Emater inicia colheita de 100 hectares de milho para disponibilizar sementes a agricultores familiares

A Estação Experimental Santa Vitória, unidade de pesquisa da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) em Araçu, deu início nesta terça-feira (03) à colheita de sementes de milho que serão disponibilizadas a preços acessíveis aos agricultores familiares do Estado. São cerca de 100 hectares plantados de AL Bandeirante e Emgopa 501, cultivares com propriedades de alto padrão genético.

A iniciativa integra o Programa de Produção de Mudas e Sementes da Emater, que visa ofertar produtos por valores competitivos aos pequenos produtores rurais goianos. Nesta safra, serão distribuídos seis mil sacos de sementes, com 20 quilos cada, para as 12 Unidades Regionais da instituição, que por sua vez são responsáveis pela comercialização dos materiais.

“São cultivares com custo-benefício muito bom para os produtores”, explica o engenheiro agrônomo da Emater, Vitor Guerra. De acordo com ele, os materiais são ideais para agricultores de médio e pequeno porte, já que demandam baixo investimento e apresentam elevado potencial produtivo. As duas variedades são recomendadas para todas as regiões de Goiás, em solos de baixa, média e alta fertilidade.

Todo o processo de produção das sementes – do plano anual de trabalho, passando pela aquisição de insumos, preparo de área, capacitação de equipes, plantio, tratos culturais, colheita, transporte e beneficiamento, até a destinação dos produtos finais – é realizado pela Emater. A Estação Experimental de Anápolis também é uma das áreas responsáveis pela execução do projeto e conta com mais 100 hectares de plantio das mesmas cultivares, cuja colheita será iniciada em breve.

Características

Recomendado para produção de grãos e silagem de planta inteira, o milho AL Bandeirante é uma variedade sintética oriunda de cruzamentos ao acaso de cultivares de ciclo normal. Seu plantio é indicado para qualquer região do Brasil, sem restrições, com a primeira safra acontecendo entre setembro e dezembro e a segunda entre janeiro e fevereiro.

Milho AL Bandeirante, variedade com alto potencial produtivo indicada para todas regiões do Brasil | Imagem: Nivaldo Ferr

Já o milho variedade Emgopa 501 é recomendado apenas para o Estado de Goiás, com safra de setembro a dezembro, conforme o zoneamento agrícola. Foi desenvolvido pela Emater e apresenta dupla aptidão, direcionado também para produção de silagem, já que produz uma quantidade de massa verde maior do que a produzida pelas outras variedades.

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Créditos:

Fonte: EMATER-GO

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Mapa prepara novo cadastro nacional para registro de agricultores familiares

O sistema substituirá, de forma gradativa, a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). A nova plataforma será integrada às bases de dados do governo federal.

O cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) substituirá, de forma gradativa, a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que identifica os agricultores familiares, qualifica as Unidades Familiares de Produção Agrária (UFPA) e suas formas associativas organizadas em pessoas jurídicas, possibilitando o acesso às políticas públicas do governo federal.

O lançamento do novo cadastro e o início da transição estão previstos para dezembro de 2021. Até que se conclua todo o processo, a DAP permanece como o instrumento de identificação dos agricultores familiares e suas organizações para fins de acesso às políticas públicas.

O período de transição ocorrerá em um prazo de dois anos e será realizado de maneira gradual. Novas inscrições serão emitidas por meio do CAF à medida que as DAPs vigentes perderem a validade, não sendo necessário que o beneficiário se antecipe ao fim da vigência de sua DAP.

O secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), César Halum, destaca a importância do CAF. “O Cadastro Nacional da Agricultura Familiar é uma das ações mais importantes desta Secretaria. Por meio dele, poderemos propiciar mais transparência e assegurar aos agricultores familiares que as políticas públicas necessárias cheguem, de forma prioritária, aos que mais precisam”.

O Mapa desenvolveu um novo sistema eletrônico para registro no CAF, com mecanismos capazes de reconhecer adequadamente a categoria de produtores rurais definida pela Lei da Agricultura Familiar e pelo Decreto 9.064/2017. Uma inovação é que a nova plataforma será integrada às bases de dados do governo federal, o que possibilitará a imediata validação das informações declaradas pelo agricultor.

