Cinco dicas para afundar seu trabalho como Extensionista Rural

Cinco dicas para ‘afundar’ seu trabalho como Extensionista Rural

Especialista em Extensão Rural lista, ironicamente, ações e situações que prejudicam o trabalho dos Extensionistas Rurais com os agricultores. Confira abaixo alguns dos maiores erros cometidos!

Por Ezequiel Redin*

O trabalho na Assistência Técnica e Extensão Rural, muito especialmente no Brasil, tem o desafio constante de combinar a técnica com a capacidade de criar laços de confiança com as famílias rurais para desenvolver um trabalho duradouro no médio e no longo prazo. Os agricultores familiares, responsáveis por boa parte da produção de alimentos no Brasil, possuem muitas dificuldades de gestão, entram diariamente em confronto diante das experiências acumuladas sobre a produção que são repassadas de geração em geração com as técnicas modernas de produção. Além disso, os produtores precisam ficar atentos ao que acontece fora da porteira, ou seja, as oscilações de custos de produção e a volatilidade dos preços dos produtos agropecuários.

Nesse sentido, inspirado na psicologia reversa, veja a seguir cinco passos infalíveis para colapsar o seu trabalho de Extensionista Rural e ajudar a afastar ainda mais o agricultor do profissional técnico, auxiliando-o a permanecer com as suas convicções de produção e fazê-lo esquecer de uma vez por todas que, para um trabalho de assistência técnica bem-feito, os resultados poderiam ser diferentes. Então, preparados? Vamos iniciar o nosso roteiro de insucesso garantido e, o pior, de garantia de um fracasso total do trabalho de um extensionista rural.

Cinco dicas para afundar seu trabalho como Extensionista Rural
Cinco dicas para afundar seu trabalho como Extensionista Rural

1. Diagnóstico da região e da propriedade

Não se importe em realizar um diagnóstico da região e da propriedade rural em questão. O sistema agrário, ou seja, conhecer a história da região, o zoneamento agroecológico, a tipologia dos agricultores e dos sistemas de produção, pouco é relevante, afinal, uma unidade de produção pode sobreviver sozinha e independente disso. Entender o sistema de produção da propriedade rural, como os itinerários técnicos, análises agronômicas, análises econômicas e criar modelos, é algo que, somente, se perde tempo, além de burocratizar o trabalho do extensionista. Sendo assim, sinta-se livre para definir, sem o aval da família rural, o que é bom e ruim para a vida produtiva e econômica da propriedade assistida por você. Afinal, como o mundo da agricultura tornou-se global, essas particularidades locais são sem importância para o sucesso de uma unidade de produção agrícola.

2. Difusão de tecnologias

Seja um verdadeiro difusionista. Mostre o melhor produto do mercado para atender a propriedade. Nunca queira saber se a família tem ou não condições para isso, afinal, ela comprando o melhor produto/serviço é certeza de sucesso total na unidade de produção. Não tem como dar errado! Fuja de métodos participativos, eles demoram muito e não dão resultados. Toda propriedade é uma verdadeira empresa e precisa de resultado imediato. É, somente, você comprar o pacote tecnológico, aplicar e colher os frutos. Pensar no longo prazo? Esqueça! Isso são invencionices de algum chato de plantão que acha que agricultor não precisa de dinheiro logo. O negócio é comprar o que o mercado tem a lhe oferecer sem pensar no preço. Adquira logo seu pacote tecnológico que o sucesso é certo. Afinal, o problema do agricultor é apenas sua teimosia em não comprar o que tem de melhor, senão tudo seria diferente!

3. Conhecimento

Quem possui conhecimento técnico é o Extensionista Rural e ponto final. Nada dessa de achar que o agricultor sabe alguma coisa. Afinal, você ficou cinco anos fazendo uma graduação, agora você já sabe tudo. E se a propriedade não evoluiu até agora é porque está fazendo algo de errado. Confia no Extensionista Rural que não conhece a sua propriedade, mas com uma visita já é suficiente. Profissional estudado conhece muito de técnica, então, ele vai te ajudar a sair dessa crise e você, agricultor, irá ganhar muito dinheiro. Usar aquela cartilha que aprendeu com a realidade de outra região é uma receita infalível e inquestionável. Larga de mão esse saber que você tem da família e confia na cartilha que vou lhe passar que será suficiente para você, agricultor.

4. Planejamento 

O trabalho do bom Extensionista Rural é aquele que vai lá conversar, toma um café na propriedade e vai lá contar uns causos. É um negócio infalível adotar, somente, essa metodologia de relacionamento porque o agricultor só precisa de atenção. Não o ajude a planejar nada na sua propriedade, afinal, essas coisas nunca dão certo porque todo ano é um problema novo. Na hora de selecionar o carro-chefe da produção, bem como suas estratégias complementares, seja um conformista, adote sempre aquilo que já vem sendo feito ou se quiser inovar, jogue tudo fora e mande o agricultor começar tudo do zero. Adote somente seu conhecimento técnico infalível, aquele que você aprendeu naquela disciplina que mais adorou na sua universidade, ou apenas algo que você saiba fazer. Afinal, o agricultor não pode saber que você não domina tudo, até porque isso pode colocar em jogo a sua reputação profissional. Assim, você garante seu lugar como profissional inteligente e ser um bom conversador garante confiança do produtor. Afinal, se nada der certo, o problema é do produtor e não seu.

5. Produção

Produza apenas o que o mercado de commodities lhe diz para produzir. Não se preocupe com diferenciação. Produção orgânica ou transição para uma propriedade agroecológica? Que nada, isso é loucura. Afinal, orgânicos não alimentam o mundo e uma propriedade agroecológica é puro romantismo. Esqueça essas coisas de produção voltada para a preservação ambiental ou do cuidado com os recursos de produção, afinal, o produtor só vive de lucros. É preciso ganhar dinheiro a qualquer custo, por isso o modelo convencional é o melhor que temos para o momento. Junte-se aos grandes produtores e ao mercado de exportação que o sucesso é garantido.

PRONTO! AGORA É APENAS UMA QUESTÃO DE TEMPO PARA QUE SEU TRABALHO DE EXTENSIONISTA RURAL POSSA AFUNDAR. VOCÊ FEZ O SEU MELHOR!

 

Seguindo esses passos não é preciso ficar ansioso, porque é apenas uma questão de tempo para tudo dar certo! Ah, mas tem uma questão, tão desimportante quanto o seu próprio trabalho nessas alturas do jogo: lamentavelmente, você não irá conseguir apreciar as etapas da destruição da sua imagem profissional, pois elas são dissimuladas e quase silenciosas, confundidas com a incapacidade do agricultor se adaptar aos seus ensinamentos infalíveis. Quando se der conta, tudo já terá acabado e ninguém irá perceber muito. Lamentavelmente, o pior, na verdade, está para iniciar. Para mais dicas, sigam-me nas redes sociais.

 

Texto inspirado em “Cinco dicas para ‘afundar’ sua fazenda” publicado na revista Globo Rural em 2018.

 

*Ezequiel Redin é Doutor em Extensão Rural, professor, pesquisador, Extensionista e filho de agricultor familiar. É editor há 12 anos da Revista Extensão Rural (Santa Maria). Criador do Projeto do Portal O Extensionista. Vice-Coordenador do PPG em Estudos Rurais, além de membro correspondente da Academia Centro Serra de Letras.

Esse texto possui direitos autorais. Copyright © Ezequiel Redin

-> Veja esse texto em forma de vídeo no Youtube

Como citar esse texto:

REDIN, E. Cinco dicas para ‘afundar’ seu trabalho como Extensionista Rural. O Extensionista, v.4, n.27, p. 1-2, jan. 2022. Disponível em: https://oextensionista.com/cinco-dicas-para-afundar-seu-trabalho-como-extensionista-rural/. Acesso em: DIA Mês. ANO.

Projeto de ATER: Organização Territorial da Cadeia Apícola no Território de Batalha – Alagoas

No dia 20 de maio de 2021 foi publicado no Diário Oficial da União o Convênio n° 2021.0006 referente ao Projeto “Fomento à Organização Territorial da Cadeia Produtiva da Apicultura de Base Familiar no Território de Batalha (AL) como Estratégia de Preservação Ambiental, Inclusão Produtiva e Difusão Tecnológica”. A iniciativa foi selecionada pelo Edital 02/2019 do Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e Inovação (FUNDECI) do Banco do Nordeste. O projeto foi formulado pelo Instituto Nordestino de Cidadania e Moradia Popular (HABITAR) em parceria com a Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL),  a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE) e a Associação Palmeirense dos Apicultores e Meliponicultores (APAMEL).

