistas são a força motriz, pois estão ligados aos agricultores, atendendo às suas demandas. O desenvolvimento rural sustentável só acontece por meio da extensão, que leva cidadania ao campo. É para isso que a Secretaria tem trabalhado incansavelmente nesses últimos 10 meses, contando sempre com o trabalho dos extensionistas”, avaliou a secretária, destacando a importância do Seminário nesse contexto: “Nesse evento foram tratados temas relacionados à cidadania no campo, os quais fazem parte dos objetivos da Secretaria: agroecologia; fixação do homem no campo com geração de renda e qualidade de vida, o que garante que os empreendedores rurais continuem entregando para a sociedade produtos saudáveis e seguros”.

Os depoimentos emocionados dos extensionistas homenageados foram a síntese do espírito desta sétima edição. Homenageada com o diploma de mérito da extensão rural, por sua contribuição ao segmento no Brasil, Sônia Bergamasco, professora da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri)/Unicamp, fez um discurso emocionado. “Eu sou muito grata, pois estive na assembleia de formação da Apaer, que foi um marco para o setor. Estou muito feliz com esta homenagem, pois sou fruto da extensão, meu pai era extensionista e toda a minha vida está na prática, no ensino e na pesquisa da extensão rural. Mas esta homenagem me fez refletir sobre o momento atual, no qual é preciso intensificar a nossa atuação junto aos agricultores familiares, às comunidades tradicionais e aos assentados. Por isso, minha mensagem é para reforçar que ser extensionista, em qualquer época, principalmente neste momento em que se fala da extensão 4.0, do futuro, é necessário que o técnico tenha uma compreensão de que ela é um processo educativo de construção conjunta do conhecimento, o qual considera o conhecimento da prática dos agricultores. Então, é nessa discussão da prática empírica e conhecimento técnico que a extensão do futuro poderá ser inovadora e efetiva”.

Valorizando a união entre os extensionistas, o zootecnista Newton Rodrigues, da Casa da Agricultura de Santos, ligada à CDRS Regional São Paulo, homenageado na categoria Atuação junto às comunidades tradicionais, compartilhou o prêmio com todos. “Este prêmio é um reconhecimento de uma história da qual muitos participaram; sozinhos não fazemos nada; por isso a importância de se atuar em redes sociotécnicas, pois entendemos que nenhuma ideia se impõe sozinha; são as pessoas que viabilizam as ideias”, disse emocionado, incentivando uma atuação da extensão em busca de uma visão de atuação em prol da economia solidária.

Destacando o impacto social do trabalho, Sérgio Nishimoto, da Casa da Agricultura de Mesópolis, ligada à CDRS Regional Jales, homenageado na categoria “Atuação em comunidades da agricultura familiar”, declarou que trabalhar na extensão rural impacta positivamente a vida dos produtores e dos extensionistas, a partir de um olhar integral que vai além da atuação técnica. “Como fruto do meu trabalho, criei e formei meus filhos. E tenho a graça de ver muitas famílias rurais também fazendo isso com seus filhos, com a renda de seu trabalho no campo”.

Já Osmar Mosca Diz, extensinista da Divisão de Extensão Rural (Dextru) da CDRS, homenageado na categoria “Inovações Tecnológicas na Agroecologia”, por seu trabalho dedicado à difusão da meliponicultura, apicultura e cultivo de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), ressaltou a extensão rural como ato de amor, que deve ser direcionado principalmente às crianças, para que o conceito de sustentabilidade seja internalizado desde cedo nas novas gerações. “Umas das missões do extensionista é ‘amorizar’ o mundo!”

Em um relato emocionado, Antonio Segundo Quito, extensionista da Casa da Agricultura de Lupércio, ligada à CDRS Regional Marília, que recebeu seu prêmio – na categoria Atuação no âmbito do desenvolvimento municipal -, das mãos da extensionista Sônia Bergamasco, que foi sua professora na década de 1960, o engenheiro agrônomo, que iniciou o seu trabalho na Secretaria de Agricultura em 1972 e está na ativa desde então, tendo vivido e contribuído na transformação que o meio rural paulista vem passando nas últimas quatro décadas, afirmou: “Atuar na extensão rural é, antes de tudo, entender que é mais que um trabalho, é uma missão. O extensionista não é só o técnico: é psicólogo, professor, amigo etc. Em Lupércio, município onde atuo na Casa da Agricultura há décadas, ver uma geração de jovens que querem ficar no campo e de outros que estudam e me procuram dizendo que a escolha pela Agronomia se deu pelo meu exemplo, é motivo de muita felicidade e orgulho!”

Esses foram apenas alguns fragmentos da fala dos extensionistas homenageados nesta que foi a 3.ª edição do Prêmio Extensionista Rural do Ano, criado pela Apaer com a finalidade de proporcionar maior visibilidade, perante a sociedade e lideranças políticas, ao trabalho de homens e mulheres que se destacaram na atividade ao longo de suas carreiras, em cinco categorias: Atuação em comunidades da agricultura familiar; Assentamentos da reforma agrária; Comunidades tradicionais; Desenvolvimento municipal; e inovações tecnológicas na agroecologia.