As principais diferenças entre o CAF e a DAP referem-se aos requisitos exigidos para a identificação dos beneficiários, que se baseará somente na Lei 11.326/2006 e no Decreto 9.064/2017, e não mais em critérios estabelecidos pelo Manual de Crédito Rural (MCR), como, por exemplo, a limitação da renda bruta da UFPA.

Além disso, o CAF fará a identificação de todas as pessoas da unidade familiar – superando o limite atual de apenas 2 titulares – e permitirá o ingresso das prefeituras municipais na sua rede emissora, o que ampliará os pontos de atendimento ao público interessado em realizar a inscrição.

Nos próximos meses, ocorrerão ações para capacitar e qualificar a rede de emissores da DAP para emitir o registro de inscrição no CAF. Serão capacitados tanto os agentes emissores, para operacionalizar e analisar os registros, como também os servidores das Superintendências Federais de Agricultura (SFAs), para orientar potenciais beneficiários e realizar o acompanhamento e fiscalização das atividades. As capacitações serão anunciadas oportunamente no portal do Mapa.

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Créditos:

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

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Curso de formação profissional para extensionistas rurais

A Associação Argentina de Extensão Rural está ofertando um curso de formação profissional para extensionistas rurais sobre trabalho em grupo. O curso será realizado a distância de forma virtual integrando aulas e trabalhos nos fóruns de discussão.

Curso a distância: TRABALHANDO COM GRUPOS E ORGANIZAÇÕES NO ÂMBITO DA EXTENSÃO RURAL

Pré-inscrição: até 10 de setembro de 2020. Os participantes serão contatados por e-mail até 11 de setembro para confirmar a abertura do curso (até o número mínimo e máximo de participantes). A prioridade do curso é por ordem de inscrição.

Formulário de pré-inscrição: https://forms.gle/zyNDANTwKmT4BeqQ6

Duração e datas:

  • Início: 17 de setembro.
  • Duração: 12 semanas
  • Aulas virtuais quinzenais: quintas-feiras das 17 às 20 horas (Argentina) via Zoom

Quantidade de participantes:

  • Mínimo 15 participantes, máximo 25 (possibilidade de abertura de um segundo grupo de acordo com o número de participantes)

Taxa de registro:

  • Registro geral (nacional e estrangeiro – valores em pesos argentinos)

Em uma parcela: $ 8500
Em três (3) parcelas: US $ 9200

  • Membros AADER (com taxa diária)

Em uma parcela: $ 6000
Em três (3) parcelas: $ 6500

Para conhecer a programação completa, clique aqui.

Conheça os objetivos da PNATER

A Lei n.º 12.188, de 11 de janeiro de 2010, insituiu Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária – PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária – PRONATER.


Após um intenso debate em todos os conselhos, fóruns de desenvolvimento, associações, cooperativas e universidades, construída de forma democrática, a PNATER foi construída em um documento público que rodou o país e os meios digitais com mais de 50 laudas.

O Art. 4º desta Lei apresenta os doze objetivos da PNATER. São eles:

1 – promover o desenvolvimento rural sustentável;

2 – apoiar iniciativas econômicas que promovam as potencialidades e vocações regionais e locais;

3 – aumentar a produção, a qualidade e a produtividade das atividades e serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive agroextrativistas, florestais e artesanais;

4 – promover a melhoria da qualidade de vida de seus beneficiários;

5 – assessorar as diversas fases das atividades econômicas, a gestão de negócios, sua organização, a produção, inserção no mercado e abastecimento, observando as peculiaridades das diferentes cadeias produtivas;

6 – desenvolver ações voltadas ao uso, manejo, proteção, conservação e recuperação dos recursos naturais, dos agroecossistemas e da biodiversidade;

7 – construir sistemas de produção sustentáveis a partir do conhecimento científico, empírico e tradicional;

8 – aumentar a renda do público beneficiário e agregar valor a sua produção;

9 – apoiar o associativismo e o cooperativismo, bem como a formação de agentes de assistência técnica e extensão rural;

10 – promover o desenvolvimento e a apropriação de inovações tecnológicas e organizativas adequadas ao público beneficiário e a integração deste ao mercado produtivo nacional;

11 – promover a integração da Ater com a pesquisa, aproximando a produção agrícola e o meio rural do conhecimento científico; e

12- contribuir para a expansão do aprendizado e da qualificação profissional e diversificada, apropriada e contextualizada à realidade do meio rural brasileiro.