Fonte: UNAEL

O projeto socioprodutivo busca promover e articular três eixos de ação no Território de Batalha (municípios de Batalha, Belo Monte, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Major Isidoro, Monteirópolis, Olho D’agua das Flores e Olivença) diretamente relacionados ao fomento e a organização da cadeia produtiva apícola de base familiar. O primeiro eixo de trabalho visa identificar e divulgar boas práticas apícolas adaptadas ao semiárido alagoano através da produção de material impresso (cartilhas) e audiovisual. O segundo eixo de ação visa mobilizar e organizar os/as apicultores/as (ou grupos interessados em produzir) em âmbito municipal e territorial nos oito municípios do Território de Batalha. Por fim, o terceiro eixo de atuação buscará fomentar a produção apícola nas comunidades quilombolas existentes no território, implantando 02 Unidades Demonstrativas (UDs) e disponibilizando assistência técnica.

A equipe diretamente responsável pela execução do projeto é composta por membros da HABITAR, João Rafael G. Morais (Coordenador Geral) e Luíz Fernando Magalhães (Assistente de Projeto), pela Profª Drª Maria do Carmo Carneiro (Coordenadora Técnica Apicultura) da UNEAL e pelo Prof. Dr. Roberto de Sousa Miranda (Coordenador Técnico) da UFAPE. Fará parte também da equipe o Cineasta Leandro Alves.

No dia 23/06/2021 ás 19:30 haverá o Webnário de lançamento do Projeto no Canal do Youtube na UNEAL.

Mais informações sobre o projeto Aqui .

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Créditos:

UNAEL – Universidade Estadual de Alagoas

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EM RORAIMA, AGRICULTORES FAMILIARES SE QUALIFICAM PARA PRODUÇÃO DE FRANGOS

Através do programa Ater Mais Gestão, cooperativas recebem assessoria técnica e gerencial para qualificar a gestão da produção e comercialização de seus produtos.

Empreendimentos da agricultura familiar do estado de Roraima estão tendo a oportunidade de qualificar o processo de gestão através do Programa Ater Mais Gestão.

Foto: Curso de boas práticas de fabricação para abatedouro de frangos

Realizado pela Agência Nacional e Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), em Roraima o programa integra 10 empreendimentos, entre cooperativas e associações, que recebem assessoria técnica através da parceria com a Strada Consultoria e Projetos, para qualificar a gestão da produção e comercialização de seus produtos.

Nesta semana, a Strada realizou um curso de boas práticas de fabricação para o abatedouro de frangos da cooperativa Coopercinco, em Boa Vista. O abatedouro foi inaugurado no último dia 15 e, de acordo com o coordenador-geral da Strada, Marcílio Fonseca, é uma importante conquista para os produtores da região.

“A Coopercinco vem se destacando na produção de hortifrutigranjeiros no estado de Roraima, e teve uma evolução muito grande em seu processo de gestão após o acompanhamento do Ater Mais Gestão, aplicando todas as ações do plano de trabalho de forma primorosa. São aproximadamente 600 cooperados, e o abatedouro de frangos é uma conquista importante, que vai possibilitar agregar mais uma fonte de renda para suas famílias. A cooperativa tem um potencial muito grande para crescer cada vez mais, e vai implementar grandes ações num futuro próximo”, avalia.

O Ater Mais Gestão é programa do Governo Federal coordenado pela Anater que visa promover a melhoria dos processos internos de gestão que envolvam planejamento, execução de metas, controles, monitoramento e avaliação.

Em todo o país, o programa integra 1.222 empreendimentos, entre cooperativas e associações, com objetivo é torná-los mais eficientes e participantes nos mercados disponíveis, especialmente o institucional. Com a assessoria técnica e gerencial recebida através do programa, os empreendimentos estão aprimorando a gestão e a participação dos associados, expandindo a comercialização, racionalizando custos e lançando novos produtos.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater)

Anater reúne conselheiros e apresenta novos projetos para 2020

Durante a reunião do Conselho de Administração, a ministra Tereza Cristina disse que o momento é de união e de definir prioridades

O Conselho de Administração da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) realizou nesta quarta-feira (11), em Brasília, a última assembleia do ano. A reunião foi presidida pela ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e contou com a participação de representantes das diversas entidades que compõem o Conselho.

Ao dar início aos trabalhos, a ministra agradeceu a presença de todos e disse que este é o momento união e de definir prioridades, e que o Conselho está aberto para ouvir as sugestões de todas as entidades ali representadas. “Nosso objetivo é trabalhar em rede, em parceria, porque sozinhos não vamos dar conta. Os números do IBGE mostram o quanto a assistência técnica ainda precisa caminhar, nesse Brasil de dimensão continental e com essa população de mais de 4 milhões de pequenos produtores. Então, temos que nos unir, usar a criatividade e, principalmente, definir prioridades, onde e como vamos trabalhar. Não adianta ter muitas frentes porque não vamos dar conta. Temos os projetos encaminhados e a hora é de começar a tirar do chão. A Anater está aberta a somar e queremos ouvir a sugestão de vocês”.

Durante a reunião, o presidente da Anater, Ademar Silva Jr, apresentou aos conselheiros os projetos que estão sendo elaborados pela agência para o próximo ano. “Nossa proposta é ampliar a oferta de assistência técnica e extensão rural (Ater) em várias frentes, priorizando os pequenos e médios produtores de todo o país, visando melhorar a produtividade e promover mais qualidade de vida para esse público que é responsável por grande parte da produção de alimentos que sustenta o país e é o que mais necessita de assistência”.

Foto: Reunião do Conselho da ANATER

Em sua apresentação, o presidente destacou o projeto Prospera Agropecuária Semiárido, que já está em execução, numa parceria da Anater com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que tem como objetivo ofertar assistência técnica e gerencial a 17.144 pequenos e médios produtores rurais, em dez estados da região do Semiárido: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, integrando ações do Programa AgroNordeste, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

NOVOS PROJETOS

O presidente também elencou os novos projetos que estão em fase de planejamento. Um deles é
o “Biomas Tropicais”, em parceria com o Instituto Fórum do Futuro, que tem como objeto a transferência de tecnologia e conhecimento apropriados para os Biomas Cerrado e Caatinga, beneficiando pequenos e médios agricultores nos municípios de Rio Verde/GO e Patos de Minas/MG, no Cerrado, e Tauá/CE e Juazeiro/BA, na Caatinga.

A Anater também firmou parceria com o Consórcio Brasil Central para realizar a formação de Agentes de Ater para serem multiplicadores de tecnologias para a Cadeia Produtiva da Piscicultura nos estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins e do Distrito Federal.

Outro projeto que irá beneficiar o Centro-Oeste do país é o “Ater 4.0”, que vai ofertar Ater para 1000 agricultores do Distrito Federal e Entorno (Ride).

Já o projeto “Produzir Brasil” tem como objeto ofertar Ater para 10 mil produtores, assentados da
Reforma Agrária titulados ou em processo de titulação definitiva, nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. O objetivo é reverter o êxodo rural, incentivar a sucessão familiar, apoiar a organização e o cooperativismo, promover o acesso às políticas públicas e fortalecer a estruturação e a autonomia dos assentamentos.

Outro projeto é o de apoio à produção de café sustentável em Minas Gerais, em parceria com o Conselho Nacional do Café, beneficiando 1.000 cafeicultores das cooperativas mineiras Cooxupé e Coocacer.

Para os agricultores da região Norte do país está em fase de elaboração o projeto “Amazônia Legal”, que vai beneficiar com Ater produtores do bioma Amazônia.

A lista de novos projetos também inclui o “Projeto Caravanas”, que tem como objetivo promover a
divulgação de boas práticas, técnicas e tecnologias, de forma preventiva.  O projeto será realizado em todo Território Nacional, em caráter permanente e conforme a demanda.

O presidente Ademar Jr ressaltou que continuam em execução as ações dos projetos Piloto e D.
Helder Câmara, e dos programas Ater Mais Gestão, Crédito Fundiário (PNCF), Cadastro de Terras e Regularização Fundiária e de Diversificação da Cultura do Tabaco que, juntos, integram cerca de 90 mil famílias e 1200 empreendimentos da agricultura familiar, em todas as unidades da Federação.