Segundo os organizadores, a escolha dos homenageados se deu a partir de um processo amplo de indicação de candidatos, apoiados por grupos de extensionistas rurais. “Na sequência, o conselho diretor da Apaer elegeu os profissionais a serem homenageados, a partir da análise comparativa de seus currículos, referências de colegas, relatórios e destaques na mídia”, informa Abelardo Gonçalves Pinto, vice-presidente da Apaer.

Homenageados 2019

  • Engenheiro agrônomo Sérgio Nishimoto – Casa da Agricultura de Mesópolis/CDRS Regional Jales/ Secretaria de Agricultura e Abastecimento – categoria Atuação em comunidades da agricultura familiar.
  • Zootecnista Newton José Rodrigues da Silva – Casa da Agricultura de Santos/CDRS Regional São Paulo/Secretaria de Agricultura e Abastecimento – categoria Atuação junto a comunidades tradicionais.
  • Engenheiro agrônomo Osmar Mosca Diz – Divisão de Extensão Rural – Gabinete/CDRS/ Secretaria de Agricultura e Abastecimento – categoria Inovações tecnológicas na agroecologia.
  • Engenheiro agrônomo Antonio Segundo Quito – Casa da Agricultura de Lupércio/CDRS Regional Marília/ Secretaria de Agricultura e Abastecimento – categoria Atuação no âmbito do desenvolvimento municipal.
  • Engenheiro agrônomo José Carlos Bagnoli – Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo/Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania – categoria Atuação em assentamentos rurais.

Sessão de Pôsteres

Nos eventos da Apaer, um momento muito importante é a apresentação de trabalhos efetivamente vinculados à extensão rural, os quais permitem a divulgação do serviço no Estado de São Paulo, bem como os trabalhos do ensino e de pesquisa na área, propiciando oportunidade de trocas de experiências e intercâmbio entre os extensionistas. “A Sessão de Pôsteres é uma parte importante do Seminário, pois favorece a troca de experiências e incentiva a réplica de bons trabalhos, projetos e ações para todo o Estado, disseminando conhecimento e experiências de sucesso”, avalia a engenheira agrônoma Maria Cláudia S. G. Blanco, uma das responsáveis pela seleção e organização da Sessão.

De acordo com ela, os trabalhos podem ser submetidos em três categorias: trabalho de extensão rural; pesquisa em extensão rural e experiência no ensino de extensão rural. “Neste ano foram apresentados 36 trabalhos com temas diversificados, ilustrando a amplitude de atuação dos extensionistas rurais, entre os quais podemos citar: transição agroecológica, desenvolvimento local e novas oportunidades de negócios: um estudo de caso da Coopermogi-ecoverde, apresentado por extensionistas da CDRS Regional Mogi das Cruzes; Fornecimento de alimentos para prefeituras municipais por associações de produtores rurais, apresentado por técnicos do Itesp; e um trabalho apresentado por uma start up vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), intitulado Sensor para controle de agrotóxicos: qualificando a agricultura familiar da serra fluminense para agricultura de precisão.

Maria Cláudia destacou, ainda, alguns temas relacionados ao ensino como o Projeto de extensão educacional rural nos assentamentos de produtores de leite do município de Colômbia; Atividade agroecológica em escola rural de ensino fundamental em São Pedro, realizado pela Esalq/USP. Na área de pesquisa em extensão rural, destacou o trabalho apresentando por uma doutoranda da Feagri-Unicamp, intitulado “O envelhecimento em assentamentos rurais do Pontal do Paranapanema e a assistência técnica e extensão rural (Ater), novos desafios?”.

Sobre a Apaer

Criada em setembro de 2012, em Campinas, durante o I Seminário Paulista de Extensão Rural, a Apaer congrega extensionistas dos setores público e privado, agricultores, professores e pesquisadores.

Para a diretoria da Apaer, pelo fato de a Associação entender a extensão rural como instrumento não apenas de transferência de tecnologia e conhecimento para o produtor, mas como um trabalho amplo que abrange todos aqueles que atuam de forma a promover a construção do saber com o homem e a mulher do campo, sendo facilitadores no processo de elaboração e acesso às políticas públicas, a sua base de associados é aberta a todos aqueles que entendem a assistência técnica e extensão rural como instrumento catalisador e agregador de ações, projetos e programas desenvolvidos em uma rede de atores.

Desde a fundação, foram realizados sete seminários e um congresso. Nos últimos anos, tem se consolidado como um espaço de debates, intercâmbio de conhecimentos, elaboração de propostas, mobilização e articulação com instituições e órgãos governamentais, visando ao fortalecimento e à valorização da extensão rural.

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Cleusa Pinheiro – Centro de Comunicação Rural (Cecor/CDRS)

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Como citar esse texto:

O EXTENSIONISTA. CDRS participa do Seminário da Apaer em 2019 e tem extensionistas homenageados. v.1, n.15, p. 1-8, nov. 2019. Disponível em: https://oextensionista.com/2019/11/06/cdrs-participa-do-seminario-da-apaer-em-2019-e-tem-extensionistas-homenageados/. Acesso em: DIA Mês. ANO.