Para assistir o vídeo dos objetivos da PNATER, clique aqui

Esse texto possui direitos autorais.
Copyright © O Extensionista

Referências

BRASIL. Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010. Institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária – PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária – PRONATER, altera a Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências. Congresso Nacional, DF, 11 jan. 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12188.htm.

CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVA PROJETO QUE PREVÊ MELHORIA DA CONECTIVIDADE RURAL

O projeto prevê que recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) sejam destinados para o desenvolvimento de novas tecnologias de conectividade nas regiões rurais com baixo IDH.

O acesso à tecnologia e inovação é uma das principais variáveis que influenciam a competitividade e a sustentabilidade do produtor rural, que tem o desafio de produzir maior quantidade, com mais qualidade, menos custo e de forma cada vez mais sustentável.  

O projeto 4061/2019 de Conectividade Rural aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados pode beneficiar milhares de agricultores e trazer novas possibilidades ao campo. Apensado ao PL 1481/07, do Senado, o projeto muda a lei de criação do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para permitir a aplicação de seus recursos inclusive na área de telefonia móvel. Atualmente, a lei permite a aplicação dos recursos apenas para a expansão da telefonia fixa. A proposta segue agora para análise do Senado.

De acordo com o deputado Zé Silva (SD-MG), relator do projeto, a medida vai permitir que os recursos do Fust sejam utilizados para financiar políticas governamentais de telecomunicações e para o desenvolvimento de novas tecnologias de conectividade, ampliando o acesso à internet entre as famílias de baixa renda na cidade e no campo. “Agora vamos trabalhar o texto no Senado para que em 2020 a modernidade da internet das coisas (IoT) e a cobertura 5G cheguem ao campo. Seguramente, quem ganha é o Brasil.”

De acordo com o deputado, desde a criação do Fust, prevista na Lei Geral de Telecomunicações, editada em 1997, até sua efetiva implantação, houve uma lacuna de três anos, e a estratégia estabelecida na época foi democratizar o serviço de telecomunicações por meio da instalação de orelhões em todo o país.“Depois disso, os recursos não foram utilizados e o volume que o fundo tem hoje, cerca de R$ 22 bilhões, será empregado para reduzir o volume do déficit público do Tesouro Nacional”, completa.

O Fust arrecada R$ 1 bilhão anualmente e já tem acumulados R$ 21,8 bilhões, mas praticamente não foi utilizado. Conforme o texto aprovado pela Câmara, os recursos do fundo serão destinados para expansão e melhoria das redes e serviços de telecomunicações, reduzir as desigualdades regionais e para o desenvolvimento de novas tecnologias de conectividade nas regiões rurais com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), sendo as políticas para inovação tecnológica para o meio rural coordenadas pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), conforme previsto na lei nº 12.897/2013. Para o presidente da Anater, Ademar Silva Jr, o recurso será um reforço importante para a promoção da agricultura digital, a chamada Agricultura 4.0. “O acesso às tecnologias traz novas possibilidades ao campo permitindo que o produtor rural possa tomar melhores decisões para produzir mais e com mais qualidade. Mas para isso é preciso que ele tenha conectividade, para que possa ter a acesso a informações em tempo real, como previsão do tempo por exemplo, que possa monitorar a lavoura a distância, e ter mais agilidade e efetividade na operação do dia a dia na fazenda”.