RECURSOS PARA A ATER

O representante da Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Contraf Brasil), Marcos Rochinki, destacou a necessidade de mobilização do Conselho no sentido de ampliar o orçamento para a Ater. “Pelos dados divulgados recentemente pelo IBGE, apenas 20% dos produtores brasileiros recebem assistência técnica, e temos que nos mobilizar para ampliar os recursos para a Ater e mudar essa realidade”.

A Ministra Tereza Cristina disse que o ministério está trabalhando para que a Anater tenha recursos para investir pesado em assistência técnica. “Enquanto eu estiver à frente do ministério, podem ter certeza de que vamos trabalhar forte neste sentido. O Estado brasileiro tem a obrigação de promover para mais de 4 milhões de pequenos produtores condições mínimas para que eles fiquem na terra, produzindo. Hoje, dentro do Governo Federal, a assistência técnica está ficando cada vez mais incutida e absorvida pelo executivo, que está entendendo ser uma prioridade, e que é através dela que alcançar a efetividade das políticas públicas que irão promover a mudança social no meio rural”.

Ao encerrar a reunião, a ministra Tereza Cristina agradeceu a presença de todos e reforçou a necessidade de priorizar as ações, de todo mundo remar para o mesmo lugar. “Todos queremos a mesma coisa, que é diminuir as diferenças no campo, trazer o jovem para o campo. Eu espero que a gente caminhe junto para que possamos entregar a essa população as ações e as políticas públicas o mais rapidamente possível. Desejo a todos um feliz Natal e que 2020 seja um ano de muitas colheitas”, concluiu.

Também participaram da reunião os conselheiros Marcos Montes (Mapa); Fernando Schwanke (SAF/Mapa); Antoninho Rovaris (Contag); Bruno Barcelos (CNA); e João Nicédio e João José Prieto (OCB/CE).

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

I Hortec e VI Workshop de Hidroponia discutem olericultura na região Sudoeste

Na última quinta-feira (31) foi realizado o I Hortec e VI Workshop de Hidroponia, em Dois Vizinhos. Os agricultores tiveram a oportunidade de entrar em contato com inúmeras empresas do setor de produção de hortaliças, frutas e flores, bem como de hidroponia. Tecnologias, máquinas, ferramentas, equipamentos estavam em exposição. O evento é uma atividade do projeto Hortisudoeste desenvolvido pelo Instituto Emater e diversos parceiros do setor.

As atividades começaram pela manhã, às 10h, na sede da União de Ensino do Sudoeste do Paraná (UNISEP). Os trabalhos tiveram início com uma palestra sobre o potencial de demanda e o mercado da horticultura no Sudoeste. Após o almoço foram realizados diversos cursos rápidos com ministrantes de várias regiões do estado. O evento teve orientações tanto para quem é da área de floricultura, como a produção de gladíolos, até o cultivo de pepino, videira, orquídeas, morango semi-dripônico e manejo de fertirrigação em cultivo em substrato.

Segundo levantamentos do Instituto Emater, a fruticultura e a olericultura vêm perdendo espaço na região Sudoeste. Até 2009 a região contava com 4.571,46 hectares de fruticultura. Em 2018, essa área passou para 2.405,11 hectares. Na olericultura o espaço até aumentou, passando de 3.015,27 hectares para 4.480,61 hectares. No entanto, o número de produtores caiu de 22.238 para 13.993. Os fatores que levaram a esta situação ainda não são totalmente conhecidos pela Extensão Rural.

Foi justamente para descobrir as dificuldades que produtores de flores, frutas e hortaliças enfrentam que os técnicos do Instituto Emater criaram o Projeto Hortisudoeste. A redução do número de propriedades e a dependência dos mercados institucionais (Merenda Escolar e Aquisição de Alimentos) podem ser algumas das razões que estão levando à diminuição da área cultivada com frutas e hortaliças na região, de acordo com Nilson Marcos Balin, do Instituto Emater de Dois Vizinhos. No entanto, ele afirma que o projeto pretende fazer um diagnóstico mais apurado da situação no Sudoeste.  “O Projeto Hortisudoeste está buscando parceiros, desenvolvendo pesquisa e metodologia para fomentar a produção em cerca de 52 municípios da região”, informou o extensionista.

O I Hortec e VI Workshop de Hidroponia foi uma promoção do Instituto Emater em parceria com a UNISEP e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).


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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: EMATER-PR

Câmara do Agro 4.0 promove debate sobre conectividade e novas tecnologias para o meio rural

O objetivo da Câmara é implementar ações destinadas à expansão da internet no meio rural, ao aumento da produtividade no campo, e à difusão de novas tecnologias para o agronegócio

Na primeira reunião da Câmara do Agro 4.0, nesta terça-feira (22), durante a programação da 16ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece até domingo no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília/DF, representantes dos diversos órgãos e instituições que compõem o colegiado empreenderam um debate sobre conectividade e difusão de novas tecnologias para o meio rural.

Resultado de um acordo de cooperação técnica entre os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o objetivo da Câmara do Agro 4.0 é implementar ações destinadas à expansão da internet no meio rural, ao aumento da produtividade no campo, e à difusão de novas tecnologias e serviços inovadores, principalmente nas pequenas e médias propriedades rurais. O grupo também pretende estimular a capacitação profissional dos produtores rurais para manipular as novas tecnologias no mundo agro.

Na abertura dos trabalhos, na manhã desta terça-feira, os secretários de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, e de Empreendedorismo e Inovação do (MCTIC), Paulo César Rezende de Carvalho Alvim destacaram a importância da reunião para aproximar os membros e para elencar e discutir os temas prioritários da Câmara. “A proposta é articular e alinhar ações para o agronegócio frente aos desafios vivenciados pelo setor”, explica Fernando Camargo.

Na reunião foi apresentado o estudo feito pela ESALQ/Usp para mapear a situação da conectividade no Brasil. Os resultados preliminares mostram que menos de 4% do território nacional é conectado à internet e que há uma demanda por pelo menos 5.600 antenas para melhorar a oferta de banda larga no país.

A Câmara do Agro 4.0 também conta com ampla participação da academia, institutos de ciência e tecnologia, iniciativa privada e demais atores relevantes do ecossistema de inovação no contexto do agronegócio nacional.

A Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) é uma das parceiras, e durante a reunião, o presidente Ademar Silva Jr destacou a importância da união da pesquisa, ensino e extensão rural para a promoção do desenvolvimento rural sustentável. “Temos conversado muito com nossos parceiros, tentando quebrar alguns paradigmas, em especial, sobre transferência de tecnologia. Estamos fazendo um trabalho em conexão com a Embrapa, de forma que a Anater possa ser esse braço de assistência técnica e extensão rural (Ater), para levar a tecnologia ali desenvolvida até o produtor rural. E entendemos que essa conexão poderia ser feita com outras instituições, como universidades e centros de pesquisa, que têm muito conhecimento que pode ser levado para o campo de forma prática e acessível”, pondera.

Ademar Jr também ressaltou a importância da participação das empresas estaduais de Ater, as Emateres, na Câmara do Agro 4.0. “Precisamos trazer esses braços, através da Asbraer, para fortalecer a conexão entre o que está sendo discutido aqui com a ponta, que é o produtor rural no campo. Sabemos das dificuldades que os estados enfrentam para prestar serviços de Ater, e participar desse fórum é fundamental para que possam ser inseridos nesse processo de construção que está sendo empreendido aqui”, reforça.

Além das Emateres, o presidente da Anater também destacou que muitas empresas estão organizadas para prestar assistência técnica em todo o Brasil. “Temos um universo de cerca de 4,5 milhões de produtores rurais que recebem pouco ou nenhum tipo de assistência técnica, ou seja, é um universo enorme. Acreditamos na Ater como vetor de tecnologia e inovação, mas precisamos envolver todas essas instituições e empresas que podem contribuir para superar esse desafio”.