Em coletiva à imprensa, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira, disse que um dos maiores desafios do agro em 2020 é de melhorar a imagem do campo mundo a fora e garantir acesso à renda, tecnologia e assistência técnica para os produtores rurais no país. E para isso o campo precisa da conectividade. “A agricultura de precisão é uma plataforma tecnológica fundamental para garantir a competitividade e sustentabilidade do agronegócio brasileiro. E só podemos viabilizá-la com acesso à Internet, e de qualidade. Sem falar que a conectividade no campo representa inclusão social e é a oportunidade de homogeneizar o agro brasileiro”, avalia.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater)



Uso de tensiômetro garante eficiência da irrigação no campo

Técnicos do Instituto Emater e pesquisadores do Iapar se reuniram em novembro feira de 2019, em Maringá, no Parque de Exposição Francisco Feio Ribeiro, para divulgação do uso de tensiômetros nas propriedades que tinham o interesse de adotar a irrigação. Eles explicaram aos produtores e técnicos os detalhes do uso do equipamento, que monitora a tensão de água no solo e indica o momento adequado para se fazer a irrigação.

Segundo os extensionistas, com essa tecnologia é possível manter uma boa condição de umidade do solo, de maneira que as plantas não sofram com excesso ou escassez de água. Edson Luiz Diogo de Almeida, do Instituto Emater de Maringá, recomenda que antes de adquirir e instalar o tensiômetro, o produtor faça uma análise física do solo.

Ele lembra que é preciso fazer o monitoramento diário da tensão de retenção da água na área a ser irrigada. A partir das tabelas definidas pela pesquisa será possível identificar o momento certo de se fazer a irrigação.

EXTENSÃO+PESQUISA – A ideia de usar tensiômetros para avaliar o momento certo de irrigar as áreas de lavoura surgiu como resultado do trabalho conjunto da extensão rural e pesquisa. “Na rotina de acompanhamento e assistência técnica a produtores rurais da região do Arenito Caiuá, técnicos constataram que diversas propriedades com áreas irrigadas de pastagem não obtinham os resultados esperados”, explicou Edson Almeida.

Segundo ele, muitas vezes a causa era a falta de um bom manejo da fertilidade do solo e das pastagens, mas também sistemas de irrigação mal manejados, sem ferramentas e instrumentos para determinar o momento e a lâmina adequada de aplicação de água que a cultura exige.

Em 2015 uma equipe de técnicos e pesquisadores iniciou um diagnóstico dessas áreas irrigadas. Foi feito o levantamento da realidade em 50 propriedades da região do Arenito. Como resultado desse trabalho, detectou-se a necessidade de um estudo mais amplo dessas áreas para que esses dados se transformassem em uma ferramenta de manejo a ser utilizada pelos produtores.

Para um bom diagnóstico desses solos arenosos, ficou evidente a necessidade de conhecer as características físico-hídricas dessa região. Sendo assim, os pesquisadores do Iapar, apoiados por extensionistas do Instituto Emater, selecionaram dez propriedades com características distintas para um trabalho de amostragem de solo e determinação das características físicas e obtenção da Capacidade de Água Disponível (CAD) desses solos.

O pesquisador Jonez Fidalsk, da área de solos do Iapar, construiu a curva de retenção de cada área, identificando a capacidade de água disponível.

A partir desses dados o pesquisador concluiu que cada centímetro no perfil do solo retém um milímetro de água, independente do teor de areia dos solos estudados do Arenito. O que varia é a tensão de retenção desta água no solo, de acordo com o teor de areia.

Com esses dados e o auxílio do pesquisador da área de irrigação, Celso Helbel Júnior, foi feita uma tabela que relaciona o teor de areia e a tensão em que a água fica retida no solo.

TENSIÔMETRO – Com essa informação, e considerando um coeficiente de segurança correspondente a 50% da capacidade de água disponível, os pesquisadores determinaram as tensões da água para situações em que o solo pode ser considerado úmido e também para momentos em que está seco.

Com esses dados os técnicos conseguem recomendar uma lâmina de reposição de água, via irrigação, quando essa tensão se aproxima a menos da metade da capacidade de água disponível. Feita essa reposição, o solo voltaria à condição em que as plantas aproveitam a umidade do solo.

Estabelecidos esses parâmetros ainda faltava uma ferramenta que avaliasse a tensão da água no solo. Em 2018, com recursos do Programa de Manejo de Solos e Águas, foram adquiridos seis tensiômetros que foram instalados em uma área de pastagem, na propriedade de Antonio Moreira, em Terra Rica.

Durante seis meses foi feita a avaliação, com leituras diárias efetuadas pelo produtor. Foi possível constatar que os tensiômetros se mostraram eficientes para registrar as tensões, mesmo nos solos mais arenosos.

A tensão de retenção da água nos solos, com 55% a 91% de areia, sempre se manteve abaixo da tensão limite de trabalho do tensiômetro, portanto, o equipamento mostrou-se viável como ferramenta para ser utilizada no manejo da irrigação.

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: EMATER-PR.

 

Presidente da ANATER participa de reunião do CONSEAGRI

Durantes a reunião, os membros do Conselho tiraram dúvidas e fizeram várias sugestões ao presidente Ademar Jr, dentre elas, a de que é preciso mudar a legislação para que a Anater possa receber recursos de outros órgãos

Durante a reunião ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri) realizada na manhã desta quarta-feira (17), em Brasília/DF, o presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Ademar Silva Jr destacou a importância da parceria com os Estados para o fortalecimento do serviço de Extensão Rural no Brasil.  “Queremos fortalecer e priorizar o trabalho em parceria com as empresas públicas prestadoras de Ater, e o apoio do Conseagri é fundamental, não somente para garantir a efetividade da política nacional, mas também no atendimento às demandas estaduais e suas especificidades regionais”, explica.

Segundo o presidente, a Anater está reavaliando os projetos em execução, que estão sendo ajustados ao novo contexto econômico do País e à nova perspectiva de Estado. “Estamos fazendo o realinhamento de todos os projetos e queremos contar com as experiências que já funcionam nos Estados, especialmente as relacionadas à utilização da tecnologia, para que possamos replicar e garantir que o serviço de Ater possa alcançar com qualidade todas as regiões do País. Projetos como o D. Helder Câmara, cujos beneficiários são os agricultores familiares do Semiárido brasileiro, está ganhando uma nova roupagem, para que as ações cheguem com efetividade ao público beneficiário, que tanto precisa desse serviço”, completa.

Os conselheiros presentes tiraram dúvidas e fizeram várias sugestões ao presidente, dentre elas, a de que é preciso mudar a legislação de forma que a Anater possa receber recursos de outros órgãos públicos, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e também acessar fundos internacionais e recursos privados.

 Foto: Ademar Jr e Efraim Morais na reunião do CONSEAGRI

Ademar Jr explicou que está trabalhando junto com o MAPA nesse sentido. “A mudança no decreto que institui a Anater está sendo estudada justamente para deixar a agência mais flexível. A proposta é tornar a Anater uma agência mais robusta, com um escopo maior e com maior amplitude em sua atuação. Nossa expectativa é que nos próximos 60 dias já tenhamos um encaminhamento nesse sentido”.

Ao final da reunião o presidente do Conseagri e secretário de Agricultura do Estado da Paraíba, Efraim morais, agradeceu ao presidente da Anater pela disponibilidade e ressaltou a importância de manter o diálogo e a parceria. “A palestra do presidente da Ademar Silva Jr foi muito esclarecedora e, assim como ele, não queremos discutir problemas, mas construir soluções que possam promover o progresso e o desenvolvimento no campo, e garantir o desenvolvimento do nosso Brasil de forma sustentável. E quando a Ministra Tereza Cristina coloca toda sua equipe para essas discussões, isso nos fortalece”, finaliza.

 

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Cada real investido na Epagri resultou em R$6,20 para a sociedade

Cada real que o Governo do Estado investiu na Epagri em 2018 beneficiou os brasileiros com R$6,20. Esse é um dos resultados do Balanço Social da Empresa, que a presidente Edilene Steinwandter e o secretário de Estado de Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural Ricardo de Gouvêa entregaram ao Governador do Estado, Carlos Moisés da Silva, na tarde desta quarta-feira (26) na Casa d’Agronômica. O documento reúne os resultados de cálculos que analisaram 111 tecnologias e cultivares desenvolvidos, lançados e difundidos pela Epagri.