No período da tarde, os participantes se dividiram em quatro grupos de trabalho, para debater sobre desenvolvimento; tecnologia e inovação; cadeias produtivas e desenvolvimento de fornecedores; conectividade no campo e desenvolvimento profissional.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Anater realiza visitas técnicas para avaliar projetos

O objetivo é verificar a efetividade das ações que vêm sendo realizadas para dar melhor direcionamento ao planejamento para os próximos anos

A Agência Nacional de assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) está realizando visitas técnicas a propriedades rurais que integram seus projetos com objetivo de verificar a efetividade das ações que vem sendo executadas em todas as unidades da Federação.

Segundo o presidente Ademar Silva Jr os projetos já estão em seu segundo ano de execução e é importante aferir os resultados parciais para dar melhor direcionamento do planejamento das ações daqui para frente. “A Anater está trabalhando em várias frentes, tendo como ponto focal a prestação de serviços de Ater para agricultores familiares. Neste momento estamos desenhando o planejamento para os próximos anos e é importante avaliarmos o que foi executado até agora, de forma a assegurar a continuidade e a ampliação das ações com resultados efetivos e fazer a readequação onde for necessário”, explica.

Comunidade em Livramento, Paraí, Bahia.

Atualmente a Anater possui seis projetos em execução, integrando cerca de 100 mil famílias e 1222 empreendimentos da agricultura familiar. As ações são realizadas em parceria com as empresas públicas prestadoras de Ater, as Emateres, e com empresas privadas contratadas por chamada pública, com participação de mais de 11 mil extensionistas rurais de todo o país. Os projetos são viabilizados por recursos da União, repassados à Anater através de um contrato de gestão com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

PROJETOS

O primeiro projeto da Anater foi um piloto, iniciado em 2017, em parceria com as Emateres de 11 estados de todas as regiões do país, integrando 12.100 famílias de agricultores de 537 municípios.

As ações serão realizadas até 2020 e a diversidade e especificidade de cada região estão contribuindo para aprimorar a proposta de Ater da Anater.

Outro projeto é o D. Helder Câmara, viabilizado por uma parceria entre o Governo Federal e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) com o objetivo de contribuir para a melhoria das condições sociais e econômicas das famílias que vivem em condição de pobreza ou extrema pobreza no Semiárido. O D. Helder Câmara integra cerca de 60 mil famílias de 906 municípios nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe, Paraíba (Nordeste), e Minas Gerais e Espírito Santo (Sudeste).

A Anater também leva serviços de Ater para os beneficiários do Programa Cadastro de Terras e Regularização Fundiária (PCTRF) e do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), integrando 6500 famílias em 164 municípios de 11 estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe). Nesses dois programas, além de assistência técnica, os produtores recebem orientação visando o acesso às políticas públicas de consolidação da agricultura familiar, acesso ao crédito rural e aos meios de produção e comercialização, de modo a assegurar desenvolvimento social, melhoria da renda e qualidade de vida, e, consequentemente, sua permanência no campo.

Já o projeto de diversificação da cultura do tabaco visa apoiar as atividades alternativas e economicamente viáveis à promoção da diversificação, de forma que além do cultivo do tabaco os agricultores possam desenvolver outras atividades e culturas que gerem renda. O projeto integra 13.620 famílias em 123 municípios do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

PROJETO COLETIVO

Outra importante ação da Anater é o programa Ater Mais Gestão, que oferece assistência técnica específica para organizações da agricultura familiar, como cooperativas e associações, visando o aprimoramento das diferentes áreas funcionais dos empreendimentos, como governança, gestão de pessoas, gestão financeira, comercial, socioambiental e de projetos produtivos.

Atualmente o Brasil possui cerca de 6.500 empreendimentos habilitados com Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP jurídica). Destes, 1.222 estão integrados ao programa Ater Mais Gestão, o que corresponde a cerca de 150 mil agricultores familiares de todas as unidades da Federação. Essa pujança está intrinsecamente relacionada com as políticas de aquisição de alimentos, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que estimulam a formação de novos empreendimentos coletivos na agricultura familiar.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Setor rural se mobiliza pela recomposição orçamentária para 2020

Representantes de entidades ligadas à agricultura familiar e à assistência técnica e extensão rural se reúnem com a Frente Parlamentar da Agropecuária em busca de apoio para a recomposição orçamentária para o setor em 2020.

Representantes da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) participaram, nesta terça-feira (15), da reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) em busca de apoio para a recomposição orçamentária para o setor em 2020.

Pelo Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), o setor deve sofrer um corte de 57% nos recursos, caindo de R$ 118 milhões, em 2019, para R$ 51 milhões, em 2020, conforme valor apresentado pela Secretaria de Orçamento e Finanças do Ministério da Economia.

“É preciso estabelecer uma estratégia para a recomposição dos orçamentos do Mapa”, disse o presidente da FPA, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), durante a reunião da FPA, que contou com a participação do presidente da Anater, Ademar Silva Jr e do secretário-adjunto de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Márcio Cândido.

De acordo com o secretário-adjunto Márcio Cândido, o orçamento todo da Secretaria de Agricultura Familiar também vai cair de R$ 263 milhões para 141 milhões, um corte de 47%.

O presidente da Anater destacou que os recursos recebidos pela Anater são viabilizados por um contrato de gestão com a União, por intermédio da SAF/Mapa, e defendeu a importância da Ater para a efetividade das políticas públicas voltadas para o meio rural. “O trabalho Anater potencializa as demais políticas públicas para o setor e o apoio da FPA é fundamental para reverter a redução no orçamento, de forma a que os serviços de assistência técnica sejam mantidos e ampliados”, ressalta.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. 

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Agricultores familiares vivem um novo tempo no Semiárido

Com ações simples, mas completamente convergentes com a realidade local, projeto D. Helder Câmara contribui para transformar a vida a vida nas pequenas propriedades da região

Inclusão e prosperidade. Estas são as palavras que resumem a impressão dos técnicos Alan Dolglas e Emábile Sampaio de Carvalho, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Ceará (Ematerce), após visitar os irmãos Naldeir e Nielio Mendes de Sousa, no Sítio São Gonçalo, no município de Juazeiro do Norte/CE.

Naldeir e Nielio são produtores de hortaliças e recebem assistência técnica através do Projeto D. Helder Câmara. Em visita à propriedade na semana passada, os técnicos comemoraram junto com os dois irmãos a qualidade da produção de cebolinha, coentro, abobrinha, couve e pimenta-de-cheiro, que cresce em uma área de 1,5 hectares. Os produtos são comercializados no mercado do Pirajá, segundo maior centro comercial da cidade, possibilitando o sustento e a permanência da família na propriedade.

A técnica Emábile de Carvalho conta que por causa das dificuldades financeiras, há pouco tempo os dois irmãos planejavam se para mudar com suas respectivas famílias para o Sudeste em busca de emprego. “Agora, com ações simples, mas completamente convergentes com a necessidade deles, estamos vendo a pequena produção prosperar e garantir o sustento da família. Estamos muito felizes em fazer parte desta história”, comemora.

Segundo Emábile, desde que iniciaram a execução das ações do projeto D. Helder Câmara, a Ematerce vem realizando visitas regulares aos dois irmãos. “Nesse período, a cada visita, estamos vendo a realidade dessa família mudar. Foram implantados os projetos produtivos, fizemos capacitação para aperfeiçoar a qualidade da produção, e eles puderam permanecer no sítio e continuar trabalhando na propriedade da família em melhores condições”, explica.

Naldeir e Nielio são uma das cerca de 10 mil famílias cearenses que integram o projeto D. Helder Câmara e recebem serviços de assistência técnica e extensão rural, fomento produtivo (individual e coletivo) e fomento para alimentação animal.

O projeto é realizado pelo Governo Federal em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e com a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) com o objetivo de contribuir para a melhoria sustentável das condições sociais e econômicas das famílias que vivem em condição de pobreza ou extrema pobreza no Semiárido.

No Ceará, as ações são realizadas em 113 municípios, em parceria com a Ematerce, Instituto Flor do Piqui, Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra) e com o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (Cactus).

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

Estações meteorológicas para monitoramento da cebola

Sistema de alerta de doenças para a cultura da cebola ganha mais quatro estações agrometeorológicas

Quatro municípios do Alto Vale do Itajaí e Grande Florianópolis passaram a contar com estações agrometeorológicas automáticas telemétricas: Ituporanga, Chapadão do Lageado, Atalanta e Alfredo Wagner. As quatro plataformas compõem a rede de 70 estações que subsidiam as informações ambientais necessárias para gerar alertas fitossanitários para a cultura da cebola. Nelas são registrados dados referentes a clima e condições de tempo, disponibilizados de forma pública e gratuita no site da Epagri/Ciram através dos sistemas de visualização como o Agroconnect e CebolaNET.

Todas as estações monitoram, de hora em hora, as variáveis de chuva, temperatura, umidade relativa do ar e molhamento foliar. O técnico da Estação Experimental da Epagri em Ituporanga, Rafael Sizani, destaca que os dados gerados por elas agilizam a tomada de decisão em casos de ocorrência de eventos naturais extremos, como chuvas intensas e estiagem, por exemplo. Já o Agroconnect é um sistema que interpola esses dados e acusa as condições ambientais que favorecem a ocorrência das doenças, gerando avisos para os produtores.

Segundo a pesquisadora da Epagri-Ciram Iria Sartor Araujo, as estações possuem sistema de energia autônomo com painel solar e bateria, sem depender de energia elétrica. “Mesmo em períodos nublados ou chuvosos seu funcionamento é garantido 24 horas por dia”, ressalta.

As quatro estações agrometeorológicas foram adquiridas com recursos do projeto Fortalecimento da Infraestrutura de Pesquisa da Epagri – SC (PAC Embrapa 2012), que aportou R$260 mil para a compra de 10 estações. Com elas a Epagri passará a contar com 190 estações próprias, o que faz de Santa Catarina o estado com maior cobertura de monitoramento de dados ambientais.

Cebola em Santa Catarina

Em Santa Catarina a cebola é a hortaliça que apresenta o maior valor bruto de produção, movimentando um valor aproximado de 370 milhões de reais anualmente. Santa Catarina é o maior produtor nacional, responsável por aproximadamente um terço da área total plantada no país – em torno de 20 mil hectares – e 1/3 da produção nacional (aproximadamente 500 mil toneladas/ano). Além do aspecto econômico, a cultura desempenha um importante papel social, uma vez que é cultivada, em sua quase totalidade, pelos agricultores familiares, com mais de oito mil famílias envolvidas diretamente na atividade. Segundo a Epagri/Cepa, ao final da safra 2019/20, o estado deve colher 529.210 toneladas de cebola.

 

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Esta notícia foi autorizada para publicação.

Créditos: Gisele Dias – Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

Assistência técnica e organização da gestão potencializam setor vinícola na Serra Gaúcha

Presidente da Anater visita sede da Embrapa Uva e Vinho e Emater, em Bento Gonçalves/RS, para conhecer as soluções tecnológicas e a organização do setor vinícola na região

O presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Ademar Silva Jr, visitou na última sexta-feira (11) as instalações da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves/RS, para conhecer soluções tecnológicas desenvolvidas para o cultivo de uvas de mesa e as novas cultivares para a produção de sucos e vinhos.

O presidente também se reuniu com o enólogo Thompsson Benhur Didone, do escritório da Emater/RS-Ascar, para conhecer um pouco mais sobre a organização do setor vinícola na Serra Gaúcha. “O trabalho da Emater impressiona pela organização e pela qualidade da assistência técnica prestada aos produtores de uva e seus derivados. Além de contar com o serviço de Ater da Emater, que possibilita informação e orientação técnica para melhoria da produtividade, a agricultura familiar também se beneficia com um sistema organizado com regras mais simples e desburocratizadas que viabiliza o negócio para os pequenos produtores. Ficamos muito impressionados com a organização da cadeia produtiva na região”, avalia.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de uva, sendo responsável por cerca de 57% da produção nacional, de acordo com o Atlas Socioeconômico do Estado. A fruta é mais utilizada na elaboração de sucos e vinhos de forma artesanal e industrial, e o estado gaúcho é responsável por cerca de 90% da produção nacional. Segundo o Cadastro Vitícola de 2013-2015, no Estado gaúcho existem aproximadamente 40.000 ha de videiras em 161 municípios, com 138 variedades. De acordo com o Sistema de Declarações Vinícolas – SISDEVIN, em 2019, a produção de uvas no Rio Grande do Sul foi de 614,2 mil toneladas, contribuindo para elevar o Produto Interno Bruto (PIB).

Grande parte desta produção é desenvolvida em pequenas propriedades, por agricultores familiares, envolvendo cerca de 20 mil famílias, muitas delas, inclusive, beneficiadas pela parceria da Emater com a Anater. Segundo o enólogo Thompson Didone, a cadeia produtiva da uva e do vinho é muito importante para o desenvolvimento socioeconômico Estado. “Além de garantir o sustento das famílias que vivem diretamente da produção de uvas e de vinho, o setor vinícola também contribui para viabilizar economicamente a propriedade, incentivando a permanência dos jovens no meio agrícola”, ressalta.

De acordo com o enólogo, com a legislação com regras mais apropriadas para a realidade de empreendimentos com esse perfil, os agricultores familiares passaram a ter mais oportunidade para estruturar seu negócio, em conformidade com as normas, agregando mais uma fonte de renda à família e mantendo viva a tradição cultural da produção de uva e elaboração de vinho colonial.

As mudanças na legislação para o setor vinícola estão previstas na Lei nº 12.959, de 19 de março de 2014, conhecida como Lei do Vinho Colonial, que altera a Lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988, e regula o vinho que é produzido por agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, estabelecendo os requisitos e limites para a sua produção e comercialização.

A Lei do Vinho Colonial permite que o produtor rural torne a sua produção regularizada sem a necessidade de criação de uma empresa e de sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), simplificando o processo de formalização. Para que isso ocorra, é necessário o registro do empreendimento e dos produtos junto ao Mapa e o atendimento aos demais critérios previstos na legislação. No Rio Grande do Sul também é necessária a participação no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (PEAF), cujo objetivo é regularizar a atividade das agroindústrias familiares.

De acordo com Thompson, o PEAF facilita o acesso a linhas de crédito; oferece serviços de orientação para regularização sanitária e ambiental com a disponibilização de perfis agroindustriais, layout de rótulos, entre outros; disponibiliza novos espaços de comercialização local e apoia a participação em feiras; amplia a participação dos agricultores familiares nos mercados institucionais, notadamente no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de prestar assistência a empreendimentos da agricultura familiar organizados em associações e cooperativas. “Essa lógica de organização reduz os custos e a burocracia para o processo de formalização, e é importante não somente no aspecto legal e no registro em si, mas também na qualificação da produção e na competitividade do vinho produzido”, avalia.

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Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Caderneta Agroecológica fortalece o trabalho das mulheres produtivas no Ceará

A caderneta registra a contribuição do trabalho produtivo realizado por mulheres, promovendo a valorização e conscientização sobre a importância da participação da mulher nas propriedades rurais

Agricultoras familiares do município de Santa Quitéria, no Ceará, participam de curso de formação para implantação da Caderneta Agroecológica, para acompanhamento produtivo e comercial. O curso é realizado pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (Cactus), uma das empresas parceiras da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) na execução do projeto D. Helder Câmara no estado cearense.

A Caderneta Agroecológica surgiu em 2011, como uma proposta de formação do Programa Mulheres e Agroecologia do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM), de Minas Gerais. Adaptada a partir de demandas das agricultoras pela então Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD), o projeto é desenvolvido desde 2016, e visa, sobretudo, promover a valorização e conscientização sobre a importância da participação da mulher nas propriedades rurais. A caderneta registra a contribuição do trabalho produtivo realizado por mulheres:  o que é produzido, consumido, comercializado, trocado ou doado pelas unidades produtivas.

Caderneta Agroecológica

Projeto D. Helder Câmara no Semiárido

Realizado pelo Governo Federal em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o projeto D. Helder Câmara tem como objetivo contribuir para a melhoria sustentável das condições sociais e econômicas das famílias que vivem em condição de pobreza ou extrema pobreza no Semiárido. A Anater é parceira na execução do projeto e coordena as ações do eixo assistência técnica e extensão rural.

Em sua segunda fase, o projeto   está beneficiando agricultores dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (Nordeste), Minas Gerais e Espírito Santo (Sudeste).

No Ceará, as ações do projeto D. Helder Câmara integram 113 municípios cearenses, beneficiando 9.489 mil famílias, entre agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e assentados da reforma agrária, que recebem serviços de assistência técnica e extensão rural, fomento produtivo (individual e coletivo) e fomento para alimentação animal.

Além da Cactus, também são parceiras da Anater na execução dos serviços de Ater no Ceará a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Ceará (Ematerce), o Instituto Flor do Piqui e a Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra).