De acordo o estudo, a contribuição da Empresa no retorno gerado pelas tecnologias e ações adotadas pelos agricultores é de R$2,23 bilhões. Já o retorno global das tecnologias geradas pela Epagri, considerando a contribuição de todos os agentes para o uso dessas soluções, foi estimado em R$5,11 bilhões.

“Alimentos saudáveis, riqueza na mesa, emprego e renda. Tudo isso está demonstrado no Balanço Social da Epagri. Para o governo de Santa Catarina é muito importante mostrar como o recurso público está revertendo em benefício do cidadão”, afirma o governador. O secretário Ricardo reforça a importância desse retorno à sociedade, que é divulgado no Balanço social. “Toda empresa faz isso para seus acionistas e o serviço público tem que fazer também. Nossa grande acionista é a população e ela tem que receber esses números de uma forma muito transparente e de fácil compreensão”, diz ele.

“A Epagri trabalha pela sociedade. Transforma os recursos investidos na Empresa em benefícios econômicos, sociais e ambientais que chegam, de diversas formas, às famílias rurais e urbanas. O Balanço Social apresenta, de forma transparente, um resumo desse trabalho”, diz Edilene Steinwandter. A presidente complementa que o desafio da Empresa é continuar gerando muita tecnologia e muitos sistemas de inovação e de produção de uma forma que venha melhorar a rentabilidade do agricultor familiar catarinense, sua condição de vida, sua relação com o ambiente. “Que todas as tecnologias trabalhadas, difundidas e geradas pela Epagri tenham como pano de fundo uma produção limpa, sustentável e um alimento seguro”, ressalta.

Foto: Edilene Steinwandter (Presidente da Epagri), Carlos Moisés da Silva (Governador) e Ricardo Gouvêa (Secretário da Agricultura e da Pesca). Crédito: Aires Mariga / Epagri.

O Balanço Social da Epagri também contabilizou 119 mil famílias assistidas e 2,5 mil entidades atendidas ao longo do ano. Em 2018, foram executados 315 projetos de pesquisa e 15 tecnologias foram lançadas.

O documento ainda apresenta casos de sucesso de agricultores, pecuaristas e pescadores que atuam em diferentes cadeias produtivas do Estado. “O Balanço Social conta algumas histórias que revelam o poder de transformação do trabalho da Epagri. Elas são um convite para a sociedade conhecer o esforço que está por trás do alimento de cada refeição”, destaca a presidente.

A publicação completa está disponível aqui.

Epagri em números – Balanço Social 2018

R$6,20 – retorno que a sociedade recebeu para cada real investido na Epagri

R$2,23 bilhões – contribuição da Epagri no retorno que as tecnologias e ações da Empresa geraram para a sociedade

R$5,11 bilhões – retorno global considerando a contribuição de todos os agentes que usaram as tecnologias da Epagri

111 soluções tecnológicas produzidas e difundidas pela Empresa

COLHEITA DO ANO

  • 315 projetos de pesquisa executados
  • 15 tecnologias lançadas
  • 119 mil famílias atendidas
  • 54,2 mil famílias capacitadas
  • 2,5 mil entidades atendidas
  • 18,3 mil Jovens assistidos

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

  • 50,9 mil análises de solo
  • 142,5 mil atendimentos em escritório
  • 3,9 milhões de acessos à página de previsão do tempo
  • 73,5% das Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAPs) emitidas no Estado

ACESSO AO CRÉDITO

  • 7,2 mil propostas elaboradas
  • 6,3 mil beneficiários
  • 289 municípios contemplados
  • R$280 milhões em recursos aplicados

INFORMAÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA

  • 863 publicações técnico-científicas
  • 8,6 milhões de visualizações no canal da Epagri no Youtube
  • 240 vídeos técnicos
  • 200 programas de rádio veiculados em mais de 120 emissoras

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Esta notícia foi autorizada para publicação. Créditos à Gisele Dias, da Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

80% dos estabelecimentos rurais no Brasil não recebem Assistência Técnica

Conforme os dados preliminares, recentemente divulgados pelo Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, no Brasil, 1.007.036 estabelecimentos rurais recebem Assistência técnica, enquanto 4.064.296 não recebem Assistência técnica.