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Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Diretor do AgroNordeste destaca a importância da Anater para efetividade do programa

Na primeira reunião do Comitê Central de Coordenação, o diretor Danilo Fortes destaca que o papel da Anater é fundamental para a efetividade das ações do programa

No final de agosto, sexta-feira (23/08), foi dado um importante passo para implementação do Plano de Ação para o Nordeste, o AgroNordeste, com a primeira reunião dos representantes do Comitê Central de Coordenação do programa, que vai apoiar a organização das cadeias agropecuárias da região do Semiárido para ampliar e diversificar os canais de comercialização, e buscando aumentar a eficiência produtiva e o benefício social.

Durante a reunião, realizada na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília/DF, foram apresentados a identidade visual e o plano de ação do programa, que, de acordo com o diretor geral do AgroNordeste, Danilo Forte, será lançado nos próximos dias pelo Governo Federal. “Acredito que a partir de agora teremos uma forma diferente de ver a produção agrícola no Nordeste e inserir essa produção no agronegócio nacional”, ressalta.

Segundo o diretor geral, o AgroNordeste trabalhará na identificação de obstáculos que travam a competitividade de setores da agropecuária nordestina com potencial de crescimento e, para isso, conta com a parceria de vários entes na diversificação das ações.  “A compreensão da necessidade da assistência técnica efetiva, tanto de porteira para dentro, nas técnicas agrícolas, como de porteira para fora, com o empreendedorismo, a comercialização dos produtos, agregação de valor, aproveitar as oportunidades que o Brasil tem a partir desse acordo do Mercosul com a União Europeia, tudo isso nos habilita para fazer um trabalho de maior profundidade. Essa é a nossa tarefa, e a Anater é fundamental nessa parceria, tanto na formulação do que vai ser passado para o produtor, como também no acompanhamento das ações pelo AgroNordeste”, completa.

 

Reunião Agronordeste
Foto: Jerusia Aruda

O presidente da Anater, Ademar Silva Jr, observa que muitas das ações previstas no AgroNordeste são similares às que a agência vem fazendo, e que o momento é de fortalecer o eixo assistência técnica do programa. “Entendo que nessa proposta do AgroNordeste teremos a oportunidade de transformar e gerar conhecimento e uma diretriz para a Anater muito mais ampla do que ela tem hoje. A Anater já está prestando assistência técnica na região do Semiárido a quase 60 mil famílias de agricultores e 500 empreendimentos da agricultura familiar, entre cooperativas e associações, e essa parceria se configura como uma oportunidade de direcionar a esse público as diretrizes do programa”, explica.

O presidente Ademar Jr também observa que as ações de Ater viabilizadas por recursos federais estão muito pulverizadas em vários ministérios. “É importante fazer o direcionamento dessas ações para um núcleo comum, para que se possa mensurar, de fato, a dimensão do alcance e dos resultados dessas ações”, propõe.

Convênio

Antes da reunião do Comitê Central de Coordenação do AgroNordeste foi realizada uma solenidade onde o Mapa firmou convênio com o Banco do Nordeste para subsidiar políticas públicas e privadas de inovação voltadas para o desenvolvimento sustentável da agropecuária no bioma da Caatinga. A parceria permitirá a estruturação do Sistema de Inteligência, Gestão e Monitoramento Territorial Estratégico (SITE), que reunirá dados científicos da região. Uma das principais políticas que serão subsidiadas pelo sistema é o AgroNordeste.

A ministra Tereza Cristina destacou a importância do programa e ressaltou que a iniciativa corrobora a missão do Mapa de atender a todos os tipos de agricultura e reduzir a distância entre pequenos e grandes produtores. “É um programa novo, diferente de tudo o que já foi feito. É um programa de integração das cadeias produtivas que já existem no Nordeste, mas precisam ser incentivadas e viabilizadas”, declarou.

O Banco do Nordeste aplicará R$ 1,5 milhão para financiamento dos estudos por meio do Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação (Fundeci). O projeto será realizado ao longo de 12 meses. O SITE estará disponível ao público. A ferramenta apoiará ações das secretarias do Mapa e demais instituições públicas e privadas.

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Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Presidente da ANATER participa de reunião do CONSEAGRI

Durantes a reunião, os membros do Conselho tiraram dúvidas e fizeram várias sugestões ao presidente Ademar Jr, dentre elas, a de que é preciso mudar a legislação para que a Anater possa receber recursos de outros órgãos

Durante a reunião ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri) realizada na manhã desta quarta-feira (17), em Brasília/DF, o presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Ademar Silva Jr destacou a importância da parceria com os Estados para o fortalecimento do serviço de Extensão Rural no Brasil.  “Queremos fortalecer e priorizar o trabalho em parceria com as empresas públicas prestadoras de Ater, e o apoio do Conseagri é fundamental, não somente para garantir a efetividade da política nacional, mas também no atendimento às demandas estaduais e suas especificidades regionais”, explica.

Segundo o presidente, a Anater está reavaliando os projetos em execução, que estão sendo ajustados ao novo contexto econômico do País e à nova perspectiva de Estado. “Estamos fazendo o realinhamento de todos os projetos e queremos contar com as experiências que já funcionam nos Estados, especialmente as relacionadas à utilização da tecnologia, para que possamos replicar e garantir que o serviço de Ater possa alcançar com qualidade todas as regiões do País. Projetos como o D. Helder Câmara, cujos beneficiários são os agricultores familiares do Semiárido brasileiro, está ganhando uma nova roupagem, para que as ações cheguem com efetividade ao público beneficiário, que tanto precisa desse serviço”, completa.

Os conselheiros presentes tiraram dúvidas e fizeram várias sugestões ao presidente, dentre elas, a de que é preciso mudar a legislação de forma que a Anater possa receber recursos de outros órgãos públicos, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e também acessar fundos internacionais e recursos privados.

 Foto: Ademar Jr e Efraim Morais na reunião do CONSEAGRI

Ademar Jr explicou que está trabalhando junto com o MAPA nesse sentido. “A mudança no decreto que institui a Anater está sendo estudada justamente para deixar a agência mais flexível. A proposta é tornar a Anater uma agência mais robusta, com um escopo maior e com maior amplitude em sua atuação. Nossa expectativa é que nos próximos 60 dias já tenhamos um encaminhamento nesse sentido”.

Ao final da reunião o presidente do Conseagri e secretário de Agricultura do Estado da Paraíba, Efraim morais, agradeceu ao presidente da Anater pela disponibilidade e ressaltou a importância de manter o diálogo e a parceria. “A palestra do presidente da Ademar Silva Jr foi muito esclarecedora e, assim como ele, não queremos discutir problemas, mas construir soluções que possam promover o progresso e o desenvolvimento no campo, e garantir o desenvolvimento do nosso Brasil de forma sustentável. E quando a Ministra Tereza Cristina coloca toda sua equipe para essas discussões, isso nos fortalece”, finaliza.

 

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Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

A ASBRAER está fechada com a ANATER

A declaração foi feita pelo presidente da Asbraer, Nivaldo Magalhães, durante encontro realizado em Brasília

Em encontro realizado nesta quinta-feira (11/07), em Brasília/DF, com o propósito de construir uma agenda positiva para alinhar as ações dos projetos realizados em parceria entre a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e as empresas associadas da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), o presidente Nivaldo Moreno de Magalhães afiançou que a Asbraer está fechada com a Anater. “Esse encontro está sendo muito importante por nos dar a oportunidade de traçar metas, discutir propostas e dar encaminhamento para a solução das dificuldades. Com certeza, nós da Asbraer e a Anater estamos juntos para o bem da agricultura familiar brasileira. A Asbraer está fechada com a Anater”, declarou.

Com pouco mais de 60 dias na presidência da Anater, o presidente Ademar Silva Jr explicou que nesse período fez uma análise de todos os projetos em execução. “Estamos trabalhando para ajustar os projetos ao novo contexto político e econômico do País e à nova perspectiva de Estado, mas ressaltamos que estamos aqui para promover um alinhamento, de forma que a missão da Anater de fortalecer e reestruturar o setor no Brasil possa ser cumprida, com a parceria, apoio e participação efetiva dos Estados. São muitas as dificuldades e queremos buscar, junto com vocês, soluções possíveis de execução para avançarmos rumo ao nosso objetivo maior, que é promover mais qualidade de vida para o produtor rural e o desenvolvimento rural sustentável do Brasil”.

A presidente Edilene Steinwandter disse que a Epagri vem enfrentando algumas dificuldades para acompanhar as demandas dos projetos em parceria, como aquisição de equipamentos mais modernos para utilizar o aplicativo do Sistema de Gestão de Ater, o SGA Mobile, e também para cumprir as metas do plano de trabalho, devido ao contingenciamento de recursos. “Desde 2017, a Epagri mantém uma parceria muito interessante com a Anater, com os projetos Piloto, Diversificação da Cultura do Tabaco e o Programa Ater Mais Gestão. E esses projetos estão fortalecendo o que a Epagri já desenvolvia no meio rural, mas com um olhar diferenciado, com um aporte de recurso também interessante. Com a nossa expertise e conhecimento, somados à capacitação e os recursos disponibilizados pela Anater, podemos entregar à sociedade catarinense um trabalho mais qualificado, com resultados que venham ao encontro da missão da nossa empresa, que é desenvolver o meio rural com sustentabilidade, trazendo para a população alimentos seguros, limpos, visando a renda do agricultor, a preservação ambiental e o desenvolvimento social das comunidades. Precisamos do apoio e da parceria da Anater para manter esses resultados”, destaca.

Para Gustavo Laterza, presidente da Emater-MG, é fundamental a parceria das Emateres com a Anater para a implementação de políticas públicas e atendimento às famílias rurais. “Em Minas temos uma parceria muito profícua, com vários projetos sendo desenvolvidos, levando essa oportunidade ao campo. Para nós é fundamental que a Anater continue forte e continue fazendo essa agenda positiva com as Emateres visando subsidiar recursos e construir ações que possam promover o desenvolvimento no campo”, conclui.

ENCAMINHAMENTOS

Ao final do encontro, o presidente Nivaldo Magalhães informou que a Asbraer realizará assembleia-geral no dia 07 de agosto, em Brasília/DF, reunindo representantes das associadas de todos os estados. O presidente da Anater se comprometeu em apresentar na assembleia-geral o resultado da análise dos projetos que estão sendo realizados em parceria com as Emateres e as proposta para superar as eventuais dificuldades com a operação com o SGA Mobile.

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Créditos: Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Representantes do Agro se unem para promover a conectividade no campo

A proposta é implementar um grande projeto e aumentar a competitividade do setor agropecuário brasileiro

Levar a internet ao campo e promover a conectividade do setor agropecuário se configuram como o grande desafio para que o Brasil chegue, efetivamente, à agricultura digital – ou Agricultura 4.0. Para vencer esse desafio, um grupo de trabalho sobre conectividade no meio rural vem promovendo discussões para implementar um grande projeto e aumentar a competitividade do agronegócio brasileiro.

O grupo, liderado pela Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), reúne representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); empresas de telecomunicação; empresas privadas do setor de insumos agropecuários, instituições parceiras como Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Sistema OCB, entre outros.

Para o presidente Ademar Silva Jr, a conectividade no campo é fundamental para o resultado eficaz do trabalho da Anater. “A Anater tem o papel chave de levar conhecimento, inovação e tecnologia para o homem do campo, de forma efetiva. Essa lógica de conectividade da Agricultura 4.0 vai contribuir para elevar a assistência técnica e extensão rural a um novo patamar, com mais acessibilidade e segurança”, avalia.

PARCERIA

Em reunião realizada nesta quinta-feira (4), o grupo avançou na discussão sobre o ponto que considera o principal elemento desse projeto, que é a infraestrutura para promover a conexão, seja 4G, 5G, satélite, fibra óptica ou torre.

O coordenador do grupo de trabalho e da Comissão de Comunicação da FPA, deputado federal Zé Silva destaca que a agricultura precisa acompanhar a transformação digital que vem ocorrendo em todas as áreas. “A automatização dos processos impacta a produção no campo de forma sustentável. Como extensionista rural e engenheiro agrônomo acredito no avanço da produção agrícola por meio da conectividade”, afiança.

Fernando Camargo, secretário de Inovação do Mapa, explica que o grande desafio é fazer com a internet chegue efetivamente ao campo e finalmente o Brasil consiga fazer a chamada Agricultura Digital 4.0. “É uma necessidade do produtor e temos a intenção de atender e colocar o Brasil não apenas como usuário de tecnologia, mas também de exportação de inovação. E para isso é preciso conectar ao máximo o campo, para sair na vanguarda dos produtos brasileiros na exportação do agro”, projeta

Segundo o secretário, a Anater tem tudo a ver com esse processo. “A assistência técnica do futuro é a agricultura digital, ou seja, a agricultura a longa distância, por dispositivos móveis, por vídeo, a Internet das Coisas, que tem infinitas possibilidades para o setor agrícola. E o papel da Anater é levar aos rincões e aos produtores que têm menos acesso tecnologia e conhecimento para que todos cheguemos ao mesmo patamar de excelência que o Brasil precisa e merece”, ressalta

CONECTIVIDADE

De acordo com o Departamento de Inovação para a Agropecuária do MAPA, somente de 6% a 9% da agricultura brasileira possui algum tipo de conectividade e há muito a ser trabalhado para mudar essa realidade, inclusive na área urbana. “Hoje, o Brasil tem em torno de 90 mil torres de conectividade na área urbana. Os Estados Unidos têm cinco vezes esse número, algo em torno de 500 mil torres. A China tem dois milhões de torres”, aponta o diretor Luís Cláudio França.

Cleber Soares, diretor da Embrapa, explica que o grupo de trabalho fez a primeira rodada de ideias de como sobrepor camadas de infraestrutura para a conectividade no campo. “O projeto está em fase de construção e nossa expectativa é que ainda em 2019 já tenhamos disponíveis alguns pontos de conexão”, finaliza.

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Esta notícia foi autorizada para publicação. Créditos à Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

Cada real investido na Epagri resultou em R$6,20 para a sociedade

Cada real que o Governo do Estado investiu na Epagri em 2018 beneficiou os brasileiros com R$6,20. Esse é um dos resultados do Balanço Social da Empresa, que a presidente Edilene Steinwandter e o secretário de Estado de Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural Ricardo de Gouvêa entregaram ao Governador do Estado, Carlos Moisés da Silva, na tarde desta quarta-feira (26) na Casa d’Agronômica. O documento reúne os resultados de cálculos que analisaram 111 tecnologias e cultivares desenvolvidos, lançados e difundidos pela Epagri.

De acordo o estudo, a contribuição da Empresa no retorno gerado pelas tecnologias e ações adotadas pelos agricultores é de R$2,23 bilhões. Já o retorno global das tecnologias geradas pela Epagri, considerando a contribuição de todos os agentes para o uso dessas soluções, foi estimado em R$5,11 bilhões.

“Alimentos saudáveis, riqueza na mesa, emprego e renda. Tudo isso está demonstrado no Balanço Social da Epagri. Para o governo de Santa Catarina é muito importante mostrar como o recurso público está revertendo em benefício do cidadão”, afirma o governador. O secretário Ricardo reforça a importância desse retorno à sociedade, que é divulgado no Balanço social. “Toda empresa faz isso para seus acionistas e o serviço público tem que fazer também. Nossa grande acionista é a população e ela tem que receber esses números de uma forma muito transparente e de fácil compreensão”, diz ele.

“A Epagri trabalha pela sociedade. Transforma os recursos investidos na Empresa em benefícios econômicos, sociais e ambientais que chegam, de diversas formas, às famílias rurais e urbanas. O Balanço Social apresenta, de forma transparente, um resumo desse trabalho”, diz Edilene Steinwandter. A presidente complementa que o desafio da Empresa é continuar gerando muita tecnologia e muitos sistemas de inovação e de produção de uma forma que venha melhorar a rentabilidade do agricultor familiar catarinense, sua condição de vida, sua relação com o ambiente. “Que todas as tecnologias trabalhadas, difundidas e geradas pela Epagri tenham como pano de fundo uma produção limpa, sustentável e um alimento seguro”, ressalta.

Foto: Edilene Steinwandter (Presidente da Epagri), Carlos Moisés da Silva (Governador) e Ricardo Gouvêa (Secretário da Agricultura e da Pesca). Crédito: Aires Mariga / Epagri.

O Balanço Social da Epagri também contabilizou 119 mil famílias assistidas e 2,5 mil entidades atendidas ao longo do ano. Em 2018, foram executados 315 projetos de pesquisa e 15 tecnologias foram lançadas.

O documento ainda apresenta casos de sucesso de agricultores, pecuaristas e pescadores que atuam em diferentes cadeias produtivas do Estado. “O Balanço Social conta algumas histórias que revelam o poder de transformação do trabalho da Epagri. Elas são um convite para a sociedade conhecer o esforço que está por trás do alimento de cada refeição”, destaca a presidente.

A publicação completa está disponível aqui.

Epagri em números – Balanço Social 2018

R$6,20 – retorno que a sociedade recebeu para cada real investido na Epagri

R$2,23 bilhões – contribuição da Epagri no retorno que as tecnologias e ações da Empresa geraram para a sociedade

R$5,11 bilhões – retorno global considerando a contribuição de todos os agentes que usaram as tecnologias da Epagri

111 soluções tecnológicas produzidas e difundidas pela Empresa

COLHEITA DO ANO

  • 315 projetos de pesquisa executados
  • 15 tecnologias lançadas
  • 119 mil famílias atendidas
  • 54,2 mil famílias capacitadas
  • 2,5 mil entidades atendidas
  • 18,3 mil Jovens assistidos

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

  • 50,9 mil análises de solo
  • 142,5 mil atendimentos em escritório
  • 3,9 milhões de acessos à página de previsão do tempo
  • 73,5% das Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAPs) emitidas no Estado

ACESSO AO CRÉDITO

  • 7,2 mil propostas elaboradas
  • 6,3 mil beneficiários
  • 289 municípios contemplados
  • R$280 milhões em recursos aplicados

INFORMAÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA

  • 863 publicações técnico-científicas
  • 8,6 milhões de visualizações no canal da Epagri no Youtube
  • 240 vídeos técnicos
  • 200 programas de rádio veiculados em mais de 120 emissoras

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Esta notícia foi autorizada para publicação. Créditos à Gisele Dias, da Assessoria de Comunicação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

Anater utiliza aplicativo para auxiliar no trabalho dos técnicos no campo

Operando on-line e off-line, com o aplicativo SGA Mobile é possível comprovar, por georreferenciamento, que a visita ao produtor foi realmente realizada, ao mesmo tempo em que proporciona ao técnico mais facilidade no preenchimento dos dados e segurança nas informações

Nesta semana, a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) começou a utilizar o aplicativo do Sistema de Gestão de Ater – o SGA Mobile. O aplicativo possibilita o acompanhamento e avaliação das ações do técnico, facilitando a tomada de decisão e melhorando o desempenho no cumprimento das metas propostas através de uma interface amigável. O SGA Mobile é gratuito e está disponível para o sistema Android, podendo ser baixado na Play Store dos dispositivos móveis.

Alexandre Oliveira, Gerente de TI da Anater, explica que a plataforma SGA já possibilita o acompanhamento e avaliação das ações dos projetos realizados pela Anater, em tempo real. “Com o SGA Mobile esse acompanhamento será ainda mais efetivo. Isso porque será possível comprovar, por georreferenciamento, que a visita ao produtor foi realmente realizada, ao mesmo tempo em que proporciona ao técnico mais facilidade no preenchimento dos dados, que são lançados diretamente no aplicativo, dispensando o uso de papel e o retrabalho em digitar as informações que antes eram previamente anotadas”, avalia.

Como muitas propriedades estão fora de área de cobertura da internet, Alexandre explica que outra grande vantagem do SGA Mobile é a operação off-line”. Ainda no escritório, o extensionista planeja a visita no aplicativo, programando as coordenadas da propriedade a ser visitada e cadastrando as atividades que serão realizadas. Depois disso, ele não precisará mais estar conectado à internet, bastando deixar a localização do smartphone ou tablet ligada. 

Na propriedade, o produtor visitado será identificado no SGA Mobile por reconhecimento facial, e todas as informações serão lançadas diretamente no aplicativo, sem necessidade de conexão. Quando retornar ao escritório e se conectar à internet, após a visita, as informações lançadas no app serão sincronizadas e lançadas em definitivo na plataforma SGA. Tudo isso de forma simples, e sem utilização de papel”, explica.

Para facilitar ao técnico a utilização do SGA Mobile na realização das atividades individuais em campo, a Anater disponibilizou em seu portal um manual e uma videoaula com orientações, desde a preparação da visita até a validação das atividades na propriedade.

O manual pode ser consultado no link, clicando aqui!  

Já a videoaula pode ser acessada pelo link, clicando aqui

 

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Esta notícia foi autorizada para publicação. Créditos à Jerúsia Arruda da Assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). 

80% dos estabelecimentos rurais no Brasil não recebem Assistência Técnica

Conforme os dados preliminares, recentemente divulgados pelo Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, no Brasil, 1.007.036 estabelecimentos rurais recebem Assistência técnica, enquanto 4.064.296 não recebem Assistência técnica.

Portanto, 80,14% dos estabelecimentos agropecuários no país não recebem Assistência Técnica. Urge a necessidade de um planejamento alinhado as nossas diretrizes da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (PNATER), bem como, uma forte articulação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (ANATER) para institucionalizar ações, programas, projetos, editais e chamadas públicas para atuação junto com os nossos agricultores no Brasil.

Não é possível avançar nos indicadores de desenvolvimento rural sem uma devida atenção aos verdadeiros protagonistas que são nossos agricultores que labutam, dia após dia, para produção de alimentos para a nossa sociedade. O apoio da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) é fundamental para avançar na qualidade de vida das populações rurais e na produção agropecuária no Brasil.

🌱 REFERÊNCIA 🌱

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário: resultados preliminares. Rio de Janeiro. 2017. Disponível em: https://censos.ibge.gov.br/agro/2017.

Como citar esse texto:

O EXTENSIONISTA. 80% dos estabelecimentos rurais no Brasil não recebem Assistência Técnica. v.1, n.13, p. 1-2, jun. 2019. Disponível em: https://oextensionista.com/2019/06/08/80-dos-estabelecimentos-rurais-no-brasil-nao-recebem-assistencia-tecnica/. Acesso em: DIA Mês. ANO.

Chamada pública para submissão de capítulo de livro sobre Assistência Técnica e Extensão Rural

O Contexto

Em 2017, um grupo de extensionistas rurais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (EMATER-PB) iniciou um debate para construção de uma publicação de viés científico para sistematizar as ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Com isso, iniciou-se um processo de construção de um livro anual sobre a temática em que haveria participação com capítulos enviados pelos profissionais vinculados as duas entidades sindicais ligadas aos servidores da EMATER-PB: Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (SINTER-PB) e o Sindicatos dos Agrônomos, Veterinários e Zootecnistas dos Entes Públicos da Paraíba (SINAVEZ).

O primeiro livro foi lançando em 6 de dezembro de 2018, Dia do Extensionista Rural, em Campina Grande-PB, com o título “Extensão Rural: experiências, pesquisa e sindicalismo”, organizado por Ailton Francisco dos Santos e Gustavo José Barbosa, com capítulos produzidos por profissionais da EMATER-PB, EMEPA, IFPB, UFOPA, SINTER-PB e SINAVEZ. As temáticas relacionadas à pesquisa agropecuária e ao sindicalismo estão inseridas no livro devido à relação próxima com as entidades que editaram o trabalho.

Em 2019, os sindicatos planejam lançar um novo volume. No dia 20 de março foi publicada uma chamada de artigos para o segundo volume do livro que receberá contribuições até 30 de junho de 2019. Todavia, o lançamento anual do livro não cessa o trabalho do grupo que o organiza, mas é uma semente na construção de um grupo de pesquisa de abrangência nacional reunindo profissionais, professores e pesquisadores que venham a sistematizar as ações de ATER.

Sobre a Obra

A referida publicação terá como objetivo reunir textos inéditos resultados de atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) com 10 (dez artigos), movimento sindical 02 (dois artigos) e pesquisa científica em agropecuária com 05 (cinco artigos). Serão recebidos textos de servidores da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regulamentação Fundiária (EMPAER), da direção do SINTER-PB, do SINAVEZ e de entidades sindicais colaboradoras do livro, e de membros de entidades de pesquisa agropecuária. Os textos deverão ser enviados em formato Word para o e-mail: livroater@gmail.com.

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