Portanto, 80,14% dos estabelecimentos agropecuários no país não recebem Assistência Técnica. Urge a necessidade de um planejamento alinhado as nossas diretrizes da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (PNATER), bem como, uma forte articulação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (ANATER) para institucionalizar ações, programas, projetos, editais e chamadas públicas para atuação junto com os nossos agricultores no Brasil.

Não é possível avançar nos indicadores de desenvolvimento rural sem uma devida atenção aos verdadeiros protagonistas que são nossos agricultores que labutam, dia após dia, para produção de alimentos para a nossa sociedade. O apoio da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) é fundamental para avançar na qualidade de vida das populações rurais e na produção agropecuária no Brasil.

🌱 REFERÊNCIA 🌱

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário: resultados preliminares. Rio de Janeiro. 2017. Disponível em: https://censos.ibge.gov.br/agro/2017.

Como citar esse texto:

O EXTENSIONISTA. 80% dos estabelecimentos rurais no Brasil não recebem Assistência Técnica. v.1, n.13, p. 1-2, jun. 2019. Disponível em: https://oextensionista.com/2019/06/08/80-dos-estabelecimentos-rurais-no-brasil-nao-recebem-assistencia-tecnica/. Acesso em: DIA Mês. ANO.

Chamada pública para submissão de capítulo de livro sobre Assistência Técnica e Extensão Rural

O Contexto

Em 2017, um grupo de extensionistas rurais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (EMATER-PB) iniciou um debate para construção de uma publicação de viés científico para sistematizar as ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Com isso, iniciou-se um processo de construção de um livro anual sobre a temática em que haveria participação com capítulos enviados pelos profissionais vinculados as duas entidades sindicais ligadas aos servidores da EMATER-PB: Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (SINTER-PB) e o Sindicatos dos Agrônomos, Veterinários e Zootecnistas dos Entes Públicos da Paraíba (SINAVEZ).

O primeiro livro foi lançando em 6 de dezembro de 2018, Dia do Extensionista Rural, em Campina Grande-PB, com o título “Extensão Rural: experiências, pesquisa e sindicalismo”, organizado por Ailton Francisco dos Santos e Gustavo José Barbosa, com capítulos produzidos por profissionais da EMATER-PB, EMEPA, IFPB, UFOPA, SINTER-PB e SINAVEZ. As temáticas relacionadas à pesquisa agropecuária e ao sindicalismo estão inseridas no livro devido à relação próxima com as entidades que editaram o trabalho.

Em 2019, os sindicatos planejam lançar um novo volume. No dia 20 de março foi publicada uma chamada de artigos para o segundo volume do livro que receberá contribuições até 30 de junho de 2019. Todavia, o lançamento anual do livro não cessa o trabalho do grupo que o organiza, mas é uma semente na construção de um grupo de pesquisa de abrangência nacional reunindo profissionais, professores e pesquisadores que venham a sistematizar as ações de ATER.

Sobre a Obra

A referida publicação terá como objetivo reunir textos inéditos resultados de atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) com 10 (dez artigos), movimento sindical 02 (dois artigos) e pesquisa científica em agropecuária com 05 (cinco artigos). Serão recebidos textos de servidores da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regulamentação Fundiária (EMPAER), da direção do SINTER-PB, do SINAVEZ e de entidades sindicais colaboradoras do livro, e de membros de entidades de pesquisa agropecuária. Os textos deverão ser enviados em formato Word para o e-mail: livroater@gmail.com.

Baixe aqui:

EDITAL DE CHAMADA DE ARTIGOS PARA LIVRO E NORMAS DE PUBLICAÇÃO

TERMO DE RESPONSABILIDADE E TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS